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Resumo:
São relatados a epidemiologia, os sinais clínicos e aspectos macro e microscópicos de casos de harpejamento ocorridos de 2000 a 2005 em eqüinos de oito propriedades rurais de seis municípios do Rio Grande do Sul. Pelo menos 10 eqüinos foram afetados, com idades variando entre 1 e 13 anos (média de 6,2 anos) e 1-2 eqüinos foram afetados por propriedade. Dentre os fatores que podem ter influenciado o aparecimento da doença está incluída a escassez de forragem devido à seca. A presença da planta Hypochaeris radicata, freqüentemente implicada como causa de harpejamento em eqüinos, foi observada na pastagem de três entre cinco propriedades onde a ocorrência dessa planta foi investigada; em seis dessas propriedades a forragem era pouca devido à falta de chuva. A morbidade foi estimada em 17,3% e a letalidade foi perto de zero, embora dois eqüinos tenham sido submetidos à eutanásia para serem necropsiados. Os sinais clínicos característicos incluiam hiperflexão dos membros pélvicos, dificuldade de caminhar e andar com saltos tipo pulos de coelho. Foi feita uma graduação da intensidade dos sinais clínicos em um escore de números de 1 a 5, os números mais altos indicando um grau de intensidade maior. Três eqüinos foram graduados como 1, um eqüino como 2, três eqüinos como 3, um eqüino como 4 e dois eqüinos como 5. O tratamento com fenitoína em dois eqüinos e com fenitoína associada a tenectomia em um outro não resultou em melhora do quadro clínico. Quatro dos 10 cavalos com harpejamento examinados clinicamente se recuperaram sem tratamento após uma doença clínica com evolução de 2-4 meses e quatro cavalos não se recuperaram mesmo após 9-17 meses de doença clínica, quando foram examinados pela última vez. Os achados de necropsia incluíam atrofia dos músculos esqueléticos das grandes massas musculares, confirmada histologicamente. A avaliação histológica dos nervos periféricos de um eqüino afetado submetido à eutanásia revelou redução ou ausência de fibras mielinizadas. Os achados ultra-estruturais incluíam sinais de desmielinização, regeneração e remielinização de nervos periféricos.
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Este estudo retrospectivo incluiu achados clínicos e patológicos de 15 bovinos afetados por raiva. Em treze dos quinze casos, raiva foi confirmada por imunofluorescência direta. Bovinos entre 4 meses e 8 anos foram afetados. O curso clínico variou de três a sete dias. A forma paralítica foi a mais frequente e incluiu incoordenação, paresia e paralisia dos membros pélvicos, decúbito, movimentos de pedalagem e morte. Os principais achados histopatológicos foram meningoencefalite linfoplasmocitária associada com corpúsculos de Negri em 86,6% dos casos. Todos os casos foram positivos na imuno-histoquímica para raiva, cujas reações foram mais evidentes no tronco encefálico, incluindo bulbo, ponte e mesencéfalo, além de gânglio trigêmeo. A imuno-histoquímica demonstrou o vírus da raiva em axônios, dendritos e pericário de neurônios, como agregados de grânulos ou em formações arredondadas associadas com números variáveis de corpúsculos de inclusão virais nos neurônios. Houve também marcação nos neurônios de Purkinje e de seus processos na camada molecular, nos núcleos do tronco encefálico e camada profunda do córtex telencefálico. A imuno-histoquímica pode ser importante ferramenta diagnóstica no diagnóstico da raiva, especialmente em situações nas quais não é possível manter refrigeração adequada das amostras e em casos com meningoencefalite não-supurativa e ausência de corpúsculos de inclusão.
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O trabalho teve por objetivo avaliar a resposta tecidual à implantação de discos de poliuretana derivada do óleo de mamona confeccionados de duas formas distintas, na forma pré-moldada fornecida pela indústria e em biomassa moldada no momento da aplicação, de forma a observar se haveria algum tipo de reação local tardia associada à possível continuidade do processo de endurecimento final do biomaterial. Foram utilizados 20 ratos, linhagem Wistar, fêmeas, com peso de 300-350g, nos quais foi inserido o disco pré-moldado no tecido subcutâneo do flanco direito e o de biomassa moldada no flanco esquerdo. Ambos os discos tinham 0,8cm de diâmetro por 0,5cm de espessura. Para o procedimento histológico, cinco ratos foram submetidos à eutanásia aos 3, 7, 15 e 30 dias de pós-cirúrgico. Os implantes e tecidos circundantes foram colhidos, processados e corados pela técnica de hematoxilina-eosina. Foi observada inicialmente uma reação inflamatória moderada, composta especialmente por células polimorfonucleares e macrófagos. Os linfócitos variaram de ausentes a discretos. A reação inflamatória diminui de intensidade à medida que se intensificou a formação de tecido conjuntivo fibroso ao redor dos implantes, porém sem modificação dos números de macrófagos. Sendo assim, conclui-se que ambos os discos de poliuretana induzem uma reação inflamatória similar, que varia de moderada a discreta na dependência do momento de avaliação.
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Objetivou-se determinar os valores hematológicos, bioquímicos séricos, proteína C reativa e cortisol de 14 ararajubas (Guaroba guarouba) clinicamente saudáveis mantidas em cativeiro no zoológico do Parque Estadual de Dois Irmãos Recife/PE. Amostras de sangue foram obtidas da veia jugular com volume médio de 0,8ml, fracionando em duas porções, a primeira depositada em tubo MiniCollect®CE contendo EDTA e a outra tubo com gel separador, para a separação do soro sanguíneo. Os indicadores bioquímicos e PCR foram determinados através do analisador ARCHITECT c8000. O cortisol foi analisado no Cobas E411 da Roche. Para a determinação dos números de eritrócitos e leucócitos, foi utilizada a metodologia da contagem em câmara de Neubauer. O hematócrito foi avaliado pelo método do microhematócrito e a hemoglobina pelo método da cianometahemoglobulina. Para a contagem diferencial de leucócitos, foi utilizada a técnica de Shilling. Os índices hematimétricos (VCM, HCM E CHCM) foram determinados com os valores encontrados na série eritrocítica. Os dados foram caracterizados por dispersão de freqüências, utilizando-se as seguintes medidas de tendência central: Média, desvio-padrão, mediana e percentil de 25 e percentil 75. A determinação de alguns parâmetros como ferro, triglicerídeos, PCR e cortisol foram identificados como sendo pioneiramente referenciados nesta espécie de ave. Os dados são apresentados como sendo de referência para a ararajuba (Guaroba guarouba) criada em cativeiro em condições similares de manejo e higidez e ainda pode contribuir para os trabalhos de conservação ex situ desta espécie.
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Intoxicação por Senecio spp. é a principal causa de morte de bovinos no Rio Grande do Sul (RS) e não há medidas terapêuticas eficazes, mas os ovinos são mais resistentes e têm sido usados como controladores naturais da planta. O objetivo desse trabalho foi avaliar a eficiência do pastoreio com ovinos em diferentes estações do ano (primavera-inverno) determinando a melhor época pela interferência desse pastoreio na fenologia da planta, especialmente nas fases reprodutivas, e em relação à infestação na pastagem. O experimento foi desenvolvido em duas propriedades localizadas na região da Campanha do RS, em módulos de 50m X 100m, com água disponível e com diferentes graus de infestação por Senecio spp. O grau de infestação, independentemente da espécie, foi determinado pela média do número de plantas em três pontos aleatórios com diâmetro de 2m cada, dentro da área de estudo. Em 12 pontos de observação fenológica definidos em cada módulo, uma a três plantas representou infestação baixa (IB) e quatro a seis plantas infestação média (IM), ambos localizados na propriedade A; sete a nove plantas infestação alta (IA) e 10 ou mais plantas foi considerada infestação muito alta (IMA), localizados na propriedade B. Os módulos localizaram-se em propriedades distintas porque não foram encontrados todos os níveis de infestação numa única propriedade. Nesses pontos foram avaliados os seguintes parâmetros no dia 0 (antes da entrada dos ovinos) e a cada 15 dias durante a primavera de 2009 (primeiro ano) e inverno e primavera de 2010 (segundo ano): número de exemplares das espécies de Senecio presentes, fenofases reprodutivas, vigor e consumo. O controle foi feito no segundo ano do experimento, em seis pontos de observação fenológica, estabelecidos de forma idêntica ao módulo, em área contígua a cada um dos módulos, sem pastoreio ovino, com pastoreio periódico de bovinos e equinos, seguindo o manejo de rodízio aplicado nas propriedades. No momento da instalação, cada controle tinha o mesmo grau de infestação de Senecio spp. correspondente à área experimental. No intervalo de tempo experimental, entre a primavera de 2009 e o inverno de 2010, os ovinos foram retirados e os módulos abertos ao pastoreio de bovinos e equinos. A análise estatística foi feita através de regressão simples e a comparação das médias por covariância, sendo que as variáveis fenofase reprodutiva, vigor e consumo, que não apresentaram distribuição normal, foram comparadas pelo teste não paramétrico de Wilcoxon. Os resultados demonstraram que o pastoreio ovino interferiu negativamente no desenvolvimento das espécies de Senecio acompanhadas e que, no inverno, inibe as futuras fenofases reprodutivas das plantas. Considerando as condições fenológicas, ambientais e de maior risco para os bovinos, o controle de Senecio spp. com ovinos, no inverno, é mais eficaz do que na primavera. Pela interferência negativa na planta, especialmente em relação às fenofases reprodutivas, diminuindo a produção de sementes, o pastoreio ovino é uma alternativa de controle biológico de Senecio spp. que reduzirá a infestação a médio e longo prazo no RS, consequentemente, o prejuízo à bovinocultura.
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RESUMO A infecção em cães por Dioctophyma renale, relatada em diversas partes do mundo, é considerada incomum, na maioria das vezes. No entanto, em algumas regiões são descritos números crescentes da infecção e muitos dados da epidemiologia e do ciclo biológico do parasito ainda são obscuros. Dessa forma, o trabalho tem como objetivo descrever os aspectos epidemiológicos, clinicopatológicos e ultrassonográficos de casos de infecção por Dioctophyma renale em cães na região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Foram estudados 28 casos de dioctofimose em cães necropsiados ou clinicamente avaliados, submetidos à ultrassonografia e cirurgia para retirada dos parasitos. Os cães errantes foram os mais acometidos e todos com possível acesso às margens do Rio Uruguai. As lesões renais e extrarrenais foram caracterizadas predominantemente por atrofia do parênquima renal com glomerulonefrite esclerosante e peritonite granulomatosa associada a parasitos adultos livres na cavidade abdominal e ovos, bem como migrações erráticas para o tecido subcutâneo. Por fim, os achados ultrassonográficos corresponderam, especialmente, a imagens transversais circulares de até 0,6 cm de diâmetro, com margem hiperecoica e centro hipoecoico. Esses achados foram patognomônicos para infecção por Dioctophyma renale, e o exame ultrassonográfico se mostrou indispensável para o diagnóstico definitivo durante a avaliação clínica. Os achados observados nesse estudo demonstram a importância dessa parasitose na região. Além disso, alertam para a importância do diagnóstico, que vem sendo subestimado, além de apontar a necessidade de mais dados acerca da epidemiologia da doença para que se chegue a métodos efetivos de controle.
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A lixiviação de metribuzin, oxadiazon e bromacil, em dois tipos de solos foi estudada em colunas com precipitações simuladas de 60 e 120mm de chuva. Utilizaram-se colunas de 10 cm de diâmetro e 21 cm de altura, subdivididas em segmentos de 3 cm. Após a percolação da água os anéis foram separados e em cada um foi semeado alface para os que receberam metribuzin e bromacil e capim-arroz para os que receberam oxadiazon. Avaliações foram realizadas até 14 dias após, fazendo-se nova semeação e avaliações por mais dez dias. Aplicou-se uma expressão aos números de plantas que morreram, levando-se em conta o tempo gasto para a morte, para o cálculo da quantidade de herbicida lixiviado em cada anel, utilizando os resultados de cada contagem. O oxadiazon não foi lixiviado além de 3 cm para qualquer condição do experimento. O metribuzin foi lixiviado até 9 cm em solo argiloso com 60 mm e até 18 cm com 120 mm. No solo barrento apresentou lixiviação até 21 cm com 60 mm de água, sendo semelhante com 120 mm. O bromacil apresentou maior lixiviação que o metribuzin em qualquer condição, com menor retenção nas camadas superiores com 60 mm. As diferenças de lixiviação ocorridas entre os dois solos se devem mais ao teor e tipo de argila e, em menor grau, ao teor de matéria orgânica.
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O presente trabalho, conduzido durante o ano agrícola de 1979/80 na Estação Experimental Agronômica de UFRGS, em Guaíba, RS, apresentou como objetivo testar quatro cultivares de soja (Paraná, Prata, Hood e IAS-4) quanto à sua habilidade em concorrer com Euphorbia heterophylla L. (leiteira, amendoim-bravo) estabelecida em três densidades (0, 12 e 54 plan-tas/m2, em média) e dois períodos de duração da competição (45 e 115 dias após a emergência da soja). Constatou-se que houve redução no rendimento de grãos de soja por efeito dos dois períodos de competição e das densidades de E. heterophylla L. referidas. Também os números de grãos e de legumes por área foram consideravelmente reduzidos pela presença da planta daninha associada ao período mais prolongado de competição. A espessura do caule e o número de nós das plantas de soja decresceram apenas sob o efeito da maior densidade da Euphorbia; entretanto, o número de ramos e o índice de área foliar, este aos 75 dias após a emergência da cultura, sofreram redução com a infestação de 12 plantas de Euphorbia por m2.
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Objetivando-se estudar em os efeitos de herbicidas seletivos para o controle de plantas daninhas em pós-emergência tardia e sobre a cultura do feijão, durante o cultivo de inverno de 1983, em uma região de solo originalmente sob vegetação de cerrado, instalou-se a presente pesquisa na Fazenda Experimental da UNESP - Campus de Ilha Solteira com os seguintes tratamentos: DPX-Y6202 [2- [4- [( 6-chloro -2-quinoxalinyl ) oxy ] -phenoxyl -propionic acid, ethylester ] a 70 e 140 g/ha sem e com Assista 1,5 1/ha, sethoxydim a 276 g e bentazona 96 0 g/ ha com 1,5 1 de Assiste testemunhas com e sem capina. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com 4 repetições. As aplicações foram realizadas através de pulverizador costal pressurizado a CO2, aos 37 dias após a semeadura, no início do florescimento da cultura. As plantas daninhas, em número/m 2, estavam representadas por 85% de Digitaria ciliaris (Retz) Koel perfilhando e 8% de Amaranthus sp com 15 a 20 cm de altura. Aos 14 dias após as aplicações avaliaram-se a fitotoxicidade e na colheita o número e a biomassa epíge a seca das plantas daninhas em 1 m2 no centro das parcelas. Avaliaram-se, na cultura, os tand, os números médios de vagens /planta e de sementes /vagem, peso de 100 grãos e produção. Os resultados mostraram que todos os herbicidas causaram leve fitotoxicidade na cultura. O DPX-Y6202 e o se thoxydim apresentaram controles excelentes da gramínea e o bentazon controlou 55,4% do Amaranthus sp. Contudo, no número total das plantas daninhas os controles proporcionados pelos herbicidas foram substancialmente reduzidos e o bentazon tornou-se ineficiente. Os três herbicidas testados foram praticamente seletivos para a cultura, não influenciando o desenvolvimento e a produção de feijão. A matocompetição reduziu em 29% a produção da cultura.
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Estudou-se o comportamento de 10 espécies de plantas daninhas, comuns no Estado de São Paulo, quando o solo em que vegetavam foi inoculado com os nematóides das galhas Meloidogyne incognita raça 4 ou M. javanica. As avaliações foram feitas 50 dias após a inoculação dos parasitos, baseando-se nos números de galha s e ootec as pre sentes nas raízes e nos valores de altura e de pesos secos da parte aérea e sistemas radiculares das plantas. Em relação as duas espécies de nematóides, comportaram-se como alta mente suscetíveis Alternaria ficoidea (apaga -fogo) e Ipomoea acuminata (cordade -viola ), como olerantes Amaranthus hybridus var. patulus (caruru) e Commelina virgunica (trapoeraba), como pouco suscetível Euphorbia heterophylla (amendoim bravo) e como altamente resistentes Blainvillea rhomboidea (erva - palha), Crotonn glandulosus (gervãobranco), Emilia sonchifolia (serralha) e Tagetes minuta (cravo-de-defunto). O carrapicho-de-carneiro, Acant horpermum hispidum, mostrou-se altamente resis tente a M. incognita raça 4 e moderadamente suscetível a M. javanica.
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Estudou-se o comportamento de dez espécies de plantas daninhas, comuns no Estado de São Paulo, quando o solo em que vegetavam foi inoculado com os nematóides das galhas Meloigodyne javanica (raça 4) ou M. javanica. As avaliações foram feitas 50 dias após a inoculação dos parasitos, baseando-se nos números de galhas e ootecas presentes nas raízes e nos valores de altura e de pesos secos da parte aérea e sistemas radiculares das plantas. Em relação às duas espécies de nematóides, comportaram-se como muito resistentes Brachiaria plantaginea, Cenchrus echinatus, Digitaria horizontalis e Elcusine indica. Cássia accidentalis, Cássia tora e Indigofera truxillensis mostraram baixa suscetibilidade enquanto Hyptis lophanta foi moderadamente suscetível. Leonotis nepetaefolia foi altamente suscetível e Echinochloa colonum tolerante aos parasitos.
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No presente trabalho discute-se a problemática de bancos de sementes de invasoras em solos agrícolas, com relação a sua importância, mecanismos que garantem a manutenção de elevados números de sementes no solo e dinâmica. São também discutidas formas de manejo de bancos de sementes com ênfase nas práticas de preparo do solo e aplicação de substâncias estimulantes de germinação de sementes do solo.
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O presente trabalho teve por objetivo avaliar características morfofisiológicas de alguns biótipos de arroz-vermelho ocorrentes em lavouras de arroz no Estado do Rio Grande do Sul. Para isso, conduziu-se um experimento na Estação Experimental do Arroz do Instituto Rio-Grandense do Arroz, durante a estação de crescimento 1996/97. Os tratamentos constituíram-se dos seguintes biótipos de arroz-vermelho, segundo características de grãos: grãos longo-finos, de casca clara, com ou sem arista; grãos longo-finos, de casca preta; grãos médios, de casca clara, provenientes de dois locais (Santo Antônio da Patrulha e Cachoeira do Sul); e grãos curtos, de casca clara ou de casca preta. Como padrões comparativos foram utilizados os cultivares de arroz BR-IRGA 410 e IRGA 416. As variáveis avaliadas foram: estatura de planta, afilhamento, área foliar da folha bandeira, área foliar por planta, comprimento da panícula, números de espiguetas e de grãos por panícula, esterilidade de espiguetas, relação comprimento/largura de grão, peso médio de grãos, produção de grãos por planta e germinação de sementes. Os biótipos de arroz-vermelho avaliados diferiram dos cultivares de arroz para as características morfofisiológicas investigadas. De modo geral, para essas características, não se verificaram diferenças acentuadas entre biótipos possuidores de grãos curtos, entre biótipos com grãos médios e entre aqueles com grãos longo-finos, de casca clara. Características assemelhadas de dormência apresentadas pelos biótipos de arroz-vermelho com grãos longo-finos e de casca clara, com os cultivares de arroz, permitem inferir que aqueles sofreram cruzamentos com genótipos de arroz cultivado.
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Neste estudo, objetivou-se contrastar os efeitos de sombreamento sobre o crescimento de S. orientalis, utilizando a análise de crescimento. Os experimentos foram conduzidos em vasos, a pleno sol (A) e sob sombrite 50% (B). As plantas tiveram seus índices de crescimento determinados aos 14, 28, 42, 56, 80, 94 e 108 dias após o transplante (DAT), para A; e aos 14, 28, 42, 56, 70, 84, 108, 122 e 136 DAT, para B. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os dados foram analisados por meio de análise de regressão. Os modelos foram escolhidos com base na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste t até 10%, no coeficiente de determinação e no fenômeno em estudo. As plantas apresentaram comportamento semelhante em A e B para a maioria das variáveis analisadas, embora as plantas sombreadas (radiação média de 218 µmol m-² s-¹) tivessem maior duração do ciclo cultural, cerca de 140 DAT, retardando os valores máximos e/ou mínimos, em relação às plantas a luz plena (média de 658 µmol m-² s-¹), com aproximadamente 110 DAT. Em B, foram obtidas também as maiores médias para a maioria dos índices avaliados - área foliar, altura, números de folhas e capítulos florais, biomassa seca total, taxa de crescimento absoluto, taxa de crescimento relativo, razão de peso foliar, razão de área foliar e área foliar específica -, sugerindo que a espécie é favorecida pelo sombreamento.
Resumo:
O presente trabalho teve por objetivo caracterizar o crescimento, o desenvolvimento e a produção de sementes da planta daninha capim-branco (Chloris polydactyla). Para isso, foram realizadas 16 avaliações periódicas de crescimento, quantificando-se fenologia, área foliar e massa seca (total, parte aérea e raízes) das plantas. Foram, também, calculadas as taxas de crescimento absoluto (G) e relativo (R). Quantificaram-se o número de racemos florais de 28 plantas, o comprimento de 100 racemos aleatórios e o número de sementes presentes em 100 unidades de 10 mm de racemo, após o florescimento. Observou-se que o capim-branco é uma espécie com desenvolvimento e crescimento iniciais lentos, uma vez que iniciou o florescimento e a posterior produção de sementes apenas aos 112 dias após a semeadura. Trata-se de uma espécie com grande potencial final de crescimento e produção de sementes, uma vez que um único perfilho e toda a planta foram capazes de produzir mais de 3.000 e 30.000 sementes, respectivamente. O crescimento inicial lento dessa planta daninha pode desfavorecer a competição interespecífica no interior dos campos agrícolas, em especial na cultura da cana-de-açúcar, onde é encontrada com maior freqüência, colonizando carreadores e bordas de talhão. No entanto, sua alta produção de sementes sugere ser uma planta daninha que poderá aumentar em importância na cultura.