956 resultados para Poisonous snakes - Venom
Resumo:
O sapo do gênero Bufo possui nas suas glândulas paratóides uma secreção mucóide contendo toxinas como bufaginas e Bufotoxinas, que são esteróides cardiogênicos. Os cães podem atacar os sapos, entrando em contato com o veneno por meio das mucosas. Um canino, da raça Bulldog Francês, foi encaminhado ao Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para a necropsia com histórico de provável intoxicação por veneno de sapo. Na necropsia o canino apresentava pulmões aumentados de volume, avermelhados e com edema, e rins de coloração vermelho-escura. As alterações microscópicas indicaram congestão, hemorragia e edema pulmonar. Nos rins, no baço e nos linfonodos foi observada congestão. As análises toxicológicas para os venenos de rotina foram negativas. Porém, a investigação do veneno de sapo a partir de cromatografia por camada delgada e gasosa demonstrou resultado positivo, revelando ser esta a causa da morte do canino.
Resumo:
FUNDAMENTOS: O aquarismo a cada dia ganha novos adeptos no Brasil. Impulsionado por belos peixes e objetos de decoração, o hábito pode trazer problemas como infecções e envenenamentos por diversos animais. OBJETIVOS: Demonstração dos animais causadores e dos quadros clínicos envolvidos com estes acidentes, das infecções cutâneas encontradas após traumas e das medidas terapêuticas e preventivas para controle do problema, pouco conhecido pela população em geral. MÉTODOS: Utilizou-se um estudo prospectivo para a detecção de acidentes por animais e infecções ocorridas após traumas em aquários. Estes dados serviram de base para um estudo epidemiológico, clínico e terapêutico sobre o problema. RESULTADOS: em cerca de 300 acidentes por animais aquáticos, 12 ou 4% do total foram causados por animais venenosos em aquários. Cinco infecções bacterianas e uma fúngica foram identificadas após traumas em aquários. CONCLUSÕES: Os acidentes em aquários domésticos e comerciais são relativamente comuns e podem acarretar infecções cutâneas e ferimentos por animais venenosos ou traumatizantes. Os proprietários de aquários na maioria das vezes não têm informações sobre estes acidentes. Os autores fornecem as espécies de microorganismos e animais mais freqüentemente envolvidas com ferimentos e as medidas terapêuticas e preventivas adequadas ao manejo do problema.
Resumo:
Um paciente de 24 anos relatou ter pisado em um piolho de cobra. Ao ser examinado, este apresentava máculas eritêmato-cianóticas, nos três primeiros pododáctilos do pé direito, com queixas de dor local e parestesias, com fluxos arteriais palpáveis. Os diplopodas são artrópodos cilíndricos segmentados que assumem posição enrodilhada - quando ameaçados - liberam quinonas e outros agentes irritativos e pigmentantes. A coloração de aspecto cianótico lembra sofrimento tissular isquêmico, o que pode confundir profissionais em atendimentos de Emergência, quando a história não apresenta clareza e coerência.
Resumo:
Os peixes da família Batrachoididae causam um grande número de acidentes em pescadores das regiões Norte e Nordeste do Brasil. O gênero Thalassophryne apresenta várias espécies no Brasil e a espécie Thalassophryne nattereri é a mais comum, todas apresentando veneno. O veneno é inoculado por duas espículas ocas na nadadeira dorsal e duas nas regiões pré-operculares, ligadas a uma glândula de veneno na base. Os envenenamentos causaram dor intensa, edema e eritema iniciais em 43 pescadores observados em Salinópolis (Pará) e Aracaju (Sergipe). em todos os casos, não ocorreram fenômenos sistêmicos dignos de nota, mas ocorreu necrose local em oito pacientes e infecção bacteriana em dez. As circunstâncias dos acidentes são comentadas, assim como aspectos terapêuticos. Nossa conclusão foi que o envenenamento por Thalassophryne é importante e freqüente e deve ser considerado de média gravidade, em função de não haverem fenômenos sistêmicos, como observado nos acidentes por peixes-escorpião (Scorpaena) ou arraias marinhas e fluviais.
Resumo:
Os acidentes por animais aquáticos traumatizantes e venenosos podem provocar morbidez importante em humanos. Equinodermos marinhos incluem mais de 6000 espécies de estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, bolachas-de-praia e pepinos-do-mar. Vários equinodermos têm sido responsabilizados por acidentes em humanos. Granulomas por ouriço-do-mar são lesões de caráter granulomatoso, crônicas, causada por acidentes com espículas de ouriço-do-mar. Os autores relatam um caso típico de granulomas por ouriço-do-mar ocorrido em um pescador e enfatizam as implicações terapêuticas aplicadas.
Resumo:
Os baiacus ou peixes-bola podem ser venenosos devido à presença em seus tecidos corporais de Tetrodotoxina e/ou Saxitoxina, ambas potentes neurotoxinas. Os autores relatam 27 envenenamentos por ingestão da carne de baiacus. Os pacientes foram atendidos nos Centros de Toxicologia de Santa Catarina e da Bahia de 1984 a 2009. Os acidentes foram classificados em moderados (52%) e graves (33%), havendo dois óbitos. O diagnóstico precoce é fundamental no sentido de garantir suporte ventilatório aos pacientes.
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O prurido do traje de banho ou seabather s eruption é uma dermatite intensamente pruriginosa que ocorre pelo contato com larvas plânulas do cnidário cifozoário Linuche unguiculata, especialmente sob os trajes de banhistas. As larvas disparam seus nematocistos a partir de cnidócitos ou células urticantes de defesa na pele da vítima, causando uma típica erupção pápulo-eritemato-pruriginosa. Os primeiros cinco casos descritos no Brasil foram publicados em 2001, no litoral Sudeste (Ubatuba, SP), obtendo-se associação com larvas de Linuche unguiculata, uma vez que a ocorrência e o ciclo de vida do cnidário já haviam sido estudados no Canal de São Sebastião, SP. Os autores relatam os seis casos na região Sul do Brasil (Estado de Santa Catarina), enfatizando os aspectos clínicos e a pesquisa para identificação do agente na água do mar local.
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The structural specificity of alpha-PMTX, a novel peptide toxin derived from wasp venom has been studied on the neuromuscular synapse in the walking leg of the lobster. alpha-PMTX is known to induce repetitive action potentials in the presynaptic axon due to sodium channel inactivation. We synthesized 29 analogs of alpha-PMTX by substituting one or two amino acids and compared threshold concentrations of these mutant toxins for inducing repetitive action potentials. In 13 amino acid residues of alpha-PMTX, Arg-1, Lys-3 and Lys-12 regulate the toxic activity because substitution of these basic amino acid residues with other amino acid residues greatly changed the potency. Determining the structure-activity relationships of PMTXs will help clarifying the molecular mechanism of sodium channel inactivation. (C) 2000 Elsevier B.V. Ireland Ltd. All rights reserved.
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In this study, we compared the anti-leishmanial activity of three crotalic venoms (Crotalus durissus terrificus-Cdt, Crotalus durissus cascavella-Cdca, and Crotalus durissus collilineatus-Cdcol). Different concentrations of each venom incubated with Leishmania (Leishmania) amazonensis promastigotes were used. Cdt venom exhibited a higher anti-leishmanial activity (Inhibitory concentration-IC50-value of 4.70 +/- 1.72 mu g/ml) in comparison with that of Cdca venom (IC50 value of 9.41 +/- 1.21 mu g/ml), while Cdcol venom increased parasite numbers in 50% at a concentration of 44.30 +/- 2.18 mu g/ml. In addition, this venom showed a low anti-leishmanial activity in higher concentrations (IC50 value of 281.00 +/- 9.50 mu g/ml). The main fractions of Cdca venom were isolated and assayed under similar conditions used for assessing crude venom. The most active fractions were gyroxin and crotamine that had IC50 values of 3.80 +/- 0.52 mu g/ml and 19.95 +/- 4.21 mu g/ml, respectively. Convulxin also inhibited parasite growth rate, although this effect was not dose-dependent. Crotoxin was the least effective fraction with an IC50 value of 99.80 +/- 2.21 mu g/ml. None of the protein fractions presented cytotoxic effects against J774 cells in culture. In vivo assays using BALB/c mice revealed that crotoxin and crotamine were the main toxic fractions. In conclusion, C. durissus cascavella venom has three main fractions with anti-leishmanial activity. These results open new possibilities to find proteins that might be used as possible agents against cutaneous leishmaniasis.
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Phospholipases A(2) (PLA(2)) are widely distributed in nature and are well characterized proteins with respect to their catalytic and pharmacological activities, A wealth of structural information has recently become available both from X-ray diffraction and NMR studies, and although a detailed model of the catalytic mechanism of PLA(2) has been proposed, the structural bases of other aspects of PLA(2) function, such as interfacial activation and venom PLA(2) pharmacological activities, are still under debate. An appreciation of the PLA(2) protein structure will yield new insights with regard to these activities, the salient structural features of the class I, II and III PLA(2) are discussed with respect to their functional roles. Copyright (C) 1996 Published by Elsevier B.V. Ltd
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In order to help elucidate the evolution of alpha-globins, the complete cDNA and amino acid sequences of Geochelone carbonaria and Geochelone denticulata land turtles alpha-D chains have been described. In G. carbonaria, the cDNA is 539 bp with ATG start codon located at position 46, TGA stop codon at position 469 and AATAAA polyadenylation signal at position 520. In G. denticulata, the cDNA is 536 bp with ATG start codon located at position 46, TGA stop codon at position 469 and AATAAA polyadenylation signal at position 517. Both cDNAs codify 141 amino acid residues, differing from each other in only four amino acid residues. When comparing with human Hb alpha-chain, alterations in important regions can be noted: alpha110 Ala-Gly, alpha114 Pro-Gly, alpha117 Phe-Tyr and alpha122 His-Gln. There is a high homology between the amino acids of these turtles when compared with chicken alpha-D chains, progressively decreasing when compared with human, crocodile, snake, frog and fish alpha-chains. Phylogenetic analysis of alpha-D chains shows that those of turtles are closer to those of birds than to snakes and lizards. (C) 2002 Elsevier B.V. All rights reserved.