985 resultados para APO3 host factors
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INTRODUCTION: Methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) is spread out in hospitals across different regions of the world and is regarded as the major agent of nosocomial infections, causing infections such as skin and soft tissue pneumonia and sepsis. The aim of this study was to identify risk factors for methicillin-resistance in Staphylococcus aureus bloodstream infection (BSI) and the predictive factors for death. METHODS: A retrospective cohort of fifty-one patients presenting bacteraemia due to S. aureus between September 2006 and September 2008 was analysed. Staphylococcu aureus samples were obtained from blood cultures performed by clinical hospital microbiology laboratory from the Uberlândia Federal University. Methicillinresistance was determined by growth on oxacillin screen agar and antimicrobial susceptibility by means of the disk diffusion method. RESULTS: We found similar numbers of MRSA (56.8%) and methicillin-susceptible Staphylococcus aureus (MSSA) (43.2%) infections, and the overall hospital mortality ratio was 47%, predominantly in MRSA group (70.8% vs. 29.2%) (p=0.05). Age (p=0.02) was significantly higher in MRSA patients as also was the use of central venous catheter (p=0.02). The use of two or more antimicrobial agents (p=0.03) and the length of hospital stay prior to bacteraemia superior to seven days (p=0.006) were associated with mortality. High odds ratio value was observed in cardiopathy as comorbidity. CONCLUSIONS: Despite several risk factors associated with MRSA and MSSA infection, the use of two or more antimicrobial agents was the unique independent variable associated with mortality.
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INTRODUCTION: In the jurisdiction of Brasília, Brazil, significant reductions in mortality rates and lethality resulting from acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) were observed shortly after the introduction of highly active antiretroviral therapy. In recent years, however, the decline of these rates has not been as significant. Non-adherence to treatment and delayed diagnosis appear to be the main factors that increase the risk of death from AIDS. Behavioral, socioeconomic, and biological factors could also be associated with increased risk of death due to AIDS. This study aimed to identify which of these factors were associated with deaths from AIDS in Brasília. METHODS: A case-control study was undertaken using the data recorded in the Information System of Notifiable Diseases. Cases consisted of AIDS deaths occurring in 2007, residing in Brasília, and over 12 years of age. Controls consisted of AIDS patients who did not die until December 31 2007, also residing in Brasília, and over 12 years of age. For each group, frequency and proportion tables for the variables were prepared. The statistical association of each factor in isolation with the occurrence of the deaths was verified through a model of multivariate analysis using logistic regression. RESULTS: The factors that were associated with an increased risk of death were intravenous drug use, age 50 years or more, and residing in a region whose residents have low per capita income. CONCLUSIONS: We identified factors associated with death due to AIDS that can guide health planning.
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INTRODUCTION: Many studies have evaluated risk factors for human visceral leishmaniasis, but few have focused on the infection among dogs. The objective of this study was to assess the association between peridomestic socioeconomic and environmental factors and the presence of dogs seropositive for Leishmania chagasi in the City of Teresina, Brazil. METHODS: This case-control study was based on the results of a routine seroepidemiological survey among domestic dogs carried out in 2007. Serological tests were performed by means of indirect immunofluorescence antibody test. All dwellings in which at least one seropositive dog was detected were considered cases, and controls were a random sample of dwellings in which only seronegative dogs were identified. Associations between variables were expressed as odds ratios (OR) and their respective 95% confidence intervals (95%CI) estimated using multivariate logistic regression. RESULTS: Dwellings with a history of dogs removed by the visceral leishmaniasis control program in the last 12 months had five-fold higher odds of having at least one seropositive dog as compared with dwellings having no history of dog removal (OR = 5.19; 95%CI = 3.20-8.42). Dwellings with cats had 58% increased odds of dog infection as compared with those having no cats (OR = 1.58; 95%CI = 1.01-2.47). CONCLUSIONS: Identification of factors associated with canine visceral leishmaniasis might be used for the delimitation of areas of higher risk for human visceral leishmaniasis, since infection in dogs generally precedes the appearance of human cases.
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RESUMO:As perturbações psicóticas são doenças mentais complexas sendo influenciadas na sua etiologia e prognóstico por factores biológicos e psicossociais. A interferência do ambiente familiar na evolução da doença espelha bem esta realidade. Quando em 1962 George Brown e colaboradores descobriram que ambientes familiares com elevada Emoção Expressa (EE) contribuíam para um aumento significativo do número de recaídas de pessoas com esquizofrenia (Brown et al., 1962), estava aberto o caminho para o desenvolvimento de novas intervenções familiares. A EE inclui cinco componentes: três componentes negativos, i.e. criticismo, hostilidade e envolvimento emocional excessivo; e dois componentes positivos, i.e. afectividade e apreço (Amaresha & Venkatasubramanian, 2012; Kuipers et al., 2002). No final dos anos 1970 surgiram os primeiros trabalhos na área das intervenções familiares nas psicoses (IFP). Dois grupos em países diferentes, no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, desenvolveram quase em simultâneo duas abordagens distintas. Em Londres, a equipa liderada por Julian Leff desenhava uma intervenção combinando sessões unifamiliares em casa, incluindo o paciente, e sessões em grupo, apenas para os familiares (Leff et al., 1982). Por seu turno, em Pittsburgh, Gerard Hogarty e colaboradores desenvolviam uma abordagem que compreendia a dinamização de sessões educativas em grupo (Anderson e tal., 1980). Para designar este trabalho, Hogarty e colaboradores propuseram o termo “psicoeducação”. As IFP começaram a ser conhecidas por esta designação que se generalizou até aos dias de hoje. Neste contexto a educação era vista como a partilha de informação acerca da doença, dos profissionais para os familiares. Nas sessões os profissionais eram informados acerca das manifestações, etiologia, tratamento e evolução das psicoses, bem como de formas para lidar com as situações difíceis geradas pela doença, e.g. risco de recaída. Os trabalhos pioneiros das IFP foram rapidamente sucedidos pelo desenvolvimento de novos modelos e a proliferação de estudos de eficácia. Para além dos modelos de Leff e Hogarty, os modelos IFP que ficaram mais conhecidos foram: (1) a Terapia Familiar-Comportamental, desenvolvida por Ian Falloon e colaboradores (Falloon et al., 1984); e (2) a Terapia Multifamiliar em Grupo, desenvolvida por William McFarlane e colaboradores (McFarlane, 1991). O incremento de estudos de eficácia contribuiu rapidamente para as primeiras meta-análises. Estas, por sua vez, resultaram na inclusão das IFP nas normas de orientação clínica mais relevantes para o tratamento das psicoses, nomeadamente da esquizofrenia (e.g. PORT Recomendations e NICE Guidelines). No geral os estudos apontavam para uma diminuição do risco de recaída na esquizofrenia na ordem dos 20 a 50% em dois anos (Pitschel-Walz et al., 2001). No final dos anos 1990 as IFP atingiam assim o apogeu. Contudo, a sua aplicação prática tem ficado aquém do esperado e as barreiras à implementação das IFP passaram a ser o foco das atenções (Gonçalves-Pereira et al., 2006; Leff, 2000). Simultaneamente, alguns autores começaram a levantar a questão da incerteza sobre quais os elementos-chave da intervenção. O conhecimento sobre o processo das IFP era reduzido e começaram a surgir as primeiras publicações sobre o assunto (Lam, 1991). Em 1997 foi dinamizada uma reunião de consenso entre os três investigadores mais relevantes do momento, Falloon, Leff e McFarlane. Deste encontro promovido pela World Schizophrenia Fellowship for Schizophrenia and Allied Disorders surgiu um documento estabelecendo dois objectivos e quinze princípios para as IFP (WFSAD, 1997). Não obstante os contributos que foram feitos, continua a existir uma grande falta de evidência empírica acerca do processo das IFP e dos seus elementos-chave (Cohen et al., 2008; Dixon et al., 2001; Lam, 1991; Leff, 2000; McFarlane et al., 2003). Também em Portugal, apesar da reflexão teórica nesta área e do registo de ensaios de efectividade de grupos para familiares – estudo FAPS (Gonçalves-Pereira, 2010), os componentes fundamentais das IFP nunca foram analisados directamente. Assim, o projecto de investigação descrito nesta tese teve como objectivo identificar os elementos-chave das IFP com base em investigação qualitativa. Para tal, conduzimos três estudos que nos permitiriam alcançar dados empíricos sobre o tema. O primeiro estudo (descrito no Capítulo 2) consistiu na realização de uma revisão sistemática da literatura científica acerca das variáveis relacionadas com o processo das IFP. A nossa pesquisa esteve focada essencialmente em estudos qualitativos. Contudo, decidimos não restringir demasiado os critérios de inclusão tendo em conta as dificuldades em pesquisar sobre investigação qualitativa nas bases de dados electrónicas e também devido ao facto de ser possível obter informação sobre as variáveis relacionadas com o processo a partir de estudos quantitativos. O método para este estudo foi baseado no PRISMA Statement para revisões sistemáticas da literatura. Depois de definirmos os critérios de inclusão e exclusão, iniciámos várias pesquisas nas bases de dados electrónicas utilizando termos booleanos, truncações e marcadores de campo. Pesquisámos na PubMed/MEDLINE, Web of Science e nas bases de dados incluídas na EBSCO Host (Academic Search Complete; Education Research Complete; Education Source; ERIC; and PsycINFO). As pesquisas geraram 733 resultados. Depois de serem removidos os duplicados, 663 registos foram analisados e foram seleccionados 38 artigos em texto integral. No final, 22 artigos foram incluídos na síntese qualitativa tendo sido agrupados em quatro categorias: (1) estudos examinando de forma abrangente o processo; (2) estudos acerca da opinião dos participantes sobre a intervenção que receberam; (3) estudos comparativos que individualizaram variáveis sobre o processo; e (4) estudos acerca de variáveis mediadoras. Os resultados evidenciaram um considerável hiato na investigação em torno do processo das IFP. Identificámos apenas um estudo que abordava de forma abrangente o processo das IFP (Bloch, et al., 1995). Este artigo descrevia uma análise qualitativa de um estudo experimental de uma IFP. Contudo, as suas conclusões gerais revelaramse pobres e apenas se podia extrair com certeza de que as IFP devem ser baseadas nas necessidades dos participantes e que os terapeutas devem assumir diferentes papéis ao longo da intervenção. Da revisão foi possível perceber que os factores terapêuticos comuns como a aliança terapêutica, empatia, apreço e a “aceitação incondicional”, podiam ser eles próprios um elemento isolado para a eficácia das IFP. Outros estudos enfatizaram a educação como elemento chave da intervenção (e.g. Levy-Frank et al., 2011), ao passo que outros ainda colocavam a ênfase no treino de estratégias para lidar com a doença i.e. coping (e.g. Tarrier et al., 1988). Com base nesta diversidade de resultados e tendo em conta algumas propostas prévias de peritos (McFarlane, 1991; Liberman & Liberman, 2003), desenvolvemos a hipótese de concebermos as IFP como um processo por etapas, de acordo com as necessidades dos familiares. No primeiro nível estariam as estratégias relacionadas com os factores terapêuticos comuns e o suporte emocional,no segundo nível a educação acerca da doença, e num nível mais avançado, o foco seria o treino de estratégias para lidar com a doença e diminuir a EE. Neste estudo concluímos que nem todas as famílias iriam precisar de IFP complexas e que nesses casos seria possível obter resultados favoráveis com IFP pouco intensas. O Estudo 2 (descrito no Capítulo 3) consistiu numa análise qualitativa dos registos clínicos do primeiro ensaio clínico da IFP de Leff e colaboradores (Leff et al., 1982). Este ensaio clínico culminou numa das evidências mais substanciais alguma vez alcançada com uma IFP (Leff et al., 1982; Leff et al., 1985; Pitschel-Walz et al., 2001). Este estudo teve como objectivo modular a EE recorrendo a um modelo misto com que compreendia sessões familiares em grupo e algumas sessões unifamiliares em casa, incluindo o paciente. Os resultados mostraram uma diminuição das recaídas em nove meses de 50% no grupo de controlo para 8% no grupo experimental. Os registos analisados neste estudo datam do período de 1977 a 1982 e podem ser considerados como material histórico de alto valor, que surpreendentemente nunca tinha sido analisado. Eram compostos por descrições pormenorizadas dos terapeutas, incluindo excertos em discurso directo e estavam descritos segundo uma estrutura, contendo também os comentários dos terapeutas. No total os registos representavam 85 sessões em grupo para familiares durante os cinco anos do ensaio clínico e 25 sessões unifamiliares em casa incluindo o paciente. Para a análise qualitativa decidimos utilizar um método de análise dedutivo, com uma abordagem mecânica de codificação dos registos em categorias previamente definidas. Tomámos esta decisão com base na extensão apreciável dos registos e porque tínhamos disponível informação válida acerca das categorias que iríamos encontrar nos mesmos, nomeadamente a informação contida no manual da intervenção, publicado sob a forma de livro, e nos resultados da 140 nossa revisão sistemática da literatura (Estudo 1). Deste modo, foi construída uma grelha com a estrutura de codificação, que serviu de base para a análise, envolvendo 15 categorias. De modo a cumprir com critérios de validade e fidelidade rigorosos, optámos por executar uma dupla codificação independente. Deste modo dois observadores leram e codificaram independentemente os registos. As discrepâncias na codificação foram revistas até se obter um consenso. No caso de não ser possível chegar a acordo, um terceiro observador, mais experiente nos aspectos técnicos das IFP, tomaria a decisão sobre a codificação. A análise foi executada com recurso ao programa informático NVivo® versão 10 (QSR International). O número de vezes que cada estratégia foi utilizada foi contabilizado, especificando a sessão e o participante. Os dados foram depois exportados para uma base de dados e analisados recorrendo ao programa informático de análise estatística SPSS® versão 20 (IBM Corp.). Foram realizadas explorações estatísticas para descrever os dados e obter informação sobre possíveis relações entre as variáveis. De modo a perceber a significância das observações, recorremos a testes de hipóteses, utilizando as equações de estimação generalizadas. Os resultados da análise revelaram que as estratégias terapêuticas mais utilizadas na intervenção em grupo foram: (1) a criação de momentos para ouvir as necessidades dos participantes e para a partilha de preocupações entre eles – representando 21% de todas as estratégias utilizadas; (2) treino e aconselhamento acerca de formas para lidar com os aspectos mais difíceis da doença – 15%; (3) criar condições para que os participantes recebam suporte emocional – 12%; (4) lidar com o envolvimento emocional excessivo 10%; e (5) o reenquadramento das atribuições dos familiares acerca dos comportamentos dos pacientes – 10%. Nas sessões unifamiliares em casa, as estratégias mais utilizadas foram: (1) lidar com o envolvimento emocional excessivo – representando 33% de todas as estratégias utilizadas nas sessões unifamiliares em casa; (2) treino e aconselhamento acerca de formas para lidar com os aspectos desafiadores da doença – 22%; e (3) o reenquadramento das atribuições dos familiares acerca dos comportamentos dos pacientes, juntamente com o lidar com a zanga, o conflito e a rejeição – ambas com 10%. A análise longitudinal mostrou que a criação de momentos para ouvir as necessidades dos familiares tende a acontecer invariavelmente ao longo do programa. Sempre que isso acontece, são geralmente utilizadas estratégias para ajudar os familiares a lidarem melhor com os aspectos difíceis da doença e estratégias para fomentar o suporte emocional. Por sua vez, foi possível perceber que o trabalho para diminuir o envolvimento emocional excessivo pode acontecer logo nas primeiras sessões. O reenquadramento e o lidar com a zanga/ conflito/ rejeição tendem a acontecer a partir da fase intermédia até às últimas sessões. A análise das diferenças entre os familiares com baixa EE e os de elevada EE, mostrou que os familiares com elevada EE tendem a tornar-se o foco da intervenção grupal. Por sua vez, os familiares com baixa EE recebem mais estratégias relacionadas com aliança terapêutica, comparativamente com os familiares com elevada EE. São de realçar os dados relativamente às estratégias educativas. Foi possível observar que estas tendem a acontecer mais no início dos grupos, não estando associadas a outras estratégias. Contudo é de notar a sua baixa utilização, a rondar apenas os 5%.O Estudo 3 (descrito no Capítulo 4) surgiu como uma forma de completar a análise do Estudo 2, permitindo uma visão mais narrativa do processo e focando, adicionalmente, as mudanças que ocorrem nos participantes. Com base nos mesmos registos utilizados no Estudo 2, codificámos de forma secundária os registos em duas categorias i.e. marcadores de mudança e marcadores emocionais. Os marcadores de mudança foram cotados sempre que um participante exibia comportamentos ou pensamentos diferentes dos anteriores no sentido de uma eventual redução na EE. Os marcadores emocionais correspondiam à expressão intensa de sentimentos por parte dos participantes nas sessões e que estariam relacionados com assuntos-chave para essas pessoas. Os excertos que continham a informação destes marcadores foram posteriormente revistos e articulados com notas e comentários não estruturados que recolhemos durante a codificação do Estudo 2. Com base nesta informação os registos foram revistos e, utilizando um método indutivo, elaborámos uma narrativa acerca da intervenção. Os resultados da narrativa foram discutidos com dados de que dispúnhamos, referentes a reuniões com os terapeutas envolvidos na intervenção em análise (Elizabeth Kuipers, Ruth Berkowitz e Julian Leff; Londres, Novembro de 2011). Reconhecemos que, pela sua natureza não estruturada e indutiva, a avaliação narrativa está mais sujeita ao viés de observador. Não obstante, os resultados deste Estudo 3 parecem revestir uma consistência elevada. O mais relevante foi a evidência de que na intervenção em análise ocorreram mudanças emocionais significativas nos familiares ao longo das sessões em grupo. Numa fase inicial os familiares tenderam a expressar sentimentos de zanga. Seguidamente, os terapeutas iam nterrompendo o discurso de reminiscências, direccionavam o discurso para as suas preocupações actuais e os familiares pareciam ficar mais calmos. Contudo, à medida que os 143 participantes “mergulhavam” nos problemas com que se confrontavam na altura, os sentimentos de zanga davam lugar a sentimentos de perda e angústia. Nessa altura os terapeutas enfatizavam o suporte emocional e introduziam progressivamente técnicas de reenquadramento para ajudar os participantes a avaliar de forma mais positiva as situações. Este trabalho dava lugar a sentimentos mais positivos, como a aceitação, apreço e a sensação de controlo. O Estudo 3 evidenciou também o que designamos como o “Efeito de Passagem de Testemunho”. Este efeito aconteceu sempre que um membro novo se juntava ao grupo. Os membros antigos, que estavam a ser o alvo das atenções e naturalmente a receber mais intervenção, mudam de papel e passam eles próprios a focar as suas atenções nos membros mais recentes do grupo, contribuindo para a dinâmica do grupo com as mesmas intervenções que os ajudaram previamente. Por exemplo, alguns membros antigos que eram altamente críticos nos grupos em relação aos seus familiares passavam a fazer comentários de reenquadramento dirigidos para os novos membros. Por fim, o Capítulo 5 resume as conclusões gerais deste projecto de investigação. Os estudos apresentados permitiram um incremento no conhecimento acerca do processo das IFP. Anteriormente esta informação era baseada sobretudo na opinião de peritos. Com este projecto aumentámos o nível de evidência ao apresentar estudos com base em dados empíricos. A análise qualitativa do Estudo 2 permitiu pela primeira vez, tanto quanto é do nosso conhecimento, perceber de forma aprofundada o processo subjacente a uma IFP (no contexto de um ensaio clínico que se revelou como um dos mais eficazes de sempre). Identificámos as estratégias mais utilizadas, as relações entre elas e a sua diferente aplicação entre familiares com baixa EE e familiares com alta EE.O Estudo 3 completou a informação incluindo aspectos relacionados com as mudanças individuais durante o programa. No final foi possível perceber que as IFP devem ser um programa por etapas. Nos Estudo 2 e 3, evidenciámos que numa fase inicial, os terapeutas dedicaram especial atenção para que os familiares tivessem espaço para partilharem as suas necessidades, disponibilizando logo de seguida estratégias para promover o suporte emocional e estratégias de coping. Num nível subsequente do programa, o trabalho terapêutico avançou para estratégias mais direccionadas para regular a EE, mantendo sempre as estratégias iniciais ao longo das sessões. Assim apesar de a educação ter sido um componente importante na IFP em análise, houve outras estratégias mais relevantes no processo. A evidência gerada pelos Estudos 2 e 3 baseou-se em registos históricos de elevado valor, sendo que os constructos subjacentes na época, nomeadamente a EE, continuam a ser a base da investigação e prática das IFP a nível mundial em diferentes culturas (Butzlaff & Hooley, 1998). Concluímos que as IFP são um processo complexo com diferentes níveis de intervenção, podendo gerar mudanças emocionais nos participantes durante as sessões. No futuro será importante replicar o nosso trabalho (nomeadamente o Estudo 2) com outras abordagens de IFP, de modo a obter informação acerca do seu processo. Esse conhecimento será fundamental para uma possível evolução do paradigma das IFP. ----------- ABSTRACT: Background: Psychotic-spectrum disorders are complex biopsychosocial conditions and family issues are important determinants of prognosis. The discovery of the influence of expressed emotion on the course of schizophrenia paved the road to the development of family interventions aiming to lower the “emotional temperature” in the family. These treatment approaches became widely recognised. Effectiveness studies showed remarkable and strong results in relapse prevention and these interventions were generalised to other psychotic disorders besides schizophrenia. Family interventions for psychosis (FIP) prospered and were included in the most important treatment guidelines. However, there was little knowledge about the process of FIP. Different FIP approaches all led to similar outcomes. This intriguing fact caught the attention of authors and attempts were made to identify the key-elements of FIP. Notwithstanding, these efforts were mainly based on experts’ opinions and the conclusions were scanty. Therefore, the knowledge about the process of FIP remains unclear. Aims: To find out which are the key-elements of FIP based on empirical data. Methods: Qualitative research. Three studies were conducted to explore the process of FIP and isolate variables that allowed the identification of the key-elements of FIP. Study 1 consisted of a systematic literature review of studies evaluating process-related variables of FIP. Study 2 subjected the intervention records of a formerly conducted effective clinical trial of FIP to a qualitative analysis. Records were analysed into categories and the emerging data were explored using descriptive statistics and generalised estimating equations. Study 3 consisted of a narrative evaluation using an inductive qualitative approach, examining the same data of Study 2. Emotional markers and markers of change were identified in the records and the content of these excerpts was synthesised and discussed. Results: On Study 1, searches revealed 733 results and 22 papers were included in the qualitative synthesis. We found a single study comprehensively exploring the process of FIP. All other studies focused on particular aspects of the process-related variables. The key-elements of FIP seemed to be the so-called “common therapeutic factors”, followed by education about the illness and coping skills training. Other elements were also identified, as the majority of studies evidenced a multiple array of components. Study 2,revealed as the most used strategies in the intervention programme we analysed: the addressing of needs; sharing; coping skills and advice; emotional support; dealing with overinvolvement; and reframing relatives’ views about patients’ behaviours. Patterns of the usefulness of the strategies throughout the intervention programme were identified and differences between high expressed emotion and low expressed emotion relatives were elucidated. Study 3 accumulated evidence that relatives experience different emotions during group sessions, ranging from anger to grief, and later on, to acceptance and positive feelings. Discussion: Study 1 suggested a stepped model of intervention according to the needs of the families. It also revealed a gap in qualitative research of FIP. Study 2 demonstrated that therapists of the trial under analysis often created opportunities for relatives to express and share their concerns throughout the entire treatment programme. The use of this strategy was immediately followed by coping skills enhancement, advice and emotional support. Strategies aiming to deal with overinvolvement may also occur early in the treatment programme. Reframing was the next most used strategy, followed by dealing with anger, conflict and rejection. This middle and later work seems to operate in lowering criticism and hostility, while the former seems to diminish overinvolvement. Single-family sessions may be used to augment the work developed in the relatives groups. Study 3 revealed a missing part of Study 2. It demonstrated that the process of FIP promotes emotional changes in the relatives and therapists must be sensitive to the emotional pathway of each participant in the group.
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INTRODUCTION: The emergence of carbapenem resistance mechanisms in Pseudomonas aeruginosa has been outstanding due to the wide spectrum of antimicrobial degradation of these bacteria, reducing of therapeutic options. METHODS: Sixty-one clinical strains of P. aeruginosa isolated from five public hospitals in Recife, Pernambuco, Brazil, were examined between 2006 and 2010, aiming of evaluating the profiles of virulence, resistance to antimicrobials, presence of metallo-β-lactamase (MBL) genes, and clonal relationship among isolates. RESULTS: A high percentage of virulence factors (34.4% mucoid colonies; 70.5% pyocyanin; 93.4% gelatinase positives; and 72.1% hemolysin positive) and a high percentage of antimicrobial resistance rates (4.9% pan-resistant and 54.1% multi-drug resistant isolates) were observed. Among the 29 isolates resistant to imipenem and/or ceftazidime, 44.8% (13/29) were MBL producers by phenotypic evaluation, and of these, 46.2% (6/13) were positive for the blaSPM-1 gene. The blaIMP and blaVIM genes were not detected. The molecular typing revealed 21 molecular profiles of which seven were detected in distinct hospitals and periods. Among the six positive blaSPM-1 isolates, three presented the same clonal profile and were from the same hospital, whereas the other three presented different clonal profiles. CONCLUSIONS: These results revealed that P. aeruginosa is able to accumulate different resistance and virulence factors, making the treatment of infections difficult. The identification of blaSPM-1 genes and the dissemination of clones in different hospitals, indicate the need for stricter application of infection control measures in hospitals in Recife, Brazil, aiming at reducing costs and damages caused by P. aeruginosa infections.
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Based on the report for the course on “Social Factors of Innovation” of the PhD Program on Technology Assessment, supervised by Prof. António Brandão Moniz, Monte de Caparica, University NOVA Lisbon, Faculty of Sciences and Technology, July 2013
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INTRODUTION: A major concern with the visceral leishmaniasis (VL) is its high lethality rate, even with proper treatment. Low age, prior malnutrition, disease duration prior to diagnosis, severe anemia, fever for more than 60 days, diarrhea and jaundice are known poor prognostic factors. The goals of this study are to describe the clinical and laboratory characteristics of VL among children under 12 years of age and to identify the factors associated with VL poor outcome. METHODS: Two hundred and fifty children under 12 years of age with confirmed VL admitted to Hospital João Paulo II (FHEMIG), Belo Horizonte, Brazil, between January 2001 and December 2005 were evaluated retrospectively. The primary outcome was the poor clinical evolution: sepsis, and/or pneumonia, and/or urinary tract infection, and/or of bleeding (expect epistaxis), and/or severe neutropenia (neutrophil < 500 cells/mm3). Odds ratio (crude and adjusted) and its 95% confidence interval for each variable were calculated. Values less than 0.05 were considered significant. RESULTS: Average age was 3.3 years (3.6 months-11.6 years), 71.2% were younger than 5 years and 47.2% lived in Metropolitan Area of Belo Horizonte. The mean fatality rate was 3.6%. Sixty-six (26.4%) patients presented poor evolution. After a multivariate analysis, age <18 months, abnormal respiratory physical examination on hospital admission, and platelets <85,000/mm3 remained associated with increased chance of poor evolution. CONCLUSIONS: The results suggest that patients aged between 12 and 18 months, with platelet counts bellow 85,000/mm3, and respiratory abnormalities at admission should be considered potentially severe.
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INTRODUCTION: Malaria caused by Plasmodium vivax species has shown signs of severity, recorded with increasing frequency in the medical literature. This study aimed to characterize the signs of severe malaria by Plasmodium vivax in the State of Maranhão, Brazil. METHODS: A descriptive cohort study of patients assisted in the field and a historical and concurrent study of a series of cases among hospitalized patients were undertaken to identify the clinical and laboratory signs of severity. RESULTS: A total of 153 patients were included in the study, 13 of whom were hospitalized. Males made up the majority, numbering 103 (67.3%). The age of the patients ranged from 10 to 70 years, 92.2% were natives of the State of Maranhão, and 65% of the patients had had malaria before. The average time elapsed between symptom onset and diagnosis among outpatients was three days, while among hospitalized patients this average reached 15.5 days, a statistically significant difference (p=0.001). The parasitemia ranged from 500 to 10,000 parasites/µl in 92.8% of cases. The clinical and laboratory manifestations of severity were vomiting and diarrhea, jaundice, drowsiness, mental confusion, seizures, loss of consciousness, agitation, bleeding, pale skin, coughing and dyspnea, thrombocytopenia, anemia, elevation of nitrogenous compounds, and elevated transaminases and bilirubin. CONCLUSIONS: The monitoring of malaria patients with Plasmodium vivax showed the possibility of aggravation, the intensity of which varied in different circumstances, especially the interval time between falling ill and diagnostic confirmation.
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IntroductionTo determine the prevalence of immunoglobulin G (IgG) and immunoglobulin M (IgM) anti-Toxoplasma gondii antibodies among pregnant and postpartum women attended within the public healthcare system in Niterói, State of Rio de Janeiro, and to detect possible exposure factors associated with T. gondii infection in this population.MethodsIgM and IgG anti-T. gondii antibodies were investigated in 276 pregnant and 124 postpartum women by using the indirect immunofluorescence (IFAT) and immunoenzymatic assay (ELISA) techniques. The participants were selected by convenience sampling. All these 400 patients filled out a free and informed consent statement, answered an epidemiological questionnaire and were informed about the disease.ResultsAmong the 400 samples analyzed, 234 (58.5%) were reactive to IgG anti-T. gondii antibodies, according to the IFAT and/or ELISA assay. One pregnant woman was found to be reactive to IgM anti-T. gondii antibodies, with an intermediate IgG avidity test. Risk factor analysis showed that seropositivity was significantly associated (p<0.05) with age, contact with cats and presence of rodents at home. Through a logistic regression model, these associations were confirmed for age and contact with cats, while education at least of the high school level was found to be a protective factor.ConclusionsThe prevalence rate of IgG anti-T. gondii antibodies in the City of Niterói was high and the risk factors for infection detected after multivariate analysis were: age over 30 years, contact with cats and education levels lower than university graduate level.
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Introduction Few Latin American studies have assessed the prevalence of hepatitis C virus (HCV) infection in elderly individuals, in whom the highest rates are expected. We aimed to investigate the prevalence of and factors associated with HCV infection in elderly residents in the municipality of Tubarão, Santa Catarina. Methods This cross-sectional study included 820 individuals (aged ≥ 60 years) who were selected by simple random sampling. The presence of anti-HCV antibodies was tested by chemiluminescence, and HCV RNA detection was performed for the anti-HCV-reactive subjects. Those individuals who were anti-HCV reactive but had undetectable HCV RNA levels were tested using a third-generation recombinant immunoblot assay. The variables were compared using the chi-squared test or Fisher's exact test, and those variables with p < 0.05 were included in the logistic regression model. Results The mean patient age was 68.6 years (SD 7.0 years); 39% were men, and 92% were Caucasian. Eighteen subjects were anti-HCV positive. Among these individuals, 4 were characterized as false-positives, leaving 14 (1.7%) individuals with confirmed infections for analysis. HCV infection was associated with an age older than 65 years, households with 3 or more residents and the previous transfusion of blood products. In the logistic regression analysis, the following variables were independently associated with HCV infection: households with 3 or more residents (OR 7.9, 95% CI 1.7–35.9, p = 0.008) and previous blood transfusion (OR 6.2, 95% CI 2.1–18.6, p = 0.001). Conclusions The HCV prevalence in the elderly population in the municipality of Tubarão was higher than that found in previous studies of blood donors in the same region. Although exposure to contaminated blood products remained important, other transmission routes, such as household transmission, could play a role in HCV infection.
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Introduction Acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) is being increasingly reported among the elderly and major depression (MD) may be associated with suboptimal adherence to treatment. Methods Cross-sectional study on factors associated with MD among 72 HIV-infected elderly individuals. Results Twenty (27.7%) patients were found to have MD. The female gender (odds ratio [OR] = 10.65; p = 0.00586), a low CD4 count during the study (OR = 1.005247; p = 0.01539), and current smoking status (OR = 12.89; p = 0.01693) were independently associated with MD. Conclusions Our data underscore the need to attentively search and treat MD among HIV-infected elderly patients.
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Wine Tourism is gaining importance in today’s world and more destinations and establishments have been arising. After understanding the importance of this economic activity and the factors it must have to succeed, a new project was conceived for Central Alentejo taking into account its potential. This project is an example of how to take advantage of Wine Tourism in wine regions that are underexplored, such as Aldeias de Montoito, the village near Redondo to which a Business Plan will be created, explaining the strategies to pursue in order to have a successful Wine Tourism destination.
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Introduction This study examined the parity of Anopheles mosquitoes and the influence of abiotic factors on the distribution of these mosquitoes in the Manso dam, Mato Grosso, Brazil. Methods The anophelines were captured using the Human Attraction Technique for 12 h, while recording the temperature and relative humidity. Parity was determined by examining the conditions of the filaments. Results Anopheles darlingi and Anopheles triannulatus accounted for 98.5% of the anophelines, with 88% of these being parous. Conclusions Sudden variations in weather could be the cause of shifts from the total absence of mosquitoes to the appearance of females in abundance over a three-day period.
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This paper studies the economic and social impact of Faz Música Lisboa on the segment of society that feels from any direct or indirect consequence due to its existence. A qualitative research based on surveys and interviews is made to retract a list of the benefits and costs that each stakeholder perceives. Relying on the quantifiable variables, it is performed a cost-benefit analysis to measure how much the event is “worth” for the community. I conclude this is a viable project, as it brings a positive net benefit to the society, value that could increase with a higher institutional support.
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Introduction The prognosis of dengue depends on early diagnosis and treatment, which can help prevent severe forms whose characteristics were evaluated here. Methods A cross-sectional study was conducted involving dengue cases in Vitória, State of Espírito Santo, Brazil, in 2011. Results Two health regions registered 56.3% of 371 cases of severe dengue. Of these cases, 21.3% presented with dengue hemorrhagic fever. There were associations between dengue hemorrhagic fever with younger ages and a longer time before receiving care. Conclusions There was a greater involvement of dengue hemorrhagic fever in young people. Delay in care, poor urban quality and high endemicity were identified as possible risk factors for dengue severity.