1000 resultados para Comportamento reprodutivo feminino
Resumo:
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o comportamento de trifluralin em pré-emergência no sistema de plantio direto. O experimento foi conduzido na safra 1995/96, na sede do IAPAR Londrina/PR, utilizando-se palha de aveia-preta como cobertura morta. O delineamento foi o de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e quatro repetições. Os tratamentos da parcela foram as quantidades de palha: zero, seis e 12t/ha de matéria seca e os da subparcela foram as doses de trifluralin: zero, 1200, 2400, 3600 e 4800g/ha i.a. A cultura de verão foi a de milho, cv. AG-510. O herbicida foi aplicado com pulverizador de precisão (CO2) munido com barra de 3m e seis bicos 80.02, vazão de 200 l/ha e pressão de 35 lb/pol2. Vinte e quatro horas após a aplicação do produto, foi feita uma irrigação de 20mm para forçar a lixiviação do produto da palha para o solo. Antes e após a irrigação, foram feitas amostragens de solo e da palha para serem submetidas a análise de resíduos por cromatografia. Parte desse solo amostrado, foi utilizado em bioensaios, utilizando-se sorgo forrageiro como planta-teste. Pelos resultados observados no campo, nos bioensaios (fitotoxicidade no sorgo) e pelos resultados das análises cromatográficas de resíduos na palha e no solo, concluiu-se que trifluralin não atingiu o solo, mesmo com a irrigação efetuada. Apenas traços desse produto foram detectados no solo e na palha, tanto antes como após a irrigação.
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O objetivo do presente trabalho foi verificar a influência do horário de aplicação de herbicidas no controle de plantas daninhas gramíneas e dicotiledôneas na cultura do milho. O experimento foi conduzido no ano de 1991/92, na área experimental da Milenia Agro Ciências S/A, em Londrina, PR. O delineamento experimental empregado foi em blocos ao acaso com 4 repetições, utilizando atrazine a 2.400 g/ha + surfactante e as misturas formuladas de alachlor + atrazine (1.820 + 1.820), atrazine + óleo vegetal (2.400 + 1.800) g/ha aplicados as 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20 e 22 horas. A gramínea presente era a Brachiaria plantagineano estádio de 1 a 5 folhas, e as dicotiledôneas Amaranthus hybridus, Euphorbia heterophylla, Bidens pilosa, Emilia sonchifolia e Sida rhombifolia todas no estádio de 2 a 6 folhas. A aplicação foi realizada no dia 12 de outubro de 1991, estando o dia sem nuvens. Às 4:00 horas a UR era 68%; às 14:00 horas, 35% e as 22:00h, 65%. O solo estava seco e nas aplicações das 4:00 e 6:00 horas havia a presença de orvalho nas folhagens. Utilizou-se um pulverizador de precisão a CO2, bicos leque Teejet 110.03 e volume de calda 300 l/ha. Os resultados mostraram que houve influência do horário de aplicação nos resultados para os herbicidas alachlor + atrazine e atrazine + óleo vegetal no controle de B. plantaginea. Para os tratamentos alachlor + atrazine e atrazine + óleo vegetal, quando a umidade relativa do ar esteve acima de 65%, ou seja entre 4:00 e 8:00 horas e a partir das 20:00 horas, o controle foi superior a 90%. Quando a umidade relativa do ar baixou para 35%, no período das 10:00 às 18:00 horas, o controle para o alachlor + atrazine foi de 80% e o de atrazine + óleo vegetal próximo a 60%. O controle de gramíneas no tratamento atrazine + surfactante foi inferior a 40% em todos os horários de aplicação. Ainda para B. plantaginea, o alachlor + atrazine aos 95 DAA ( dias após aplicação) apresentou melhor controle em relação ao atrazine + óleo vegetal principalmente nos horários das 10:00 as 20:00 horas. Para as folhas largas, não houve influência dos horários e todos os tratamentos apresentaram 100% de eficiência. Todos os herbicidas foram seletivos à cultura sendo que as misturas formuladas apresentaram no máximo 10% de injúrias. O atrazine + óleo vegetal foi mais fitotóxico no período das 6:00 às 10:00 e o alachlor + atrazine no período das 10:00 as 14:00. Houve total relação entre o nível de controle, produção de biomassa seca das infestantes e a produção de grãos.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de sulfentrazone em préemergência no sistema de plantio direto. O experimento foi conduzido na safra 1996/97, na sede do IAPAR Londrina-PR, utilizando-se palha de aveia-preta como cobertura morta. O delineamento foi o de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e quatro repetições. Os tratamentos nas parcelas foram as quantidades de palha: zero, seis e 12 t/ha de matéria seca e nas subparcelas as doses de sulfentrazone: zero, 300, 600, 900 e 1200 g/ha i.a. A cultura de verão foi a de soja, cv. BR-4. O herbicida foi aplicado com pulverizador de precisão (CO2) munido com barra de 3 m e seis bicos 80.02, vazão de 200 l/ha e pressão de 35 lb/pol². Vinte e quatro horas após a aplicação do produto, foi feita uma irrigação de 20mm para forçar a lixiviação do herbicida da palha para o solo. Antes e após a irrigação, foram feitas amostragens de solo e da palha para serem submetidas a análise de resíduos por cromatografia. Parte desse solo amostrado, foi utilizado em bioensaios, utilizando-se sorgo forrageiro como planta-teste. Pelos resultados observados no campo, nos bioensaios (toxicidade no sorgo) e pelos resultados das análises cromatográficas de resíduos na palha e no solo, concluiu-se que o sulfentrazone atingiu o solo, sendo lixiviado inclusive para camadas superiores a 10 cm de profundidade .
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O leiteiro é uma planta daninha que ocorre em pastagens, de importância crescente no Brasil e que reproduz-se por sementes. Com o objetivo de conhecer o comportamento germinativo dessa espécie, as sementes foram colocadas para germinar sobre papel, em temperaturas constantes de 15, 20, 25, 30, 35 e 40ºC, sem ou com luz (78 µmol s-1m-2/8h). Para a avaliação dos tratamentos, foram contabilizadas, semanalmente, o número de sementes germinadas (G), considerando-se a protrusão de 1cm de raiz primária, até que cessasse a germinação em todos os tratamentos (63 dias após a semeadura) e, determinou-se o índice de velocidade de germinação (IVG). Após esse período, as sementesforam transferidas para a temperatura de 30ºC com luz (condição favorável detectada na etapa anterior) e realizou-se contagem semanal até que a germinação cessasse novamente, em todos os tratamentos (91 dias após a semeadura), quando foram contabilizadas as sementes mortas (M) e as sementes quiescentes (Q). Os resultados indicaram que as sementes de leiteiro foram indiferentes à luz. A temperatura ótima de germinação para a espécie situou-se entre 25 e 30ºC (G=85%, M=15% e IVG=34). Nas temperaturas extremas de 15ºC (G=0%; Q=78%; M=22%) e 40 ºC (G=0%; Q=0% e M=100%) não houve a germinação das sementes.
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Com o objetivo de determinar o período adequado de semeadura da cultura do girassol (Helianthus annuus), em relação à aplicação de 2,4-D, foi realizado um experimento em condições de campo da área experimental da Embrapa Soja, Londrina-PR, durante o ano agrícola 1995/96. Os tratamentos estabelecidos foram doses do herbicida 2,4-D (0,0, 536 e 1.005 g e.a. ha-1 ) e épocas de semeadura da cultura. Dessa forma, a semeadura foi realizada um dia antes da aplicação do produto (-1 dia), no dia da aplicação (0 dia) e a 1, 4, 7, 10 e 13 dias depois da aplicação do herbicida. Os resultados indicaram que o girassol sofreu injúrias mais severas nas três primeiras épocas de semeadura (-1, 0 e 1). Aumentando o tempo entre a aplicação das doses do herbicida e a semeadura do girassol, observaram-se menores danos causados à cultura. O experimento permitiu concluir que áreas tratadas com o 2,4-D nas doses de 536 e 1.005 g e.a. ha-1 podem ser cultivadas com girassol, desde que se mantenha um intervalo mínimo de quatro dias entre a aplicação do herbicida e a sua semeadura.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de herbicidas com efeito residual em diferentes tipos de cobertura vegetal no sistema plantio direto, antes da semeadura do feijoeiro. Cada herbicida foi aplicado isoladamente em cinco diferentes coberturas, totalizando 20 ensaios. Os herbicidas e as respectivas doses, em kg ha-1, foram: diclosulan (0,0125), sulfentrazone (0,300), dimethenamid (1,125) e S-metolachlor (1,152). Em Santo Antônio de Goiás utilizou-se a cobertura de Pennisetum glaucum seco e plantas daninhas secas (Commelina benghalensis e Bidens pilosa) no Sistema Integrado de Controle (SIC); e na localidade de Santa Helena de Goiás empregou-se a cobertura de sorgo seco no SIC e Pennisetum glaucum verde e plantas daninhas verdes (C. benghalensis e B. pilosa) no sistema Aplique e Plante, nos anos agrícolas de 1999 e 2000. Cada ensaio constituiu-se de 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18 e 20 t ha-1 de biomassa com diferentes coberturas vegetais, as quais receberam os cinco herbicidas, separadamente, no delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. A quantificação dos herbicidas no solo foi determinada em bioensaio, usando-se o Sorghum bicolor como planta-teste. Os resultados obtidos indicaram que diclosulan e sulfentrazone foram encontrados no solo acima de 80% da dose aplicada, independentemente da quantidade e do tipo da cobertura do solo. Para dimethenamid e S-metolachlor, até aproximadamente 50% das doses aplicadas foram detectadas no solo com 8 t ha-1 de palha.
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O tebuthiuron é um dos herbicidas mais usados no plantio de cana-de-açúcar, no Estado de São Paulo. Estudos têm sido realizados para determinar o índice de lixiviação do tebuthiuron e monitorar sua presença nos mananciais de águas superficiais e subterrâneas, ainda sem uma conclusão definitiva. Com o objetivo de avaliar, em condições de campo, a movimentação vertical do herbicida tebuthiuron em Latossolo Vermelho distroférrico de textura argilosa, testou-se, em ambiente controlado, a hipótese de que o tebuthiuron apresenta baixa mobilidade vertical e pequeno potencial de contaminação de águas subterrâneas. O trabalho foi conduzido no Campo Experimental da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, utilizando-se lisímetro de drenagem modificado de 2 m de diâmetro e 3 m de profundidade, com dez pontos verticais, por meio dos quais foram coletadas amostras de água da chuva. As amostras foram submetidas à Análise Cromatográfica Líquida de Alta Eficiência. Os dados obtidos indicaram presença decrescente do herbicida nas amostras coletadas no período de março a agosto de 2006: amostra 1 - 0,020 g i.a. (5,3%); 2 - 0,016 g i.a. (4,3%); 3 - 0,015 g i.a. (4,0%); 4 - 0,014 g i.a. (3,7%); 5 - 0,014 g i.a. (3,7%); 6 - 0,007 g i.a. (1,9%); 7 - 0,002 g i.a. (0,5%); e 8 - 0,001 g i.a. (0,3%) do total aplicado na área do lisímetro (0,3768 g i.a.), confirmando a hipótese de baixa mobilidade vertical do tebuthiuron em Latossolo Vermelho distroférrico de textura argilosa, indicando, para esse solo, pequeno potencial de contaminação das águas subterrâneas.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de cultivares de milho no cultivo consorciado com Brachiaria brizantha cv. MG5 Vitória e o efeito da aplicação de subdose da mistura dos herbicidas foramsulfuron + iodosulfuron-methyl no manejo de B. brizantha, numa área sem interferência de plantas daninhas, em sistema de plantio direto. Cinco cultivares de milho foram avaliados: um híbrido simples (AGN 30A00), um híbrido simples modificado (30K75), dois híbridos duplos (RG2A e AGN 25A23) e uma variedade (UFV M100), conduzidos em dois sistemas de manejo de B. brizantha: com e sem aplicação de 30 g ha-1 da mistura comercial de foramsulfuron + iodosulfuron-methyl (300 + 20 g kg-1). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, em parcelas subdivididas, com quatro repetições, sendo os cultivares de milho colocados nas parcelas principais e os sistemas de manejo de B. brizantha nas subparcelas. A aplicação do herbicida foi realizada aos 30 dias após a emergência do milho (DAE). Aos 30, 60, 90 e 120 DAE foram efetuadas avaliações da massa seca da parte aérea de B. brizantha. Para cultura do milho, na ocasião da colheita, que ocorreu aos 120 DAE, avaliaram-se a altura de plantas, o estande final e o rendimento de grãos. Verificaram-se maiores valores do rendimento de grãos de milho para os cultivares 30K75, AGN 30A00 e RG2A. Os híbridos simples (AGN 30A00) e simples modificado (30K75) foram mais competitivos com a forrageira, reduzindo o acúmulo de massa seca, em relação aos híbridos duplos e à variedade. A aplicação do foramsulfuron + iodosulfuron-methyl reduziu a taxa de crescimento de B. brizantha, sem, no entanto, afetar o rendimento de grãos de milho. Com isso, fica demonstrado que a forrageira não influenciou o rendimento da cultura, com o consórcio implantado em semeadura simultânea.
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As análises de agrupamento e de componentes principais e as redes neurais artificiais foram utilizadas na determinação de padrões de comportamento das populações de macrófitas aquáticas que colonizaram o reservatório de Santana, Piraí-RJ, durante o ano de 2004. As análises de agrupamento dividiram o comportamento das populações durante o ano em dois grupos distintos, apresentando um padrão no primeiro semestre que difere daquele observado no segundo semestre do ano. A análise de componentes principais demonstrou que esse comportamento da comunidade (grupo de populações) é influenciado principalmente pelas espécies S. montevidensis, Heteranthera reniformis, Ludwigia sp., Rhynchospora aurea, C. iria, C. ferax e Aeschynomene denticulata no primeiro grupo e por Echinochloa polystachya, Polygonum lapathifolium, Alternanthera phyloxeroides, Pistia stratiotes, Eichhornia azurea, Brachiaria arrecta e Oxyscarium cubense no segundo grupo. As redes neurais artificiais agruparam as populações de macrófitas aquáticas em nove grupos, conforme sua densidade nos diferentes meses do ano. A aplicação da análise de componentes principais (ACP) nos valores de frequência das populações presentes nos primeiros três grupos de Kohonen permitiu discriminar três grupos de meses, cujas populações apresentaram características diferentes de colonização. A aplicação das redes neurais artificiais permitiu melhor discriminação dos meses e das espécies que compõem as comunidades correspondentes, quando utilizada a análise de componentes principais.
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Com o objetivo de estudar a biologia reprodutiva de Mimosa bimucronata, o presente estudo foi realizado em Botucatu e Cachoeira Paulista, SP, no período de novembro de 2003 a junho de 2005. Determinou-se o número de flores por glomérulo, sua duração, os eventos da antese e outras características florais, como tamanho, formato, coloração, odor, presença de néctar e localização de osmóforos. A receptividade do estigma e a viabilidade do pólen foram avaliadas. Flores foram examinadas e documentadas em microscópio eletrônico de varredura, após tratamento adequado. Foram feitos testes para a determinação do sistema reprodutivo, visando avaliar a dependência dos polinizadores. A presença de visitantes florais foi observada no campo, sendo registrada a quantidade de visitas e o comportamento dos visitantes, além do tempo médio de permanência dos visitantes junto às flores. O padrão de floração de M. bimucronata é anual. Os grãos de pólen encontram-se reunidos em políades compostas por oito células, o que pode ser interpretado como uma adaptação para minimizar o efeito da mistura das cargas de pólen depositadas sobre o diminuto estigma. A formação de frutos em condições naturais foi baixa e não ocorreu agamospermia. A morfologia das flores e das inflorescências permite o acesso aos recursos florais para uma ampla variedade de visitantes (Hymenoptera, Diptera e Coleoptera). A maioria das visitas foi realizada por abelhas (56,4%). Os resultados permitem considerar que, embora M. bimucronata seja dependente de vetores de pólen para sua reprodução, é espécie entomófila generalista e, portanto, bastante adaptada aos ambientes ruderais, onde sua ocorrência é predominante.
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Objetivou-se avaliar a deposição de gotas de pulverização em plantas de amendoim (Aracahis hypogaea) e Brachiaria plantaginea, presentes na linha e entrelinhas de semeadura da cultura, além da deposição no solo. O estudo foi realizado em campo no cultivar de amendoim IAC Tatu-ST, sendo as aplicações dos tratamentos realizadas nos estádios vegetativo (V1) e reprodutivo (R2). Foi utilizado como marcador o corante Azul Brilhante (FD&C-1), na concentração de 500 ppm. Os tratamentos foram constituídos por sete pontas de pulverização: XR 110015 VS (150 L ha-1), XR 11002 VS (200 L ha-1), TX-VK 6 (150 L ha-1), TX-VK 8 (200 L ha-1), AI 110015 VS (150 L ha-1), AI11002 VS (200 L ha-1) e TJ60 11002 VS (150 e 200 L ha-1). Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições. Os resultados evidenciaram que: a pulverização de maiores volumes de calda proporcionou incrementos nos depósitos sobre plantas do cultivar IAC Tatu ST em ambos os estádios de desenvolvimento da cultura, com exceção das pontas XR 110015 VS e AI11002 VS nos estádios vegetativo (V1) e reprodutivo (R2) da cultura, respectivamente; as maiores perdas de gotas para o solo nas aplicações no estádio vegetativo (V1) foram proporcionadas pelas pontas AI 110015 VS e AI 11002 VS, e no estádio reprodutivo (R2) a ponta XR 11002 VS foi a que promoveu maior perda; e as pontas XR 11002 VS, AI 110015 VS e TJ60 11002 VS (150 L ha-1) proporcionaram os maiores depósitos nas plantas de B. plantaginea na linha em relação às da entrelinha da cultura nas aplicações no estádio vegetativo (V1), enquanto no estádio reprodutivo (R2) as pontas apresentaram comportamento semelhante entre si na deposição de gotas sobre a planta daninha.
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As perturbações por desmatamentos, queimadas e mineração nas matas de galeria estão se avolumando em função do desenvolvimento econômico, gerando desequilíbrio ecológico e tornando necessários estudos que possibilitem a recuperação deste ecossistema. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar, em viveiro, a resposta da espécie Sclerolobium paniculatum submetida a quatro níveis de sombreamento. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e quinze repetições. Cada tratamento representou uma fase da sucessão em floresta natural: pleno sol, simulando uma condição de área degradada; condição de clareira, com aproximadamente 50% de sombreamento; dossel da mata, em fase de fechamento, com sombreamento médio de 70%; dossel fechado, com 90% de sombreamento. O diâmetro do coleto, a altura, os números de folhas e folíolos foram medidos bimensalmente, totalizando seis mensurações. A determinação do peso da matéria seca foi efetuada no final do experimento. Os resultados indicam que a espécie é pioneira e adequada ao plantio em clareiras e em áreas degradadas.
Resumo:
Uma população natural de Copaifera langsdorffii Desf., espécie arbórea comumente encontrada no Brasil, foi estudada por meio da eletroforese de isoenzimas, visando determinar a taxa de cruzamento e o sistema reprodutivo. A população amostrada localiza-se ao longo de um trecho do rio Capivari, em uma área de preservação permanente (floresta ciliar), entre os municípios de Lavras e Itumirim, sul do Estado de Minas Gerais, Brasil. Foram amostrados tecidos foliares de 20 indivíduos adultos da população e 400 indivíduos jovens (progênies) procedentes de sementes coletadas de 20 matrizes na população. Cinco sistemas enzimáticos revelaram 24 e 29 alelos totais para os indivíduos adultos e progênies, distribuídos em 12 locos. O sistema reprodutivo desta população foi inicialmente abordado pelo teste de Equilíbrio de Hard-Weinberg (EHW), tendo-se verificado que a maioria dos locos dos indivíduos adultos encontra-se nas proporções do EHW e a maioria dos locos das progênies encontra-se fora do EHW. A estimativa da taxa de cruzamento multilocos (t m) e unilocos (t s) média foi, respectivamente 0,917 e 0,877 indicando a existência de autofecundação (8%) na população estudada. Os resultados obtidos indicaram também que a espécie Copaifera langsdorffii é de reprodução mista predominantemente alógama. A população estudada mostrou-se potencial para fins de conservação in situ. A área mínima estimada para conservação in situ foi de 5,0 hectares.
Resumo:
O gênero Palicourea Aubl. (Rubiaceae) é restrito aos neotrópicos e inclui aproximadamente 200 espécies de arbustos ou pequenas árvores, que produzem flores tubulares, coloridas e sem odor, dispostas em inflorescências paniculadas e polinizadas por beija-flores, sendo quase todas as espécies distílicas. Homostilia é uma condição rara no gênero. O objetivo do estudo foi caracterizar a biologia reprodutiva de Palicourea macrobotrys Ruiz & Pavon e sua biologia de polinização, avaliando o sistema reprodutivo. O estudo foi desenvolvido na Estação Ecológica do Panga, município de Uberlândia, MG (19°11'10" S e 48°24'35" W), entre os meses de maio de 2000 e maio de 2001. A espécie floresceu de dezembro a junho, e frutificou a partir de março; apresenta inflorescências com cerca de 60 flores hermafroditas, pentâmeras, isostêmones e homostílicas. A flor abre entre 5:00 e 7:00 h e dura cerca de 14 horas. O volume de néctar produzido é de 6,86 µL, com concentração média de açúcares de 18%. Os visitantes florais observados foram formigas, uma espécie de abelha, borboletas e beija-flores, principalmente no período da manhã, entre 7:00 e 12:00 h. O beija-flor Thalurania furcata foi considerado o principal polinizador devido ao seu comportamento na flor e freqüência de visitas. A espécie é autocompatível, sendo que os tubos polínicos atingem o ovário quatro horas após as autopolinizações e as polinizações cruzadas.
Resumo:
Foi estudada a biologia reprodutiva de uma população de Tapirira guianensis em Uberlândia, MG. Entre setembro de 1997 e abril de 2000 foi caracterizado o comportamento fenológico reprodutivo de 17 indivíduos da população. Nas análises da biologia floral foram determinados a morfologia e os recursos florais, o período de abertura e de duração das flores, o comprimento e o número de flores por inflorescências, os visitantes florais e o sistema reprodutivo. Tapirira guianensis apresentou floração anual e massiva com picos de floração rápidos e altamente sincrônicos entre os dois sexos. As flores dos dois sexos são pequenas (ca. 3mm de diâmetro) e inconspícuas. As inflorescências masculinas são maiores (Mann-Whitney, U = 1769,5; p < 0,001) e produzem mais flores (Mann-Whitney, U = 3; p < 0,001) que as femininas. As flores masculinas oferecem pólen e néctar e as femininas apenas néctar aos visitantes florais, todos insetos (41 espécies), principalmente pequenas abelhas sociais e moscas. A antese foi tanto diurna quanto noturna para os dois tipos florais e as flores femininas apresentaram maior longevidade. A produção e maturação dos frutos por polinização cruzada (23,5% e 12,1% respectivamente) foram maiores que aquelas observadas pelos testes de apomixia (1,3% e 0,45% respectivamente) (chi(2)0,05,1 = 561,4; p < 0,001 para frutos produzidos; chi2 0,05,1 = 283,8; p < 0,001 para frutos maturados). A abertura sincrônica das flores, o maior "display" floral de inflorescências masculinas e a maior longevidade das flores feminina em T. guianensis, provavelmente aumentaram os níveis de polinização e conseqüentemente a produção e maturação de frutos na espécie. A baixa formação de frutos por apomixia revela o papel vital dos agentes polinizadores para a reprodução de T. guianensis, uma espécie de ampla distribuição e importância ecológica.