1000 resultados para Restauração ecológica
Resumo:
O eucalipto é a espécie florestal mais plantada no Brasil, e por pertencer à família Myrtaceae sofre ataques de insetos que migram de hospedeiros nativos dessa planta, entre os quais Oxydia vesulia (Lepidoptera: Geometridae), espécie responsável por danos significativos a plantas desse grupo, em várias regiões do País. O estabelecimento e a preservação de reservas nativas têm sido uma das alternativas para reduzir a ação de agentes daninhos, pois promovem o aumento da diversidade ecológica e, conseqüentemente, favorecem a multiplicação e diversidade de inimigos naturais. Neste estudo, a coleta dos Lepidoptera foi realizada em duas situações, ou seja, em povoamentos de eucalipto sem e com faixas de vegetação nativa, utilizando armadilhas luminosas, dispostas em cinco diferentes situações de composição vegetal: 1 - no interior de uma área de cerrado a 100 m de sua borda; 2 - na zona de contato entre o cerrado e o eucaliptal; 3 - no interior do eucaliptal a 250 m de sua borda; 4 - no centro da faixa de cerrado, portanto a aproximadamente 500 m da borda; e 5 - no interior do eucaliptal a 750 m de sua borda. O. vesulia apresentou 329 indivíduos, sendo mais abundante no sistema sem faixas, com 266 indivíduos, e apenas 63 indivíduos no sistema com faixas. Essa espécie foi constante (51,43%) no sistema sem faixas e acessória (45,71%) no com faixas, com freqüência de 1,15 e 1,66%, respectivamente, com coleta de maior número de indivíduos dessa espécie a partir da segunda quinzena de fevereiro, em ambos os sistemas. No sistema com faixas, O. vesulia foi mais coletada no interior do eucaliptal a 250 m da borda, com 31 indivíduos, enquanto no sem faixas o maior número de indivíduos dessa espécie foi registrado no interior do eucaliptal a 750 m de sua borda.
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A Zona da Mata de Minas Gerais é caracterizada por topografia forte ondulada, com solos intemperizados com baixa fertilidade natural e regime pluviométrico capaz de sustentar uma vegetação florestal. A ocupação da terra é minifundiária, predominando a agricultura familiar, que sofre as conseqüências da modernização da agricultura, exigindo uso intensivo do solo, o que, conseqüentemente, promove perdas de solo, água e nutrientes por erosão. Uma das alternativas propostas para redução das perdas por processos erosivos foi a implantação de sistemas agroflorestais. O objetivo deste estudo foi comparar as perdas por erosão em sistemas agroflorestais implantados em propriedades de pequenos agricultores com as perdas em sistemas convencionais. Os sistemas foram implantados como unidades experimentais de observação das condições socioambientais dos agricultores, utilizando metodologias participativas. Estas unidades experimentais apresentam dificuldades para quantificação da erosão, quando são usadas metodologias convencionais. A dinâmica do manejo utilizado pelos agricultores dificulta o uso de métodos que exigem a implantação de equipamentos permanentes. Além disto, os métodos que exigem o isolamento das parcelas produzem efeitos de borda que mascaram os resultados, quando comparados com os do sistema aberto conduzido por agricultores. Desta forma, foi desenvolvido um coletor de água e solo para superar tais limitações. O equipamento é composto por uma "mesa", que é inserida no solo, acoplada a uma calha móvel que sustenta um saco plástico. A água e o solo coletados no saco plástico são quantificados e analisados. Foram instalados coletores em 25 unidades de observação, sendo 14 em sistemas convencionais e 11 em sistemas agroflorestais. A energia dos eventos erosivos foi calculada a partir de pluviogramas, para estimar as perdas potenciais anuais dos sistemas. Os dados foram coletados na estação chuvosa de 1998/1999. As perdas totais de solo, carbono orgânico e nutrientes dos sistemas convencionais, estimadas para um ano, foram significativamente maiores que as dos sistemas agroflorestais, o que indica a maior sustentabilidade ecológica destes últimos e comprova que eles são capazes de conservar os recursos naturais, evidenciando a importância da conversão dos sistemas convencionais em sistemas ecologicamente sustentáveis.
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O objetivo deste estudo foi determinar as condições de trabalho e o nível de treinamento das brigadas voluntárias de prevenção e combate aos incêndios florestais do Jardim Botânico de Brasília, da Reserva Ecológica do IBGE e da fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília. Os estudos foram realizados no primeiro semestre de 2000 na sede das três brigadas, localizadas nas respectivas Unidades de Conservação, tendo como metodologia o emprego de questionários e entrevistas com os brigadistas e coordenadores. O conjunto de dados foi analisado para as três brigadas, mostrando que o melhor nível de treinamento e satisfação dos brigadistas foi encontrado na brigada da Reserva Ecológica do IBGE e o pior, na brigada da fazenda Água Limpa da UnB. As três brigadas não contam com equipamentos de proteção individual para todos os brigadistas, faltando também equipamentos de combate e ferramentas. Nenhuma brigada dispõe de máquinas para manutenção de estradas e aceiros. Somente a brigada da Reserva Ecológica do IBGE conta com caminhão-pipa para ações de combate. A brigada da fazenda Água Limpa foi a que apresentou maior participação em campanhas educativas junto às comunidades do entorno. Pode-se concluir que, de maneira geral, as brigadas apresentaram bom nível de capacitação e treinamento, demonstrando que apesar da limitação de equipamentos e ferramentas têm conseguido debelar pequenos focos de incêndios florestais. O problema mais grave verificado nas três brigadas foi a falta de equipamentos de proteção individual para todos participantes de ações de combate, gerando riscos de acidentes.
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Para determinar se a distribuição espacial dos genótipos é aleatória ou se está estruturada, utilizou-se a autocorrelação espacial dos genótipos para investigar dados alozímicos de duas populações naturais de Myracrodruon urundeuva do semi-árido brasileiro (Estação Ecológica do Seridó/RN, com 1.166,38/ha e Sítio Mata dos Alves/PB com 84/ha). A primeira população encontra-se em áreas mais preservadas, enquanto a segunda está em uma área fragmentada. O programa utilizado foi o "Autocorr". A autocorrelação estimada para os locos polimórficos foi realizada nos indivíduos adultos. Foram analisados dois alelos na Estação Ecológica do Seridó e quatro no Sítio Mata dos Alves. Utilizaram-se de três métodos para o pareamento de indivíduos a serem comparados: conexão de Gabriel (Ig), vizinho mais próximo (Ivmp) e comparações dentro de classes de distâncias preestabelecidas. Os resultados obtidos para Ig e Ivmp (Pgm-2: 0,032 e 0,236; Est-1: 0,263 e 0,242, respectivamente) na estação ecológica e Ig e Ivmp (Pgm-1: -0,349 e -0,288; Pgm-2: -0,341 e-0,278; Est-1: -0,349 e -0,284 e Mdh-1: -0,345 e 0,282, respectivamente) no sítio não mostraram a presença de estruturação genética espacial, o que possibilita pressupor que exista uma distribuição aleatória dos genótipos dentro delas. O mesmo foi detectado para as comparações dentro de classes de distâncias preestabelecidas. Os resultados mantiveram o mesmo padrão encontrado para algumas populações naturais de espécies arbóreas tropicais já estudadas.
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Realizou-se um estudo das variações florísticas e estruturais da comunidade arbórea em um fragmento de Floresta Estacional Semidecídua situado às margens do rio Capivari, em Lavras, Minas Gerais, com o objetivo de analisar as correlações entre variáveis ambientais (edáficas, topográficas e morfométricas do fragmento) e a distribuição das espécies arbóreas. Procurou-se, também, ampliar o conhecimento sobre a composição florística e a estrutura fitossociológica das comunidades arbóreas da região do alto rio Grande. As espécies arbóreas foram amostradas em coletas extensivas na área e intensivas dentro de 28 parcelas de 20 ´ 20 m, tendo sido considerados apenas os indivíduos com DAP > 5 cm. As parcelas foram distribuídas em cinco transeções, dispostas paralelamente à inclinação predominante do terreno. As variáveis ambientais foram obtidas por meio do levantamento topográfico do fragmento e de análises químicas e granulométricas de amostras dos solos. As correlações entre distribuição das abundâncias das espécies e as variáveis ambientais nas parcelas foram avaliadas por análise de correspondência canônica (CCA). A listagem florística registrou 166 espécies, sendo 140 encontradas dentro das parcelas. A comunidade arbórea apresentou um elevado índice de diversidade de Shannon (H' = 4,258 nats/indivíduo), correlacionado à baixa dominância ecológica (alta equabilidade de Pielou, J' = 0,862) e, possivelmente, à alta heterogeneidade ambiental local. A CCA demonstrou que a heterogeneidade ambiental do fragmento é caracterizada principalmente pela topografia acidentada e pelas variações de fertilidade, granulometria e regime hídrico dos solos, sendo este último o mais fortemente correlacionado com a distribuição das espécies. Muitas espécies arbóreas mostraram clara preferência por dois habitats: a baixa encosta, com solos mais úmidos e férteis, e a alta encosta, com solos menos úmidos e férteis e mais sujeita ao efeito borda.
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O presente trabalho foi realizado em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual Submontana no município de Viçosa (20º45'23"S e 42º52'23"W), Zona da Mata de Minas Gerais, cujo clima é do tipo Cwa, com os objetivos de determinar a composição florística da vegetação arbórea e inferir acerca dos respectivos grupos ecológicos. A listagem florística foi extraída de um levantamento fitossociológico no qual foram empregados 158 pontos-quadrantes. Foram amostrados 632 indivíduos com circunferência de tronco igual ou maior que 15 cm à altura de 130 cm do solo. Foram analisados dez levantamentos realizados na Zona da Mata, para obter as principais espécies ocorrentes na região. Foram determinadas 123 espécies, pertencentes a 85 gêneros e 36 famílias. Devido às proporções de espécies pelos grupos ecológicos, o fragmento florestal estudado foi classificado em estádio médio de regeneração. Dentre as espécies encontradas, sete pertencem à lista de espécies ameaçadas de extinção no Estado de Minas Gerais e no Brasil.
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O presente trabalho teve como objetivos fazer o levantamento de remanescentes de mata ciliar existentes ao longo de um trecho do curso principal do ribeirão São Bartolomeu, em Viçosa, MG, e estimar a área a ser revegetada com espécies nativas da região, através de uma metodologia simples, porém eficaz no caso de pequenos cursos de água e com pouca área de preservação permanente com floresta. A área em estudo apresentou apenas 5,7% da área de mata ciliar que deveria existir de acordo com a legislação vigente, representada por nove fragmentos florestais em diferentes estágios de sucessão ecológica, totalizando 3,46 ha. Para a revegetação completa do trecho em estudo, propôs-se um modelo de plantio baseado na combinação de espécies de diferentes grupos ecológicos. A área a ser revegetada para atender às exigências da legislação é de 57,24 ha, e serão necessárias cerca de 82.830 mudas de espécies nativas da região para o plantio.
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Foi conduzido um estudo fitossociológico no Cerrado sentido restrito da Floresta Nacional de Paraopeba, comparando-se os resultados (qualitativos) com os de outras amostras. Foram estabelecidas 10 parcelas de 0,1 ha (20 x 50 m), sendo incluídas no estudo todas as árvores (C30 > 15,7 cm). Foram registrados 1.990 indivíduos/ha (densidade total) e 18,13 m²/ha (área basal total). Os valores de riqueza (73 espécies/38 famílias), de diversidade Shannon (3,57) e de uniformidade (0,83) indicaram grande heterogeneidade e baixa dominânica ecológica. Leguminosae e Vochysiaceae foram as famílias mais ricas em espécies. O grupo das árvores mortas alcançou o maior valor de importância, seguido por Qualea parviflora, Pera glabrata, Erythroxylum suberosum e Qualea grandiflora. A análise comparativa de composições florísticas de 11 cerrados indicou uma forte influência da flora de Floresta Atlântica em Cerrado marginal do interior de São Paulo. Houve influência da localização geográfica na similaridade do Cerrado de Palmas, TO, com as outras áreas.
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Este estudo teve como objetivos analisar a composição florística da vegetação arbustivo-arbórea colonizadora de uma área degradada por mineração de caulim, em Brás Pires, MG, compará-la com outros fragmentos florestais e caracterizar aspectos de auto-ecologia das espécies e o solo da área. O levantamento florístico abrangeu uma área de 0,5 ha, subdividida em 50 parcelas contíguas de 10 m x 10 m. Foram incluídos todos os indivíduos com CAP igual ou superior a 10 cm. A composição florística é o resultado desse levantamento acrescida de coletas fora da área de amostragem, totalizando 64 espécies, distribuídas em 50 gêneros e 30 famílias. As famílias com maior número de espécies foram Leguminosae (11), Annonaceae (5), Lauraceae e Melastomataceae (4), enquanto o gênero mais rico foi Machaerium (3). A análise do substrato, nas condições em que se encontrava, revelou que este não impedia o estabelecimento da vegetação. A síndrome de dispersão preponderante era a zoocórica, destacando-se a importância de indivíduos remanescentes, fragmentos próximos e sua fauna associada. A maior similaridade florística ocorreu com o fragmento em Cruzeiro, SP, estando ambas as áreas em início de sucessão.
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Este estudo teve como objetivo avaliar as condições de trabalho, treinamento, saúde e segurança dos brigadistas de combate a incêndios florestais no Distrito Federal. A pesquisa foi realizada nas Unidades de Conservação da Fazenda Água Limpa, Reserva Ecológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Instituto Jardim Botânico de Brasília. A coleta de dados foi feita com a aplicação de um questionário em forma de entrevista individual. Participaram da avaliação todos os 53 brigadistas das Unidades de Conservação. De acordo com os resultados, a brigada do Jardim Botânico de Brasília tinha significativo porcentual de treinados (92,8%), todos com cursos de primeiros socorros, e um alto porcentual de trabalhadores com problemas de saúde (33,3%). Os brigadistas da Reserva Ecológica do IBGE exerciam, em sua grande maioria, o trabalho por gosto pela atividade (84,6%), eram bem treinados (92,3%) e todos participaram de cursos de primeiros socorros, sendo o porcentual de acidentes o mais baixo (7,7%). Na brigada da Fazenda Água Limpa foram encontrados os menores porcentuais de treinados (39,1%), maiores porcentuais de acidentes (17,4%), menores porcentuais de pessoas que exerciam a função por gosto pela atividade (30,4%) e menores porcentuais de pessoas com problemas de saúde (8,7%). A grande maioria dos brigadistas nas três Unidades de Conservação ressaltou a questão da necessidade de regulamentação das brigadas e atentou para a insatisfação quanto aos equipamentos de proteção individual utilizados e inadequada reposição.
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O presente estudo teve por objetivo conhecer a estrutura fitossociológica da vegetação arbustivo-arbórea colonizadora em uma área degradada por mineração de caulim no Município de Brás Pires (20°55'S e 43°09'W), MG, visando selecionar e indicar espécies mais adaptadas para recuperação de áreas degradadas semelhantes. A amostragem fitossociológica contou com 50 parcelas contíguas de 10 m X 10 m, totalizando 0,5 ha. Estiveram passíveis de inclusão todos os indivíduos com circunferência do tronco a 1,30 m do solo (CAP) igual ou superior a 10 cm. O levantamento resultou em 1.010 indivíduos pertencentes a 47 espécies, distribuídos em 39 gêneros e 23 famílias. Destacaram-se em valor de importância Piptadenia gonoacantha, Luehea grandiflora, Anadenanthera peregrina, Cecropia glaziovii, Cecropia hololeuca e Xylopia brasiliensis. A análise da distribuição dos indivíduos em classes de diâmetro revelou uma comunidade em plena regeneração, com representação em todas as classes diamétricas.
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O objetivo deste trabalho foi caracterizar o comportamento hidrológico, o volume de entrada e saída de água da bacia hidrográfica do rio Debossan, onde se localiza uma importante estação de captação de água, administrada pela Concessionária de Águas e Esgotos de Nova Friburgo LTDA. (CAENF), inserida na Reserva Ecológica de Macaé de Cima, Município de Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Para isso, foram obtidos dados de vazão e precipitação diários do período de janeiro de 2002 a dezembro de 2004. A partir desses dados, foram calculados alguns parâmetros hidrológicos, como vazão específica e deflúvio. A precipitação média observada nos três anos foi de 2.163 mm, sendo que os meses de dezembro/2002 e janeiro/2003 apresentaram os máximos valores. A vazão média anual no período foi de 0,86 m³/s, apresentando o mês de dezembro de 2002 com maior índice e setembro de 2004 com o menor. O balanço hídrico, em termos médios anuais nos três anos de medições, apresentou uma evapotranspiração de 1.923,04 mm, equivalendo a 88% da precipitação convencional. Pode-se dizer que o ecossistema florestal exerce efeito tamponante sobre a quantidade de água da bacia hidrográfica, mantendo uma grande vazão nos meses de menor pluviosidade. Ao analisar a relação entre a entrada de água na bacia, o uso atual do solo e a quantidade de água produzida, concluiu-se que uma bacia hidrográfica bem preservada tem fundamental importância na manutenção constante da vazão ao longo do ano, além da visível participação na qualidade da água.
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Myracrodruon urundeuva (aroeira) é uma das espécies arbóreas que apresentam madeira de maior durabilidade em contato com o solo. Em razão dessa característica, populações naturais de M. urundeuva, distribuídas por quase todo o Brasil, vêm sendo dizimadas. Desse modo, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a expressão da variação genética em uma população natural de M. urundeuva procedente da Estação Ecológica do Instituto Florestal, localizada em Paulo de Faria, SP. Coletaram-se sementes de 30 árvores de polinização livre, em setembro de 1996. Com esse material, foram instalados três testes de progênies em diferentes sistemas de plantio em Selvíria, MS, obedecendo a um delineamento em blocos casualizados, com 30 tratamentos (progênies) e três repetições. Foi assumido o modelo de cruzamento misto para essa espécie. Verificou-se que houve diferença significativa nos efeitos de progênies e ambiente (testes de progênies), e a interação progênies x ambientes não foi significativa. Desse modo, as progênies apresentaram comportamento semelhante nos diferentes ambientes. A melhor "performance" das progênies foi no plantio envolvendo M. urundeuva, Guazuma ulmifolia (Lam) e Anandenanthera falcata (Benth. Speg.), as quais também apresentaram considerável variação genética, indicando alto valor para programas de conservação e melhoramento genético.
Resumo:
No presente trabalho foi analisado o crescimento de espécies arbóreas plantadas em um gradiente topográfico em área de empréstimo de terra para construção da barragem da UHE Camargos, MG. Para tanto, aos 155 meses após o plantio foram alocados três transectos no sentido do declive, com 15 m de largura e comprimento variável. Os transectos foram divididos em parcelas de 12 x 15m para controle do gradiente topográfico. Os indivíduos com circunferência à altura do peito (DAP) ³ 5cm foram identificados e medidos no seu diâmetro e altura. A partir dos resultados, concluiu-se que, de modo geral, as espécies pioneiras apresentaram um ritmo de crescimento maior nos primeiros 58 meses e as climácicas, no período entre 58 e 155 meses. Houve efeito da compactação do solo e do gradiente topográfico sobre o crescimento das plantas.
Resumo:
Este estudo foi realizado no Projeto Magela (04º 35' 20" S e 43º 49' 55,2" W), pertencente à Empresa MARGUSA (Maranhão Gusa S.A.), localizado no Município de Codó, Estado do Maranhão. Teve como objetivo analisar a composição florística e a estrutura horizontal de Floresta Ombrófila Aberta com cipó (FOAcipó) e Floresta Ombrófila Aberta com palmeira (FOApalmeira). No inventário florestal, utilizou-se amostragem casual estratificada com 12 parcelas na FOAcipó e nove na FOApalmeira. Em parcelas de 50 x 200 m, mensuraram-se todos os indivíduos com DAP > 15 cm (nível I de inclusão) e, em subparcelas de 5 x 50 m, os indivíduos com 5 cm < DAP < 15 cm (nível II de inclusão). A FOApalmeira apresentou maior diversidade florística. As espécies de maior importância ecológica em FOAcipó foram Cenostigma macrophyllum Tul. (Leguminosae), Galipea jasminiflora (A. St.-Hil.) Engl. (Rutaceae) e Hymenaea parvifolia Huber (Leguminosae). Em FOApalmeira, as espécies mais importantes foram Attalea speciosa Mart. Ex Spreng (Arecaceae), Actinostemon klotzshii (Didr.) Pax (Euphorbiaceae) e Cenostigma macrophyllum.