1000 resultados para Feijão comum - Cultivo
Resumo:
O consórcio de milho para silagem com Brachiaria brizantha cv. MG5 Vitória foi conduzido em diferentes arranjos de semeadura e manejos de plantas daninhas no sistema de plantio convencional, em área com alta infestação de Brachiaria plantaginea (capimmarmelada). Foram avaliados cinco arranjos de semeadura (milho em monocultivo; B. brizantha em monocultivo; duas linhas de B. brizantha na entrelinha do milho, em semeadura simultânea; e B. brizantha a lanço no dia da semeadura do milho e 30 dias após), com dois manejos de plantas daninhas (1,50 kg ha-1 de atrazine aplicado isoladamente e a mistura no tanque de 1,50 kg ha-1 de atrazine com 4,00 g ha-1 de nicosulfuron), mais quatro testemunhas (milho e B. brizantha em monocultivo, com e sem capina), arranjados em blocos ao acaso, com quatro repetições, em parcelas subdivididas, sendo os arranjos de semeadura colocados nas parcelas e os sistemas de manejo nas subparcelas. A aplicação dos herbicidas foi realizada aos 18 dias após a emergência do milho. A produtividade de milho para silagem não foi influenciada pelos arranjos de semeadura, sendo superior nos tratamentos com atrazine + nicosulfuron e na testemunha capinada, devido à eficiência no manejo de B. plantaginea. Houve menor produção de biomassa de B. brizantha em todos os tratamentos em relação à testemunha capinada, em conseqüência da competição proporcionada por B. plantaginea e/ou milho. A produção forrageira de B. brizantha foi maior nos tratamentos com a aplicação da mistura de herbicidas atrazine + nicosulfuron, em relação à aplicação isolada do atrazine. O arranjo de semeadura, em consorciação, que promoveu maior produção de biomassa seca de B. brizantha foi o de duas linhas na entrelinha do milho, em semeadura simultânea.
Resumo:
Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito da dessecação química de plantas de feijão, em pré-colheita, sobre a qualidade de sementes armazenadas. A dessecação na cultura foi realizada utilizando-se quatro doses de carfentrazone-ethyl (0, 10, 30 e 60 g ha¹), aplicadas aos 30 dias após o florescimento, no final do estádio R8, quando as sementes já haviam atingido a maturidade fisiológica. As sementes, depois de colhidas e beneficiadas, foram acondicionadas em câmara fria (12 ºC e 70% de umidade relativa) por 80 dias. Após esse período, as sementes foram separadas em dois tamanhos: maiores (retidas em peneira de crivo oblongo 16/64" x 19,05 mm) e menores (as que passaram pela mesma peneira). Além do teste de germinação (TG) e do índice de velocidade de emergência (IVE), avaliou-se também a sanidade das sementes por meio do blotter test. Sementes oriundas de plantas dessecadas com carfentrazone-ethyl, na dose de 60 g ha¹, apresentaram índice de plântulas normais abaixo de 10%. As sementes maiores foram mais sensíveis ao produto, observando-se, mesmo na dose de 10 g ha-1, 44% de plântulas anormais. Não se observou efeito dos tratamentos sobre a sanidade das sementes. Considerando que, anteriormente ao armazenamento, a germinação das sementes avaliadas e a emergência de suas plântulas não eram afetadas pelo carfentrazone-ethyl, conclui-se que esse produto prejudica a qualidade das sementes após o armazenamento por 80 dias.
Resumo:
O emprego de espécies vegetais que apresentem capacidade fitorremediadora pode ser uma das alternativas para reduzir a persistência de agroquímicos no ambiente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a fitorremediação do herbicida trifloxysulfuron-sodium em campo, pela espécie Stizolobium aterrimum (mucuna-preta), em diferentes densidades populacionais. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados em esquema fatorial 4 x 2, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por quatro densidades de plantio de mucuna-preta (0, 10, 25, e 40 plantas m-2), associadas a duas doses do trifloxysulfuron-sodium (0,00 e 15,00 g ha-1), aplicadas cinco dias após o preparo do solo para semeadura da mucuna-preta. As plantas fitorremediadoras foram mantidas na área por 65 dias. Após esse período, a área experimental foi novamente sulcada e fertilizada de acordo com a análise do solo, considerando as necessidades da cultura do feijão (Phaseolus vulgaris). Aos 45 dias após a semeadura do feijão, avaliou-se a altura e a biomassa seca da parte aérea das plantas. Ao final do ciclo da cultura, determinou-se, ainda, o rendimento de grãos, o número de vagens por planta e o peso de 100 sementes. O cultivo prévio de mucuna-preta nas densidades populacionais de 10, 25 ou 40 plantas m-2 proporcionou rendimento de grãos de feijão nas parcelas tratadas com trifloxysulfuron-sodium no solo semelhante ao obtido na área não-tratada. A densidade populacional mínima desse adubo verde que proporcionou maior rendimento de grãos à cultura do feijão foi de 25 plantas por metro quadrado.
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Objetivou-se neste trabalho avaliar a viabilidade do consórcio entre os cultivares de feijão BRS Valente e Diamante Negro com Brachiaria brizantha cv. MG5, submetidos a doses reduzidas de fluazifop-p-butil. Utilizou-se um esquema de parcelas subdivididas, tendo na parcela principal dois cultivares de feijão (Diamante Negro e BRS Valente) consorciados com B. brizantha e na subparcela as doses de fluazifop-p-butil (0, 15, 30, 45, 60 e 75 g ha-1), no delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. B. brizantha e os cultivares de feijão foram avaliados também em monocultivo, utilizando capina manual. Foram determinados o estande final, a produtividade de grãos, o peso de 100 sementes, o número de vagens por planta e de sementes por vagem dos cultivares de feijão. B. brizantha foi coletada aos 25 dias após a colheita do cultivar BRS Valente, avaliando-se a biomassa seca da parte aérea e a altura do dossel. Os cultivares de feijão BRS Valente e Diamante Negro semeados na safra das águas não foram afetados pelo consórcio com B. brizantha; o cultivar BRS Valente (1,80 t ha-1) mostrou-se mais adequado a essa época de plantio em relação ao Diamante Negro (1,31 t ha-1). O feijoeiro foi altamente competitivo com B. brizantha, ocasionando redução no acúmulo de biomassa seca da forrageira de 50% em relação a B. brizantha em monocultivo. Comparada ao consórcio sem aplicação de herbicida, a dose de 15 g ha-1 do fluazifop-p-butil reduziu em 12 e 13% a biomassa seca e a altura do dossel da forrageira, respectivamente. A partir de 21 g ha-1 de fluazifop-p-butil a forrageira mostrou-se altamente sensível ao herbicida, apresentando acúmulo de biomassa extremamente reduzido.
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Avaliou-se a eficácia da combinação dos herbicidas fomesafen, fluazifop-p-butil e bentazon no manejo integrado de plantas daninhas do feijoeiro (plantio direto e convencional), cultivados em áreas anteriormente com milho para grão e silagem. Foi avaliado também o resíduo do fomesafen no solo aos 125 dias após a aplicação (DAA). No plantio convencional, Cyperus rotundus foi a espécie dominante, enquanto no plantio direto a infestação dessa espécie foi muito baixa. Nenhuma das combinações de herbicidas foi eficiente no controle de C. rotundus. Com exceção de fluazifop-p-butil + bentazon (125 + 480 g ha-1), todas as combinações foram eficientes no controle das espécies daninhas dicotiledôneas. Não houve efeito dos tratamentos de herbicidas na produtividade do feijoeiro. O fomesafen, aplicado no plantio direto, causou toxicidade no feijão a partir da dose de 100 g ha-1, sobretudo no milho para silagem. No plantio convencional, sintomas mais leves somente foram observados na dose de 200 g ha-1. Houve resíduo de fomesafen no solo apenas na área de plantio direto onde não havia palhada sobre a superfície do solo, ou seja, na área anteriormente cultivada com milho para silagem. É possível reduzir doses do fomesafen quando misturado ao bentazon sem afetar a produtividade do feijoeiro. Em áreas de feijão cultivado após colheita do milho para silagem é importante o uso de doses pequenas do fomesafen, para evitar toxicidade a culturas sensíveis subseqüentes.
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Neste trabalho, objetivou-se avaliar os efeitos da mistura dos herbicidas fomesafen + fluazifop sobre a comunidade de artrópodes do solo cultivado com feijão nos sistemas plantio direto e convencional. O experimento foi realizado em Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico de boa fertilidade, em Coimbra, MG. Duas semanas após o plantio foi aplicada a mistura comercial dos herbicidas fluazifop + fomesafen, denominada Robust®, na dose de 0,8 L ha-1; em cada sistema de cultivo foi mantida uma testemunha sem aplicação de herbicida. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com cinco repetições. As populações de artrópodes do solo foram amostradas aos 1, 8, 21 e 42 dias após a aplicação do herbicida. Os dados foram submetidos à análise de variáveis canônicas (CVA), que é uma técnica de ordenação indireta que reduz a dimensionalidade do conjunto dos dados originais em um conjunto de variáveis que podem ser usadas para ilustrar graficamente as posições relativas e as orientações das médias das respostas da comunidade em cada tratamento sob comparação. As diferenças entre os tratamentos na abundância dos artrópodes selecionados foram determinadas pela análise de variância por medida repetida, considerando a data de amostragem como a medida repetida. A análise das variáveis canônicas CVA para os sistemas de plantio e aplicação de herbicida indicou diferenças na densidade de artrópodes coletados nos diferentes tratamentos estudados, considerando a composição e a abundância das espécies. Foram observadas, por meio do diagrama de ordenação, diferenças no conjunto de artrópodes do solo coletados nos dois sistemas de plantio. A aplicação dos herbicidas afetou a densidade dos artrópodes associados ao feijoeiro em ambos os sistemas de cultivo, com exceção do Solenopsis sp. O sistema de plantio afetou a densidade de todas as espécies estudadas.
Resumo:
Objetivou- se neste trabalho avaliar a capacidade remediadora das espécies vegetais feijão- de- porco (Canavalia ensiformis) e mucuna- preta (Stizolobium aterrimum), em solo adubado com composto orgânico e contaminado com o herbicida trifloxysulfuron- sodium. Na primeira etapa, avaliou- se o crescimento de C. ensiformis e S. aterrimum nos diferentes substratos, contaminados ou não com herbicida. Os tratamentos foram compostos pela combinação entre duas doses do herbicida trifloxysulfuron- sodium (0,0 e 7,5 g ha- 1) e cinco teores de composto orgânico: 0, 25, 50, 100 e 200 m³ ha- 1 (equivalentes a 0, 1,25, 2,5, 5 e 10% do volume de solo em cada vaso, respectivamente), dispostos em esquema fatorial 2 x 5, sob delineamento inteiramente casualizado, com três repetições, para cada espécie remediadora. Um dia após a aplicação do herbicida à superfície do solo, procedeu- se à semeadura das espécies remediadoras, deixando- se como testemunha vasos sem planta. Na colheita, aos 60 dias após a emergência, avaliou- se a altura e a massa seca da parte aérea (MSPA) dessas espécies. Todo o material colhido foi triturado e incorporado ao solo dos seus respectivos vasos. Na segunda etapa, avaliou- se a capacidade remediadora de C. ensiformis e S. aterrimum. Os tratamentos foram compostos pela combinação entre cinco teores de composto orgânico e cinco tipos de cultivo prévio: cultivo de C. ensiformis e S. aterrimum na presença e ausência do herbicida trifloxysulfuron- sodium e um tratamento sem cultivo prévio e com aplicação de trifloxysulfuron- sodium, dispostos em esquema fatorial 5 x 5, sob delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Amostras de 100 g de solo foram retiradas dos vasos (6 L) usados na primeira etapa e colocadas em vasos de 100 cm³. Em seguida, cultivou- se sorgo (Sorghum bicolor) para indicação de resíduo do herbicida no solo. Essas plantas foram colhidas 20 dias depois, época em que se avaliaram a altura, a MSPA e o grau de intoxicação delas pelo herbicida. No solo com trifloxysulfuron- sodium e sem cultivo prévio das espécies remediadoras, as plantas de sorgo tiveram seu crescimento reduzido, mesmo com a adição de composto orgânico. O cultivo prévio de C. ensiformis e S. aterrimum proporcionou crescimento normal às plantas de sorgo, confirmando a capacidade remediadora dessas espécies. A adição de composto orgânico não influenciou a capacidade remediadora das espécies.
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Objetivou-se neste trabalho estudar a dinâmica populacional de plantas daninhas no cultivo de milho-verde nos sistemas orgânico e tradicional. Esta pesquisa foi realizada no ano agrícola 2003/2004, usando o sistema de semeadura direta na palha. Os tratamentos, em arranjo fatorial 4 x 2, constituíram-se de quatro doses e fontes de nutrientes: SA - sem adubação; AM1 - adubação mineral na dose de 150 kg ha-1 da fórmula 8-28-16 + 50 kg de N ha-1 em cobertura; AM2 - adubação mineral na dose de 300 kg ha-1 da fórmula 8-28-16 + 100 kg de N ha-1 em cobertura; e AO - adubação com composto orgânico na dose de 40 m³ ha-1 aplicado sobre a palha 10 dias após a semeadura, combinados com dois cultivares de milho (UFVM 100 e AG 1051). Para o estudo fitossociológico, as plantas daninhas foram avaliadas no estádio de quatro folhas completas das plantas do milho, antes da aplicação do herbicida em pós-emergência ou do primeiro corte das plantas daninhas com a ceifadora. As espécies Jaegeria hirta, Artemisia verlotorum, Bidens pilosa, Cyperus rotundus e Ipomoea grandifolia apresentaram as maiores freqüências na área. Bidens pilosa apresentou a maior importância relativa, independentemente dos sistemas de produção. As práticas culturais utilizadas no cultivo de milho-verde, sob sistema orgânico, foram eficientes no manejo das plantas daninhas quando da adoção de cobertura do solo com palha de aveia-preta.
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Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia do oxyfluorfen no controle da brilhantina (Pilea microphylla) em cultivo de orquídeas. Foram realizados dois experimentos, no delineamento de blocos ao acaso, no esquema fatorial 2 x 7, com três repetições. Um dos experimentos foi constituído por duas espécies de orquídeas (Epidendrum ibaguensis e Dendrobium sp.) e sete doses de oxyfluorfen (0,000, 0,024, 0,072, 0,144, 0,216, 0,288 e 0,36 L ha-1 do i.a.), pulverizadas em área total, e o outro, pelas mesmas espécies e sete concentrações de oxyfluorfen (0,00000 0,00036, 0,00072, 0,00144, 0,00288, 0,00576 e 0,01152% do i.a.), aplicadas em pulverização dirigida na brilhantina, sem atingir as folhas de orquídea. Cada unidade experimental foi representada por um vaso, com uma planta de orquídea, infestado com brilhantina. Aos 15, 30 e 60 dias após a aplicação do herbicida (DAA), foram realizadas avaliações visuais de toxidez na orquídea e de controle de brilhantina, utilizando-se a escala de 0 (ausência de toxidez) a 100 (morte das plantas). Não houve interação entre fatores, espécie e dose ou concentração do herbicida nem diferença no comportamento do herbicida entre as espécies, no que se refere às características avaliadas, em nenhum dos experimentos. Não foram observados sintomas de toxidez nas plantas de orquídea em nenhum dos tratamentos avaliados. Verificou-se controle eficiente de brilhantina, acima de 90%, para as doses superiores a 0,26 e 0,25 L ha- 1, aos 30 e 60 dias DAA, respectivamente, na aplicação em área total; e nas concentrações superiores a 0,0020 e 0,0019%, aos 30 e 60 DAA, respectivamente, na aplicação dirigida. O oxyfluorfen promoveu eficiente controle de brilhantina através da pulverização em área total e dirigida, sem causar danos às plantas de orquídeas.
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A família Bromeliaceae, dentre a grande variedade de plantas tropicais nativas do Brasil, tem merecido destaque devido à sua importância econômica como plantas ornamentais, sendo atualmente muito cultivadas e utilizadas na decoração de interiores e em projetos paisagísticos. Alguns gêneros são endêmicos da Floresta Atlântica e, em função dessa procura, a retirada de seus ambientes naturais constitui ameaça a algumas espécies. A Unidade de Pesquisa e Conservação de Bromeliaceae (UPCB), localizada na Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG, tem como finalidade promover a pesquisa em favor da conservação da família Bromeliaceae. Um problema constante na manutenção desse acervo é a infestação por plantas daninhas. Objetivou-se neste trabalho definir as espécies de plantas daninhas críticas no cultivo de bromélias. Foram realizadas visitas semanais, no período de 17 de novembro de 2006 a 17 de janeiro de 2007, para caracterização do comportamento das espécies de plantas daninhas no cultivo de bromélias na UPCB. Após esse período, realizou-se capina manual dos vasos e triagem das espécies daninhas, que foram identificadas e quantificadas. As espécies críticas foram descritas e seus indivíduos férteis depositados no Herbário VIC, do Departamento de Biologia Vegetal, como material testemunha. Realizou-se, também, documentação fotográfica das espécies durante o período de infestação. Foram identificadas duas espécies críticas: brilhantina (Pilea microphylla), com média de seis indivíduos por vaso, e agriãozinho (Cardamine bonariensis), com média de 13 indivíduos por vaso; sete espécies consideradas potencialmente críticas, com destaque para barba-de-falcão (Crepis japonica); e 12 espécies oportunistas.
Resumo:
Avaliou-se o efeito de sistemas de cultivo, preparo do solo e níveis de adubação sobre a composição florística de banco de sementes no solo em áreas submetidas a três sistemas de cultivo (lavoura contínua, lavoura-pastagem-lavoura e pastagem-lavoura-pastagem), dois sistemas de preparo do solo (convencional e semeadura direta) e dois níveis de adubação (manutenção e corretiva gradual), e uma área de pastagem contínua com preparo convencional e adubação corretiva gradual. Dessa forma, verificou-se que o sistema de cultivo e o sistema de preparo do solo foram os fatores mais importantes na determinação da estrutura florística dos bancos de sementes. Além disso, a adubação corretiva gradual aumentou o número de famílias e de espécies, em relação à de manutenção.
Resumo:
O tebuthiuron é um dos herbicidas mais usados no plantio de cana-de-açúcar, no Estado de São Paulo. Estudos têm sido realizados para determinar o índice de lixiviação do tebuthiuron e monitorar sua presença nos mananciais de águas superficiais e subterrâneas, ainda sem uma conclusão definitiva. Com o objetivo de avaliar, em condições de campo, a movimentação vertical do herbicida tebuthiuron em Latossolo Vermelho distroférrico de textura argilosa, testou-se, em ambiente controlado, a hipótese de que o tebuthiuron apresenta baixa mobilidade vertical e pequeno potencial de contaminação de águas subterrâneas. O trabalho foi conduzido no Campo Experimental da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, utilizando-se lisímetro de drenagem modificado de 2 m de diâmetro e 3 m de profundidade, com dez pontos verticais, por meio dos quais foram coletadas amostras de água da chuva. As amostras foram submetidas à Análise Cromatográfica Líquida de Alta Eficiência. Os dados obtidos indicaram presença decrescente do herbicida nas amostras coletadas no período de março a agosto de 2006: amostra 1 - 0,020 g i.a. (5,3%); 2 - 0,016 g i.a. (4,3%); 3 - 0,015 g i.a. (4,0%); 4 - 0,014 g i.a. (3,7%); 5 - 0,014 g i.a. (3,7%); 6 - 0,007 g i.a. (1,9%); 7 - 0,002 g i.a. (0,5%); e 8 - 0,001 g i.a. (0,3%) do total aplicado na área do lisímetro (0,3768 g i.a.), confirmando a hipótese de baixa mobilidade vertical do tebuthiuron em Latossolo Vermelho distroférrico de textura argilosa, indicando, para esse solo, pequeno potencial de contaminação das águas subterrâneas.
Resumo:
Foram conduzidos dois experimentos em Coimbra-MG no período de março a julho, em anos consecutivos, com o objetivo de avaliar possível interação proporcionada pela mistura de adubo molíbdico com herbicidas em relação à produtividade e ao controle de plantas daninhas na cultura do feijão, cv. Meia Noite. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, tendo as parcelas subdivididas. As parcelas foram representadas pela ausência e presença de capina, e as subparcelas, pelos tratamentos com os herbicidas metolachlor, fomesafen, bentazon, imazamox e fluazifop-p-butil + fomesafen e pela testemunha com capina, associados ou não ao molibdênio. Este micronutriente foi aplicado na dosagem de 80 g ha-1, aos 23 dias após a emergência da cultura, em mistura no tanque com os herbicidas aplicados em pós-emergência e isoladamente, quando o herbicida foi aplicado apenas em pré-emergência e nas testemunhas. Utilizou-se como fonte de molibdênio o molibdato de amônio. O molibdênio pode ser misturado aos herbicidas estudados e, mesmo assim, proporcionar aumento na produtividade; os herbicidas metolachlor + fomesafen, metolachlor + bentazon, fluazifop-p-butil + fomesafen e imazamox apresentaram de muito bom a ótimo controle de Ipomoea grandifolia, Brachiaria plantaginea e Acanthospermum hispidum. Não houve redução no controle das espécies daninhas presentes em ambos os experimentos quando o molibdênio foi misturado à calda.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do tempo de cultivo de Panicum maximum (cultivar Tanzânia) sobre a fitorremediação de solo contaminado com picloram. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no período de setembro de 2006 a fevereiro de 2007. Os fatores foram compostos pela combinação entre quatro períodos de cultivo da espécie vegetal Panicum maximum (cultivar Tanzânia) (0, 60, 80 e 100 dias) e três doses do picloram (0, 80 e 160 g ha-1), totalizando 12 tratamentos. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 3, com quatro repetições. Como substrato utilizaram-se amostras de solo classificado como Latossolo Vermelho eutroférrico. Após o tempo estabelecido de atuação da espécie fitorremediadora, efetuou-se a semeadura das espécies bioindicadoras da presença do picloram: tomate e soja. As espécies bioindicadoras demonstraram alta sensibilidade à presença do picloram no solo, sendo inviável o cultivo dessas culturas em áreas contaminadas com esse herbicida sem a execução de algum procedimento remediador. O cultivo prévio de Tanzânia por 60 dias garantiu crescimento inicial satisfatório das plantas de soja e tomate quando a contaminação inicial não foi maior que 80 g ha-1 de picloram. Acima desse valor, a fitorremediação ocorrida proporcionou menor crescimento das plantas de soja e tomate, sendo necessário maior tempo de descontaminação.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do período de cultivo do capim-pé-de-galinha-gigante (Eleusine coracana) sobre a fitorremediação de solo contaminado com picloram. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no período de setembro de 2006 a fevereiro de 2007. Os tratamentos foram compostos pela combinação entre quatro períodos de cultivo da espécie vegetal Eleusine coracana (0, 60, 80 e 100 dias) e três doses do picloram (0, 80 e 160 g ha-1), totalizando 12 tratamentos. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 3, com quatro repetições. Como substrato para o crescimento das plantas, utilizaram-se amostras de solo classificado como Latossolo Vermelho eutroférrico. Ao término do período estabelecido de atuação da espécie fitorremediadora, efetuou-se a semeadura das espécies bioindicadoras da presença do picloram: tomate (cultivar Santa Clara) e soja (cultivar Monsoy 6101). As espécies bioindicadoras demonstraram alta sensibilidade à presença do picloram no solo, sendo inviável o cultivo dessas culturas em áreas contaminadas com esse herbicida sem a execução de algum procedimento remediador. O cultivo prévio de E. coracana por 60 dias reduziu a contaminação do solo com picloram e permitiu crescimento inicial satisfatório das plantas de soja e de tomate cultivadas em solo que recebeu previamente a aplicação de até 160 g ha-1 de picloram; contudo, essas plantas bioindicadoras apresentaram ainda sintomas visíveis de intoxicação do herbicida.