996 resultados para bem-estar trabalho
Resumo:
Introduo: O burnout uma sndrome psicolgica, caracterizada por elevada exausto emocional, elevada despersonalizao e baixa realizao profissional, que conduz eroso dos valores pessoais, profissionais e de sade. Este estudo reporta a prevalncia do burnout em profissionais de sade Portugueses. Material e Mtodos: Os nveis de burnout foram estimados pelo Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey numa escala ordinal de zero (nunca) a seis (sempre) pontos. A amostra foi constituda por 1 262 enfermeiros e 466 mdicos com mdias de idade de 36,8 anos (DP = 12,2) e 38,7 (DP = 11,0), respetivamente. Os participantes foram provenientes de todos os distritos nacionais (35% Lisboa; 18% Porto; 6% Aveiro, 6% Setbal, 5% Coimbra; 5% regies autnomas), com atuao em meio hospitalar (54%), centros de sade (Unidade de Sade Familiar - 30%; Unidades de Cuidados de Sade Primrios - 8%) e outras instituies pblicas/privadas (8%). Resultados: A anlise dos nveis de burnout revelou que ambas as categorias profissionais apresentaram nveis moderados a elevados de burnout (M = 3,0; DP = 1,7) no sendo significativas as diferenas entre as duas profisses. Vila Real (M = 3,8; SD = 1,7) e a Madeira (M = 2,5; DP = 1,5) so as regies onde os nveis de burnout so mais e menos elevados, respetivamente. Os nveis de burnout no diferiram significativamente entre Hospitais, Unidades de Cuidados de Sade Personalizados e Unidades de Sade Familiares. Os profissionais com maior tempo na funo so menos acometidos por burnout (r = -0,15) no ocorrendo associao significativa com a durao da jornada de trabalho (r = 0,04). A m qualidade das condies de trabalho foi o melhor preditor do burnout (r = -0,35). Discusso: A ocorrncia da sndrome de burnout em profissionais de sade portugueses frequente, estando associada percepo de ms condies de trabalho e menor durao do tempo de servio. A incidncia de burnout apresenta diferenas regionais que podem estar associadas ao aumento do stress imposto pelo exerccio da profisso em condies sub-timas para a prestao dos cuidados de sade. Os resultados alertam para a necessidade de intervenes para melhorar as condies de trabalho e formao inicial dos profissionais de sade de forma a garantir a qualidade do servio prestado aos utentes e o bem-estar pessoal destes profissionais. Concluses: A nvel nacional, entre 2011 e 2013, 21,6% dos profissionais de sade apresentaram burnout moderado e 47,8% burnout elevado. A perceo de ms condies de trabalho foi o principal preditor da ocorrncia de burnout nos profissionais de sade Portugueses.
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Este trabalho prope-se identificar as necessidades de formao e informao dos cuidadores informais de indivduos com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) de forma a projetar uma proposta de formao que colmate essas mesmas necessidades. A investigao incide sobre uma rea ainda pouco explorada a nvel nacional e de grande relevncia face ao envelhecimento populacional e suas consequncias. Constata-se a insuficincia de informao/formao nesta rea, pelo que se refora a necessidade de preencher as lacunas de (in)formao daqueles que esto na primeira linha de prestao de cuidados ao idoso com sequelas de AVC. A dificuldade de encontrar uma formao para este pblico-alvo deve-se ao escasso conhecimento das suas reais necessidades, bem como, pelo facto de no ser dirigido a estas necessidades um plano formal e sistemtico. A oferta de (in)formao assume-se como um pilar decisivo para dotar o cuidador informal de competncias que salvaguardem o bem-estar da pessoa cuidada, assim como o seu prprio. No enquadramento terico, houve a necessidade de contextualizar esta problemtica abordando-se o AVC e suas sequelas, as idiossincrasias da educao de adultos cuidadores, bem como uma contextualizao aprofundada das necessidades dos cuidadores informais. O reconhecimento do papel da famlia no ato de cuidar, e um apontamento acerca do cuidador informal so fatores determinantes neste processo. Para a identificao das necessidades foi conduzido um inqurito por entrevista semi-estruturada ao pblico-alvo, os cuidadores informais, bem como a informadores-chave (cuidadores formais e indivduos com sequelas de AVC), efetuando-se uma subsequente anlise de contedo. Verificou-se a importncia da informao/formao neste processo do ato de cuidar em diferentes dimenses. Os dados obtidos permitiram o desenvolvimento de uma proposta de formao para cuidadores informais.
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O presente trabalho tem como objetivo determinar a importncia da criao de uma equipa comunitria de sade mental no concelho de Alcobaa, compatvel com beneficirios com diferentes nveis de recursos financeiros. Os problemas de sade mental desempenham um grande impacto na sociedade que se traduzem em custos significativos em termos de sofrimento e incapacidade individual e familiar. Efetuou-se um levantamento de respostas no concelho de Alcobaa para a sade mental e foram realizadas uma entrevista semiestruturada a uma psicloga e inquritos por questionrio a tcnicos da rea da sade e rea social, a exercerem funes h vrios anos no concelho de Alcobaa. A investigao permitiu clarificar a existncia de problemas no acesso aos cuidados especializados de sade mental e a concomitante necessidade de uma resposta multidisciplinar e atempada na comunidade. Os resultados permitem concluir que 55% dos pacientes acompanhados pelos tcnicos da rea da sade social no esto satisfeitos com as repostas de sade mental existentes e que 94,1% destes tcnicos consideram importante a criao de uma equipa de sade mental comunitria para intervir junto das pessoas com perturbao mental, como forma de melhorar a sua qualidade de vida, bem como a dos seus familiares. As equipas multidisciplinares tm um impacto positivo na comunidade em termos de ganhos em sade, evitando sofrimento por parte dos doentes e das suas famlias e reduzindo os internamentos hospitalares. Outro problema identificado est relacionado com a inexistncia de resposta, eficaz, abrangente e facilitadora do acesso na comunidade a cuidados de sade mental especializados. Este projeto visa a criao de uma equipa multidisciplinar, denominada Pomar de Braos, composta por profissionais de vrias reas da Psicologia, Servio Social, Enfermagem, e Prtica Psicomotora que desenvolvem a sua ao em rede com tcnicos de outas reas. Esta equipa ter como principais objetivos, fazer a preveno e promoo da sade mental e bem-estar na comunidade e envolver todos os agentes da comunidade nos processos de desenvolvimento da pessoa.
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Pretende-se com este trabalho, abordar a problemtica associada a uma nova administrao e governao de empresas pertencentes ao sector da sade. As novas tendncias organizacionais, em termos de qualidade, produtividade e rentabilidade, so essenciais para estruturao de empresas, quer pblicas, quer privadas, gerando novos desafios face a novas necessidades. Administrar, mas administrar bem, significa ter qualidade na administrao, levando-nos prtica de uma gesto de qualidade. A qualidade nas organizaes, passa por novas funes da administrao pblica e privada, na ideia de liderana, na relao de confiana e, sobretudo, de trabalho em rede. Uma forma organizativa que surge como forma inovadora na rea da sade a do franchising, no s pela sua estrutura menos hierarquizada, como uma forma inovadora na estrutura de mercado. Este tipo estrutural permite a interaco em rede e o desenvolvimento de novos mecanismos de governao. Ser competitivo em escala pode ser resultado da actividade gerada por micro sistemas organizacionais. Think smart start small. A forma de aproximar os servios ao cidado passa por uma forma organizativa mais simplificada e mais independente em termos de hierarquias. O franchising vem criar essa interaco e operacionalizao no mercado, para que se torne mais eficiente e eficaz. Desta forma surgem novas formas organizativas no sector da sade e bem-estar, o que vai gerar novas regras comportamentais e estruturais. Todo este sistema obriga a alteraes na legislao, nos recursos humanos e contratualizao de servios e produtos. Palavras chave: administrao, organizao, qualidade, mecanismo de administrao, governao, franchising, inovao, confiana e redes.
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Este estudo exploratrio procura analisar o impacto do est- gio, integrado do curso de Licenciatura em Educao Social (ESEV-IPV), no que diz respeito aos benefcios da interveno socioeducativa com pessoas idosas percecionados pelo pbli- co-alvo e pelos promotores dos projetos. O estgio surge, no processo de formao, como um contacto formal e estruturado com o mundo do trabalho. Partindo do reconhecimento da im- portncia da educao no trabalho social e, mais concretamente, na interveno gerontolgica, importa saber qual a contribui- o da Educao Social na capacitao individual e social para a promoo de um envelhecimento mais digno, ativo e bem- suce- dido. Durante os anos letivos 2009/2010, 2010/2011, 2011/2012 e 2013/2014 auscultou-se a opinio do pblico-alvo dos projetos de estgio (pessoas idosas) e pelos prprios estagirios acerca do impacto das atividades desenvolvidas, tendo-se recorrido a questionrios e entrevistas estruturadas para o efeito. Os resul- tados sugerem a importncia das atividades ao nvel do aumento do bem-estar pessoal e relaes interpessoais, reportado quer por estagirios, quer por pessoas idosas. Dado o contributo que o Educador Social pode ter no envelhecimento, apresenta-se a necessidade de se preparem Tcnicos Superiores de Educao Social capacitados para as especificidades do trabalho com esta populao-alvo.
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Partindo de uma anlise realista mas positiva ao desafios e repercusses do envelhecimento da populao idosa, esta reviso pretende explorar os paradigmas de envelhecimento ativo, saudvel e bem sucedido e a sua aplicabilidade ao grupo dos muito idosos. Para isso, baseia-se em estudos que focaram a fase muito avanada de vida, com destaque para o estudo das pessoas com 80 e mais anos no mbito do Projeto DIA: Da Incapacidade Atividade e dos casos bem sucedidos do PT100 Estudo de Centenrios do Porto, ambos desenvolvidos na Unidade de Investigao e Formao sobre Adultos e Idosos (UNIFAI-ICBAS.PT). Domnios alternativos de envelhecimento bem sucedido e a importncia dos recursos individuais, designadamente psicolgicos, so apresentados como importantes elementos para a compreenso do processo de adaptao longevidade avanada.
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Relatrio apresentado Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obteno do ttulo de ps-doutorada em Qualidade de Vida
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A esttica algo que interfere no bem-estar das pessoas e o sorriso no excepo, sendo at considerado um factor esttico essencial nos dias de hoje, perante uma sociedade cada vez mais exigente relativamente aos padres de beleza. A rea da esttica dentria, encontra-se em constantes mudanas devido evoluo da qualidade dos materiais e das tcnicas utilizadas, levando a melhorias na reproduo das caractersticas naturais dos dentes. O mdico dentista tem a responsabilidade de adquirir conhecimento e habilidades profissionais para a elaborao de tratamentos estticos dentrios que satisfaam as expectativas dos pacientes quanto ao seu sorriso. Actualmente, o mdico dentista possui vrias opes para planear os tratamentos, entre as quais, o planeamento digital atravs do Digital Smile Design. O Digital Smile Design (DSD), criado pelo Doutor Christian Coachman, veio responder procura elevada por tratamentos cada vez mais personalizados por parte dos pacientes. O DSD amplia a viso relativamente aos diagnsticos, melhora a comunicao entre as diferentes especialidades na rea da medicina dentria e cria planos previsveis durante o tratamento dentrio. Trata-se de um programma onde so trabalhadas imagens fotogrficas do paciente para a elaborao de um tratamento esttico que responda as necessidades biolgicas, funcionais e emocionais do paciente. Este poder acompanhar e visualizar todos os passos do tratamento e deste modo, torna-se parte integrante do processo. O paciente expressa a sua opinio e as suas expectativas quanto ao resultado final. Neste trabalho realizou-se uma reviso narrativa da literatura sobre a tcnica Digital Smile Design utilizando as palavras-chaves: Digital Smile Design; Visagism; dental planning; meaning of smile; mock-up. Os objetivos deste trabalho foi o de conhecer a tcnica Digital Smile Design, os princpios do visagismo e a importncia do planeamento nestes contextos. O sucesso de um tratamento est dependente de um correcto planeamento e de uma execuo clnica e laboratorial cuidadosa.
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A interao homem-mquina tem evoludo significativamente nos ltimos anos, a ponto de permitir desenvolver solues adequadas para apoio a pessoas que possuem um certo tipo de limitao fsica ou cognitiva. O desenvolvimento de tcnicas naturais e intuitivas de interao, as chamadas Natural User Interface (NUI), permitem, hoje, que pessoas que estejam acamadas e/ou com incapacidade motora possam executar um conjunto de aes por intermdio de gestos, aumentando assim a sua qualidade de vida. A soluo implementada neste projecto baseada em processamento de imagem e viso por computador atravs do sensor 3D Kinect e consiste numa interface natural para o desenvolvimento de uma aplicao que reconhea gestos efetuados por uma mo humana. Os gestos identificados pela aplicao acionam um conjunto de aes adequados a uma pessoa acamada, como, por exemplo, acionar a emergncia, ligar ou desligar a TV ou controlar a inclinao da cama. O processo de desenvolvimento deste projeto implicou vrias etapas. Inicialmente houve um trabalho intenso de investigao sobre as tcnicas e tecnologias consideradas importantes para a realizao do trabalho - a etapa de investigao, a qual acompanhou praticamente todo o processo. A segunda etapa consistiu na configurao do sistema ao nvel do hardware e do software. Aps a configurao do sistema, obtiveram-se os primeiros dados do sensor 3D Kinect, os quais foram convertidos num formato mais apropriado ao seu posterior tratamento. A segmentao da mo permitiu posteriormente o reconhecimento de gestos atravs da tcnica de matching para os seis gestos implementados. Os resultados obtidos so satisfatrios, tendo-se contabilizado cerca de 96% de resultados vlidos. A rea da sade e bem-estar tem necessidade de aplicaes que melhorem a qualidade de vida de pessoas acamadas, nesse sentido, o prottipo desenvolvido faz todo o sentido na sociedade actual, onde se verifica o envelhecimento da populao.
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Agradecimentos O compromisso da enfermagem para com os cuidados de sade primrios encontra-se incorporado no Cdigo Deontolgico do ICN para Enfermeiros adotado pela primeira vez em 1953 e revisto regularmente - que afirma que "os enfermeiros tm quatro responsabilidades fundamentais: promover a sade, prevenir a doena, restabelecer a sade e aliviar o sofrimento. Alteraes recentes na moldura da oferta de cuidados de sade em Portugal indiciam, uma compreenso de uma nova realidade. A reformulao da rede hospitalar, a reorganizao dos cuidados de sade primrios e a criao de uma rede de cuidados integrados constituem sinais significativos de uma nova abordagem do sistema de sade portugus. " As medidas adotadas pelos sucessivos Governos, desde a dcada de oitenta, no sentido de conterem o aumento dos gastos pblicos com sade podem ser classificadas de diferentes formas, distinguindo entre as que se dirigem oferta de servios de sade ou sua procura. Em termos de conteno de custos do lado da oferta, tipicamente estas medidas limitam investimentos, preos, admisses de pessoal, massa salarial, ou visam o aumento da eficincia atravs da melhoria da oferta de cuidados em ambulatrio em substituio dos hospitaois Do lado da procura, procuram desenvolver mecanismos de partilha de custos ou mesmo o estabelecimento de prioridades (ou at o racionamento) no acesso a cuidados, a par com um maior enfoque nas estratgias de preveno de sade e com a promoo dos cuidados primrios enquanto "porta de entrada" no sistema Em consequncia deste cenrio evidente a necessidade de solues, entre elas a priorizao e a chamada New Public Management ou Nova Administrao Pblica. Admitindo a existncia de um direito prestao de cuidados de sade, coloca-se a questo de aplicar os recursos com eficincia, dada a necessidade imperiosa de se efetuarem escolhas e de se estabelecerem prioridades. Este facto resulta do desfasamento existente entre os recursos necessrios e os recursos disponveis para a prestao de cuidados de sade, nomeadamente no que respeita utilizao de tecnologia sofisticada. O estabelecimento de prioridades e a necessidade de realizar opes surgem como tarefas primordiais, bem como a regulamentao da utilizao dos recursos de um modo justo e eficiente. O princpio da equidade na poltica de afetao de recursos para a prestao de cuidados de sade permite reafirmar a necessidade de um envolvimento ativo multidisciplinar. Nos dias de hoje,a utilizao de critrios de natureza econmica parece ser relevante para a tomada de decises de investimento em cuidados de sade bem como para o estabelecimento de prioridades. O crescimento dos custos com a Sade tem obrigado os governos adoo de medidas de conteno e racionalizao das despesas com o recurso a modelos de gesto do tipo empresarial, a introduo de tcnicas de avaliao de resultados, o planeamento dos servios de sade, o reforo da aposta nos cuidados primrios, o aumento dos co-pagamentos no momento da utilizao dos servios Um dos maiores marcos na histria dos cuidados de sade primrios foi a declarao de Alma-Ata (1971). Este documento indica algumas diretrizes para que os cuidados de sade prestados sejam de melhor qualidade, Os cuidados de sade primrios constituem a chave para que essa meta seja atingida, atravs do desenvolvimento e do esprito da justia social. Os cuidados de sade primrios so cuidados essenciais de sade baseados em mtodos e tecnologias prticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitveis, colocados ao alcance de todos os indivduos e famlias da comunidade, mediante a sua plena participao, e a um custo que a comunidade e o pas possam manter As principais caractersticas das unidades de cuidados de sade primrios so: constituir a porta de entrada dos servios e a continuidade, globalidade e coordenao dos cuidados. Os enfermeiros so o principal grupo de profissionais de sade a prestar CSP. Promovem e mantm ligaes entre os indivduos, famlias, comunidades e o resto do sistema de cuidados de sade, trabalhando tanto em autonomia como em colaborao para a preveno da doena e da incapacidade, bem como para promover, melhorar, manter e restaurar a sade. O seu trabalho abrange a sade da populao, a promoo da sade, a preveno da doena, os cuidados de bem-estar, o primeiro ponto de contacto para os cuidados e a gesto da doena ao longo de todo o ciclo de Num futuro prximo, decisivo que os enfermeiros - enquanto figuras centrais na prestao de cuidados de sade primrios - se envolvam, liderem e coordenem os cuidados, e que os seus papis na determinao de polticas e de prestao sejam encarados como legtimos e essenciais em todas as reas. Ter os enfermeiros no centro de deciso dos cuidados de sade primrios, ignifica: - Acesso melhorado aos cuidados. - Melhor preveno de doenas crnicas. A preveno da doena e a promoo da sade so exemplos perfeitos dos papis e da influncia crescente dos enfermeiros, no desenvolvimento de projetos promotores de sade. Os enfermeiros promovem que um estilo de vida saudvel essencial para a manuteno, recuperao e melhoria da sade de modo a viverem vidas mais longas e saudveis. 60 a 80 por cento dos cuidados primrios, tradicionalmente prestados pelos por outros profissionais, podem e devem ser efetuados pelos enfermeiros a um custo mais baixo e com resultados similares Para alm das estratgias delineadas pelos peritos em gesto da sade, como o caso da priorizao e da Nova Gesto Pblica, existe uma terceira maneira que funcionando como complemento das descritas anteriormente poderia originar ganhos em sade, quer em qualidade quer em termos monetrios. Este plano de conteno de custos pelo aumento da dotao de enfermeiros nos cuidados de sade primrios, nas diferentes unidades funcionais. O dinheiro gasto no tratamento de doenas, que com recurso a uma interveno inicial poderiam ser tratadas a baixo custo, abismal. 1 euro gasto em promoo da sade, representam 14 euros de poupanas no tratamento da doena A prescrio de um regime alimentar saudvel, significa muitos ganhos, em relao com aqueles que sero gastos no tratamento da obesidade, com necessidade de colocao de banda gstrica e todas as complicaes cardiovasculares que resultam do excesso de peso. O consumo de medicamentos, decorrentes do tratamento curativo e no preventivo das doenas tambm ele alarmante. Atuando ao nvel da preveno, com investimento nos enfermeiros diminuiria o dinheiro gasto em medicamentos. O papel das associaes nacionais de enfermeiros (ANE), sendo uma voz nacional da enfermagem, representa uma fora fundamental para ser chamada neste processo de mudana. Assim podem: • Facilitar a colaborao com outras associaes profissionais de sade, ministrio da sade e outros sectores e partes interessadas pertinentes. • Trabalhar com ministrios da sade e outros de modo a influenciar uma poltica nacional de sade que suporte os papis da enfermagem e reforce a capacidade de investigao da enfermagem. • Trabalhar com instituies de ensino para incorporar os CSP nos currculos. • Colaborar com centros de ensino e investigao de enfermagem • Divulgar resultados de investigao junto dos enfermeiros, decisores polticos e outros. • Oferecer formao contnua nos cuidados de sade primrios. • Salientar o trabalho dos enfermeiros nos CSP (em publicaes, stios web, conferncias, etc.). • Exercer presso no sentido de legislao que melhore os CSP • Disponibilizar um frum para o dilogo e a compreenso adequada das questes e diferenas entre os CSP e os cuidados mdicos primrios. • Promover os CSP como uma opo de carreira. • Estimular o interesse na enfermagem e na investigao acerca dos CSP Nos cuidados de sade primrios e em todo o sector de cuidados de sade, a realidade que as pessoas querem ter escolha e acesso informao, de modo a poderem efetuar essas escolhas. Esta tendncia ir continuar no futuro, e cada vez mais as pessoas iro necessitar do apoio prestado pelos enfermeiros no acesso informao e na realizao de boas escolhas. medida que a tnica e a prestao de servios se deslocam cada vez mais rapidamente do hospital para casa, do curativo para o preventivo, das instituies para as comunidades, os enfermeiros estaro cada vez mais no centro dos cuidados de sade Os enfermeiros e as associaes nacionais de enfermeiros podem liderar o caminho da melhor sade para todos. Os enfermeiros possuem os conhecimentos, aptides. O pblico e os decisores polticos vem os enfermeiros como tendo uma conduta tica, solcita, competente e efetiva em termos de custos. Cabenos a ns fazer avanar a agenda da enfermagem para os prximos anos e criar um futuro preferencial para a profisso e para as nossas sociedades; um futuro que comece com servios de CSP de qualidade para todas as comunidades.
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Introduo A enfermagem, enquanto profisso, tem como essncia o conceito de Cuidar, devendo estar presente em todas as fases do ciclo de vida, incluindo o fim de vida. A dignidade da Pessoa uma referncia conceptual do enfermeiro que, na procura da excelncia do cuidar deve desenvolver competncias relacionais que lhe permitam assistir o doente/famlia numa fase terminal. Compreender o modo como o Enfermeiro, enquanto ser Humano se envolve profissionalmente na perspetiva da Morte da Pessoa de quem cuida o principal motivo de interesse desta dissertao. A morte encarada como algo irracional, ilgico e incompreensvel difcil de assimilar e todos ns temos dificuldade em aceitar a ideia de morrer e de vivenciar a morte do Outro. Neste contexto Frias (2001) refere que os profissionais de sade, nomeadamente os enfermeiros, sentem-se desarmados perante a angstia das pessoas em fim de vida, com os quais tm dificuldade em estabelecer uma relao de ajuda. Menciona ainda, que os enfermeiros parecem estar pouco preparados para assistir, entender e ajudar as pessoas no seu processo de doena. A famlia, por sua vez precisa de ajuda para aliviar o sofrimento, a dor, ou a angstia do seu familiar em fim de vida. Sabemos que a problemtica da morte no se encontra suficientemente estudada e que consiste numa rea de interesse crescente na investigao em Enfermagem, que tambm por ns partilhada. Twycross, (2003) referencia a importncia da investigao para quem deseja aperfeioar os cuidados aos doentes que se aproximam da morte. Objetivo(s) Compreender como os enfermeiros vivenciam o processo de morte dos doentes e famlia em fim de vida. Metodologia Partindo da questo de investigao: Como que os enfermeiros gerem a sua presena junto da Pessoa/Famlia em fim de vida?, desenvolvemos um estudo de Natureza qualitativa, abordagem fenomenolgica segundo Colaizzi(1978), cujo desenvolvimento procedimental baseado nos seguintes passos: Descrever o fenmeno de interesse, Colher as descries dos participantes, Ler todas as descries do fenmeno feitas pelos participantes, Retornar s transcries originais e extrair as declaraes significativas, Tentar soletrar o significado de cada declarao significante, Organizar os significados agregados formalizados em grupos de temas, Escrever uma descrio exaustiva, Regressar aos participantes para validar a descrio, Se novos dados forem revelados incorpor-los na descrio exaustiva. Assim comeamos por expor uma representao esquemtica do fenmeno em estudo, que tal como nos refere Loureiro (2006, p.29), consiste na "organizao estrutural dos elementos essenciais do fenmeno de modo a facilitar a sua compreenso. Os participantes foram 8 enfermeiros que trabalham h mais de 5 anos, com mais de 30 anos de idade, que se disponibilizarem para partilharem as suas vivncias enquanto cuidam da pessoa em fim de vida, e aceitaram a gravao udio da entrevista. Foi obtido o parecer favorvel da Comisso de tica para a Sade da instituio onde foi realizado o estudo. Resultados Neste estudo emergiram seis temas que se dividiram em vrios subtemas, revelando-se muito importantes para a compreenso desta problemtica. Quadro - Sntese estrutural emprica do fenmeno em estudo Fim de vida. Perceo e Vivncia de quem cuida Temas Subtemas Reconhecimento humano de fim de vida -Experincia profissional -Diminuio/falncia das funes orgnicas -Expresso facial/Verbalizao -Diagnstico/informao clnica Sentimentos marcantes intrnsecos ao profissional -Dificuldade na aceitao da morte na idade jovem -O momento da morte e a despedida da famlia -Medo/angstia/dificuldade em aceitar a morte Sentimentos no cuidar extrnsecos ao profissional -Falta de apoio psicolgico -Falta de condies fsicas -Falta de disponibilidade de tempo Estratgias para minimizar o sofrimento e promover o bem-estar -Interao enfermeiro/famlia: diminui a ansiedade e promove a confiana -Conscincia da utilizao, importncia da relao de ajuda Melhorar a humanizao dos cuidados ao doente e famlia -Formao (cuidados Paliativos) -Melhorar as condies fsicas -Articulao do trabalho em equipa multidisciplinar -Melhorar a organizao dos recursos humanos Valorizao dos cuidados -Gesto teraputica/alvio da dor -Apoio afetivo e relacionamento humano -Conforto e bem-estar -Apoio familiar Discusso e Concluses As principais concluses centram-se nos fatos de os enfermeiros, identificarem os doentes em fim de vida com base no diagnstico, na informao clnica, na sua experincia, na comunicao no-verbal e na falncia das funes orgnicas, valorizando a importncia do apoio afetivo e relacionamento humano na prestao de cuidados. Adotando estratgias para minimizar o sofrimento e promover o bem-estar, realando, a gesto teraputica no alvio da dor, a importncia da relao de ajuda e a interao enfermeiro/famlia. Bem como identificam alguns constrangimentos inerentes prestao de cuidados aos doentes/famlia em fim de vida e que so: estrutura fsica pouco humanizada, falta de apoio psicolgico, falta de disponibilidade de tempo. Numa outra perspetiva onde os sentimentos intrnsecos encontram-se presentes e so consubstanciados na dificuldade em aceitar a morte, sobretudo a morte prematura bem como, o momento da morte e o presenciar a despedida da famlia. Neste estudo ainda podemos concluir que os enfermeiros tem conscincia de que os cuidados ao doente/famlia poderiam ser melhorados se houvesse maior preocupao na sua formao em cuidados paliativos, se a estrutura fsica dos servios proporcionasse um ambiente mais humanizado para as necessidades do doente/famlia, se a dotao de recursos humanos se adequasse mais ao tempo necessrio para o apoio presencial que o doente famlia requer para a preparao e aceitao da morte e se a equipa de enfermagem e a equipa multidisciplinar se organizasse melhor em termos da necessidades dos doentes. O estudo possibilitou compreender, a partir dos dados empricos que, para aliviar o sofrimento dos doentes em fase final de vida, os enfermeiros desenvolvem um processo de acompanhamento especfico, integral, dinmico, sistemtico e interativo, que engloba duas fases distintas, mas simultneas - uma fase em que identificam e avaliam o sofrimento do doente e outra fase, na qual, o ajudam a viver com o menor sofrimento e o maior bem-estar possveis os ltimos dias de vida, bem como o ajudam a morrer, de forma serena e digna. Ao longo destas duas fases os enfermeiros desenvolvem atividades de avaliao, de relao, de suporte, de informao e de execuo. Neste processo de acompanhamento, a presena do enfermeiro e a relao profunda estabelecida entre ambos emergem como os principais instrumentos para o alvio do sofrimento. Momentos esses que muitas das vezes no se tornam possveis segundo declaraes significativas, por falta de disponibilidade em tempo e recursos humanos. Partindo do princpio que este acompanhamento exige do enfermeiro competncias cientficas, tcnicas, humanas e relacionais, a experincia de muitos anos e o contacto dirio com o sofrimento e a morte de doentes em final de vida parecem contribuir fortemente para o desenvolvimento dessas competncias. Os participantes verbalizaram neste estudo a necessidade de formao pessoal e em equipa, e de recursos humanos em nmero suficiente para fomentar a humanizao de cuidados, falta de disponibilidade em tempo originada segundo os mesmos por "excesso" de registos, e ainda a no existncia de um psiclogo na equipa multidisciplinar. Dentro dos recursos institucionais, os enfermeiros participantes consideram relevante para o "cuidar" a existncia de caractersticas especficas, no que diz respeito estrutura fsica do servio. A falta de quartos individuais e a falta de um espao privado e humanizado para apoio psicolgico foram as principais deficincias referidas. Ao longo das entrevistas/colheita de informao podemo-nos perceber da importncia de propiciar aos enfermeiros um espao para entrar em contacto com os sentimentos evocados pelo quotidiano de dor, perdas, morte e separaes. Prevaleceu a impresso de que, para vrios profissionais entrevistados, a entrevista pde ser um momento nico no sentido de possibilitar o contacto com questes e sentimentos antes no verbalizados. Cuidar de doentes/famlia em fim de vida sabemos ns que no , nem nunca ser tarefa fcil, mas sim, dolorosa, angustiante, fazendo emergir questes existenciais do ser humano, justifica-se a necessidade de um trabalho de equipa mais coeso e dinmico que proporcione aos seus elementos um suporte efetivo no trabalho e uma aprendizagem constante, fundamentada e slida, o que foi confirmado pelos participantes. Um estudo desta natureza, deve contribuir para uma caracterizao do problema no contexto da prtica de enfermagem, podendo servir de ponto de partida para futuros trabalhos neste mbito. Colocam-se tambm algumas expectativas nos resultados deste estudo, no sentido que ele possa contribuir para uma reflexo dos profissionais com a possibilidade de partilha harmoniosa e natural das experincias e conhecimentos que os enfermeiros possuem, para que os beneficiados sejam a profisso e os destinatrios dos cuidados prestados pelos seus profissionais.
Resumo:
Introduo O envelhecimento da populao exige uma resposta global, requerendo interveno com todos os setores e mbitos. As atividades de lazer constituem-se como um fator importante na promoo da sade e bem-estar dos indivduos, particularmente dos idosos. O contato social e relaes com outras pessoas tem influncia positiva no seu bem-estar e sade. A participao em atividades de lazer pode manter o seu sentimento de autoestima, evitando os riscos associados com o isolamento, a perda de confiana ou diminuio da autoestima. Objetivos O presente estudo pretende descrever as atividades de lazer das pessoas com 60 e mais anos, residentes em domiclios particulares na rea de abrangncia de um Centro de Sade do municpio de Coimbra. Metodologia Realizou-se um estudo transversal de tipo descritivo. Entrevista realizada num Centro de Sade urbano-rural, atravs de questionrio (adaptado de Soares et al., 2010) a pessoas com 60 e mais anos residentes em domiclios particulares. Amostra acidental (n=130). O questionrio inclui, para alm das questes demogrficas, vrias escalas e sete questes relativas s atividades de lazer - avaliadas numa escala de likert com 7 opes de resposta, classificadas de nunca at diariamente. Para este estudo as variveis analisadas foram as demogrficas e as atividades de lazer. Resultados Os participantes eram maioritariamente do sexo feminino (57,7%) - Mdia de idades de 71,45 anos; casados/as ou viviam em unio de fato (70%), com o 1 ciclo do ensino bsico (50%). Como fonte de rendimentos referiram a reforma por invalidez (41,5%). Cerca de 6,1% vivia de transferncias financeiras dos filhos, de outros familiares ou do ex-marido/esposa/companheiro/a. Rendimento mensal - ≤ 500 Euros (67,7%); coabitavam com marido/esposa/companheiro/a (51,5%). Responderam na sua maioria como atividades de lazer dirias, ver televiso (91,5%), costura, tricot, jardinagem ou colecionismo (55,4%) e o estar com a famlia (58,5%). Responderam maioritariamente nunca relativamente a desenvolverem atividades artsticas (98,5%), frequncia de atividades fora de casa (96,9%), viajar (72,2%), ouvir msica (66,9%), cuidar dos netos/as (69,2%), fazer exerccio fsico - ex. andar, nadar (56,2%); 95, 4% responderam no terem outras atividades para alm das mencionadas no questionrio. Os que mencionaram outras atividades (4,6%), referiram a pesca/caa/jogos tradicionais (1,6%), aeromodelismo, uso de computador e voluntariado, respetivamente com 0,8%. Concluses Estes resultados revelam que os participantes no estudo ocupam as suas atividades de lazer especialmente em casa (ver televiso, a costura/tricot/jardinagem/colecionismos e estar com a famlia foram as atividades mais referenciadas diariamente). Quanto s modalidades centradas fora do domicilio, a sua maioria revelou baixa participao nestas atividades, inclusive em atividades artsticas. Salienta-se que 56,2% referiu no fazer exerccio fsico, como por ex. andar ou nadar. Sugere-se o envolvimento das equipas de sade comunitrias na promoo da participao ativa das pessoas com mais idade em iniciativas comunitrias promotoras de atividades artsticas, de atividade fsica e de trabalho voluntrio, entre outras.
Resumo:
INTRODUO: O crescimento demogrfico, em particular das cidades, o aumento da escolarizao e da qualidade de vida das populaes, bem como a diminuio do tempo de trabalho e uma maior conscincia social da importncia da actividade fsica conducente a um completo bem-estar tisico, social e psicolgico, levaram a que, a partir da segunda metade do sculo XX, novos valores se comeassem a considerar, criando condies para um significativo aumento dessa mesma prtica na ocupao dos tempos livres e para uma crescente diversificao das modalidades desportivas praticadas. Esta nova mentalidade relacionada com a actividade fsica e desportiva, comeou a dissipar a fora do desporto enquanto espao somente de competio, apenas praticado pelos mais dotados, assistindo-se a uma democratizao da sua prtica, associada ao prazer da participao, bem como aos ideais do corpo. perante este fenmeno de apropriao da prtica da actividade fsica e desportiva na ocupao dos tempos livres, que o desporto passou a ocupar um importante papel no dia-a-dia das diferentes comunidades, verificando-se uma enorme diversificao de actividades, tomando as instalaes desportivas tradicionais, includas nos aglomerados populacionais, insuficientes para satisfazer a procura destes novos desportistas, ocorrendo um progressivo aumento de busca de novos espaos, convertendo cada vez mais a natureza em instalaes desportivas. Nesta tese designada Contributos para a Gesto Integrada das Instalaes Desportivas Municipais da Sub-Regio do Baixo Alentejo procuraremos identificar os diferentes tipos de instalaes desportivas, nomeadamente, os grandes campos, pequenos campos, salas de desporto, pistas de atletismo, piscinas, entre outros, atravs da construo e grandes requalificaes ocorridas, dar a conhecer a propriedade e gesto, assim como que distribuio se verifica por sector, estabelecer a relao entre a rea desportiva coberta e descoberta, que utilizao se constata nas principais instalaes desportivas municipais atravs da sua taxa de ocupao, identificando-se os diferentes horrios de funcionamento e/ou utilizao, bem como a regulamentao existente que enquadra o respectivo funcionamento; dar a conhecer os projectos de curto/mdio prazo relativamente a construo/remodelao de instalaes ou espaos de actividade fsica; identificar a estrutura orgnica dos diferentes servios municipais de desporto, assim como os objectivos gerais que estabelecem para a estrutura; identificar o nmero de clubes e associaes que promovem a actividade fsica e desportiva, formal e informal, considerando-se o tipo de actividade por esses promovida; conhecer os projectos de actividade fsica pontual e regular, quer aquela promovida pelo municpio, quer a promovida pelo movimento associativo. Estes indicadores permitiro efectuar uma leitura correcta da rede de instalaes desportivas existentes, facilitando o planeamento e a gesto de acordo com as reais necessidades de prtica desportiva das populaes e propor a implementao de projectos e actividades a desenvolver. As propostas apresentadas devem ser entendidas como princpios orientadores de uma aco convergente dos parceiros sociais com diversas perspectivas da mesma realidade. Esta Tese de Mestrado s foi possvel concretizar-se com a participao efectiva de um conjunto de parceiros, nomeadamente, a AMBAAL e as diferentes Cmaras Municipais da Sub Regio do Baixo Alentejo, atravs dos diferentes tcnicos responsveis pela rea do desporto.
Resumo:
Envelhecer bem e de forma bem sucedida o que todas as pessoas aspiram.O desejo humano em acrescentar anos de vida saudvel no decorrer da sua velhice tem ganhado cada vez mais reconhecimento luz dos olhos da comunidade cientfica, mdica e sociedade civil. Este despertar da motricidade humana para o campo da gerontologia enquadra-se num paradigma desenvolvimental salutognico em que bem estar e qualidade de vida na idade mais avanada multifatorial capaz de interagir com as pessoas no seu todo a nvel bio-psico-social. Permitindo segurana, participao, oportunidades e independncia. As ltimas dcadas de investigao em que o interesse esteve voltado para a recuperao, manuteno e preveno de capacidades fsicas e cognitivas suportaram com elevada qualidade a diversidade de formas de programar intervenes prticas de exerccio para pessoas idosas enaltecendo a pertinncia dos programas integrarem simultaneamente a explorao destas capacidades. Este livro com carter didtico pretende criar uma ponte entre o que a cincia tem alcanado permitindo aos profissionais das cincias do desporto e tcnicos de Gerontomotricidade um instrumento orientador e mediador no apoio tcnico-pedaggico para organizao, planeamento e implementao de boas prticas na atuao com pessoas idosas. Adicionalmente do senso comum dos autores que carece literatura didtica prtica neste mbito. Este livro tenciona nortear o leitor para propostas que tornem a concretizao de um programa de exerccio fsico completo e qualificado em asegurar o trato das necessidades e adequabilidade aos idosos. Est composto por uma estrutura quem envolve 6 captulos. O Captulo 1. A gerontomotricidade como rea de conhecimento e de intervenoem que traduz ao leitor o campo desta sub-rea da motricidade humana dando a conhecer as suas razes, os seus princpios, principais objetivos de trabalho bem como recemendaes para prtica de atividade fsica; OCapitulo 2 - O Envelhecimento e Adaptabilidade Funcionalcontribuindo com uma informao rica no contexto das alteraes fisiolgicas inerentes ao processo de envelhecimento junto a uma paralelismo a adaptabilidade funcional; O Captulo 3 - Funcionamento Cognitivo e Gerontomotricidadetransmite o conhecimento de habilidades cognitivas que parecem beneficiar da atividade fsica como a ateno, funes executivas e velocidade de processamento informacional, explica sobre os mecanismos que suportam a relao entre atividade fsica e funcionamento cognitivo e sobre a importncia dada na otimizao das prticas em dupla tarefa.OCapitulo 4 - Avaliao da aptido fsica funcional na pessoa idosaapresenta uma seleo de testes fsicos extremamente adequados s caractersticas e necessidades das pessoas idosas. Alm de serem propostas convencionais so vlidas frente aos parmetros fsicos que so sugeridos a serem explorados assim como fiveis quanto aplicabilidade. O Captulo 5 - Uma proposta de programa de Gerontomotricidadeprope uma organizao de programa com um forte carter pedaggico sugerindo uma calendarizao anual que respeita uma progresso sequencial e contnua das atividades prticas a serem desenvolvidas. Por fim o Captulo 6 - Implementao de programa de exerccio fsico snior em autarquia. Uma realidade em Portugaltrata-se de um captulo ambicioso em que promove a prtica empoderada de propostas de Envelhecimento Ativo focado a orientar a implementao de programa de exerccio fsico especializado idosos em autarquias. No seu todo, o livro Gerontomotricidade em Prtica. Uma proposta atual de programa de exerccio fsico para pessoas idosas no se limita em instruir o leitor a uma abordagem nica de atividades prticas. Vai-se mais alm procura apoiar em todo o processo com reforo ao conhecimento tcnico e organizao de prtica que no se tornem utpicas e sim uma emergente realidade.
Resumo:
Tradicionalmente considerado um pas rural, Portugal caracteriza-se por assimetrias significativas ao nvel da distribuio da populao e da paisagem, da atividade econmica e das dinmicas sociais e culturais, que se traduzem em diferenas de desenvolvimento territorial, sustentabilidade e qualidade de vida entre as reas urbanas e rurais. Porque muitas reas rurais se tm urbanizado e perdido a sua identidade produtivo-agrcola e, tambm, porque algumas reas urbanas tm incorporado conceitos e paisagens rurais, importa conhecer as percees sobre o nvel de bem-estar que os indivduos registam no local onde residem e os factores de ligao entre o rural e urbano que fazem, nomeadamente, com que ambos sejam territrios de trabalho e mobilidade, residncia ou evaso, cultura e lazer, tranquilidade ou agitao, ou seja, de bem-estar global. A sociedade atual continua a adotar padres de comportamento baseados numa lgica que impera desde h dezenas de anos ainda que a posio das vrias atividades desenvolvidas no territrio, apoiada por novas acessibilidades e conectividades (fsicas e eletrnicas), propicie o surgimento de vrios usos do territrio, por vezes conflituantes. Esta nova realidade fsica distante do padro vigente num passado recente, pressupe significativas alteraes de natureza muito diversas. Partindo deste pressuposto e de uma abordagem multi-mtodo, o objetivo analisar as ligaes entre as regies urbanas e rurais, em Portugal, e a perceo de qualidade de vida que lhes associada, a partir de informao secundria obtida do INE, PORDATA e de um estudo de caracterizao da paisagem de Portugal continental e informao primria recolhida por sondagem a uma amostra da populao portuguesa.