1000 resultados para Transição paradigmática
Resumo:
Após termos apresentado reflexões sobre as relações entre as virtudes e a moral e entre polidez e o desenvolvimento moral, apresentamos quatro pesquisas empíricas com crianças de 6, 9 e 12 anos para responder às seguintes perguntas: 1) A polidez faz parte do universo moral da criança? 2) A polidez já é vista pela criança pequena na sua especificidade em relação às regras propriamente morais? Os dados mostram que: 1) a polidez pertence ao universo moral das crianças de 6 a 12 anos, mas com a peculiaridade de sua falta não merecer castigo; 2) que a falta de polidez é, para as crianças de 6 anos, um indício para se julgar o caráter moral de uma pessoa e deixa de sê-lo para as crianças de 12 anos, com uma fase de transição aos 9 anos e 3) que a falta de polidez é vista como conduta de uma certa gravidade nas três faixas etárias. Terminamos o texto com considerações teóricas que procuram mostrar a relevância de uma educação moral que não despreze a polidez.
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Este artigo discute as contraposições de autores no que se refere à produção do conhecimento e sua disseminação em contextos caracterizados como modernos ou pós-modernos, trazendo uma reflexão sobre questões ligadas aos saberes e à pesquisa em educação. Mostra que o emprego dos termos pós-modernidade e pós-moderno não encontra consenso entre os que se preocupam com a compreensão do momento histórico contemporâneo em suas diferentes manifestações. A posição assumida nessa discussão é a de que se está em transição: não se saiu totalmente das asas da modernidade e nem se está integralmente em outra era. Discute-se, então, a presença, na reflexão e na pesquisa em educação, de algumas perplexidades diante de movimentos sociais complexos que têm sido historicamente construídos, debatendo-se sobre o que conservar na educação, que modismos evitar, quais valores, práticas e identidades são, em princípio, dignos de respeito e por que, entre tantas questões. Mostra-se que a forma de tratar os problemas e analisá-los tem mudado. Num período de transição, em que estruturações e desestruturações, normatizações e transgressões imbricam-se dialeticamente, colocam-se desafios consideráveis à pesquisa em educação, para que se compreeenda a tessitura das relações no ensinar e no aprender, bem como a heterogeneidade contextual em que tais relações ocorrem.
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O artigo analisa a legislação referente ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - Fundeb -, em contraste com as normas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - Fundef. Identifica e discute: as características do novo fundo, que já integravam o fundo precedente; os aperfeiçoamentos em relação à legislação do Fundef e as opções técnicas distintas. Aponta os aspectos problemáticos da nova legislação, como a aplicação indistinta dos recursos entre as etapas e modalidades de ensino e os tipos de estabelecimento, independentemente de seu peso para a captação dos recursos, bem como a inclusão das matrículas privadas da educação especial e das creches de forma permanente, para além, portanto, de um prazo de transição. Propõe que a participação da União no financiamento da educação retome o patamar de 1995, em termos de percentual de gastos por esfera federativa.
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Tendo como base pesquisa sobre o processo de elaboração dos projetos pedagógicos em três instituições de educação profissional e suas decorrências para a reconstrução das identidades pedagógicas e institucionais em um contexto de transição nas políticas curriculares implementadas no anos 1990 no Brasil, o artigo analisa macrorrelações a partir de microrrelações: as falas dos representantes das equipes pedagógicas, dos professores e gestores das instituições estudadas. Em que pesem os esforços isolados de docentes e professores, falta clareza ao papel das referidas instituições, reguladas por mecanismos de avaliação das competências formadas, por redefinição de procedimentos administrativos e financeiros, bem como pela ampliação de encargos e responsabilidades que, ao fim e ao cabo, direcionam para um modelo que atende aos imperativos do mercado e, com isso, formulam exogenamente as identidades pedagógicas e institucionais.
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Articulado à temática da história das instituições educacionais, com ênfase na formação docente, este trabalho procura analisar as mudanças introduzidas no curso de formação de professores do Instituto de Educação do Rio de Janeiro durante o período do Estado Novo (1937-1945). Denominado Escola de Professores, quando da criação do Instituto em 1932, o curso foi posteriormente incorporado à Universidade do Distrito Federal (1935) sob o nome Escola de Educação e habilitava professores primários e secundários em nível superior, conforme proposta do Manifesto dos Pioneiros (1932). Com a extinção dessa universidade, em 1939, e a transferência de diversos cursos para a recém-criada Universidade do Brasil, o Instituto de Educação foi excluído do novo projeto e passou a formar professores primários na modalidade normal, em nível médio. O artigo procura abordar a fase de transição pela qual a instituição passou, assinalando continuidades e mudanças em relação à proposta original para, em seguida, focalizar o momento de ruptura, em consequência da Lei Orgânica do Ensino Secundário (1942) que acarretou mudanças acentuadas no curso de formação de professores oferecido pela instituição.
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Este texto objetiva analisar a articulação entre conhecimento escolar e emancipação no campo do currículo a partir de uma postura epistêmica pós-fundacional. Entendendo que nomear é um ato político, a análise enfrenta o desafio colocado pela virada paradigmática às leituras essencialistas do mundo. Explicita o diálogo estabelecido com os estudos pós-fundacionais, sublinhando seus efeitos na fixação de sentido para o significante emancipação. Em seguida, analisa a produção intelectual acumulada no campo curricular na última década, focalizando os processos de significação hegemonizados para a interface conhecimento escolar e emancipação. Por fim, a análise procura reativar outros sentidos possíveis da articulação em foco, abrindo pistas de investigação para continuarmos pensando politicamente o campo curricular, em meio às disputas na fronteira definidora de conhecimento escolar.
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As modificações tecnológicas e as recentes concepções de gerenciamento de recursos de informação têm causado uma quebra no paradigma dos modelos tradicionais de bibliotecas. O conceito de biblioteca virtual se apresenta como uma alternativa para ampliar as condições de busca, disponibilidade e recuperação de informações de maneira globalizada, qualitativa, pertinente e racional, aliando o acesso local ao acesso remoto, com base nas redes de telecomunicação disponíveis. Embora o conceito de biblioteca virtual esteja ainda em construção, um cuidadoso planejamento deve ser elaborado, tendo em vista a transição do modelo tradicional de bibliotecas para o modelo de biblioteca virtual. Alguns passos desta avaliação são apresentados, em especial para bibliotecas especializadas, bem como algumas experiências já em funcionamento em países do Primeiro Mundo. Novos papéis são também exigidos para os profissionais bibliotecários e para o pessoal da biblioteca, visando a um reposicionamento de atitudes e atividades.
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As novas tecnologias da Informação estão criando "bibliotecas sem paredes para livros sem páginas". Mais conhecidas como bibliotecas virtuais, estas novas formas e suportes estão redefinindo os paradigmas atuais sobre informação, comunicação e o próprio âmbito de trabalho dos profissionais da área. Interdisciplinaridade e interatividade tornam-se as novas palavras de ordem. À medida que avançamos na chamada Era da Informação, esta transição faz surgir a necessidade de repensar os modelos éticos, legais, estéticos, culturais, profissionais e outros, estabelecidos pelo suporte impresso. Ocorrendo paralelamente off e on-line, a também chamada Revolução da Informação utiliza ampla gama de aplicativos e equipamentos para tornar-se operativa. Coleção versus acesso, usuário local versus remoto, indexação hierárquica ou hipertextual, imprimir e distribuir ou distribuir e imprimir, navegar no oceano da informação ou afogar-se? Este artigo pretende discutir essas questões dentro de um enfoque diacrônico e interdisciplinar, contribuindo para o debate e a reflexão que a convergência de mídias para o suporte digital faz surgir.
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Descreve a Metodologia SciELO - Scientific Electronic Library Online para a publicação eletrônica de periódicos científicos, abordando temas como a transição da publicação impressa em papel para a publicação eletrônica, o processo de comunicação científica, os princípios que nortearam o desenvolvimento da metodologia, sua aplicação no site SciELO, seus módulos e componentes, os instrumentos nos quais está baseada etc. O artigo discute, também, as potencialidades e tendências para a área no Brasil e América Latina, apontando questões e propostas que deverão ser abordadas e solucionadas pela metodologia. Conclui que a Metodologia SciELO é uma solução eficiente, flexível e ampla para a publicação científica eletrônica.
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O presente artigo apresenta o processo de atualização por que passa a World Wide Web na sua transição para o que tem sido chamado de "Web Semântica". Neste sentido, busca-se identificar as tecnologias, as organizações associadas e o embasamento filosófico e conceitual subjacentes a esta nova web. O artigo também procura apresentar as imbricações existentes com a ciência da informação e as possibilidades de ampliação de escopo dos seus objetos tradicionais de pesquisa com o aporte dos novos padrões e tecnologias que estão sendo desenvolvidos no âmbito da Web Semântica.
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Pesquisa que mapeou as redes cognitivas na área de Ciência da Informação no Brasil, a partir da análise de citações dos artigos publicados nos principais periódicos desta área, no período de 2001 a 2005. É uma pesquisa quali-quantitativa, exploratória-descritiva e documental, que tem como corpus de análise os artigos científicos publicados nas principais revistas brasileiras da área, utilizando técnicas bibliométricas, para a análise dos dados. Constata que as redes cognitivas mais significativas na Ciência da Informação, no Brasil, podem ser mapeadas pelas comunidades estabelecidas pelas citações. Estas comunidades são formadas devido às afinidades temáticas, o que denota uma proximidade paradigmática, e pela proximidade institucional. Conclui que, no Brasil, a Ciência da Informação é conduzida por um grupo de pesquisadores, que interferem nas relações estabelecidas para o embasamento do desenvolvimento de estudos e pesquisas e, assim, determina o envolvimento disciplinar e interdisciplinar da área no país.
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O dinamismo do novo cenário socioeconômico, definido pelo desenvolvimento tecnológico, está provocando a transição de um modelo fundamentado na eficiência individual para outro, cujas bases se estabelecem em medidas da eficiência coletiva. Neste contexto, a aprendizagem organizacional figura como um processo que medeia a geração de conhecimento, de habilidades e de competências para as organizações. Este trabalho fundamenta-se na argumentação de que o conhecimento é o recurso mais importante para a competitividade empresarial, e de que as teorias sobre aprendizagem organizacional contribuem para a sua gênese. A aprendizagem organizacional interage com o conhecimento através de construções teóricas como competências e capacitações, que são definidas no nível organizacional. O objetivo deste trabalho é estudar as relações existentes entre os processos de aprendizagem organizacional e a formação e desenvolvimento de competências organizacionais, no âmbito da gestão de operações. Tais relações foram consolidadas na forma de um framework teórico-conceitual. A pesquisa utilizou abordagem qualitativa, cuja estratégia fundamentou-se em informações obtidas junto a especialistas (profissionais e acadêmicos) e em projeto de implantação de um modelo corporativo para a gestão estratégica de conhecimento. O resultado é o refinamento e teste de um framework que define as relações entre o processo de aprendizagem organizacional e a formação e desenvolvimento de competências que se estabelecem nesse nível. Observa-se que, no contexto da gestão estratégica de operações, a aprendizagem estabelece o processo através do qual se mobilizam recursos. No entanto, esta mobilização é mediada pelas competências organizacionais.
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Este artigo visa a contribuir para o conhecimento mais aprofundado sobre estudos de comportamento informacional de usuários com base em como são tratados na literatura da ciência da informação nas últimas seis décadas. Para tanto, a análise se fundamenta nas revisões publicadas no periódico Annual Review of Information Science and Technology (Arist) e em outros trabalhos que complementam o tema abordado, mostrando sua evolução teórica e metodológica. Uma diferença crucial está relacionada à mudança conceitual observada, a qual denota a ampliação da visão epistemológica dos estudos. Tal mudança referese, especialmente, à nova terminologia adotada, que passa de "estudos de usuários" ou "necessidades e uso de informação" para "comportamento informacional de usuários". Trata-se, contudo, não somente de alteração terminológica, mas, sobretudo, de mudança paradigmática, resultado de transformações no modo como o tópico é definido e abordado, e na forma como é investigado.
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Estudou-se o efeito da textura do solo, relevo, espécie forrageira, idade e sistema de formação da pastagem, sobre o ataque de Atarsocoris brachiariae. Não foram observadas diferenças significativas entre as espécies de forrageiras ou tipo de relevo quanto ao ataque da praga. As maiores densidades foram observadas em solos de textura arenosa, pastagens com mais de quatro anos, sistema de formação convencional e na faixa de 20-30 cm de profundidade. O ataque foi em reboleiras, e a maior densidade ocorreu na região de transição entre a área de pastagem morta e a área em que esta apresentava desenvolvimento normal.
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Neste trabalho teve-se como objetivo testar o modelo CENTURY para simular os efeitos das mudanças de uso da terra nos teores de carbono no solo e na produção primária líquida na bacia do rio Piracicaba, SP. O modelo foi parametrizado e as simulações foram realizadas considerando-se áreas de florestas, pastagens e cana-de-açúcar, dada a sua importância econômica. Os resultados obtidos indicaram que a alteração do uso/cobertura do solo provoca a diminuição do estoque de carbono do solo. As simulações realizadas na transição de uma floresta para cana-de-açúcar indicaram um decréscimo de 28% no estoque de carbono nos primeiros 12 anos, e diminuição de 42% com 50 anos de cultivo do solo com essa gramínea. Na simulação da transição de uma floresta para pasto, seguida do cultivo da cana-de-açúcar, verificou-se que na primeira mudança (floresta-pastagem) a perda de carbono foi de 24%, enquanto na segunda alteração (pastagem-cana) a perda foi de 22%. Com relação à produção primária, os resultados obtidos de floresta (6,6 t ha-1 ano-1), cana-de-açúcar (77, 82, 80 t ha-1 ano-1) e pasto (6,5 t ha-1 ano-1), mostraram-se similares aos valores observados no campo por outros autores.