1000 resultados para Hipertensão, diagnóstico
Resumo:
OBJETIVO: Comparar a variabilidade de freqüência cardíaca em indivíduos normotensos e hipertensos e observar o comportamento do sistema nervoso autônomo após terapia com inibidores da enzima conversora de angiotensina II. MÉTODO: Estudados 286 pacientes com diagnóstico de hipertensão arterial, pela 1ª vez, e divididos em 4 grupos, conforme a pressão arterial diastólica (PAD): grupo A - PAD<90 mmHg; grupo B - PAD 90-99 mmHg; grupo C - PAD 100-109 mmHg; grupo D - PAD>110 mmHg. Os pacientes do grupo A (normais) e do grupo C (HA moderada), somando 110 e 79 pacientes, respectivamente, submeteram-se ao Holter-ECG 24h com análise de variabilidade de freqüência cardíaca no domínio do tempo (DT) e no domínio da freqüência (DF). O grupo C foi tratado com inibidores da ECA durante 3 meses, e após esse período novamente avaliado com Holter-ECG 24h e variabilidade da freqüência cardíaca, e os valores comparados com os normotensos. RESULTADOS: Os parâmetros SDNN, PNN50 (DT) e o espectro LF (DF) foram significativamente diferentes para os dois grupos, com valores notadamente diminuídos em hipertensos (p<0,05). Pacientes do grupo C, após tratamento com IECA, mostraram-se recuperados em todas as variáveis da variabilidade da freqüência cardíaca, apresentando valores próximos aos dos normotensos. CONCLUSÃO: A variabilidade da freqüência cardíaca mostrou-se reduzida em hipertensos quando comparados aos normotensos, apontando para uma queda no reflexo baroceptor. Observou-se ainda a presença de um ajuste autonômico funcional após terapia anti-hipertensiva com IECA, indicando recuperação do tônus parassimpático.
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OBJETIVO: Descrever a prevalência dos fatores de risco das doenças cardiovasculares, em particular, a hipertensão arterial sistêmica na população adulta do RS, seu nível de reconhecimento e controle, além dos fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal, de base populacional, com amostragem aleatória por conglomerado, em 918 adultos >20 anos, realizada de 1999-2000, tendo hipertensão arterial sistêmica definida como pressão arterial >140/90 ou uso atual de anti-hipertensivos. RESULTADOS: A prevalência de hipertensão arterial sistêmica foi de 33,7% (n=309), sendo que 49,2% desconheciam ser hipertensos; 10,4% tinham conhecimento de ser hipertensos, mas não seguiam o tratamento; 30,1% seguiam o tratamento, mas não apresentavam controle adequado e 10,4% seguiam tratamento anti-hipertensivo com bom controle. Após análise multivariada, as características associadas significativamente com a presença de hipertensão arterial sistêmica foram: idade (OR=1,06), obesidade (OR=3,03) e baixa escolaridade (OR=1,82); as mesmas características foram associadas à falta de reconhecimento da hipertensão: idade (OR=1,05), obesidade (OR=2,46) e baixa escolaridade (OR=2,17). CONCLUSÃO: A prevalência de hipertensão arterial sistêmica no RS manteve-se em níveis constantes nas últimas décadas, e seu grau de reconhecimento apresentou discreta melhora. Entretanto, o nível de controle da hipertensão arterial sistêmica não apresentou crescimento. Este estudo permitiu definir um grupo-alvo - pessoas de maior idade, obesas e de baixa escolaridade - tanto para campanhas diagnósticas, como para a obtenção de maior controle de níveis pressóricos.
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OBJETIVO: Determinar a incidência de fístulas arteriovenosas pulmonares (FAVPs) pós-operação de Glenn bidirecional; as possíveis variáveis independentes que poderiam influenciar no seu aparecimento; comprovar o uso do ecocardiograma contrastado com microbolhas na sua detecção; e testar a sensibilidade e especificidade da angiografia pulmonar. MÉTODOS: Operados 59 pacientes, entre março 1990 e dezembro 1995, com idades entre 2 e 132 meses (média 32,7±33,6). Todos submetidos a exames clínico, laboratorial, ecocardiograma contrastado com microbolhas e cateterismo cardíaco. RESULTADOS: Nos 54 pacientes sobreviventes as FAVPs ocorreram em 20 (37,0%). A idade desses pacientes variou de 2 a 132 meses (média 29,6± 29,7). A atresia tricúspide em 10 (50,0%) e o coração univentricular em 8 (40,0%), foram as cardiopatias prevalentes. Em 13 (65%) a operação de Glenn bidirecional foi realizada à direita, em 2 (10,%), à esquerda e em 5 (25%) foi bicaval. O tempo de seguimento dos pacientes FAVPs, variou de 4 a 84 meses (média 32,4±21,65), e nos sem fístulas de 1 a 77 meses (média de 23,4±18,8), com valor de p=0,04, com significância estatística. O diagnóstico de FAVPs foi feito pelo ecocardiograma contrastado com microbolhas nos 20 casos, sendo considerado positivo, ao se detectar retorno de microbolhas pelas veias pulmonares. A angiografia pulmonar mostrou alterações compatíveis com FAVPs em 16, demonstrando sensibilidade de 80%. CONCLUSÃO: A incidência de FAVPs pós-operação de Glenn bidirecional foi alta (37%), e o intervalo de tempo decorrido após a operação de Glenn bidirecional, foi a única variável independente que se correlacionou de forma significativa com o aparecimento das FAVPs (p=0,04); o ecocardiograma com microbolhas foi o método padrão de diagnóstico; a angiografia pulmonar se revelou um método com sensibilidade de 80,0%.
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OBJETIVO: Estudar a relação entre massa corporal e pressão arterial em população urbana de baixa renda. MÉTODOS: Estudo transversal desenvolvido em amostra representativa de uma comunidade urbana de baixa renda, no período de julho a dezembro/1998. De um total de 224 quadras, 67(30%) quadras foram selecionadas com indivíduos de ambos os sexos, com idade > 30 anos. A pressão arterial, o peso e a altura foram medidos, e através de questionário, obtidas informações sobre sexo, idade, renda familiar, escolaridade e ocupação. Foi calculado o índice de massa corporal (IMC), dividindo-se o peso (quilograma) pela altura (metro) elevada ao quadrado e considerado normal IMC<25; como sobrepeso 25
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OBJETIVOS: Avaliar as características clínicas de mulheres com diagnóstico prévio de miocardiopatia periparto e verificar as características associadas à evolução desfavorável. MÉTODOS: Variáveis clínicas, obstétricas e ecocardiográficas foram estudadas em 12 pacientes com miocardiopatia periparto, avaliadas no momento do diagnóstico e em consulta atual, quando foram divididas em dois grupos: GF (n= 6, sem alterações cardíacas) e GD (n= 6, com cardiomegalia e disfunção ventricular persistentes). As comparações foram feitas com o teste "t" de Student e exato de Fisher (p<0,05). RESULTADOS: No diagnóstico, a idade média das pacientes (8 brancas e 4 negras/pardas) foi de 24±7,4 anos; todas em classe funcional IV (NYHA) e 8 relataram hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia. A mediana do tempo de seguimento foi de 25 meses. Dez pacientes evoluíram para classe funcional I/II. A comparação entre os grupos mostrou GD com menor fração de ejeção do ventrículo esquerdo (0,30±0,05 vs. 0,58±0,09; p<0,001) e maior diâmetro sistólico do VE (58±5mm vs. 46±3mm; p<0,001), no momento do diagnóstico. A evolução desfavorável foi mais frequente entre as pardas (p=0,01). Na avaliação atual o GD apresentou menor espessura relativa da parede (0,13±0,02 vs. 0,17±0,02; p< 0,05) e maior massa do VE (283±90g vs. 186±41g; p<0,05). CONCLUSÃO: Pacientes com miocardiopatia periparto prévia apresentam evolução desfavorável associada à raça negra e alterações cardíacas iniciais mais acentuadas e a evolução favorável está associada à redução da massa miocárdica e aumento da espessura relativa da parede ventricular.
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OBJETIVO: Identificar os fatores de risco, associados com infarto agudo do miocárdio (IAM), com as respectivas forças de associação, na região metropolitana de São Paulo. MÉTODOS: Os casos eram pacientes com diagnóstico de primeiro IAM com elevação do segmento ST e os controles eram indivíduos sem doença cardiovascular conhecida. Foram incluídos 271 casos e 282 controles provenientes de 12 hospitais. Os fatores avaliados: raça, escolaridade, estado civil, renda familiar, história familiar de insuficiência coronariana, antecedentes de hipertensão arterial e de diabetes mellitus, reposição hormonal em mulheres, tabagismo, atividade física, consumo de álcool, colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol, triglicérides e glicose, índice de massa corporal e relação cintura-quadril. RESULTADOS: Os seguintes fatores de risco apresentaram associação independente com IAM: tabagismo (razão de chances [OR]=5,86; intervalo de confiança [IC] 95% 3,25-10,57; p<0,00001), relação cintura-quadril [tercil superior vs. inferior] (OR=4,27; IC 95% 2,28-8,00; p<0,00001), antecedentes de hipertensão arterial (OR=3,26; IC 95% 1,95-5,46; p<0,00001), relação cintura-quadril [tercil intermediário vs. inferior] (OR=3,07; IC95% 1,66-5,66; p=0,0003), nível sérico de LDL-colesterol (OR=2,75; IC 95% 1,45-5,19; p=0,0018), antecedentes de diabetes mellitus (OR=2,51; IC 95% 1,45-5,19; p=0,023), história familiar de insuficiência coronariana (OR=2,33; IC 95% 1,44-3,75; p=0,0005) e HDL-colesterol (OR=0,53; IC 95% 0,32-0,87; p=0,011). CONCLUSÃO: Tabagismo, relação cintura-quadril, antecedentes de hipertensão arterial e de diabetes, história familiar de insuficiência coronariana, níveis séricos de LDL-colesterol e de HDL-colesterol encontram-se independentemente associados com IAM na região metropolitana de São Paulo.
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Mulher de 24 anos, portadora de marcapasso dupla câmara, com hipertensão intracraniana e perda visual progressiva, e vários exames de tomografia de crânio inconclusivos. Foi submetida à Ressonância Magnética, mesmo sendo este método diagnóstico uma contra-indicação absoluta em portadores de marcapasso.
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Os aneurismas de átrio direito são entidades raramente relatadas na prática cardiológica, especialmente em vida intra-uterina, e podendo ser confundidos com derrame pericárdico e anomalia de Ebstein da valva tricúspide. Apresentamos revisão da literatura e ilustramos com caso de diagnóstico pré-natal de aneurisma de átrio direito cursando com sinais de hidropisia.
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OBJETIVO: Investigar a correlação entre alterações da perfusão miocárdica e a presença de disfunção erétil (DE) em homens com suspeita clínica ou diagnóstico já estabelecido de insuficiência coronariana crônica. MÉTODOS: Estudo prospectivo com 287 pacientes que, após responderem o questionário IIEF-5 para diagnóstico e avaliação do grau de DE, foram submetidos a avaliação clínico-cardiológica e a estudo cintilográfico da perfusão miocárdica (tecnécio - 99m sestamibi - gated SPECT), antes e após estresse físico ou farmacológico. RESULTADOS: Em 137 pacientes (47,8%) foi detectado algum grau de disfunção erétil (grupo DE+) e nestes, a idade (60,60±9,84 vs 50,67±9,94 - p<0,001)) foi significativamente maior do que naqueles sem disfunção (grupo DE-). No grupo DE+ houve maior prevalência de hipertensão arterial, diabetes, infarto do miocárdio e coronarioplastia prévios. Independentemente do fator idade, o grupo DE+ teve maior prevalência de alterações da perfusão miocárdica (necrose e/ou isquemia) e de diminuição da mobilidade e do grau de espessamento sistólico do miocárdio ventricular. CONCLUSÃO: Pacientes com DE tem maior probabilidade de apresentar alterações da perfusão e do desempenho miocárdico segmentar, independentemente do fator idade. Na presente amostra, a DE foi considerada não só como um marcador da doença isquêmica do coração, mas também fortemente relacionada à ocorrência de eventos coronarianos maiores como infarto do miocárdio e necessidade de coronarioplastia.