1000 resultados para Transmissão intergeracional
Resumo:
Introdução: A recomendação habitual no tratamento da alergia alimentar é a evicção completa, até à aquisição de tolerância. É importante perceber em que situações ocorrem falhas na evicção, de forma a orientar o melhor possível o doente com alergia alimentar. Objectivo: Conhecer a frequência e caracterizar as exposições acidentais, num grupo de doentes com alergia alimentar. Material e métodos: A partir dos registos do Serviço de Imunoalergologia do Hospital Dona Estefânia, foram seleccionados doentes com idade ≤ 10 anos com alergia às proteínas do leite de vaca, ovo, peixe, amendoim ou frutos secos. Os pais/prestadores de cuidados responderam a um inquérito telefónico referente ao alimento implicado, falhas na dieta e sintomas. Resultados: Contactou -se um grupo de 65 doentes com idade média de 4,3 anos (63% do sexo masculino), totalizando 69 casos de alergia alimentar – cerca de 42 casos de alergia ao leite, 11 casos de alergia ao peixe, 10 de alergia ao ovo, 5 de alergia aos frutos secos e 1 de alergia ao amendoim. Na maioria dos casos a primeira reacção foi desencadeada por ingestão (95,6%) e foi imediata (78,3%), manifestando -se por sintomas mucocutâneos (MC) em 75,4%, gastrintestinais em 33,3% e respiratórios em 23,2%. Ocorreu anafilaxia em 17%. Houve falhas na dieta em 68,1% dos casos, que contabilizaram um total de 68 eventos de exposição acidental, na maioria (87,1%) com sintomas. Destes 68 eventos de exposição acidental, em 69,1% (n=47) o leite foi o alimento implicado, em 14,7% (n=10) foi o ovo, em 13,2% (n=9) o peixe e em 2,9% (n=2) os frutos secos. As manifestações clínicas mais frequentes foram MC (55,9,9%), seguindo -se as do tracto respiratório (25%) e as do tracto gastrointestinal (23,5%). Em 20,5% dos eventos de exposição acidental, ocorreu reacção anafiláctica. A maior parte das ingestões/exposições acidentais ocorreram em casa (36,8%) e na escola (29,4%). Perante a reacção foi administrada terapêutica em 41,2%, aguardaram resolução espontânea 38,2% e recorreram ao serviço de urgência 20,6% dos casos. Conclusões: As falhas na dieta de evicção foram frequentes, a maioria com sintomas. Aconteceram maioritariamente em casa e na escola, o que pode sugerir lacunas no conhecimento dos pais/prestadores de cuidados. A caracterização das exposições acidentais nos doentes com alergia alimentar poderá ajudar a optimizar a transmissão de informação, a estes e aos seus responsáveis, relativamente à prevenção de situações de risco.
Resumo:
A importância da comunicação interna recebe cada vez mais atenção do seio das organizações. Ela é vista, atualmente, como um elemento fundamental da criação da cultura das empresas, e estas dedicam-lhe cada vez mais tempo e recursos. Este estudo visa avaliar o impacto da comunicação interna na transmissão dos valores e da cultura corporativa. Para tal, foi realizado um estudo empírico, através da realização de inquéritos a 52 colaboradores do BNP Paribas CIB Portugal. As hipóteses analisadas no estudo variavam no conhecimento (ou falta dele) da cultura da instituição e na importância dada (ou não) à comunicação interna como transmissora da cultura organizacional. Os resultados dos questionários comprovam a hipótese inicial, provando que a amostra conhece a instituição e avalia como positivas quer as ferramentas de comunicação interna quer a atitude geral da empresa no que diz respeito à comunicação.
Resumo:
Dissertação para obtenção do Grau Mestre em Engenharia Civil – Perfil de Construção
Resumo:
Haverá lugar para a idéia do fonógrafo enquanto máquina poética? Será legítimo falar de uma poética do fonógrafo? Para tais perguntas podemos imaginar uma resposta a dois tempos. Em primeiro lugar - mas não se trata de hierarquia - responderemos num plano que é simultaneamente teórico e etimológico. Com efeito, a fonografia deixa-se aproximar, pela sua própria definição, da idéia mesma de poesia: a escrita da voz, SL inscrição gráfica da phôné, a grafia servindo de veículo à transmissão e ao registo da sonoridade vocal. Porque é indiscutível ser assim que uma certa idéia da poesia nos chega da proveniência grega: na poesia, o poeta/a/fl, mesmo que nem sempre fale em seu nome. A precedência da fala sobre a grafia (agora sim, precedência hierárquica) é constitutiva desta velha noção "fonográfica" (entre aspas, claro) da poesia, com toda a distância histórica que a separa da invenção do fonógrafo - da máquina com esse nome - e mau grado todas as dúvidas que sempre rodearam a escrita alfabética como dispositivo de gravação efectiva (verdadeira) da voz que a precede (em todos os sentidos). Se a escrita pôde aparecer como simulação, mesmo falsificação, do discurso falado, isso sô confirma esta metafísica da voz na sua radical desconfiança quanto aos poderes singulares atribuídos à escrita. A antigüidade desta concepção não é, por outro lado, motivo para a afastarmos em absoluto da invenção histórica, muito recente, do fonógrafo. Pelo contrário: a narrativa já clássica da evolução dessa máquina, de Edison aos "nossos dias", faz-se precisamente em torno do objectivo instrumental da gravação, do graphós, face à voz ou aos sons que se pretendem registados com uma precisão crescente, isto é, com uma "verdade" ou "autenticidade" sempre maior em cada passo dessa evolução.
Resumo:
Este estudo pretendeu avaliar o benefício do Teste Rápido VIH na prevenção da transmissão perinatal. Realizou-se um estudo retrospectivo, em que se avaliaram 238 pedidos de Teste Rápido VIH entre 2001 e 2005. Realçaram-se dados relativamente ao pedido de teste, o seu resultado, assim como as medidas profilácticas adoptadas e sua eficácia. Os pedidos incidiram predominantemente em grávidas em trabalho de parto (93,2%), a maioria por gravidez não vigiada. O Teste Rápido VIH foi positivo em 13 casos (5%), 11 com diagnóstico intra-parto. Detectou-se um falso positivo. Dos 10 casos com diagnóstico intra-parto, realizou-se quimio-profilaxia num caso, inibiu-se a amamentação em nove, e iniciou-se profilaxia neonatal em 9 casos. Não ocorreu nenhum caso de infecção perinatal. O Teste Rápido VIH é um teste fácil, rápido, flexível, com alta sensibilidade e especificidade. Permite um diagnóstico mais rápido que o teste ELISA, possibilitando administração de profilaxia intra-parto e neonatal, que comprovadamente reduz a transmissão vertical de VIH.
Resumo:
Introdução: A isomunização RhD continua a existir continuando a sua gravidade a ser imprevisível. Material e métodos: Descreve-se um caso clínico duma grávida com dupla seropositividade para o VIH 1 e 2, que, após uma gravidez com uma isoimunização RhD grave teve duas gravidezes sem que esta se tenha manifestado com a mesma gravidade. Realizou-se ensaio in vitro para se testar a hipótese de a terapêutica anti-retrovírica com zidovudina (AZT) interferir no reconhecimento dos antigénios eritrocitários. Resultados: O AZT, in vitro, não alterou o reconhecimento eritrocitário do antigénio D, responsável pelo fenótipo RhD. Discussão: Discute-se a vigilância ecográfica da gravidade da anemia fetal e as hipóteses implicadas na alteração de comportamento da isoimunização RhD. Conclusão: Na avaliação da descompensação da anemia fetal existem marcadores ecográficos preditivos da anemia fetal como a velocidade do pico sistólico na artéria cerebral média que devem ser integrados numa avaliação do bem-estar fetal, antes da realização da amniocentese. Ainda permanece por elucidar a razão da diversidade do comportamento da imunização RhD, como no caso clínico descrito.
Resumo:
A expressão "guerra na Internet" coloca à partida um problema conceptual, que se prende com as várias dimensões com que podemos tomar esta expressão e o próprio conceito de Intemet. Como fenômeno situado no cruzamento das esferas técnica e social, a Internet é susceptível de múltiplas definições. Do ponto de vista tecnológico, podemos entendê-la como rede global que permite a todos os computadores a ela ligados, mesmo que dotados de sistemas operativos diferentes, comunicar e partilhar informações. Mas a Intemet é também, cada vez mais, um espaço social, com imediatas implicações políticas (na perspectiva interaccionista do político), um espaço de trocas econômicas, um espaço de transmissão e transformação culturais, um espaço psicológico e lingüístico. É também, em cada uma destas dimensões, um espaço dotado de lógica própria, muitas vezes inovadora - se bem que interdependente das estruturas da realidade social em que se insere - e caracterizado por uma dinâmica fundada na interacção entre pessoas e colectivos, de um lado, e os dispositivos tecnológicos usados na comunicação, do outro. É assim que a sociologia ou a economia desenvolvem definições de Intemet distintas, relativas aos respectivos centros de interesse e dispositivos teóricos e conceptuais, distinção extensível a áreas do conhecimento como a história, a lingüística, a psicologia, a antropologia ou o direito. E é assim que o tema "guerra na Intemet" é susceptível de abordagem a partir de todas essas áreas.
Resumo:
Introdução: A infecção VIH/SIDA mantém-se uma importante causa de morbilidade e mortalidade nos países em vias de desenvolvimento, onde a terapêutica antiretroviral só está disponível para um número restrito de doentes. Nos países desenvolvidos, há tendência para estabilização da epidemia mas é ainda frequente o diagnóstico em fases tardias, com subaproveitamento dos benefícios do tratamento, aqui facilmente acessível. Em Portugal, país da Europa Ocidental com maior prevalência de infecção VIH, continua a verificar-se o aumento de novos casos. Objectivos e Métodos: Avaliação retrospectiva com caracterização e comparação de dois grupos de doentes com infecção VIH acompanhados em consulta de um hospital central de Lisboa - um com diagnóstico em 1997/1998, outro com diagnóstico em 2007/2008 – com o objectivo de analisar possíveis diferenças de “perfil” demográfico, epidemiológico, clínico-laboratorial e terapêutico. Resultados: Foram estudados 74 doentes com diagnóstico em 1997/1998 e 106 doentes com diagnóstico em 2007/2008. A idade média foi superior em 2007/2008. O sexo masculino predominou em qualquer dos períodos, sem diferença significativa. A raça negra e a origem não portuguesa tiveram maior representatividade em 2007/2008. Verificou-se um aumento da transmissão heterossexual e um menor número de casos associados ao uso de drogas endovenosas em 2007/2008. O estadio inicial não mostrou diferenças estatisticamente significativas nos dois períodos. Em 1997/1998 os esquemas terapêuticos envolveram maior número de comprimidos e maior número de tomas diárias. Conclusões: Parece-nos fulcral o investimento em estratégias de redução de riscos e de diagnóstico precoce, em cuja definição devem ser contemplados múltiplos factores, individuais, comportamentais e sociais. Com uma prevenção mais efectiva e início atempado da terapêutica, que se objectiva progressivamente mais potente, mais simples e mais bem tolerada, e se aspira de acesso universal, talvez um dia se alcance o tão desejável controlo da epidemia.
Resumo:
A Síndrome de Alström (SA, MIM# 203800) é uma doença hereditária, de transmissão autossómica recessiva, descrita pela primeira vez em 1959, por Alström. O gene ALMS1, causador da doença, foi identificado em 2002 e localiza-se no cromossoma 2p13. É uma doença genética rara, com o envolvimento de múltiplos órgãos e de evolução progressiva. As principais características fenotípicas incluem: retinopatia pigmentar, surdez neurosensorial, miocardiopatia dilatada, obesidade, hiperinsulinismo e resistência à insulina. Recentemente, foram publicados critérios de diagnóstico, classificados em major e minor, contribuindo para um diagnóstico precoce da doença. Descrevem-se quatro casos, realçando-se as diferentes formas de apresentação clínica, a importância de um seguimento multidisciplinar e a possibilidade de se tratar provavelmente de uma doença sub-diagnosticada.
Resumo:
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Antropologia - Área de especialização de Natureza e Conservação
Resumo:
Os jovens iniciam cada vez mais cedo a sua atividade sexual surgindo algumas situações de risco, como as gravidezes indesejadas e o contágio de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) que podem ter consequências graves para a saúde dos jovens. Embora os jovens tenham fácil acesso à informação sobre a contracepção e sobre os comportamentos de risco associados à actividade sexual, esta informação nem sempre é a mais correcta e nem se baseia em fontes fiáveis ou conhecimentos científicos. A Contraceção Oral de Emergência (COE) tem sido uma solução para evitar uma gravidez indesejável no entanto sem proteger de DSTs. Este método está apenas indicado em casos de emergência. Por isso, é importante que os jovens estejam devidamente informados, não só em relação à contracepção em geral, mas também em relação ao funcionamento da COE. O objetivo primordial da presente investigação consiste em avaliar os conhecimentos e os comportamentos dos jovens do ensino superior português em relação à COE. O estudo foi realizado em três Institutos Politécnicos o de Bragança, Guarda e do Porto onde participaram 233 estudantes com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos sendo 191 do sexo feminino e 42 do sexo masculino. A maioria dos estudantes (96,6%) desta amostra já tinha ouvido falar da COE e sabiam que deve ser tomada após a relação sexual. Os media e as consultas de planeamento familiar/ginecologia foram as fontes mais apontadas pelos estudantes onde adquiriram o conhecimento da COE. No que concerne ao uso do método COE por parte desta amostra estudantil, verifica-se 61,4% dos sujeitos diz conhecer alguém que já tinha recorrido à COE, no entanto, apenas 26,2% dos sujeitos afirmam já ter recorrido à COE. A maioria dos jovens que referiu ter recorrido à COE diz tê-lo feito devida à falha do método contraceptivo normalmente utilizado. Existe a necessidade de intervir e ter em conta que os jovens devem ter acesso a informação adequada e concreta sobre a contraceção disponível, e mesmo contraceção para evitar possíveis gravidezes indesejadas e a transmissão DSTs. Assim, a implementação de novos projetos podem ser uma porta de entrada para a educação sexual mais fundamentada na busca de uma saúde mais perfeita do homem e da mulher dos nossos dias.
Resumo:
Introdução: Nos últimos 30 anos, em vários países, tem sido relatado um aumento da incidência de tosse convulsa, sobretudo em adolescentes e adultos, apesar das altas taxas de cobertura de imunização primária. Objectivos: Rever aspectos da epidemiologia da tosse convulsa, descrever algumas estratégias de controlo, com ênfase nas que incluem a utilização de vacinas com menores quantidades do toxóide diftérico e de alguns componentes pertussis (dTpa), e a avaliação da eficácia e efectividade destas vacinas. Métodos: Selecção de artigos relevantes, através da base de dados PubMed e sítios de acesso livre da internet, publicados entre 1991 e 2011. Resultados: As alterações do padrão epidemiológico são atribuídas, principalmente, à diminuição da imunidade ao longo dos anos, após a vacinação ou infecção natural. Os adolescentes e adultos foram identificados como importantes fontes de transmissão da doença para lactentes muito jovens que, uma vez não imunizados ou parcialmente imunizados, são mais vulneráveis às complicações relacionadas com a doença e apresentam maior mortalidade. A vacina (dTpa), formulada para o uso em adolescentes e adultos é segura e eficaz. A sua utilização também reduz a transmissão da tosse convulsa para os grupos etários com alto risco de complicações. Conclusão: A disponibilidade da dTpa oferece novas oportunidades para reduzir o impacto da tosse convulsa. A modificação das estratégias preventivas pode levar a um melhor controlo global da doença.
Resumo:
Introdução. As taxas de prevalência de tuberculose infecção e doença têm declinado em Portugal. No entanto, a pandemia da infecção pelo vírus de imunodeficiência humana, a toxicodependência e más condições de salubridade podem reverter esta tendência. O rastreio de crianças assintomáticas em contacto com adultos em risco de contrair a doença é crucial pois os casos de tuberculose infantil são devidos a um risco elevado e recente de transmissão na comunidade. Objectivos. Determinar a prevalência de tuberculose infecção/doença numa amostra de crianças em contacto com adultos de risco; determinar a prevalência de factores de risco e sua efectividade como preditores de infecção/doença nesta amostra; administrar quimioprofilaxia/terapêutica aos casos detectados e investigar as possíveis fontes de contágio. População e Métodos. Estudou-se uma amostra de conveniência de crianças que frequentavam uma instituição recreativa para crianças e jovens na Ameixoeira – Lumiar (Lisboa) no período de Abril-Maio de 2005. Aplicou-se um questionário sobre factores de risco para tuberculose e fez-se prova tuberculínica pelo método de Mantoux. A leitura foi efectuada após 72 horas. Os casos positivos (induração > 15 mm de diâmetro) foram submetidos a avaliação clínica e radiológica e quimioprofilaxia/terapêutica. Os seus coabitantes foram investigados. Os dados foram analisados pelo programa StatCal-Epiinfo 3.2.2. Resultados. Estudaram-se 100 crianças (54 famílias) das quais 44% tinham pelo menos um factor de risco. Em duas crianças o teste de tuberculina foi positivo sendo o diagnóstico final de tuberculose infecção. O rastreio dos seus coabitantes foi negativo. Aprevalência de infecção na amostra estudada foi de 2:100. O questionário aplicado teve um valor preditivo positivo de 2,2% e negativo de 98% para detectar infecção por tuberculose. Conclusões. A prevalência de infecção na amostra de crianças estudada foi elevada. O questionário aplicado teve pouca acuidade para predizer a presença de infecção/doença nesta amostra.
Resumo:
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Electrotécnica e de Computadores
Resumo:
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Biomédica