998 resultados para Museu Nacional (Brasil) História 1818-1935


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Em geral, espcies prximas filogeneticamente usam recursos similares e podem ser potenciais competidores. No entanto, elas podem divergir em um dos trs eixos que norteiam o seu nicho, temporal, espacial e trfico. Essas diferenas podem ser determinantes para a coexistncia de populaes. Pressupondo que as populaes de Arthrosaura interagem, e pode ocorrer sobreposio de nicho, quais estratgias elas adotaram para minimizar a competio permitindo a convivncia de ambas? O presente estudo tem como objetivo investigar o nicho espacial, temporal e trfico de Arthrosaura kockii e A. reticulata na Amaznia oriental (0142'30"S, 5131'45" W), localizada nos municpios de Melgao e Portel, Par, Brasil, onde foram realizadas trs expedies. Os animais foram coletados atravs do mtodo de Procura Ativa, iniciando as 06h e finalizando s 18h. Foram analisados 107 A. kockii e 115 A. reticulata, desses, 107 e 113 respectivamente, apresentaram itens alimentares. Foram contabilizados 26 itens, destes 25 itens foram consumidos por A. reticulata e 14 foram consumidos por A. kockii. A espcie A. reticulata apresentou uma maior amplitude trfica nos meses chuvosos e na maior parte do perodo seco, enquanto que A. kockii apresentou uma maior amplitude no incio do perodo seco. Os itens mais importantes (IA%), para A. reticulata foram Araneae=0,64, Blattaria=0,17, Orthoptera-Gryllidae=0,09 e Homoptera=0,05, j para A. kockii foram Araneae=0,66, Blattaria=0,19, Orthoptera-Gryllidae=0,04 e Isoptera=0,04. Arthrosaura reticulata apresentou um maior perodo de atividade, iniciando as 07h: 50min e terminando s 17h: 00min, concentrando o seu pico de atividade no intervalo das 09h s 14h: 30min, esta espcie foi considerada no heliotmica. A. kockii, teve um menor perodo de atividade, iniciado as 08h:40min e finalizando as 15:h25min, seu pico de atividade ficou concentrado no intervalo das 10h as 14h:30min, esta espcie foi considerada heliotmica. A altura de serapilheira e a distncia do corpo dgua foram significativas na distribuio das espcies, A. reticulata foi encontrado em serapilheira com alturas que variaram de 2,5 cm at 13 cm, j A. kockii ocorreu em intervalos de 1,5 cm at 10 cm,. A. reticulata ocorreu em diversos ambientes da floresta, sendo encontrado dentro de corpos dgua at a terra firme, por isso ocorreu em alturas de serapilheira maiores do que A. kockii que ficou limitado terra firme. Duas espcies mostraram distines no nicho espacial, temporal e trfico, que provavelmente est permitindo a coexistncia das duas populaes.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)

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Inventrios da mesofauna de solo e serapilheira em florestas tropicais apresentam a subfamliaC (Hymenoptera, Formicidae) como uma das mais conspcuas e a segunda com maior riqueza e abundncia, depois da subfamlia Myrmicinae. Nestes ambientes, as ponerines constituem componentes ecologicamente importantes, onde so notveis predadoras de outros invertebrados e podem nidificar nos troncos em decomposio ou na serapilheira. Este estudo foi realizado com a inteno de investigar a distribuio espacial das espcies de formigas da subfamlia Ponerinae associadas serapilheira, considerando sua abundncia, riqueza, diversidade e composio, em seis reas de floresta primria (reas I, II, III, IV, V e VI) na Estao Cientfica Ferreira Penna (ECFPn), Caxiuan, Melgao, Par; e como a quantidade de serapilheira influencia nessa distribuio. Este estudo resulta de trs coletas realizadas pelo Protocolo de Monitoramento de Formigas do Projeto TEAM/Caxiuan entre abril de 2003 e janeiro de 2004. Coletaram-se 720 sub-amostras de 1 m de serapilheira, distribudas em 72 transectos de 100 m (unidade amostral) entre as seis reas durante as coletas (quatro transectos por rea em cada coleta), utilizando extratores de mini-Winkler. Identificaram-se 4.031 exemplares, pertencentes s trs tribos, oito gneros e 60 espcies de Ponerinae em 470 registros, sendo que o nmero mdio de espcies por amostra foi de 6,52, e estimou-se encontrar 81 espcies (Jackknife 1). Hypoponera foi o gnero com maior abundncia (268 registros) e riqueza de espcies (22), compreendendo junto com Pachycondyla mais de 70% das espcies. A rea V apresentou maior diversidade (H= 3,30), abundncia (121) e riqueza (38) em espcies, alm de maior volume de serapilheira (ANOVA; p<0,05 entre a rea V e as demais). A quantidade de serapilheira afetou positivamente a abundncia e a riqueza de espcies, e tambm influenciou na composio de espcies. As espcies mais freqentes (abundantes) nas amostras foram Hypoponera sp#1, Hypoponera sp#2, Hypoponera sp#6, Hypoponera sp#7, dontomachus scalptus e Pachycondyla constricta, que juntas representaram mais de 50% da abundncia total. No geral, as ponerines apresentaram ampla distribuio na serapilheira de floresta primria na ECFPn, sendo numericamente influenciadas pela quantidade de serapilheira; as reas apresentaram diferenas na diversidade, abundncia e riqueza das espcies encontradas; e, como efeito do elevado nmero de espcies raras, encontrou-se baixa similaridade na composio de espcies entre amostras prximas; logo, mesmo em pequena escala, a heterogeneidade da camada de serapilheira na floresta amaznica tem importante papel na distribuio das espcies.

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Foi analisado um total de 249 espcimes das subespcies de Liophis reginae que ocorrem no Brasil (Liophis reginae macrosomus e Liophis reginae semilineatus), com o objetivo de caracterizar morfologicamente os dois txons e verificar a validade de Liophis oligolepis, txon considerado sinnimo de Liophis reginae semilineatus. Foram considerados 22 dados mersticos e 18 morfomtricos. Os complexos osteolgicos e ceflicos, assim como os hemipnis foram analisados comparativamente entre os txons. Foram identificadas, utilizando MANOVA, diferenas sexuais significativas em variveis mensuradas da cabea e do corpo. Uma anlise da funo discriminante (AFD) foi utilizada em sexos separados para maximizar a separao, num espao rnultivariado, dos trs txons definidos a priori: Liophis regime semilineatus, Liophis reginae macrosomus e Liophis oligolepis. Os escores dos espcimes machos separaram claramente Liophis reginae semilineatus de Liophis oligolepis no eixo da primeira funo discriminante e Liophis reginae semilineatus de Liophis reginae macrosomus na segunda funo. Em fmeas, a primeira funo discriminante separou Liophis oligolepis de Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae macrosomus. Na AFD de Liophis oligolepis e Liophis reginae semilineatus, considerando os dois sexos juntos, houve uma diferenciao entre os dois txons na primeira funo discriminante. A mesma anlise foi feita para Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae rnacrosomus, sendo observado uma separao destes txons na primeira funo discriminante. Verificou-se alguns exemplares de Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae macrosomus alm das reas de distribuio registradas para essas subespcies. Para verificar se estes e os outros exemplares, ocorrentes nas reas de distribuio citadas em bibliografia, formavam o mesmo grupo, foi feita uma anlise da funo discriminante. Os resultados indicam que as novas ocorrncias pertencem ao mesmo grupo de espcimes previamente estabelecidos. A morfologia hemipeniana no diferiu entre Liophis reginae semilineatus, Liophis oligolepis e Liophis reginae macrosomus. Os trs txons apresentam crnios semelhantes no aspecto geral, porm existem diferenas, no osso parietal de Liophis reginae semilineatus e Liophis oligolepis. O status taxonmico de Liophis oligolepis foi definido na categoria especfica com base nos caracteres meristicos, morfomtricos e morfolgicos. As subespcies Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae macrosomus devero ser reavaliadas no futuro, para a verificao de seus status. Com a anlise de mais exemplares e a incluso de Liophis reginae regime e Liophis reginae zweiftli nas anlises.

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A Estao Cientfica Ferreira Penna (ECFP), com aproximadamente 33.000 hectares, est localizada na Floresta Nacional de Caxiuan, Par. Com o objetivo de implementar um protocolo estruturado de inventario da fauna de aranhas de serapilheira da ECFP, foi obtido um total de 400 amostras concentradas de 1m de serapilheira, nos perodos chuvoso e seco. As aranhas foram segregadas atravs da combinao das tcnicas de triagem manual e de extratores de Winkler. Estas amostras foram provenientes de cinco parcelas. Trs parcelas esto localizadas em mata de terra firme (LBA-EXP, LBA-CON e TF-IMC) e duas em mata de igap (1G-N e IG-S). Uma das parcelas de terra firme sofre estresse hdrico (LBA-EXP), sendo a chuva excluda do solo por meio de painis e calhas. Foram coletados 2230 indivduos (5,6 indivduos / m, em mdia), pertencentes a 34 famlias. Sete famlias foram representadas apenas por animais imaturos: Nesticidae, Pisauridae, Gnaphosidae, Mimetidae, Deinopidae, Oxiopidae, Uloboridae. As famlias mais abundantes foram Salticidae, Theridiidae, Ctenidae, Oonopidae e Linyphiidae. Foi obtido um total de 876 indivduos adultos, atribudos a 120 espcies ou morfo-espcies, em 27 famlias. As espcies com maior abundncia relativa foram Styposis sp.3 (Theridiidae) com 16,55% do total de indivduos adultos, Pseudanapis sp.1 (Anapidae) com 6,96%, Meioneta sp.1 (Linyphiidae) com 6,39%, Oonopidae sp.1 com 5,59% e Salticidae sp.1 com 4,56%. Para a maioria das anlises, foram excludas 15 espcies consideradas como ocasionais na serapilheira. As curvas de acumulao de espcies observadas para o total de amostras e para cada uma das parcelas no atingiram assntotas ao final da adio de amostras. Os padres de abundncia e incidncia destas espcies indicam a existncia de uma riqueza real de 123 a 184 espcies. As maiores estimativas de riqueza em espcies foram encontradas na parcela LBA-EXP (75 - 110 espcies). As menores estimativas foram observadas em IG-N (25 - 59 espcies). Apesar da riqueza em espcies e a abundncia de aranhas ter sido maior na parcela LBA-EXP, a diversidade foi maior nas parcelas LBA-CON e TF-IMC. A diversidade no igap foi mais baixa do que na terra firme. A composio de espcies diferiu entre os ambientes de terra firme e igap, de acordo com coeficientes de similaridade e complementaridade percentual. A abundncia e a riqueza de espcies de aranhas de serapilheira aumentam no perodo seco e diminuem com o aumento da umidade residual do solo.

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Estudei, entre abril e junho de 2004, o consumo de protena animal em sete aldeias de terra firme e oito aldeias de vrzea na Terra Indgena (TI) Ua utilizando calendrios dirios de consumo. A TI Ua localiza-se no municpio de Oiapoque, no extremo norte do Estado do Amap, e faz divisas com as Terras Indgenas Jumin e Galibi e com o Parque Nacional de Cabo Orange. A TI Ua habitada por aproximadamente 4.500 ndios das etnias Palikur, Karipuna e Galibi-Marworno em uma rea de 470.164 ha, onde ocorrem grandes pores de campos sazonalmente alagados (vrzeas), terra firme e pequenas manchas de cerrado. Durante o perodo de estudo, que na regio corresponde poca de cheias, foram distribudos 243 calendrios em 83 casas das aldeias de terra firme e em 160 casas das aldeias de vrzea. Cada calendrio era composto por um conjunto de desenhos representando as diferentes fontes de protena animal disponveis para o consumo e os moradores marcavam em cada dia o que haviam consumido. Nas anlises, foram utilizados somente 55 calendrios das aldeias de terra firme e 113 de vrzea que tinham mais de 40% do total de dias disponveis preenchidos. A carne de fauna e o pescado foram as fontes de protena animal mais frequentemente utilizadas na alimentao dos moradores tanto de terra firme como de vrzea. Itens comercializados, como a carne de frango, conservas enlatadas e carne de gado foram menos consumidos pelos ndios, sendo porm, mais utilizados nas aldeias de terra firme do que na vrzea. Os mamferos foram a classe de vertebrados silvestres mais consumida na terra firme, seguido pelos rpteis e pelas aves. Na vrzea, no foram encontradas diferenas significativas entre o consumo de mamferos e rpteis, que foram mais consumidos do que as aves. Dentre os grupos de vertebrados consumidos, os ungulados foram os mais freqentes na dieta dos habitantes da TI Ua, sendo os mais consumidos na terra firme e, juntamente com os crocodilianos, os mais consumidos tambm na vrzea. Este estudo ser a base para um futuro plano de manejo de fauna para a TI Ua, visto a importncia da carne de fauna para a alimentao dos moradores da rea, que em breve sofrer os impactos causados pelo asfaltamento de uma rodovia que corta seu territrio e pela construo de uma linha de energia ligando Oiapoque Macap e que tambm passar por dentro da rea.

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Vespas sociais destacam-se pela complexidade da organizao social, pela arquitetura dos ninhos e pela importncia na cadeia alimentar, como predadores de outros insetos e artrpodes. Os levantamentos faunsticos no Brasil ainda so considerados reduzidos e h carncia de padronizao entre protocolos de coleta, o que dificulta a comparao dos resultados obtidos. O presente trabalho consiste em estudo da fauna de vespas sociais numa parcela de floresta de terra firme em Caxiuan, Melgao, PA, um quadrado de 25 km previamente demarcado com trilhas de 5000 m entrecruzadas, em formato de grade. A coleta consistiu na busca ativa por indivduos e colnias de vespas sociais ao longo das trilhas e na instalao de armadilhas de Malaise em alguns cruzamentos de trilhas. Foram percorridas 60 trilhas e instaladas 26 armadilhas, ao longo de 44 dias descontnuos de campo. Foram registradas 65 espcies de vespas sociais pertencentes a 12 gneros. Polybia e Mischocyttarus destacaram-se como os principais gneros em nmero de espcies. Agelaia fulvofasciata e Angiopolybia pallens foram as espcies mais freqentes. Busca ativa apresentou um melhor desempenho quanto descoberta de espcies de vespas sociais (63) do que armadilha de Malaise (26). Dois subconjuntos de 25 amostras, cujas respectivas acumulaes tambm resultam em totais de 63 espcies, foram obtidos atravs do programa DIVA-GIS, demonstrando que o resultado geral do inventrio poderia em tese ser alcanado com um esforo consideravelmente menor, distribudo por toda a extenso da grade. O levantamento representou um incremento de 21 espcies lista obtida anteriormente para Caxiuan, totalizando 100 espcies para a regio, e de dois novos registros para o estado do Par (Polybia brunnea e Mischocyttarus vaqueroi).

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A caa e a pesca so exemplos clssicos de explorao de recursos naturais pelo homem, uma vez que estas atividades vm sendo desenvolvidas desde a pr-história e, para algumas comunidades, continua sendo fonte de alimento to importante quanto era para nossos antepassados. A pesca e outros produtos oriundos do extrativismo vegetal tm sido alvo constante de pesquisas para atender o mercado industrial, em detrimento dos estudos de etnoconservao. Em conseqncia desse desinteresse institucional e de outros fatores polticos intrnsecos, pouco se sabe sobre a biologia, a ecologia, a etologia e principalmente sobre a intensidade de explorao da fauna cinegtica nos trpicos. H uma grande lacuna sobre estudos que tratam da dieta de populaes tradicionais na Amaznia, sobretudo aqueles que discorrem sobre a importncia econmica e nutricional da atividade de caa e sua correlao com a conservao da vida silvestre. Este Estudo de Caso orientou-se para realizar a caracterizao da fauna cinegtica explorada por famlias extrativistas nas comunidades Amin e Solimes na Reserva Extrativista do Tapajs/Arapiuns - PA, nas duas estaes do ano (chuva e seca), alm de revelar parmetros nutricionais da atividade de caa na dieta protica daquelas famlias. Os dados de abundncia relativa (biomassa) para as espcies registrada nas duas comunidades estudadas mostram que Dasyprocta leporina (cutia) se revelou como a espcie mais pressionada. Quando comparados os ndice de Biomassa (IB) entre as fontes de protenas animal e entre as comunidades estudadas, concluiu-se que a carne de caa, apesar de ser menos freqente em termos de dias de consumo em relao ao pescado, as refeies realizadas com carne de caa so mais fartas do que as refeies realizadas com peixe. Alm disso, com relao ao ndice de Protena (IP), quando comparado entre fontes critrios e parmetros para a implementao de projetos de manejo integrado de fauna em ocupaes humanas.

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O presente estudo investigou a relao de comunidades de anuros de serapilheira e lagartos com a rea basal de rvores, densidade do sub-bosque, cobertura do dossel e profundidade da serapilheira, a fim de verificar se a distribuio dessa comunidade, assim como de algumas espcies analisadas separadamente, seria determinada por estes fatores ambientais. A amostragem ocorreu entre agosto e novembro de 2007, em uma grade de 25 km implantada pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) / Amaznia, localizada na Floresta Nacional de Caxiuan, Par, Brasil. Duas tcnicas de amostragem foram utilizadas: procura ativa diurna e armadilhas de interceptao e queda. No total, foram registrados 892 lagartos e anuros, pertencentes a 27 espcies (15 de anuros e 12 de lagartos). Na coleta ativa foram registradas 12 espcies de anuros (101 indivduos) e 12 de lagartos (171 indivduos), enquanto que nas armadilhas de interceptao e queda foram 11 espcies de anuros (327 indivduos) e 15 de lagartos (293 indivduos). No houve relao significativa entre a distribuio das comunidades de anuros e lagartos com as variveis preditoras, indicando que essas espcies ocorrem ao longo de todos os gradientes ambientais estudados. Apenas os lagartos Coleodactylus amazonicus e Ptychoglossus brevifrontalis apresentaram uma relao entre a sua distribuio e a densidade do sub-bosque e profundidade da serapilheira, respectivamente. Espera-se com este estudo contribuir para o aprimoramento do desenho amostral da herpetofauna do PPBio.

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O objetivo deste trabalho foi verificar aspectos ecolgicos referentes ao crescimento relativo, tamanho de primeira maturao, reproduo, investimento energtico, proporo sexual e dieta do cachorro-de-padre Auchenipterichthys longimanus (Siluriformes: Auchenipteridae) proveniente de igaraps da Floresta Nacional de Caxiuan. As coletas de dados foram realizadas bimestralmente no perodo de julho de 2008 e julho de 2009, totalizando a captura de 625 exemplares de A. longimanus, sendo 338 fmeas, 251 machos e 36 indivduos que no tiveram seus sexos definidos macroscopicamente. Foi verificado um padro de crescimento polifsico para ambos os sexos da espcie, sendo que o ponto de mudana de fase dessa alterao foi aproximadamente 11,5 cm para machos e 12,5 cm para fmeas, valores estes prximos ao estimado para o tamanho de primeira maturao (L<sub>50 </sub>). Por meio do ndice Gonadossomtico (IGS%) foi observado uma assincronia reprodutiva entre os sexos, onde os machos obtiveram maiores valores de IGS% em janeiro e as fmeas apresentaram seu pico em maro. Ressalta-se ainda, diferenas nos padres de investimento energtico entre os sexos e maturidade, de acordo com o Fator de Condio (K). Em relao proporo sexual, foi observada uma maior freqncia de captura de fmeas no perodo reprodutivo, sugerindo um padro de segregao sexual a fins reprodutivos, onde possivelmente haveria formao de harns ou deslocamentos reprodutivos. Quanto a dieta, A. longimanus foi considerado de hbito onvoro, com tendncia a insetivoria. Entretanto foi considerado especialista no ms de maro de 2009 devido ao elevado consumo de frutos de ucuba Virola surinamensis (Myristicaceae). Em vista da maior ocorrncia de itens alctones na dieta, ressalta-se a importncia das florestas riprias como fonte de alimento para uma das espcies mais abundantes dos sistemas aquticos da regio de Caxiuan. Pelo fato das sementes permaneceram intactas no estmago de A. logimanus, foi analisado o potencial ecolgico do peixe como dispersor de sementes de V. surinamensis, verificando viabilidade das mesmas aps o semeio. Assim, esperamos ter contribudo de forma significativa para o conhecimento acerca da ecologia de A. longimanus no baixo Amazonas, bem como para tomadas de deciso poltico-ambientais relacionadas avaliao, preservao e manejo do estoque natural das populaes de peixes nos sistemas hdricos de umas das maiores Unidades de Conservao do Estado do Par.

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Apesar dos esforos de pesquisa nos ltimos anos, muitos dos aspectos das migraes dos charadrdeos e escolopacdeos no Brasil permanecem desconhecidos. A maioria dos estudos em escala local ou regional revela a necessidade de uma sntese das informaes em escala espacial adequada para facilitar a deteco dos grandes padres de movimento destas espcies no pas. Desta forma, esta tese teve como objetivo geral identificar os padres de distribuio e migraes das espcies de aves das famlias Charadriidae e Scolopacidae que se reproduzem no hemisfrio norte e usam o territrio brasileiro durante as suas migraes, visando desenvolver estratgias para a conservao do grupo. Como objetivos especficos, caracterizar as principais rotas migratrias para estas espcies; identificar as reas crticas para a conservao utilizando os critrios propostos pela metodologia das AIAs e ACBs; avaliar o estado de conservao atual das reas crticas para a conservao destas espcies de acordo ao Sistema Nacional de Unidades de Conservao; avaliar se as reas crticas so parte das reas prioritrias para a conservao da biodiversidade brasileira; aplicar os critrios da Conveno de Ramsar e da WHSRN para identificar reas crticas para conservao destas espcies. A base de dados foi estabelecida a partir de levantamento bibliogrfico; consultas s colees cientficas de museus brasileiros e estrangeiros; utilizao de bases de dados de recuperaes de anilhas brasileiras e norte-americanas; dados cedidos por pesquisadores do Brasil, Argentina e Estados Unidos; dados de campo coletados pessoalmente no Pantanal (MS), litoral dos estados do Maranho e Rio Grande do Sul. Entre os principais resultados, 19 das 24 espcies possuem um conjunto importante de dados, com as demais sendo ocasionais ou com poucas informaes. H uma maior concentrao de dados na regio costeira do pas, com menor cobertura de reas do interior. A Amaznia Ocidental mostrou-se a menos conhecida nos aspectos abordados, embora seja a via de passagem para algumas das espcies analisadas. O litoral entre a foz do Amazonas e So Luiz, no Maranho foi a principal rea de concentrao em termos numricos. A costa do Rio Grande do Sul foi o segundo local com maior destaque nas anlises. Quinze espcies foram registradas em todos os meses do ano, demonstrando que nem todos os indivduos migram anualmente para o hemisfrio norte. Considerando as rotas globais, 8 espcies utilizam a rota do Atlntico e 10 a rota do Mississipi ou do centro da Amrica do Norte. As outras 6 possivelmente utilizam-se das duas rotas. O conhecimento na utilizao das 5 rotas propostas por Antas (1983) durante a migrao sul-norte indicou que algumas espcies tm registros no interior da Amaznia, perodo em que possivelmente seus habitats estariam inundados. O padro de chegada na migrao norte-sul no Brasil entre agosto e outubro, com incremento a partir de setembro. A migrao sul-norte ocorre entre meados de maro e abril na maioria das espcies. Durante o perodo no reprodutivo existe um padro de distribuio ao longo da costa utilizado por 9 espcies, outro continental para 7 espcies no interior e ainda um terceiro, difuso, encontrado em 5 espcies que se distribuem tanto na costa quanto no interior do pas. Foram identificadas 260 reas crticas importantes para as espcies avaliadas. Observou-se que 72% das ACBs identificadas esto fora do SNUC. A sobreposio das ACBs com as reas Prioritrias para a Conservao revelou que 46% das primeiras esto sem indicao de importncia neste programa. So elegveis para os critrios da Conveno Ramsar 69 ACBs, enquanto 65 podem ser inseridas no programa da WHSRN. Entre as principais concluses, o conhecimento de processos biolgicos fundamentais manuteno do ciclo de vida e o curso de suas migraes anuais, de parmetros relacionados mudas de penas, ganho de massa corporal, razo sexual e etria das populaes migrantes so aspectos ainda insuficientemente detalhados para estas espcies no Brasil, e mesmo na Amrica do Sul, assim como a necessidade de pesquisas que possam gerar estimativas e tendncias populacionais, uma vez que em escala global vrias destas espcies apresentam declnio populacional.

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A prtica de medicina, a organizao dos servios de sade e o incio do ensino mdico no Estado do Par so apresentados em uma perspectiva cronolgica desde os primeiros relatos, aps a chegada de Francisco Caldeira Castelo Branco, em 1616, at a fundao da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Par, em 1919. Alguns fatos histricos so destacados e contextualizados, assim como mencionados determinados personagens que tiveram participao efetiva nos acontecimentos relatados. Tambm so comentados aspectos relacionados ao ensino mdico, tanto no mbito nacional quanto no Estado do Par, e sua importncia para a Regio Amaznica e parte do nordeste brasileiro.

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Estudo analisa o processo de produo do conhecimento cientfico tendo como contraponto o conhecimento tradicional e as inter-relaes entre cientistas e guias de campo nativos, na Floresta Nacional (Flona) de Caxiuan, no Municpio de Melgao, Par, Amaznia, Brasil, onde o Museu Paraense Emlio Goeldi mantm base de pesquisas cientficas aberta a pesquisadores brasileiros e estrangeiros. A anlise leva em considerao tanto o ambiente onde os guias de campo trabalham como a estrutura acadmica em que se inserem os pesquisadores.

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O presente trabalho tem como objetivo identificar a forma como foi gerado o paradigma das polticas pblicas sobre mudana climticas no Brasil. Para alcanar este objetivo faz-se necessrio um percurso analtico do que de mais relevante foi produzido nesse perodo, partindo da realidade Global em direo realidade nacional. Considera-se que tais polticas pblicas assentam-se em duas categorias bsicas: globalizao e governana. Os estudos sobre a globalizao abordado neste trabalho, e sua dimenso ambiental, a partir do momento em que tm influenciado a agenda poltica dos Estados nacionais, resulta na contribuio da construo de uma governana contempornea, especialmente o conceito de governana global climtica, baseada na interseco da governana global com as questes ambientais que dizem respeito aos efeitos negativos gerados pela mudana do clima. Entre as caractersticas dessa categoria esto a presena de novos atores, novos temas e nova correlao de foras, o que exige uma nova reorientao dos Estados nacionais, para o entendimento e o reconhecimento de novos padres, inclusive os informais, no captados pelas instituies governamentais, ou seja, um sistema de governana exigido pela nova realidade impactada pela globalizao, que apresenta desafios ordem constituda, como a problemtica das mudanas climticas, evidenciado na instituio da Conveno Quadro sobre Mudana Climtica e no Protocolo de Quioto das Naes Unidas. Finalizamos, mostrando como esse paradigma influenciou a construo das polticas nacionais e subnacionais sobre mudanas climticas no Brasil.

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O desenvolvimento dos modelos de produo acarretou diversas transformaes na concepo da relao homem/trabalho. Com isso, o trabalho tornou-se um dos aspectos centrais na vida do homem moderno. Na relao com o trabalho, emergem diversos processos de subjetivao baseados nas prticas presentes nos contextos em que ele se realiza, bem como nos processos de sade e doena. No Brasil, esse processo vem sendo delineado por questes polticas e sociais que levaram emergncia da chamada Poltica Nacional de Segurana e Sade do Trabalhador, em 2004. Entretanto, esse tema e seus desdobramentos ainda so fortemente debatidos, uma vez que tal poltica no se encontra em intenso vigor, demonstrando um percurso em constante construo e ainda permevel diferentes influncias. Este trabalho busca problematizar as prticas que produzem processos de subjetivao do sujeitotrabalhador pautados em dispositivos biopolticos, a partir da anlise da gesto do cuidado em sade do trabalhador no Brasil. Partindo dessa perspectiva, buscou-se analisar a construo das Polticas de Sade do Trabalhador no pas, focando a formulao da PNSST e sua perspectiva atual. Para isso, foram analisadas as estratgias de cuidado presentes nesta Poltica, bem como a forma como essas estratgias esto articuladas com a perspectiva da integralidade, uma vez que a integralidade um novo olhar sobre a gesto do cuidado em sade, criando novas possibilidades de um trabalho em sade. Centra-se no fluxo do usurio, com mudanas na produo do cuidado em todos os nveis da rede pblica de sade. Primeiro, foram abordados os processos de construo e desenvolvimento da chamada Sade do Trabalhador e, posteriormente, foi analisada a Poltica Nacional de Segurana e Sade do Trabalhador PNSST (2004) enquanto dispositivo de regulao das prticas de sade, a partir do mtodo genealgico de Michel Foucault, com foco na anlise documental. O processo de construo da PNSST iniciou a partir da 1 Conferncia Nacional em Sade do Trabalhador, o qual se delineou nas demais conferncias realizadas de 2001 e 2005. Neste processo, podemos observar o conflito entre o trabalho como risco (trabalho-risco) e o trabalho como produo de subjetividade (trabalho-subjetividade), que levam a construo das noes entre sadecontrole versus sade-integralidade. A anlise documental da PNSST de 2004 denota que ainda h uma prevalncia do olhar da Sade Ocupacional, pelo vis do trabalho-risco/sadecontrole, uma vez que as estratgias de cuidado apresentam discursos de risco/agravo no trabalho, na patologizao do sujeito e na monetarizao da sade. Alm disso, de 2005 at meados de 2011, no houve a concretizao e implantao da Poltica, sendo criados diferentes sentidos e, inclusive, convergindo as aes de Sade do Trabalhador para o campo da Vigilncia em Sade, onde se encontra tal rea no Ministrio da Sade hoje. Com isso, observamos que ao pensarmos na proposta de articular o campo da integralidade com a Sade do Trabalhador, encontramos, na verdade, a construo de discursos pautados em estratgias biopolticas de transformar a atividade laboral em risco que deve ser vigiado e medicalizado. Alm disso, no h interface para absoro das demandas referentes sade do trabalhador no SUS. A criao de linhas de cuidado em Sade do Trabalhador em Unidades Bsicas de Sade ou mesmo a criao de Unidade de Referncia Especializada em Sade do Trabalhador nos permite inserir este tema cada vez mais no campo da sade pblica no Brasil e diminuir a disperso dos casos de sofrimento dos trabalhadores que ficam no nvel do no dito.