A política estadunidense de desgermaniza����o do sistema de transporte a��reo brasileiro: o caso da Condor

An��lise e avalia����o da política dos Estados Unidos de extin����o das atividades da empresa de transporte a��reo Condor, por meio de sua inclus��o na Lista Negra, do corte no fornecimento de combust��vel, da press��o pela exclus��o de trabalhadores e acionistas alem��es ou simpatizantes do Eixo. Consideraram-se outros meios, como a oferta de cr��dito para aquisi����o de equipamentos de avia����o estadunidenses e de a����es da Condor, e treinamento de brasileiros, assim como infiltra����o de t��cnicos e consultores na empresa.

A política comercial da administra����o Bush: o CAFTA-DR e a resist��ncia interior

Argumenta-se que a política comercial da administra����o Bush �� uma importante modifica����o na tradi����o norte-americana ao aderir �� prolifera����o de acordos bilaterais. Contudo, a an��lise do CAFTA-DR demonstra que ela pode encontrar forte resist��ncia dom��stica.

O poder militar como instrumento da política externa brasileira contempor��nea

Este artigo pretendeu refletir sobre a instrumentalidade do poder militar para a política externa brasileira no p��s-Guerra Fria. Definiu-se a moldura te��rica de interpreta����o do relacionamento entre unidades soberanas. Discutiram-se as peculiaridades do complexo de seguran��a da Am��rica do Sul e o papel do Brasil na sua conforma����o. Analisaram-se os entraves �� condu����o virtuosa da política de defesa e as dificuldades de articula����o entre esta e a política externa. Sugeriram-se iniciativas visando ao aprimoramento da interface entre as políticas externa e de defesa.

Coopera����o horizontal Sul-Sul: arranjos de concerta����o política entre a ��ndia, o Brasil e a ��frica do Sul

Este trabalho busca examinar o desempenho pol��tico da concerta����o internacional entre a ��ndia, o Brasil e a ��frica do Sul a partir do comportamento das políticas externas dos pa��ses concertados. A hip��tese �� de que o desempenho pol��tico eficiente de uma concerta����o internacional entre Estados Intermedi��rios depende de políticas externas assertivas e alinhadas na busca por atingir as prefer��ncias (metas institucionais) de sua concerta����o, dimensionadas aqui para avalia����o no ��mbito de institui����es internacionais como a Organiza����o das Na����es Unidas e a Organiza����o Mundial do Com��rcio.

Redemocratiza����o e direitos humanos: a política para refugiados no Brasil

O presente trabalho analisa a política para refugiados no Brasil dos anos 1990 aos dias atuais. Diante do contexto internacional marcado pelos novos temas globais, dentre os quais direitos humanos e migra����es for��adas, e do processo de redemocratiza����o no plano dom��stico, o tema dos refugiados foi tratado no pa��s, atrelado aos direitos humanos.

Cuba ap��s a Guerra Fria: mudan��as econ��micas, nova agenda diplom��tica e o limitado di��logo com os EUA

Cuba passou por muitas transforma����es ap��s a Guerra Fria. A economia est�� mais diversificada e o pa��s logrou escapar do isolamento internacional, estabelecendo parcerias com China, Uni��o Europ��ia e Am��rica Latina. Al��m disso, a transforma����o na comunidade cubano-americana coloca em posi����es de influ��ncia ativistas mais jovens, com maior disposi����o para o di��logo com os Estados Unidos, inclusive em temas comerciais. Contudo, �� dif��cil que as negocia����es avancem em pontos controversos, pela relut��ncia de Havana em liberalizar o regime pol��tico.

Exporta����o de democracia na política externa norte-americana no p��s-Guerra-Fria: doutrinas e o uso da for��a

O artigo analisa os pilares da política externa americana no p��s-guerra fria, mirando o lugar que ai ocupa democracia e sua rela����o com seguran��a. Busca-se mais especificamente as bases da doutrina da política externa que justificam a exporta����o de democracia pelo uso da for��a. Utilizou-se a an��lise de conte��do quantitativa e qualitativa de 415 discursos dos Presidentes e Secret��rios de Estado entre 1989 e 2008.

Os Processos Constituintes de 1946 e 1988 e a defini����o do papel do Congresso Nacional na Política Externa Brasileira

Este artigo analisa os processos constituintes brasileiros de 1946 e 1988 no aspecto da defini����o constitucional do papel do Congresso Nacional na Política Externa. A Assembleia Nacional Constituinte de 1946 n��o apresenta grande interesse dos parlamentares pelo tema, ao passo que o mesmo n��o ocorre na de 1988. Contudo, existe uma grande diferen��a entre as prefer��ncias dos constituintes e as que foram registradas nas Cartas Magnas de 1946 e 1988. Esse fato decorre do contexto hist��rico no qual a ruptura com os governos autorit��rios militares mant��m a estrutura hierarquizada do parlamento constituinte, no qual a Comiss��o de Sistematiza����o seguiu a tradi����o do Executivo com papel preponderante na execu����o da Política Externa Brasileira.

Inten����es versus desempenho: o Brasil na política externa portuguesa (1976-2007)

Partindo dos eixos orientadores da política externa portuguesa no p��s-25 de Abril de 1974, o artigo visa compreender o enquadramento do Brasil nas op����es da política externa portuguesa, centrando-se na an��lise dos programas dos Governos Constitucionais, nas visitas oficiais, no investimento portugu��s no Brasil e na influ��ncia da imigra����o brasileira na política externa. Pretendemos mostrar que, apesar das altera����es exigidas pela democratiza����o portuguesa, a rela����o com o Brasil subsistiu embora tenha prevalecido a ret��rica e o simbolismo sobre as concretiza����es pr��ticas.

"Depois aconte��a o que acontecer": por uma rediscuss��o do Caso Panther e da política externa de Rio Branco

O Caso Panther foi um incidente que envolveu o Brasil e a Alemanha e que teve grande repercuss��o internacional em sua ��poca, ficando marcado na hist��ria da política externa brasileira enquanto um epis��dio de agress��o imperialista contra o Brasil e como o momento que marca a aproxima����o entre nosso pa��s e os Estados Unidos. Acreditamos, por��m, que uma rediscuss��o do Caso Panther permita um novo exame das din��micas do Imperialismo a partir de um olhar perif��rico, bem como uma outra compreens��o das ideias acerca da na����o que imprimiram suas marcas no pensamento de Rio Branco.

A política externa brasileira e a "circunst��ncia democr��tica": do sil��ncio respeitoso �� politiza����o ruidosa

O artigo busca examinar, desde a realiza����o da primeira elei����o direta para a Presid��ncia da Rep��blica ap��s a redemocratiza����o (1989) at�� o ��ltimo ano do segundo termo presidencial de Lula da Silva (2010), a progressiva politiza����o da Política Externa Brasileira (PEB), sob a ��gide das institui����es democr��ticas no plano dom��stico e a renovada influ��ncia jogada por atores e processos internacionais.

A Uni��o Europeia como pot��ncia global? As altera����es do Tratado de Lisboa na política externa e de defesa

Este artigo aborda as altera����es que o Tratado de Lisboa introduziu na política externa e de defesa, tendo em conta a gradual altera����o do conceito estrat��gico da Uni��o Europeia que pretende transform��-la numa pot��ncia global. Come��a por enquadrar a interven����o da Uni��o Europeia na política internacional, com a ado����o de uma política externa e de seguran��a pelo Tratado de Maastricht. Em seguida, refere as inova����es do Tratado de Lisboa nessa política, analisando os aspectos de maior relevo.

Temas e regi��es nas políticas externas de Lula e Fernando Henrique: compara����o do discurso dos dois presidentes

Neste artigo, comparamos o discurso sobre a política externa dos dois presidentes que governaram o Pa��s nos ��ltimos 16 anos (Fernando Henrique e Lula). Por meio da t��cnica de an��lise de conte��do, foram avaliados mais de mil pronunciamentos realizados em eventos diplom��ticos no Brasil e no exterior. Encontramos semelhan��as e diferen��as importantes, tanto no que diz respeito ��s tem��ticas abordadas quanto nos parceiros que buscaram na arena internacional. Ambos os presidentes privilegiaram os temas referentes �� economia, ��s institui����es internacionais e ao relacionamento com os pa��ses da Am��rica do Sul. Fernando Henrique parece ter tido uma preocupa����o maior com a quest��o da democracia e aproximou-se mais dos pa��ses europeus. Lula estendeu a sua preocupa����o com o tema da desigualdade para a arena internacional e abriu maior di��logo com os pa��ses asi��ticos, do Oriente M��dio e, principalmente, da ��frica.

O papel do Itamaraty na defini����o da política externa do governo Collor de Mello

O objetivo deste trabalho �� investigar o papel do Minist��rio das Rela����es Exteriores na política externa do governo Collor, rela����o comumente observada como fr��gil. Argumenta-se que, em vez de marginalizar o Itamaraty, o presidente reconfigurou a chancelaria, tanto em termos de seus decisores principais quanto em termos administrativos. A consequ��ncia foi o estabelecimento de uma política externa de fei����es mais liberais - um americanismo mitigado - em sintonia com os objetivos tradicionais das rela����es exteriores do Brasil.

A Rodada Doha, as mudan��as no regime do com��rcio internacional e a política comercial brasileira

Este trabalho tem como objetivo discutir os atuais desafios do multilateralismo tradicional no com��rcio, vis��veis nos impasses da Rodada Doha, diante das novas realidades do com��rcio internacional globalizado, caracterizado pela dispers��o e fragmenta����o da produ����o sob a l��gica das cadeias de valor globais (CVG). O artigo discute a forma em que essas transforma����es est��o desafiando pressupostos tradicionais do sistema multilateral de com��rcio e as negocia����es da Rodada Doha. Tomando o caso do Brasil como exemplo, o artigo argumenta que o descompasso entre a agenda negociadora e as novas realidades do com��rcio internacional reside nos pr��prios pa��ses-membros da OMC que, em sua maioria, ainda n��o pautam suas políticas comerciais e suas estrat��gias de inser����o internacional por essas novas din��micas do com��rcio internacional. Por fim, o trabalho mostra que a política comercial brasileira durante a ��ltima d��cada esteve desalinhada com essa nova realidade ao dar demasiada ��nfase ��s formas tradicionais de negocia����o comercial, deixando de considerar as modifica����es essenciais ocorridas nos padr��es de com��rcio na esteira do processo de globaliza����o.