An��lise n��o linear do comportamento din��mico de passadi��os pedonais pr��-fabricados

Os terramotos t��m sido considerados uma das for��as mais destrutivas e violentas da natureza, causando grandes trag��dias e perdas econ��micas significativas. O objetivo principal do presente estudo �� avaliar o comportamento global e local de tr��s pontes pedonais, pr��-fabricadas, durante a a����o s��smica regulamentar. Atrav��s destas an��lises, pretende-se avaliar o risco de colapso das estruturas por ���descal��amento��� do tabuleiro e, caso necess��rio, propor solu����es para evitar este fen��meno e melhorar o desempenho s��smico dos passadi��os. No dom��nio de pontes, o ���descal��amento dos apoios��� �� um tipo de rotura que pode ocorrer em estruturas com tramos simplesmente apoiados, onde os problemas surgem geralmente na interface de liga����o tabuleiro-pilar, podendo conduzir ao derrubamento do primeiro. Este tipo de liga����o �� geralmente constitu��do por um conjunto de var��es de a��o ��� ferrolhos, chumbados verticalmente ao capitel do pilar e que atravessam placas de neoprene, ficando instalados no negativo das vigas. A selagem dos var��es �� normalmente realizada com argamassa de alta resist��ncia. Os problemas que surgem neste tipo de liga����o est��o associados, a maior parte das vezes, �� falta de manuten����o e ao insuficiente comprimento de entrega do tabuleiro na zona dos aparelhos de apoio. A simula����o do comportamento da estrutura durante as v��rias fases construtivas e aplica����o de cargas, at�� ao colapso total, implica a utiliza����o de uma ferramenta adequada. A modela����o num��rica foi efetuada com recurso ao programa de c��lculo n��o-linear de estruturas Extreme Loading for Structures, baseado no M��todo dos Elementos Aplicados. O m��todo considera os efeitos da n��o-linearidade f��sica e geom��trica, permitindo analisar o comportamento das estruturas durante a fase el��stica e inel��stica, passando pela ced��ncia das armaduras, abertura e propaga����o de fendas at�� �� separação dos elementos. Com base neste trabalho, foi poss��vel verificar altera����es significativas na resposta s��smica da estrutura, nomeadamente devido �� eventual degrada����o dos ferrolhos.

Efeitos induzidos por press��es isost��ticas sequenciais em bact��rias deteriorativas da esp��cie Brochothrix thermosphacta

Funda����o para a Ci��ncia e a Tecnologia - PTDC/AGRALI/119075/2010

Exposi����o profissional ao chumbo : an��lise da indu����o de efeitos genot��xicos

RESUMO - A exposi����o cont��nua a subst��ncias qu��micas tem consequ��ncias para a sa��de humana, algumas das quais n��o est��o ainda totalmente estabelecidas. A toxicologia ocupacional �� uma ��rea interdisciplinar que envolve conhecimentos de higiene e de medicina ocupacional, de epidemiologia e de toxicologia e que tem por principal objectivo prevenir a ocorr��ncia de efeitos adversos decorrentes do ambiente ocupacional sendo um dos seus principais pap��is fornecer o m��ximo de dados que possam contribuir para o conhecimento dos potenciais efeitos na sa��de. O chumbo �� um t��xico de caracter��sticas cumulativas que provoca na sa��de efeitos principalmente sist��micos, ou seja, o efeito t��xico manifesta-se em locais afastados do contacto inicial que resultam essencialmente de exposi����es cr��nicas, resultantes de per��odos de exposi����o mais ou menos longos ao metal (entre meses e anos). Pode interagir com diferentes ��rg��os e tecidos, ligando-se a mol��culas e constituintes celulares. Uma vez que n��o possui qualquer fun����o fisiol��gica, a presen��a do chumbo no organismo humano resulta numa s��rie de efeitos prejudiciais que afectam diversos ��rg��os e sistemas. A toxicidade do chumbo manifesta-se em diversos ��rg��os e tecidos, nomeadamente no sistema hematopoi��tico, no sistema nervoso, no rim, no aparelho reprodutor, no sistema cardiovascular, no sistema end��crino e no sistema imunit��rio. Da interfer��ncia do chumbo com o funcionamento de alguns sistemas biol��gicos resultam um conjunto de altera����es fundamentais ao n��vel dos processos de transporte atrav��s das membranas, da integridade estrutural e funcional das enzimas e de v��rias vias metab��licas, em especial da fosforila����o oxidativa e da s��ntese do heme sendo os primeiros efeitos bioqu��micos do chumbo detectados a partir de valores de plumb��mia inferiores a 10 ��g/dL. As medidas de higiene e seguran��a actualmente em vigor nos pa��ses desenvolvidos asseguram que os casos de intoxica����o grave s��o cada vez menos frequentes. No entanto, o risco de exposi����o a n��vel ocupacional existe em todas as actividades que envolvem materiais que o contenham como as explora����es mineiras, as fundi����es prim��ria e secund��ria, a produ����o de baterias de chumbo ��cido, a produ����o de vidro com pigmentos de chumbo, as soldaduras de repara����o autom��vel e a instru����o de tiro. Desde 2006 o chumbo �� considerado pela International Agency for Research on Cancer (IARC) uma subst��ncia carcinog��nica do grupo 2A (prov��vel carcinog��nio para o ser humano). Considera-se, assim, que o chumbo tem, inequivocamente, capacidade de induzir cancro em animais experimentais mas que, embora haja fortes ind��cios de que os mecanismos que medeiam a carcinog��nese desses compostos ocorrem no ser humano, os dados dispon��veis ainda n��o podem assegurar essa rela����o. Com este estudo pretendeu-se contribuir para o conhecimento da toxicidade do chumbo atrav��s do estudo da exposi����o ao chumbo e da influ��ncia da susceptibilidade individual (em industrias sem co-exposi����o significativa a outros agentes conhecidos ou suspeitos de serem carcinog��nicos). Pretendeu-se estudar o caso atrav��s de uma abordagem m��ltipla que permitisse relacionar diferentes tipos de marcadores biol��gicos uma vez que a monitoriza����o biol��gica integra todas as poss��veis vias de entrada no organismo (para al��m da via respirat��ria), eventuais exposi����es fora do contexto estritamente profissional assim como uma s��rie de factores intr��nsecos individuais (relacionados com modos de via, de natureza fisiol��gica e comportamentais). Sendo a co-exposi����o a outros compostos com propriedades genot��xicas e carcinog��nicas uma quest��o dif��cil de tornear quando se quer avaliar o potencial genot��xico do chumbo em popula����es expostas, ocupacional ou ambientalmente este estudo tem a vantagem de ter sido efectuado em popula����es sem co-exposi����o conhecida a outras subst��ncias deste tipo, permitindo concluir sobre os efeitos resultantes apenas da exposi����o a chumbo na popula����o humana, contribuindo para explicar algumas das aparentes inconsist��ncias e contradi����es entre diferentes estudos sobre este tema. Os indicadores de exposi����o usados foram: indicadores de dose interna (doseamento de chumbo e de PPZ no sangue), indicadores de efeitos adversos no heme e genot��xicos (actividade da ALAD, teste do cometa e muta����o em TCR) e indicadores de susceptibilidade (polimorfismos gen��ticos de ALAD e VDR) atrav��s de uma abordagem estat��stica de compara����o directa de sub-grupos previamente definidos na popula����o e da aplica����o de um modelo de regress��o m��ltipla. Este estudo revelou que os n��veis de plumb��mia na popula����o portuguesa baixaram significativamente nos ��ltimos 10 anos, tanto na popula����o ocupacionalmente exposta como na popula����o em geral e que a presen��a do gen��tipo B-B (do gene VDR) �� preditiva das varia����es de plumb��mia, quando comparada com o gen��tipo mais frequente na popula����o, B-b; ao contr��rio, o gen��tipo b-b n��o aparenta ter influ��ncia em nenhum dos marcadores estudados. No que diz respeito a efeitos genot��xicos concluiu-se que estes n��o se manifestaram na popula����o estudada, levando a concluir que nos n��veis de exposi����o estudados, o chumbo n��o tem capacidade de induzir este tipo de efeitos per si levando ao refor��o da hip��tese, j�� levantada por outros autores, de que o mecanismo de genotoxicidade do chumbo seja essencialmente de promo����o de processos de genotoxicidade desencadeados por outros agentes. A realiza����o de estudos de efeitos genot��xicos e de stress oxidativo desenhados de forma a comparar grupos de trabalhadores expostos apenas a chumbo com grupos de trabalhadores com o mesmo n��vel de exposi����o a chumbo, mas com co-exposi����o a outros agentes reconhecidamente carcinog��nicos poder�� ajudar a aumentar o conhecimento deste efeito do chumbo na sa��de humana.

Uma abordagem para derivar modelos de requisitos a partir de mecanismos de reconhecimento de voz

A elicita����o de requisitos �� uma das primeiras actividades do processo de Engenharia de Requisitos. Atrav��s desta etapa �� poss��vel capturar e estruturar os requisitos dos stakeholders e do sistema a ser implementado. Tipicamente esta estrutura����o �� representada atrav��s de nota����o gr��fica com o aux��lio de ferramentas CASE. Estas ferramentas tornam esta actividade exclusiva, em termos de acessibilidade, a engenheiros sem defici��ncias f��sicas devido �� complexidade das funcionalidades oferecidas pelas mesmas que permitem construir estes modelos. Nesta disserta����o de mestrado �� proposto desenvolver uma abordagem com suporte de uma ferramenta para melhorar a acessibilidade, e consequentemente,integrar um engenheiro de requisitos com limita����es f��sicas na actividade de elicita����o de requisitos. A ferramenta tamb��m possibilita uma alternativa para os stakeholders em geral para produzir modelos sem usar as m��os quando for mais conveniente. Esta abordagem prop��e usar mecanismos de voz na gera����o de modelos de requisitos, mais concretamente modelos de requisitos orientados a objectivos, modelos de objectos e modelos de features usando t��cnicas de Model-Driven Development (MDD) (e.g., metamodelos). O stakeholder assim ir�� capturar os seus requisitos atrav��s de mecanismos de reconhecimento de voz, sendo automaticamente realizada uma transforma����o do seu discurso para um modelo KAOS, para um modelo conceptual ou para um modelo de features.

Avalia����o da qualidade em modelos de requisitos i*

As abordagens de engenharia de requisitos orientada a objetivos oferecem mecanismos que ajudam na elicita����o e modela����o de requisitos. A presente disserta����o centra-se no framework i*, uma das mais importantes linguagens de especifica����o de modelos de requisitos orientados a objetivos, que conta com grupos de trabalho em mais de vinte pa��ses e com sete edi����es de workshops internacionais. Existem alguns problemas que podem afetar a qualidade de modelos i*. A sua cria����o pode resultar em modelos complexos e/ou incompletos, assim como incorretos devido ao mau uso da nota����o do i*. Estes problemas contribuem para a exist��ncia de dificuldades na gest��o e compreens��o dos sistemas de software o que, por sua vez, leva a um aumento dos custos de desenvolvimento. A qualidade dos modelos deve, ent��o, ser uma preocupa����o constante, por forma a que sejam constru��dos modelos corretos, completos e cuja complexidade acidental seja minimizada. N��o obstante a sua import��ncia, a gest��o eficaz destes tr��s aspetos ��, ainda, um problema em aberto. Nesta disserta����o �� proposto um conjunto de m��tricas para dar suporte �� avalia����o quantitativa dos atributos de qualidade complexidade, completude e corre����o nos modelos de requisitos i*. As m��tricas s��o definidas seguindo a abordagem Goal-Question- Metric, sendo definidas tanto de modo informal, em l��ngua natural, como formalmente, em OCL (Object Contraint Language), e incorporadas numa ferramenta de modela����o i* para que possam ser recolhidas de modo autom��tico. As m��tricas s��o avaliadas experimentalmente, atrav��s de um conjunto de casos de estudo reais e acad��micos, e teoricamente, atrav��s de propriedades deWeyuker.

Modela����o n��o linear de estruturas met��licas e mistas em situa����o de inc��ndio no software OpenSees

Os inc��ndios em edif��cios representam um fen��meno que pode ter consequ��ncias devastadoras quando n��o controlado, n��o s�� em termos de perdas de vidas humanas, como em termos econ��micos. No passado, a ocorr��ncia de inc��ndios de grandes dimens��es mostrou os efeitos do fogo descontrolado nos edif��cios, assim como a inefici��ncia dos meios de seguran��a ativa ao fogo. Nas ��ltimas duas d��cadas, estas quest��es motivaram o estudo e compreens��o da a����o dos inc��ndios nas estruturas dos edif��cios. Neste trabalho estuda-se a modela����o da a����o do fogo em estruturas met��licas e mistas, com o objetivo de contribuir para a sua melhor caracteriza����o. A presente tese foca-se na valida����o e compreens��o da implementa����o de an��lises termo-mec��nicas a estruturas mistas no software de elementos finitos OpenSees (Open System for Earthquake Engineering Simulation), contribuindo assim para futuros estudos, n��o s�� de an��lises de estruturas mistas sujeitas a inc��ndio, mas tamb��m de an��lises de estruturas mistas sujeitas a eventos consecutivos, como sismo seguido de inc��ndio. Neste trabalho �� feita uma breve descri����o do fen��meno fogo, assim como dos processos inerentes �� din��mica de um inc��ndio que constituem uma fonte de incerteza para a modela����o de cen��rios de inc��ndio num edif��cio. Posto isto, s��o abordados alguns modelos de inc��ndios presentes nos Euroc��digos, assim como o recente modelo de fogos m��veis(���Travelling fires���). S��o realizados exemplos de aplica����o no software e dois casos de estudo. O primeiro consiste na modela����o de dois ensaios ao fogo realizados na Alemanha em 1986 em estruturas met��licas �� escala 1/4. O segundo consiste na modela����o de um ensaio ao fogo a uma viga de bet��o armado simplesmente apoiada, realizado no Instituto Superior T��cnico em 2010. Os modelos num��ricos desenvolvidos no OpenSees contabilizam as n��o linearidades f��sicas e geom��tricas, com elementos finitos de plasticidade distribu��da e com uma formula����o baseada em deslocamentos. Os resultados num��ricos s��o ent��o comparados com os experimentais, de modo a validar as an��lises termo-mec��nicas no OpenSees.

Efeitos da implanta����o da Usina Hidrel��trica de Rosal, Rio Itabapoana, Estados do Esp��rito Santo e Rio de Janeiro, sobre anofelinos, planorb��deos e flebotom��neos

A constru����o de represas geralmente causa modifica����es na composi����o da fauna em sua ��rea de influ��ncia. Na ��rea de implanta����o da Usina Hidrel��trica de Rosal, Estados do Esp��rito Santo e Rio de Janeiro, foram avaliadas modifica����es na abund��ncia de anofelinos, planorb��deos e flebotom��neos antes (1998-2000) e ap��s (2000-2005) o represamento. Foram definidos nove pontos de coleta, cada qual representado por uma moradia e seus anexos, abrigos de animais dom��sticos e cole����es h��dricas num raio de 150m. Coletaram-se 103 anofelinos adultos antes do represamento e 313 depois, 200 imaturos antes e 708 depois, 868 planorb��deos antes e 486 depois, e 2.979 flebotom��neos antes e 912 depois. O registro de vetores dentre anofelinos, planorb��deos e flebotom��neos revela o potencial da ��rea para transmiss��o de mal��ria, esquistossomose e leishmaniose tegumentar. As transforma����es ambientais ocorridas, no entanto, n��o aumentaram o risco para ocorr��ncia dessas doen��as.

Uma abordagem ��gil para transformar modelos cognitivos em modelos comportamentais e de dom��nio

No processo de desenvolvimento de software, um dos problemas recorrentes �� garantir que as expectativas das partes interessadas (stakeholders) est��o a ser satisfeitas. Expectativas essas que correspondem ao comportamento do sistema. A disciplina de Engenharia de Requisitos estuda a melhor forma de capturar, especificar, validar e gerir requisitos. No entanto, os modelos utilizados que expressam os comportamentos, muitas das vezes, n��o s��o entendidos por parte dos stakeholders. Com a introdu����o das metodologias ��geis, que se baseiam no princ��pio de uma colabora����o ativa e cont��nua dos stakeholders durante o desenvolvimento de software, os pressupostos da disciplina de Engenharia de Requisitos foram questionados e fizeram nascer novas pr��ticas. Uma pr��tica que emergiu foi o Desenvolvimento Orientado ao Comportamento (BDD). Surgiu com a finalidade de dar a capacidade aos stakeholders de expressarem, sob a forma textual, o comportamento que desejam para o seu software, de forma simples e sucinta. No entanto, n��o existindo restri����es nem valida����es autom��ticas na escrita dos stakeholders, �� criada a possibilidade de introdu����o de ambiguidade e perda de informa����o quando a equipa de desenvolvimento utiliza os cen��rios descritos. Dado este problema, propomos uma abordagem em que os stakeholders consigam especificar cen��rios comportamentais, de forma cognitiva, com uma representa����o simples, clara e mais precisa. Criamos duas linguagens, o DomainMap e o BehaviorMap, que est��o relacionadas entre si: uma para representar modelos de dom��nio e outra para representar cen��rios BDD, respetivamente. Foi executada uma experi��ncia com 15 indiv��duos para comparar o esfor��o cognitivo na compreens��o entre cen��rios BehaviorMap e cen��rios textuais e os resultados mostraram que o BehaviorMap teve melhor desempenho.

Utiliza����o da tecnologia de separação por membranas na reabilita����o de sistemas de tratamento de ��gua

Os sistemas de tratamento de ��gua, existentes e de futuro, dever��o ter em considera����o diversos aspectos multidisciplinares, tais como o fen��meno de sobrepopula����o, a escassez de ��gua, a deteriora����o da qualidade das ��guas superficiais, o aumento das exig��ncias legais e o aumento dos custos de energia. Neste sentido, os processos de separação por membranas (PSM), foram estudados para aferir acerca da sua aplica����o na produ����o de ��gua de elevada qualidade para consumo humano, independentemente das varia����es de qualidade na origem. Neste trabalho avaliou-se a qualidade da ��gua da Albufeira de Monte Novo, concluindo-se que esta se encontra eutrofizada e com par��metros indicadores da qualidade da ��gua classificados com n��vel >A3. A linha de tratamento convencional, instalada na ETA de Monte Novo, foi avaliada perante um cen��rio de deteriora����o da qualidade da ��gua bruta e de novos objectivos definidos para a qualidade final da ��gua tratada. Sem a exist��ncia de uma nova etapa final de afina����o, n��o �� garantida a completa remo����o de par��metros microbiol��gicos (microrganismos potencialmente patog��nicos, v��rus, cianotoxinas) e de subprodutos da desinfec����o. Foi proposta uma solu����o de reabilita����o da linha de tratamento, que inclui um processo integrado de UF, complementado pela linha de tratamento existente, que actua como pr��-tratamento. Esta solu����o foi analisada em termos de custos operacionais, comparativamente �� solu����o actualmente instalada. Em compara����o, o consumo energ��tico anual da solu����o ETA-UF, tanto em ��poca baixa, como em ��poca alta, foi mais elevado, e o consumo de reagentes foi mais reduzido. Globalmente, a poupan��a obtida atrav��s das menores dosagens de reagentes, permitiu �� solu����o ETA-UF diluir o efeito de um maior consumo energ��tico, obtendo-se uma redu����o de 11% nos custos anuais operacionais e um custo de 0,08 ���/m3 de ��gua tratada. Tendo em conta o elevado investimento inicial na solu����o ETA-UF, o per��odo de retorno foi de 6 anos, para um horizonte de projecto de 16 anos.

An��lise de modos de falhas e seus efeitos aplicada a um servi��o de entrega de baterias

Com a realiza����o deste trabalho, apresentaram-se conclus��es e sugeriram-se melhorias para a gest��o de risco associada �� mudan��a de um fornecedor, prestador do servi��o de entrega de baterias, da empresa Exide Technologies. De modo a se atingir esse fim, aplicou-se a metodologia da An��lise de Modos de Falha e seus Efeitos (AMFE). A aplica����o da metodologia focou-se nas actividades que ir��o sofrer altera����es com a entrada em fun����es do novo fornecedor (em compara����o com o actual), e cujas repercuss��es podem afectar directamente os clientes. Como suporte �� aplica����o da metodologia, foi desenvolvido um fluxograma das actividades do servi��o de entrega de baterias e, a partir deste, identificaram-se 9 potenciais modos de falhas e respectivos efeitos e causas. Ap��s o c��lculo dos N��meros Priorit��rios de Risco (NPR) associados aos potenciais modos de falha, estes ��ltimos foram priorizados em termos de risco, atrav��s da aplica����o da ferramenta Diagrama de Pareto. Verificou-se a exist��ncia de um modo de falha claramente mais cr��tico que os restantes, e a exist��ncia de dois cujos valores eram excepcionalmente baixos devido a possu��rem um m��todo de detec����o eficaz. Por fim, aplicou-se a ferramenta Diagrama em ��rvore para se identificar as causas raiz associadas a cada modo de falha, e sugeriram-se melhorias que pudessem ajudar a evitar ou mitigar os mesmos. A aplica����o da metodologia AMFE mostrou-se eficaz, pois permitiu que melhorias sugeridas nesta fossem aplicadas na pr��tica pela organiza����o, contribuindo assim para o sucesso da mudan��a de fornecedor.

Modelos para c��lculo de liga����es pilarviga com chapa de extremidade em estruturas de a��o

Neste trabalho, s��o apresentados e discutidos os procedimentos prescritos no Euroc��digo 3, Parte 1-8, para c��lculo e dimensionamento de liga����es pilar-viga com chapa de extremidade, em estruturas de a��o. Em particular, �� analisado o m��todo das componentes, que permite determinar a resist��ncia e rigidez rotacional de juntas met��licas, possibilitando a utiliza����o de liga����es semi-r��gidas, que frequentemente resultam em liga����es mais econ��micas. A metodologia descrita �� aplicada em dois exemplos num��ricos, tendo-se comparado os valores calculados com os resultados obtidos atrav��s de um programa de c��lculo autom��tico (Powerconnect) que tamb��m se baseia no m��todo das componentes. As an��lises efetuadas permitem constatar que existem algumas vertentes do programa que podem ser melhoradas. Recorreu-se ainda a um programa de c��lculo autom��tico comercial (Sap2000) para comparar os esfor��os atuantes numa estrutura met��lica com liga����es r��gidas e semi-r��gidas, tendo-se conclu��do que existem diferen��as significativas entre as distribui����es de esfor��os obtidas para as duas situa����es.

An��lise dos padr��es de consumo de fam��lias portuguesas

Um dos grandes desafios dos atuais modelos de produ����o e consumo sustent��vel �� estimular mudan��as de atitude e comportamento na sociedade mundial, uma vez que as nossas capacidades intelectuais, morais e culturais imp��em responsabilidades para com todos os atores intervenientes. O objetivo principal deste trabalho �� avaliar os comportamentos e h��bitos de consumo das fam��lias e saber qual �� a motiva����o das decis��es tomadas, umas vez que estas e as escolhas do dia-a-dia das fam��lias e seus impactes t��m um peso muito significativo na produ����o e consumo de produtos e servi��os. Os resultados permitiram concluir que as diferen��as que se fazem sentir entre os agregados familiares, a n��vel de rendimento, idade e escolaridade, influenciam os comportamentos relacionados com o consumo. Foi ainda inferido nesta disserta����o, que muitas pr��ticas sustent��veis feitas pelas fam��lias, t��m por base o fator econ��mico e n��o necessariamente fatores relacionados com a sensibiliza����o e/ou forma����o em rela����o aos efeitos na sustentabilidade do consumo. De forma a inverter os atuais padr��es negativos do consumo das fam��lias, considera-se fundamental a implementa����o de pol��ticas e a����es de forma����o. Havendo um maior acompanhamento ��s fam��lias e a����es de sensibiliza����o, ficam mais sensibilizadas e motivadas para criar h��bitos de consumo sustent��vel.

Filtragem de nuvens de pontos para gera����o de modelos digitais do terreno

As cartas topogr��ficas s��o representa����es planas, generalizadas e reduzidas �� escala, de zonas da superf��cie terrestre, contendo s��mbolos e informa����o textual para a descri����o dos objectos. A forma mais comum de as produzir �� por interm��dio de fotografias a��reas, principalmente pela afinidade entre o conte��do destas e aquilo que se convencionou representar na carta. O Instituto Geogr��fico do Ex��rcito (IGeoE) �� uma entidade produtora de cartografia que prov��, com informa����o geogr��fica, as For��as Armadas e a comunidade civil. A caracteriza����o do relevo �� parte da informa����o existente na carta, concretizada atrav��s das curvas de n��vel: linhas curvas que representam uma cota pr��-definida (convencionado de 10 em 10 m nas cartas �� escala 1/25 000), constante em toda a sua extens��o. Estas acompanham as formas do terreno e indicam a altitude do n��vel do solo, independentemente de se cruzarem com outros objectos �� superf��cie terrestre (como edif��cios ou arvoredo). A informa����o do relevo �� bastante completa, abrangendo a ��rea de toda a carta. As curvas de n��vel s��o, por norma, restitu��das, manualmente, por um operador numa esta����o fotogram��trica, numa tarefa compreensivelmente morosa. Uma das alternativas para a representa����o do relevo �� por interm��dio da correla����o autom��tica de fotografias a��reas, da�� resultando uma nuvem de pontos cotados numa grelha regular, cada um com uma coordenada tridimensional. Alguns desses pontos cont��m ���ru��do���, visto representarem n��o a cota ao n��vel do solo, mas a cota de objectos sobre a superf��cie terrestre. O processo de elimina����o desse ���ru��do���, que permite corrigir a cota do topo do objecto para o solo, designa-se por filtragem. H�� diversos processos de filtragem de nuvens de pontos, embora nenhum consiga obter resultados totalmente satisfat��rios, apresentando mais ou menos dificuldades em algumas zonas de terreno espec��ficas (zonas urbanizadas ou vegeta����o baixa, por exemplo). Um dos caminhos apontados para auxiliar a filtragem �� a utiliza����o de outros recursos que forne��am mais informa����o, para al��m da simples coordenada tridimensional do ponto a corrigir, bem como uma mistura de algoritmos, tentando conciliar os pontos fortes de cada uma destas abordagens. O presente trabalho desenvolveu uma metodologia autom��tica para representar o relevo a partir de uma nuvem de pontos cotados, para ser integrada na cadeia de produ����o do IGeoE. A partir de uma nuvem de pontos prim��ria, e utilizando como dados de entrada ortofotos e informa����o vectorial dos objectos da edi����o anterior e da edi����o de trabalho da carta (excepto relevo) da mesma regi��o, efectua quatro filtragens: filtragem de edif��cios, filtragem de ��reas de arvoredo superiores a 150 m x 150 m, filtragem de ��reas de arvoredo inferiores a 150 m x 150 m e ��rvores isoladas (envolvendo a detec����o de ��rvores em ortofotos, ao n��vel do pixel, por algoritmo de aprendizagem autom��tica), e filtragem por declives.

Modelos determin��sticos e estoc��sticos aplicados ao c��lculo de provis��es para sinistros

A estima����o das provis��es para sinistros �� de extrema import��ncia na atividade de uma seguradora do ramo N��o Vida, porque, por um lado, s��o necess��rios recursos suficientes para garantir o pagamento de qualquer sinistro que ocorra e, por outro, o excesso de provis��es pode condicionar a rentabilidade da companhia. Assim, faz parte do papel do atu��rio garantir a adequa����o destas provis��es t��cnicas. Com esse prop��sito, �� habitualmente utilizado o m��todo determin��stico Chain Ladder para a estima����o das provis��es para sinistros. Contudo, de forma a contornar as limita����es desta metodologia, recorre-se a modelos estoc��sticos, como o modelo proposto por Thomas Mack, uma aplica����o dos Modelos Lineares Generalizados, a t��cnica Bootstrap, entre outros. Dos modelos estoc��sticos �� de salientar um dos mais recentemente estudados, Double Chain Ladder, que est�� diretamente associado ao m��todo Chain Ladder, trazendo algumas vantagens sobre esse ��ltimo e possibilitando tamb��m a aplica����o da t��cnica Bootstrap e uma simples associa����o ao m��todo Bornhuetter-Ferguson. O objetivo desta disserta����o consiste na aplica����o e an��lise destes modelos na estima����o de provis��es para sinistros no ramo N��o Vida.