1000 resultados para Problema de custo de colheita
Resumo:
Este trabalho objetivou avaliar o impacto da época de semeadura da soja após a dessecação da cobertura vegetal sobre o controle de papuã (Brachiaria plantaginea) e quantificar a influência da época de controle na produtividade da soja. O delineamento experimental utilizado foi o de parcelas subdivididas, em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos constaram de épocas de semeadura da soja (1 e 10 dias após aplicação de dessecante - DAD), dispostas nas parcelas principais, e de épocas de controle de papuã (11, 17, 24, 31, 38 e 45 dias após a emergência da soja - DAE para a semeadura realizada em 1 DAD; e 8, 15, 22, 29, 36 e 42 DAE para a semeadura realizada aos 10 DAD), dispostas nas subparcelas. Para cada época de semeadura da soja foi mantida testemunha com controle químico de papuã durante todo o ciclo. O controle de papuã foi obtido mediante aplicação do herbicida clethodim a 120 g ha-1. Constatou-se que os níveis de controle de papuã, na pré-colheita da soja, variaram entre 90 e 99%, considerando-se todos os tratamentos. Houve reduções da estatura de planta de soja, rendimento biológico aparente e rendimento de grãos com o atraso na aplicação de controle ao papuã, especialmente para semeadura da soja realizada aos 10 DAD. Verificou-se que as perdas de rendimento de grãos, propiciadas pela convivência da planta daninha com a cultura, superaram o custo de controle aproximadamente aos 20 e 5 DAE da soja, quando as semeaduras foram efetuadas aos 1 e 10 DAD, respectivamente. O intervalo entre as aplicações de medidas de controle ao papuã é mais amplo quando a semeadura da soja é realizada mais próximo do momento de aplicação de dessecante do que quando sofre atraso.
Resumo:
A cultura de canola é indicada nos esquemas de rotação de culturas, bem como para diversificação agrícola e cobertura vegetal do solo no período de inverno na Região Sul do Brasil. Contudo, a colheita mecanizada é uma das operações mais críticas do sistema de produção, uma vez que os frutos do tipo síliqua apresentam maturação desuniforme, gerando grandes perdas de produtividade devido à deiscência natural. O uso de dessecantes químicos permite uma colheita com as síliquas em maturação mais uniforme, porém é importante a manutenção da qualidade do produto obtido. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito da aplicação de herbicidas dessecantes na produtividade e na qualidade fisiológica e sanitária das sementes de canola cultivar Hyola 401. Os herbicidas utilizados foram o glufosinato de amônio (0,5 kg ha-1), carfentrazone-ethyl (0,03 kg ha-1), paraquat (0,4 kg ha-1) e diquat (0,3 kg ha-1), mais a testemunha sem aplicação. A qualidade das sementes foi avaliada por meio dos testes de germinação, de envelhecimento acelerado, de condutividade elétrica, de emergência em areia, de velocidade de emergência e de sanidade. A aplicação dos produtos dessecantes permitiu uma antecipação de sete dias na colheita das sementes de canola. A produtividade de sementes não foi afetada pela dessecação. A aplicação do glufosinato de amônio e carfentrazone-ethyl reduziu (P<0,05) os teores de proteína das sementes. A utilização dos produtos químicos não apresentou efeitos negativos na qualidade fisiológica das sementes.
Resumo:
A trapoeraba (gênero Commelina) é planta daninha-problema em cafezais devido à sua capacidade de sobreviver nas mais diversas condições e tolerância ao herbicida glyphosate. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do herbicida 2,4-D, em doses crescentes, aplicado isoladamente ou em mistura com o glyphosate, no controle de Commelina benghalensis e Commelina diffusa. Para isso, foi conduzido um experimento para cada espécie, em vasos, em casa de vegetação, no delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Foram comparados dez tratamentos, que consistiram da combinação de cinco doses de 2,4-D (0; 167,5; 335; 670; e 1.005 g ha-1) e duas doses de glyphosate (0 e 720 g ha¹). Avaliou-se a eficácia dos tratamentos pela porcentagem de controle, avaliada em cinco épocas, em relação à testemunha. Em C. benghalensis, 2,4-D proporcionou controle excelente (>91%) aos 33 DAT (dias após tratamento) a partir de 167,5 g ha-1 na presença de glyphosate e a partir de 335 g ha-1 na ausência de glyphosate. Em C. diffusa, 2,4-D proporcionou controle excelente aos 33 DAT a partir de 670 g ha-1, tanto na presença quanto na ausência de glyphosate. No entanto, somente a mistura de 2,4-D + glyphosate a 1.005 + 720 g ha-1 provocou 100% de controle desta espécie, verificando-se rebrota das plantas nos outros tratamentos. Nas condições dos experimentos, C. benghalensis mostrou-se mais suscetível que C. diffusa ao herbicida 2,4-D aplicado isoladamente ou em mistura com o glyphosate. Portanto, a identificação da espécie de trapoeraba presente na área a ser tratada e o conhecimento de sua biologia auxiliam na escolha do melhor produto e da dose ideal a ser aplicada, ou mesmo na escolha da mistura adequada, garantindo menor custo e melhor controle, com menores riscos para a cultura e o meio ambiente.
Resumo:
O uso de dessecantes na cultura do milho pode trazer benefícios para os agricultores, especialmente visando a disponibilização antecipada do solo para implantação de uma nova cultura, assim como o oferecimento antecipado do produto colhido ao mercado. Dentre os dessecantes disponíveis comercialmente, os herbicidas paraquat e diquat merecem destaque. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência dos herbicidas paraquat e diquat, aplicados como dessecantes em diversos estádios de desenvolvimento da cultura de milho, sobre parâmetros produtivos e incidência de doenças nos grãos de milho. O ensaio foi conduzido na Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, utilizando-se os seguintes tratamentos: aplicação de paraquat e diquat aos 14 e 7 dias antes e aos 7 dias depois do ponto de maturação fisiológica (MF), assim como na própria MF. Ambos os produtos foram aplicados na dosagem de 400 g ha-1. O cultivar de milho utilizado foi o BRS 3101. Aos 0, 3, 6, 9, 12 e 15 dias após a aplicação dos produtos foram coletados 30 grãos de seis espigas aleatórias, para determinação da umidade dos grãos e peso da matéria seca. Na colheita foram avaliados: altura da planta e da espiga, índice de espigas, produção de grãos e espigas e sanidade dos grãos. Os produtos testados não apresentaram diferenças de eficiência para a maioria dos parâmetros avaliados, embora visualmente tenha sido constatado que o paraquat age mais rapidamente do que o diquat na secagem do tecido foliar verde. Apesar disso, quando se detectou alguma diferença entre os dois produtos químicos, o diquat foi superior ao paraquat. Com relação às épocas de aplicação dos produtos, foi constatado que a aplicação dos dessecantes aos 14 dias antes da MF resultou em redução na produção de grãos, devido à diminuição no peso da matéria seca dos grãos, apesar de ter antecipado em dois dias a MF e em quatro dias a colheita. Esse fato ficou mais bem evidenciado com a aplicação do paraquat. A produção de grãos verificada nos tratamentos testemunhas se igualou à dos melhores tratamentos com os dessecantes. O uso do paraquat resultou em grãos com maior porcentagem de infecção por Fusarium subglutinans, patógeno causador dos grãos ardidos em milho. Com relação à época de aplicação dos dessecantes, 14 dias antes da MF foi a que tornou o milho mais suscetível ao ataque desse fungo.
Resumo:
Realizou-se um estudo na região do Alto São Francisco, Minas Gerais, no final da safra agrícola 1997/1998, visando identificar as plantas daninhas que permanecem nas áreas após a colheita do milho e sua distribuição ao longo da área estudada, destacando-se as mais importantes. As observações foram realizadas em 12 municípios. Em cada local foi lançado, por cem vezes, um quadrado de 0,50 x 0,50 m, a espaços de 10 m. Dentro do quadrado foram contadas as espécies e registrado o número de indivíduos de cada uma delas. Foram encontradas 151 espécies em 35 famílias, sendo Asteraceae a mais bem representada, com 25 espécies. As espécies com maior Índice de Valor de Importância (IVI) foram: Ageratum conyzoides, Sida glaziovii, Conyza bonariensis, Gaya sp., Sida rhombifolia e Blainvillea biaristata. As plantas daninhas remanescentes nas áreas recém-colhidas são fonte de alimento para insetos polinizadores e inimigos naturais das pragas; adequadamente manejadas, elas podem favorecer a manutenção do equilíbrio nos agroecossistemas.
Resumo:
Metodologias de mapeamento de plantas daninhas em áreas agrícolas estão sendo utilizados a fim de gerar mapas de aplicação localizada de herbicidas, sendo que, este mapeamento vem sendo feito através de ferramentas da agricultura de precisão. O mapeamento das plantas daninhas gera então mapas de tratamentos de herbicidas que comandam pulverizadores capazes de realizar a aplicação localizada de herbicidas, aproveitando o comportamento contagioso inerente da comunidade das plantas daninhas, porém poucos experimentos relatam a eficiência desses métodos. Este experimento teve como objetivo comparar metodologias de mapeamento do capim-colonião (Panicum maximum), com base na avaliação visual durante e após a colheita da cultura de milho. Durante a colheita foi conduzido o monitoramento com avaliação visual, feito por uma pessoa devidamente treinada e pelo operador antecipadamente orientado. Após a colheita, a avaliação visual foi feita por amostragens, numa grade regular de 20 x 20 m. Foi observada uma subestimação de 6% da área infestada, com uma infestação de mais de 80% de cobertura pelo método de mapeamento durante a colheita, quando comparado com o caminhamento na grade regular após a colheita. Os dois métodos foram coincidentes em 45% da área marcada.
Resumo:
Objetivou-se neste trabalho avaliar os efeitos da dessecação de plantas de feijão (cultivar Talismã) com carfentrazone-ethyl sobre a qualidade das sementes. Realizou-se a dessecação das plantas utilizando cinco doses (0, 10, 30, 60 e 120 g ha-1) de carfentrazone associadas a três épocas de aplicação: 25, 30 e 35 dias após o florescimento (DAF). Em intervalos de dois dias após cada aplicação, quantificou-se a evolução da perda de umidade das sementes. Oito dias após cada aplicação, realizou-se a colheita, sendo determinados o peso de 100 sementes e a proporção de sementes classificadas como "pequenas" (que passaram por peneira de crivo 14/64"), "médias" (retidas entre as peneiras de crivo 14/64" e 16/64") e "maiores" (que ficaram retidas na peneira de crivo 16/64"). A viabilidade das sementes foi avaliada pelo teste de germinação (TG). A aplicação de carfentrazone-ethyl em doses superiores a 60 g ha-1 aos 25 DAF acelerou a perda de umidade das sementes, afetando, o tamanho e o peso de 100 sementes. Melhores resultados foram obtidos com aplicação do dessecante nas doses entre 10 e 30 g ha-1, aos 30 DAF, proporcionando melhor rendimento e qualidade das sementes, sem efeito negativo sobre a germinação.
Resumo:
As macrófitas, apesar da enorme importância na dinâmica do ambiente aquático, quando formam extensas e densas colonizações, promovem uma série de prejuízos ao ambiente e aos usos múltiplos dos reservatórios. Nessas situações, há necessidade de redução de seu tamanho populacional, seja reduzindo as condições favoráveis ao crescimento, seja por meio do controle direto das plantas. Dentre as macrófitas aquáticas que promovem esses tipos de problema, o aguapé (Eichhornia crassipes) é considerada a mais importante. Seu controle é praticado em todo o mundo. O diquat tem sido bastante utilizado para o controle desta planta, em razão de seu baixo custo, eficácia, rapidez de controle e baixa toxicidade no ambiente aquático. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os possíveis impactos causados pelo controle de Eichhornia crassipes sobre algumas características de qualidade da água em mesocosmos. Para isso, cinco situações experimentais foram estudadas: CPCH - mesocosmo colonizado por aguapé, o qual foi controlado pela aplicação do herbicida diquat; CPCG - mesocosmo colonizado por aguapé, o qual foi morto por congelamento; CPSH - mesocosmo colonizado com aguapé, sem controle; SPCH - mesocosmo sem macrófitas e com aplicação de diquat na superfície da água; e SPSH - mesocosmo sem macrófitas aquáticas e sem aplicação. O herbicida diquat foi utilizado na dose de 7,0 L da formulação comercial Reward/ha. A temperatura foi mais elevada nos mesocosmos sem plantas, devido à maior incidência de raios solares na coluna d'água. As concentrações de oxigênio dissolvido foram menores nos mesocosmos colonizados pelo aguapé e também tiveram rápida queda após o controle das plantas tanto com diquat como por congelamento. O pH da água foi maior nos mesocosmos sem a cobertura da macrófita. Os valores de sólidos totais dissolvidos (STD) e de condutividade elétrica foram maiores nos tratamentos com morte por congelamento e pelo diquat e em mesocosmos colonizados sem controle da macrófita. Esse efeito pode ser devido à presença de material orgânico em suspensão e à maior concentração de nutrientes presentes na água. Comparando os mesocosmos sem plantas, sem e com a aplicação de diquat na superfície da água, os valores das características avaliadas foram estatisticamente similares, levando à conclusão de que as alterações observadas nos fatores analisados decorrem principalmente da decomposição das plantas.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi identificar as diferenças entre o banco de sementes de área cultivada com cana-de-açúcar colhida mecanicamente e o de área colhida após a queima do canavial, utilizando-se técnicas de agricultura de precisão. As amostragens de solo para determinação do banco de sementes foram realizadas utilizando-se grade amostral regular de 2 ha. Os mapas de infestação foram obtidos pela técnica de interpolação por "krigagem". Observou-se que o talhão de cana crua possui menor potencial de infestação de plantas daninhas em relação ao talhão de cana queimada, principalmente monocotiledôneas; entretanto, algumas dicotiledôneas podem ser selecionadas, como as do gênero Ipomoea. Conclui-se que a agricultura de precisão pode ser uma ferramenta útil para determinar mapas de infestação de plantas daninhas e que a palha de cana-de-açúcar em sistemas de cana crua pode ser utilizada como fator de supressão de várias espécies.
Resumo:
A incorporação da palha após a colheita do arroz dificulta a redução do banco de sementes; por outro lado, favorece a decomposição da palha e, consequentemente, possibilita o preparo antecipado da área, viabilizando a semeadura do arroz no período recomendado. O objetivo deste trabalho foi avaliar a interferência de diferentes manejos após a colheita em áreas cultivadas com arroz irrigado na redução da viabilidade de sementes de arroz-vermelho. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, em parcelas subdivididas no tempo, com quatro repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial (7x6), sendo o fator A composto por: [1] lâmina de água permanente, [2] incorporação da palha com preparo do solo seco logo após a colheita do arroz, [3] incorporação da palha com preparo do solo alagado após a colheita, [4] incorporação da palha com o solo seco somente em julho, [5] incorporação da palha com solo alagado logo após a colheita e gradagem da área em julho com solo seco, [6] incorporação da palha com solo seco logo após a colheita e gradagem da área em julho com solo seco e [7] sem incorporação. O fator B foi composto por seis épocas de amostragem do banco de sementes quanto à presença de arroz-vermelho; a amostragem iniciou-se a partir da colheita, ocorrendo a cada 30 dias e finalizando no mês de outubro. O maior efeito sobre a redução do banco de sementes ocorreu quando se utilizaram implementos que incorporaram superficialmente a palha, como o rolo-faca, o qual atua sobre a quebra da dormência, a inviabilidade e o estímulo à germinação das sementes de arroz-vermelho.
Resumo:
Os objetivos do presente trabalho foram estimar níveis críticos de dano de papuã (Urochloa plantaginea) em feijão-comum, em situações onde a planta daninha foi manejada precocemente e ocorreu reinfestação, e avaliar as alterações que sofre em decorrência de cultivares de feijão-comum e variáveis explicativas da infestação. Foram realizados dois experimentos em campo, em Eldorado do Sul, RS, sendo um com o cultivar UFT-06 (grupo Carioca) e o outro com o cultivar IPR Graúna (grupo Preto). Os níveis de infestação de papuã foram obtidos com quatro herbicidas residuais, aplicados em duas doses cada, mais testemunhas com e sem controle de papuã. A densidade, massa fresca e massa seca do papuã foram avaliadas no início e no final do período crítico de prevenção da interferência, e o rendimento de grãos da cultura foi avaliado por ocasião da colheita. O nível crítico de dano de papuã não teve valor elevado nessa situação (0,4 a 0,7%); todavia, pode haver benefício em controlá-lo de acordo com a infestação e o custo de controle. O nível crítico de dano foi sempre maior para o cultivar IPR Graúna, em relação ao UTF-06. A densidade e as massas fresca e seca das plantas de papuã explicaram adequadamente a perda de produção de feijão-comum pelo modelo de regressão não linear da hipérbole retangular.
Resumo:
A antecipação da colheita da soja é possível com uso da prática de dessecação pré-colheita, a qual reduz o tempo de permanência das sementes no campo, após a maturação fisiológica. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da época de aplicação do herbicida paraquat, como dessecante na pré-colheita da soja, sobre a produtividade e qualidade fisiológica de sementes. O trabalho constou de duas etapas: um experimento em campo, conduzido no município de Jaboticaba-RS, safra 2010/2011, e uma análise da qualidade fisiológica das sementes. Os tratamentos consistiram de três épocas de aplicação do paraquat (240 g i.a. ha‑1), R6, R7.1 e R7.3, bem como de um tratamento testemunha (sem dessecação). Foram avaliados a produtividade de grãos e os componentes da produtividade. A análise da qualidade das sementes foi conduzida no Laboratório de Produção e Tecnologia de Sementes da UFSM, Campus de Frederico Westphalen, RS, onde se realizaram os seguintes testes: germinação; primeira contagem de germinação, comprimento de parte aérea e radicular, matéria seca de plântulas, envelhecimento acelerado, condutividade elétrica, emergência em campo e índice de velocidade de emergência. A aplicação de paraquat como dessecante na pré‑colheita da soja, nos estádios R6 e R7.1, provoca queda acentuada na produtividade da cultura. A dessecação sem perda de potencial produtivo da soja só é viável a partir do estádio R7.3. Sementes oriundas de plantas com dessecação nos estádios R6 e R7.1 apresentam percentual superior e maior velocidade de germinação. Entretanto, sementes de plantas com dessecação no estádio R6 possuem menor vigor de plântulas.
Resumo:
Foi verificada a incidência natural de desoxinivalenol (DON) e toxina T-2 em 115 amostras de milho em grão, pós-colheita, procedentes de diferentes localidades do Brasil, Argentina e Paraguai, safra 1994/1995. Os grãos de milho foram obtidos da Associação Brasileira de Milho. DON foi extraído do grão com acetonitrila-água (84+16) e o extrato foi submetido a uma purificação em coluna de carvão ativo, alumina e Celite. A detecção foi feita por cromatografia em camada delgada, impregnando a placa com solução de cloreto de alumínio, aquecida após desenvolvimento e visualização em luz ultravioleta (366 nm). Para a toxina T-2, um método direto e competitivo de ELISA foi utilizado, após extração da amostra com metanol a 70%. As recuperações médias para o DON e toxina T-2 foram superiores a 70%. O limite de detecção foi cerca de 90 ng/g e 50 ng/g, para DON e toxina T-2, respectivamente. DON foi detectado em 7 das amostras (102-542 ng/g) e a toxina T-2 em uma amostra (104 ng/g).
Resumo:
Este trabalho apresenta a comparação das técnicas de resolução numérica de Diferenças Finitas e Runge-Kutta-Gill de 4a ordem com passo de integração variável para a simulação do modelo de transferência de calor em regime transiente bidimensional em coordenadas cilíndricas e unidimensional em coordenadas esféricas, aplicado a alimentos enlatados processados em autoclave, observando-se a rapidez e a precisão de integração comparados aos perfis reais de tempo/temperatura, incluindo desvios de processo. Além disso, uma análise de sensibilidade paramétrica na difusividade térmica foi realizada na tentativa de quantificar a influência que essa propriedade possui na resolução numérica. Para tanto, foram realizados ensaios de penetração de calor em autoclave a vapor, utilizando-se latas cilíndricas de 75x90 e 100x110 contendo simulantes de alimentos com características de aquecimento por condução e convecção.
Resumo:
Foi estudada a viabilidade de consumo da cultivar de soja IAC PL-1 enlatada como grão verde e sua melhor época de colheita para enlatamento. Para tanto procederam-se cinco colheitas a partir do 48º dia após a floração (DAF) até a extinção da coloração verde. O processamento iniciou-se pelo branqueamento das vagens, debulha e enlatamento. Aos cinco lotes obtidos adicionou-se um sexto lote para estudar o efeito do armazenamento. Para qualificar os seis lotes de grãos enlatados foram efetuadas medidas de peso, cor, textura e características do líquido de enlatamento. Foram realizados estudos das propriedades sensoriais dos grãos enlatados para dimensionar a aceitação pela degustação e aparência. O enlatamento foi otimizado para 121ºC com tempo de esterilização em torno de 4 minutos. A maturidade fisiológica dos grãos ocorreu entre o 61º ao 64º DAF. O processo térmico conservou a cor verde dos grãos enlatados e não induziu perda expressiva da massa dos grãos; a textura firme dos grãos aumentou com a maturação. Os provadores demonstraram boa aceitação dos produtos e não ocorreu preferência em relação aos estádios de maturação. O trabalho conclui que grãos verdes de soja IAC PL-1 proporcionam enlatados com boas características técnicas e gustativas. Foi observado que grãos colhidos no ponto convencional de maturação, armazenados e enlatados obtiveram boa aceitação gustativa, concluindo-se que a cultivar IAC PL-1 é também adequada para o consumo e enlatada após o armazenamento.