979 resultados para COMPRENSION AUDITIVA


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O objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos fonoaudiológicos de processamento auditivo, leitura e escrita de um paciente do gênero masculino com diagnóstico de síndrome de Silver-Russell. Aos dois meses de idade o paciente apresentava déficit pôndero-estatural; frontal amplo; orelhas pequenas, proeminentes e com baixa implantação; palato ogival; discreta micrognatia; esclera azulada; manchas café-com-leite; sobreposição do primeiro e segundo artelhos à direita; refluxo gastroesofágico; voz e choro agudos; atraso leve no desenvolvimento neuropsicomotor; e dificuldade de ganhar peso, recebendo o diagnóstico da síndrome. Na avaliação psicológica, realizada aos 8 anos de idade, o paciente apresentou nível intelectual normal, com dificuldades cognitivas envolvendo atenção sustentada, concentração, memória verbal imediata e processos emocionais e comportamentais. Para avaliação da leitura e escrita e de seus processos subjacentes, realizada aos 9 anos de idade foram utilizados os testes de Compreensão Leitora de Textos Expositivos, Perfil das Habilidades Fonológicas, Teste de Discriminação Auditiva, escrita espontânea, Teste de Desempenho Escolar (TDE), teste de Nomeação Automática Rápida e prova de memória de trabalho fonológica. Apresentou dificuldades em todos os testes, estando as pontuações abaixo do esperado para sua idade. Na avaliação do processamento auditivo foram realizados testes monóticos, dióticos e dicóticos. Foram encontradas alterações nas habilidades de atenção auditiva sustentada e seletiva, memória sequencial para sons verbais e não-verbais, e resolução temporal. Conclui-se que o paciente apresenta alterações na aprendizagem da leitura e escrita que podem ser secundários a síndrome de Silver-Russell, porém tais dificuldades também podem ser decorrentes das alterações em habilidades do processamento auditivo.

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OBJETIVO: Analisar a influência do tipo de estímulo visual sobre a produção escrita de surdos sinalizadores sem queixas de alterações na escrita. MÉTODOS: Participaram 14 surdos, de ambos os gêneros, com idades entre 8 e 13 anos, usuários da Língua Brasileira de Sinais, alunos da terceira e quarta séries do Ensino Fundamental de uma escola especial para surdos. Foram avaliados por meio de produções escritas baseadas em dois tipos de estímulos: uma sequência de quatro figuras e uma figura de ação. Cada produção foi pontuada de acordo com critérios adaptados da teoria das Competências Comunicativas (Genérica, Enciclopédica, e Linguística). RESULTADOS: Na análise da Competência Genérica não houve diferença entre as produções a partir da sequencia ou da figura de ação. Entretanto, notou-se que a figura de ação propiciou mais produções de gênero narrativo, enquanto as figuras em sequência eliciaram mais descrições. Quanto às Competências Enciclopédica e Linguística, ambos os estímulos visuais proporcionaram resultados semelhantes nas produções escritas. Tanto na Competência Enciclopédica quanto na Linguística, o desempenho dos surdos foi aquém do esperado para a faixa de escolaridade, demonstrando conhecimento parcial sobre a língua portuguesa escrita. No entanto, observou-se que as figuras sequenciadas propiciaram organização de ideias e coesão global um pouco mais elaboradas. CONCLUSÃO: Nenhum dos tipos de estímulo visual, seja figura de ação ou sequência de figuras, propicia melhores desempenhos de produção escrita de surdos sinalizadores sem queixas de alterações na escrita para a maior parte dos aspectos analisados.

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OBJETIVO: Identificar se existe correlação entre ruído ambiental no interior da sala de aula, intensidade da voz e presença de alteração vocal em professores. MÉTODOS: Foi realizada medição do ruído ambiental em dez salas de escolas municipais de ensino fundamental. A intensidade das vozes das professoras foi medida durante atividade de ensino. Amostras de vogal prolongada [é] e contagem de 1 a 20 emitidas pelas professoras foram analisadas utilizando escala GRBASI. Os resultados obtidos foram correlacionados. RESULTADOS: A média de ruído ambiental sem a presença das crianças em sala de aula variou de 40 a 51 dB(A) e com a presença das crianças de 45 a 65 dB(A). Entre as professoras, houve 70% de ocorrência de vozes alteradas no grau geral (G) e 90% com tensão na voz (S), variando entre graus discreto e moderado. Constatou-se variação entre 52 dB(A) e 68 dB(A) na intensidade da voz das professoras, atingindo 7,48 dB(A) acima do nível do ruído ambiental. Houve correlação entre a intensidade vocal das professoras e ruído ambiental na presença das crianças durante a aula. CONCLUSÃO: Os níveis de ruído ambiental em sala de aula são altos e se correlacionam com o aumento da intensidade das vozes das professoras. Embora com alta ocorrência de vozes alteradas, não é possível correlacioná-las com o nível de ruído ambiental.

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OBJETIVO: Descrever os índices articulatórios quanto aos diferentes tipos de erros e verificar a existência de um tipo de erro preferencial em crianças com transtorno fonológico, em função da presença ou não de histórico de otite média. MÉTODOS: Participaram deste estudo prospectivo e transversal, 21 sujeitos com idade entre 5 anos e 2 meses e 7 anos e 9 meses com diagnóstico de transtorno fonológico. Os sujeitos foram agrupados de acordo com a presença do histórico otite média. O grupo experimental 1 (GE1) foi composto por 14 sujeitos com histórico de otite média e o grupo experimental 2 (GE2) por sete sujeitos que não apresentaram histórico de otite média. Foram calculadas a quantidade de erros de fala (distorções, omissões e substituições) e os índices articulatórios. Os dados foram submetidos à análise estatística. RESULTADOS: Os grupos GE1 e GE2 diferiram quanto ao desempenho nos índices na comparação entre as duas provas de fonologia aplicadas. Observou-se em todas as análises que os índices que avaliam as substituições indicaram o tipo de erro mais cometido pelas crianças com transtorno fonológico. CONCLUSÃO: Os índices foram efetivos na indicação da substituição como o erro mais ocorrente em crianças com TF. A maior ocorrência de erros de fala observada na nomeação de figuras em crianças com histórico de otite média indica que tais erros, possivelmente, estão associados à dificuldade na representação fonológica causada pela perda auditiva transitória que vivenciaram.