1000 resultados para Hábitos


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1) Em trabalho sistematizado, foi estudada pela primeira vez a epidemiologia da doença de Chagas, em um trecho da região do estuário do Amazonas, cujas condições ecológicas diferem das encontradas em outras zonas onde teem sido feitas pesquisas semelhantes. 2) No local escolhido para estudo – Aura – uma localidade distante cerca de 10 km. de Belém, (Pará), não foi encontrada nenhuma infecção humana pelo S. cruzi, quer pelo exame de sangue, quer pelo xenodiagnóstico, ambos feitos em todos os habitantes (117 indivíduos). Não foi encontrada também sintomatologia atribuível à doença. 3) Em 6 xenodiagnósticos feitos em animais domésticos (5 cães e 1 gato), foi encontrado um cão infectado. Este animal pertencia á casa onde foi verificada maior infestação por Triatomídeos, com índice de infecção elevado. Pelas razões expostas no texto, porem, foi sugerida a hipótese do mesmo se ter infectado pela ingestão de vísceras de animais silvestres contaminados. 4) De 115 animais silvestres, cujo sangue foi examinado em gota espessa, 9 mostraram-se parasitados por Schizotrypanum (7,8%). Em 47 verificações pelo xenodiagnóstico, 15 animais silvestres (11 mucuras, 3 tamanduás e 1 tatú) se apresentaram positivos (32,6%) . O tamanduá (T. tetradactylus) foi pela primeira vez assinalado como depositário natural do Schizotrypanum. 5) Como resultado de buscas feitas durante 11 meses, sendo cada domicílio inspecionado pelo menos de 15 em 15 dias, foram encontrados Triatomídeos em 7 das 36 casas existentes no povoado. Todos os 39 exemplares capturados eram adultos; a procura exaustiva não revelou a existência de formas jovens no interior das habitações. Na ordem de freqüência, as espécies encontradas foram as seguintes: P. geniculatus (29 exemplares, dos quais 7 infectados); R. pictipes ( 9 exemplares, dos quais 2 infectados); E. mucronatus ( 1 exemplar, não infectado) . A grande maioria dos insetos foi capturada na segunda metade do ano (época do estío). 6) Em plena mata, n’uma toca de tamanduá (T. tetradactylus) foram encontradas larvas, ninfas e adultos de P. geniculatus. A casa situada mais próximo desse foco, foi a que apresentou maior infestação (22 exemplares) e exclusiva para essa espécie. Em uma toca de macaco da noite (P. flavus), foi encontrada uma larva de Triatomídeo. Este foco também ficava próximo à casa acima referida. Em toca de P. flavus foi também achado um exemplar adulto de Panstrongylus refotuberculatus. 7) Amostras de S. cruzi isoladas de animais silvestres, mostraram fraco poder infectante. A amostra isolada do cão, embora infectando facilmente os animais de laboratório, pelos estudos biométricos feito por DIAS e FREITAS, afasta-se das amostras humanas típicas. 8) São discutidos os resultados acima referidos e, pelos hábitos dos transmissores, pela predominância de depositários silvestres do parasito, conclue-se pela natureza silvestre da Tripanosomiase Americana no local estudado. Se bem que não tenham sido verificadas infecções humanas, dado o encontro de um cão parasitado – infecção esta que se pode ter verificado pelo meio normal da transmissão da moléstia – admite-se a possibilidade do aparecimento de casos humanos nessa região. Ressalta-se a confirmação que tais resultados parecem trazer á hipótese de CARLOS CHAGAS, que pensava ser esta doença primitivamente silvestre, com posterior adaptação aos animais domésticos e ao homem.

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São relatados estudos epidemiológicos feitos em um foco potencial de Tripanosomiase americana no bairro Santa Teresa na Cidade do Rio de Janeiro. Enquanto a pesquisa intensiva de Triatomideos em 40 "cafuas" existentes em áreas silvestres do local foi negativa, 11 exemplares (seis fêmeas e cinco machos) de Panstrongylus mzgistus (Burmeister, 1835) foram capturados em um grande edifício do local, estando nove infectados pelo Trypanosoma (S.) cruzi. Positivamente, tais insetos aí vieram ter atraídos pela grande iluminação dêsse edifício, seus focos de criação encontrando-se na mata. Não foi possível demonstrar de modo indiscutível tais criadouros em cuidadosas pesquisas feitas durante 10 meses. Todavia, em ninho de gambá (Didelphis marsupialis) foi achado uma casca de ovo de Triatomídeo, o qual pode ser atribuído ao P. megistus. Também em ninhos dos mesmos marsupiais e também de ratos silvestres foi descoberto um novo Triatomídeo (Parabelminus carioca Lent, 1943) novo transmissor do Trypanosoma (S.) cruzi, e que foi motivo de uma publicação anterior. De 42 exemplares de gambás (D. marsupialis) submetidos ao exame direto do sangue e ao xenodiagnóstico, 15 (ou seja 35.7 %) mostraram-se naturalmente infectados pelo T. (S.) cruzi. Dêstes quinze, quatro foram negativos ao exame direto de sangue, mas positivos ao xenodiagnóstico. Outro marsupial (Metachirus nudicaudatus Geoffroy), antes ainda não referido como depositário silvestre do Trypanosoma (S.) cruzi, foi verificado com infecção natural pelo xenodiagnóstico. A amostra "gambᔠde T. (S.) cruzi, mostrou-se patogênica para cao rhesus, gato e cobaio. Foi possível cultivá-la em meios de Nöller e NNN. A amostra "cuica" foi capaz de infectar cão e cobaio e também foi cultivada. A amostra "panstrongylus" também infectou cão e cobaio. Camondongos (Mus musculus, var albina) inoculados com qualquer uma das amostras, não apresentaram infecção sanguínea apreciável ao exame direto, enquanto que exibiam uma infecção peritoneal. Exame clínico sumário de 58 indivíduos residentes no local, permitiram o encontro de duas crianças com sintomas atribuíveis a doença de Chagas, mas o xenodiagnóstico dêstes pacientes foi negativo. Exames de sangue à fresco e xenodiagnóstico de 19 cães (cerca de 50 % dos existentes na zona estudada) foram negativos. Assim também de dois gatos. A possibilidade de infecção humana pelo T. (S.) cruzi no local estudado, é remota, considerados os hábitos silvestres aí observados nos transmissores. Porém, uma vez que aí existem depositários naturais abundantes dêsse tripanosoma, e também transmissores com alto índice de infestação, é possível a ocurrência de casos clínicos da moléstia, tanto mais quando se recorda que P. megistus tem geralmente habitos domiciliares em outras regiões do País, fàcilmente podendo adaptar-se às "cafuas" existentes no local. Por outro lado, a presença aí de famílias oriundas de zonas de endemia (Minas) poderá ainda apressar a existencia de condições domésticas de contágio.

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É apresentada uma revisão das recentes aquisições na anemia ancilostomótica, assinalando a importância de alimentação qualitativamente deficiente junto á infestação helmíntica na gênese desta doença. Acentuou-se que a anemia ancilostomótica é uma doença de carência. Profilaxia clássica da Ancilostomose resume-se em evitar a infestação do homem pelos ancilostomídeos. Critica-se a aplicabilidade destas medidas e eficiência das mesmas no que diz respeito á incidência da anemia. O presente trabalho mostra aquisições preliminares sôbre fundamentos de uma profilaxia de carência (tipo profilaxia do bócio endêmico) da anemia ancilostomótica, baseada na administração de alimentos contaminados por um sal de ferro. As misturas sulfato ferroso-farinha de mandióca e citrato férrico amoniacal-caldo de feijão, mostraram-se eficientes em prevenir a queda das cifras hemáticas durante largos períodos de tempo em indivíduos maciçamente infestados (6-8 meses). Não foi verificada a dose diária mínima eficiente dêstes sais, obtendo-se resultados satisfatorios mesmo com 0.1 g diária de sulfato ferroso (correspondendo a 0.037 g de ferro metálico). Numerosos alimentos e sais de ferro foram experimentados com resultados infrutíferos por diferentes razões. A influência dos helmintos, pela hemorragias intestinais que acarretam poude ser mais uma vez estudada, nos casos de sais de ferro administrados em doses ineficientes ou em períodos de prova sem medicação marcial. É proposta nova classificação de intensidade de infestação, levando em consideração o conhecido fato de ser a atividade dos helmintos, exclusivamente expoliadora. Em conclusão, nos parece exequível a profilaxia da anemia ancilostomótica mediante ingestão de alimentos contaminados por quantidades eficientes de sais de ferro. Êste método profilático extremamente econômico será na prática, provàvelmente, muito superior aos métodos de profilaxia anti-helmíntica, que além de onerosos são pouco práticos, pois interferem em hábitos enraizados nas populações rurais.

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São resumidas as referências encontradas na literatura sôbre infestações de acarianos em culturas de cogumelos e as dificuldades encontradas para exterminá-los. Descrevem-se com detalhes as características das culturas infestadas que permitem a suspeita e mesmo certeza de infestação pela simples observação da cultura. É feito um estudo sôbre a morfologia, evolução e hábitos dos acarianos que infestaram a micoteca do Instituto Oswaldo Cruz, provávelmente Tyroglyphus longior e Tarsonemus floricolus. São descritas as experiências feitas com várias drogas no sentido de combater os acarianos. Finalmente os autores aconselham o uso do querosene em larga escala não só para matar os acarianos como também para evitar novas infestações. O querosene deverá ser pingado externamente nas rõlhas de algodão dos tubos de cultura e aplicado largamente sôbre suportes, armários, etc.; as placas de petri deverão ser colocadas sôbre papel de filtro embebido em querosene.

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Salientando os diversos aspectos a atender, para a solução racional do problema da alimentação na Amazônia, aliás já fixados em 1941 pela Comissão que traçou as linhas gerais de um plano de saneamento dessa vasta região, aludem os A.A. às realizações já empreendidas dentro do programa traçado, e que versaram apenas sôbre os hábitos alimentares de um grande núcleo de população e sôbre o valor nutritivo de alguns elementos pouco conhecidos da fauna e da flora locais. Abordam, à guisa de ensaio, neste trabalho, o ponto concernente ao planejamento de regimes adequados, que se adaptem tanto às exigências, como as possibilidades regionais. Frisam, então, de início, as bases racionais a que devem eles obedecer respeito não só à redução do total de calorias, fornecidas, nos seus 2/3, por hidratos de carbono e ao qual se subordinam as cotas das três principais vitaminas do complexo B,* como também a restrição, igualmente indicada, da taxa de proteínas; respeito, ainda, as cotas recomendáveis das vitaminas A e C e de cálcio, dando aí especial atenção ao detalhe da sua aproveitabilidade. Referem, de passagem, à conveniência de não se descurar do problema do ferro alimentar, em face das endemias reinantes na região e das dificuldades para fazer, artificialmente, o enriquecimento marcial dos regimes, já que, para instituí-los, partem do principio de ser vantajoso lançar mão de recursos de produção local, sem ficar em marcada dependência de grandes centres distribuidores regionais. Mostrando as dificuldades para a utilização, na escala desejada, da carne e leite de vaca, como artigos básicos de regime — e apontam, entre os percalços, os inerentes ao transporte e conservação desses alimentos — apresentam uma tabela básica, para o adulto em trabalho moderado, a qual lhe fornece 2.600 calorias diárias e obedece aos pontos fundamentais já aludidos. Nela figuram: os peixes, cujas variedades de pequeno porte poderão, com vantagem, ser consumidas fritas ou torradas, com espinhas; o amendoim; as verduras de produção econômica na Amazônia, incluídas na lista as ramas de batata doce, da mandioca e do inhame; essas raízes e tubérculos feculentos, de parceria com o cara; a farinha de mandioca, de grande uso na região; frutas, em que e, alias, rica a flora local; melado ou rapadura, como boa fonte de açucarados, cálcio e ferro; gorduras de origem animal e vegetal. Detêm-se, a propósito de cada um desses alimentos, sôbre o seu valor nutritivo e as possibilidades reais de produção local ou regional. Enumeram, por fim, vários outros, a que, similarmente, será possível recorrer, em maior ou menor escala — criação de animais domésticos, caças, carne e ovos de tartaruga, arroz, raízes, brotos de palmeiras, feijão de vara, castanhas de sapucaia, do caju e do Para — numa demonstração de ser possível a Amazônia valer-se, de muito, a si própria, no tocante à alimentação das suas populações.

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São relatadas as observações a respeito dos hábitos de defecação e de sucção em 6 espécies de hemípteros hematófagos. O quadro abaixo reúne os resultados mais gerais obtidos, apreciados em conjunto: Espécies de exemplares utilizados; % de insetos que defecaram durante ou logo após a picada; N.º médio de defecações nas 3 primeiras horas após o repasto; Duração média de sucção (minutos); % de insetos que sugaram sem interromper a picada. R. prolixus 2 machos, 8 fêmeas e 10 ninfas (50,0; 13,7; 14,2; 20,0). R. neglectus 2 machos, 8 fêmeas e 10 ninfas (30,0; 9,6; 18,5; 20,0). T. infestans 2 machos, 11 fêmeas e 20 ninfas (30,0; 7,1; 15,5; 47,5). P. megistus 6 machos, 10 fêmeas e 12 ninfas (22,7; 3,4; 22,7; 82,1). T. sordida 13 machos e 11 ninfas (12,5; 4,5; 20,0; 79,2). T. vitticeps 11 ninfas (0; 6,2; 26,8; 90,9). De modo geral, a capacidade de defecar no ato da picada mostrou-se diretamente proporcional ao número de defecações (nas três primeiras horas) e à freqüência das interrupções da picada, e inversamente proporcional ao tempo de duração da sucção. Os barbeiros adultos se mostraram mais aptos a defecar no ato da picada do que em fase de ninfa, as fêmeas mais do que os machos. Das espécies observadas, o R. prolixus foi a que melhores condições demonstrou para realizar a contaminação fecal do hospedeiro vertebrado. Sugere-se que um estudo mais aprofundado sôbre a eficácia contaminativa dos diversos transmissores do S. cruzi seja feito de preferência no verão e à noite, em zonas onde grassa endêmicamente a doença de Chagas.

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Neste segundo trabalho da série "Dermatozoonose pela picada de Culicoides em Salvador, Bahia", os Autores apresentam dados sôbre a bionomia das espécies encontradas em Salvador, em condições naturais. Salientam que devido a localização geográfica e das condições de clima e umidade a cidade de Salvador apresenta condições ótimas para a proliferação do díptero. Cêrca de 98% dos espécimens de Culicoides coletados em tôda a cidade foi representado pelo Culicoides (O.) paraensis (Goeldi, 1903), sendo, por êsse motivo, levado em maior consideração. O C. paraensis distribui-se por tôda a cidade, descrevendo sua densidade ao nível dos mangues, onde predomina o C. flavivenula. Inicia sua atividade entre 5 e 6 horas, tendo 3 picos de maior ocorrência durante o dia: 7 horas, 12 horas e predominantemente às 15 as 17 horas. Desaparece entre 18 e 19 horas. O C. limonensis só ocorre entre 6 e 8 horas, junto ao C. paraensis. o C. paraensis incide durante o ano inteiro, tendo uma variação estacional nítida. Sua densidade máxima corresponde aos meses chuvosos e mais frios. Não foi encontrado o criadouro natural das larvas, porém os autores julgam que se criem em ambientes de alta umidade, ou em águas coletadas em tronco de árvores, lixeiras e vasilhames diversos abandonados em terrenos baldios. em relaççao aos hábitos hematófagos, salienta-se que o C. paraensis os tem acentuadamente antropófilos. Foi observado que certos indivíduos possuem uma atratividade especial para o culicoides. Em adição, a espécie tem preferências para sugar os membros inferiores. Para a explicação d~este fato, os autores julgam que o vôo rasteiro, a proteção contra aluz e correntes aéreas, e a maior exposição das pernas do hospedeiro, favoreçam uma característica específica que o C. paraensis possua para picar os membros inferiores.

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Nesta terceira contribuiçãos os Autores apresentam os aspectos Epídemiológicos da Dermatozoonose pela picada de Culicoides em Salvador. Salientam que embora a densidade de insetos outros de hábitos antropófilos seja elevada na cidade, as seguintes evidências os conduziram a responsabilizar os Culicoides: conincidência do aparecimento de casos de Dermatozoonose após um período de maior densidade de Culicoides; maior número de casos, desde que a densidade de Culicoides aumentou nos últimos anos; proveni~encia de maior número de casos dos bairros onde há maior infestação de Culicoides. A Dermatozoonose é acentuadamente mais freqüente no sexo feminino. Houve maior número de casos entre os negros, talvez devido a maior freqüencia de negros que procuram tratamento no Hospital das Clínicas. Não há predominância acentuada para determinado grupo etário. Num levantamento que fizeram sôbre a incomodidade do Culicoides observaram que 81% de 593 residências visitadas em diferentes bairros, são incomodadas, sendo o inverno a época de maior incômodo. As horas de maior incômodo, coincidem com a ocorrência horária máxima do Culicoides. Observaram que as medidas usadas pela população para combate ao inseto são inadequadas pois, em 56% das residências não se obtém qualquer resultado. Considerando que nesses último cinco anos a densidade de Culicoides aumentou inexplicàvelmente em Salvador, julgam que os seguintes fatôres participara para que êsse fenômeno ocorresse: a extinção do Serviço de Profilaxia da Febre Amarela em 1956, o qual, indiretamente, por meio de sua "polícia de fócos" combatendo o Aedes aegypti, controlava os Culicoides; o crescimento da cidade, aumentando o número de fossas, já que não existe um sistema de esgotos adequado; e a deficiência do Serviço de Limpeza Pública da Cidade, ocasionando o acúmulo de lixo nos quintais, terrenos baldios e mesmo em logradouros públicos. Essas condições permitiram a existência de uma extensa rêde de "focos potenciais" para a proliferação dos Culicoides que agora infestam a cidade.

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Neste trabalho são descritas infecções naturais por Toxoplasma em um Macacca mulatta e em um Cebus apella, ambos tendo apresentado curto período de doença. Ambos se infectaram no cativeiro: o primeiro no biotério do laboratório, onde havia outros mamíferos com toxoplasmose experimental, e o segundo, na casa dos seus donos, em Jacarepaguá, on se habituara a comer carne crua como parte da alimentação. Nessa casa viviam outros platirrinos, entre os quais 2 Cebus libidinosus (um casal), os quais apresentaram Reação de Sabin-Feldman positiva (1:64), do mesmo modo que o tratador dos animais. Microscòpicamente, observaram-se nos 2 animais mortos de toxoplasmose espontânea lesões necróticas no fígado e baço, com a presença de toxoplasmas livres e intracelulares, isolados ou em associação, com maior ou menor número de indivíduos. No Cebus, no qual foi feita autópsia completa, foram observadas lesões e parasitos na suprarenal; e lesões moderadas no encéfalo, mas sem parasitos. É feita uma revisão das infecções naturais por Toxoplasma em primatas não humanos. Em mais de 60 anos de estudos do Txoplasma, foram descritas infecções naturais em apenas 31 exemplares de 18 espécies: 3 Prosimii, 10 Platyrrhinus e 5 Catharrhinus. A baixa freqüência da toxoplasmose no símios em geral é relacionada aos seus hábitos alimentares vegetarianos e insetífagos e à ecologia arborícola. A maior incidência nos platirrinos é relacionada à sua mais fácil domesticação e conseqüente mudança dos hábitos alimentares.

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Após uma revisão da toxoplasmose experimental em primatas não humanos, são relatadas as tentativas, sem êxito, para provocar toxoplasmose aguda e fatal em dois rhesus (Macacca mulatta), um infante e outro jovem, por inoculação e reinoculação de uma amostra humana, usando diferentes vias e doses maciças e ainda com a ministração de decametasona. Do mesmo modo, não teve sucesso a tentativa para induzir a doença fatal em um Cebus apella adulto, pela via peritoneal. Porém a toxoplasmose-infecção nesses 3 animais, foi comprovada pela elevação da temperatura (39 a 41ºC), pela positividade da reação de Sabin-Feldman (1:64 - 1:256) e pelo isolamento de toxoplasmas em camundongos inoculados com material do Cebus. Por outro lado, em um Callithrix jacchus pela inoculação peritoneal, foi provocada doença grave e fatal com focos necróticos e abundãncia de toxoplasmas no baço e fígado, e isolamento dos parasitas em camundongo. De 54 símios do Nõvo Mundo, submetidos a RSF, todos foram negativos, com exceção de um Saimiri que se mostrou positivo a 1:16 (18%). Uma análise do problema Toxoplasmose-Primatas não humanos, com o apoio na revisão da literatura e nas nossas próprias observações (ver também o trabalho anterior) permite as seguintes conclusões: em seu habitat natural os primatas não humanos não são expostos ao Toxoplasma. Isso deve estar relacionado aos hábitos arborícolas e à sua alimentação vegetariana e insetívora; b) os casos descritos de toxoplasmose natural nos símios se referem a animais de cativeiro; e, mesmo nestas condições, é excepcional a infecção espontânea dos catarrinos; c) os catarrinos apresentam, além disso uma grande resistência à indução da toxoplasmose experimental, a qual não é devida à presença de anticorpos circulantes. Essa resistência parece não ser rompida pela administração de corticosteróides; embora às vêzes o seja pela inoculação de doses maciças de toxoplasmas, e geralmente nos animais jovens; d) essa resistência é menor nos platirrinos e parece não existir nos platirrinos inferiores e nos Prosimii.

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Os autores descrevem os adultos de uma nova espécie de flebótomo do gênero Psychodopygus, grupo squamiventris, que ocorre no sul do Estado do Pará, Brasil, baseando-se em 7 exemplares machos e 8 fêmeas, coletados com isca humana ou animal. Os machos têm genitália complexa, bem característica, distinguindo-se fàcilmente das epécies afins. As fêmeas são muito semelhantes às das demais espécies do grupo, separando-se, porém, pelo aspecto dos dutos individuais inteiramente esclerotinizados, pelo número de dentes verticais do cibário, de 12 a 20, e plo comprimento do terceiro segmento antenal: 265 a 332μ. Ratificam o parecer de Martins et al. sôbre a identidade de "L. squamiventris" do Amapá, segundo Forattini, com P. maripaensis, e mostram o que lhes parece ser o aspecto natural da genitália do macho dessa espécie. Acreditam na importância da nova espécie na transmissão de Leishmaniose tegumentar para o homem, salientando ainda os hábitos diuturnos das fêmeas.

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Um novo inquérito para oncocercose, realizado em 1984, entre índios Yanomami da parte média dos rios Mucajaí e Catrimâni (Território de Roraima), mostrou que, decorridos vários anos das primeiras investigações - uma década no caso do rio Mucajaí - os índices de prevalência, nesses dois locais da periferia do foco brasileiro, não haviam sofrido alteração significativa. Levando-se em conta apenas os residentes nas aldeias ou malocas abrangidas pelo inquérito, a prevalência atingiu 3,1% nos índios do rio Mucajaí, enquanto ficou em zero nos do rio Catrimâni. Dada a presença contínua, nas referidas aldeias, de índios visitantes, altamente infectados, oriundos da parte central e mais elevada do território indígena - onde cerca de 90% doa adultos têm oncocercose - seria de esperar o achado de valores bem maiores (acima pelo menos daqueles encontrados anteriormente), caso um vetor apropiado estivesse presente na região. Simulium oyapockense s.1. é a única espécie antropofílica de simulídeo, em toda zona inferior da área ocupada pelos Yanomami (altitude ao redor de 200 metros), abundante o suficiente para constituir-se em transmissor da oncocercose. Sem dúvida, no entanto, trata-se de um mau vetor (como aliás já foi demonstrado experimentalmente para Mansonella ozzardi) ou, até mesmo, de espécie não vetora de Onchocerca volvulus, pois, de outra forma, os índices de prevalência na parte média dos rios Mucajaí e Catrimâni já teriam crescido durante o período assinalado. Para explicar as altas taxas alcançadas pela endemia na porção central e cheia de acidentes (altitude superior a 900 metros) do território Yanomami, há que se admitir a presença aí de um outro vetor, muito eficiente, cujos hábitos estariam ligados à região montanhosa da fronteira entre o Brasil e a Venezuela.

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Este estudio explora las diferencias en los hábitos de consumo de sustancias psicoactivas, entre jóvenes de Barcelona y Bogotá. Evalúa la influencia de la percepción de riesgo sobre hábitos de consumo y estrategias de afrontamiento. Adicionalmente examina la influencia de la gravedad percibida de una situación estresante sobre estas últimas. Participaron 865 jóvenes de ambas ciudades, entre los 15 y los 18 años. Se utilizaron las variables de riesgo estudiadas por Benthin, Slovic y Severson (1993) para evaluar la percepción de riesgo. Los hábitos de consumo se evaluaron mediante la frecuencia, la intención de consumo, así como la edad de inicio. Se utilizó el CRI:Youth de Moos (1992) para determinar las estrategias de afrontamiento y la valoración del problema estresante. Se encontró que existen diferencias en la edad en que se inicia el consumo de alcohol y en la que se embriagan por primera vez según el género, la ciudad donde residen y la edad del adolescente. Los jóvenes de Barcelona tienen una propensión y un consumo real de marihuana y tabaco mayor que los jóvenes de Bogotá. Percibir placer o beneficios predice un incremento en la intención y la frecuencia de consumo de la mayoría de las sustancias. La facilidad para acceder a éstas sólo presenta una asociación con el uso frecuente del tabaco. Los datos sugieren que la gravedad percibida de estresores relativos a las drogas y la ciudad de residencia tienen un efecto sobre la utilización de las estrategias de evitación y aproximación cognitiva. Adicionalmente no se detectaron diferencias en función de las estrategias de afrontamiento empleadas según las variables de percepción de riesgo a excepción de la presión percibida, la cual aumenta el uso de la reevaluación del problema y la búsqueda de recompensas.

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S’ha estudiat la bioacumulació de contaminants orgànics persistents en el múscul d’una espècie de peix en dos punts del litoral català: al Port de Barcelona i a la costa de Blanes. Citharus linguatula ha estat escollida per les seves característiques d’hàbitats (està més exposada a la contaminació al ser una espècie bentònica). La metodologia emprada consisteix en la homogeneïtzació amb sulfat de sodi i una extracció assistida amb microones amb n-hexà-acetona(1:1 v/v) durant 20 minuts. Els extractes es netegen i es fraccionen amb una columna cromatogràfica d’alúmina que permet la separació dels extractes en dos fraccions: un amb la majoria dels compostos organoclorats (hexaclorbenzè, DDTs, ciclodiens clorats i policlorbifenils) i l’altre amb els isòmers hexaclorciclohexans i els PAHs. Aquestes dos fraccions són posteriorment analitzades en el GC-MS. S’ha pogut corroborar l’elevada presència de PCBs a Barcelona, així com que en aquest punt de mostreig les espècies estan més exposades a la contaminació per organoclorats. S’ha identificat la presència de DDTs en els dos llocs estudiats. Pel que fa als PAHs s’ha pogut observar que a Barcelona també hi ha més presència d’aquests. Cal destacar que la concentració obtinguda dels compostos no es pot donar com a vàlida per l’existència d’indicis d’errors experimentals o d’injecció.

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No município baiano de Planalto, 47% dos roedores silvestres capturados (Nectomys) estavam infectados pelo Schistosoma mansoni, enquanto a prevalência desta infecção na população humana da área era de 3,26%. Os roedores habitam zonas peridomiciliares, têm hábitos aquáticos e eliminam ovos viáveis do S. mansoni. Albergam número variável de vermes e formam granulomas periovulares pequenos, principalmente no fígado e intestinos, sem fibrose hepática importante ou sinais de hipertensão porta. A deposição maior de ovos se faz a nível do intestino, sobretudo do jejuno, com passagem de grande número de ovos para as fezes. Miracídios isolados a partir dos ovos retirados dos roedores infectaram normalmente a Biomphalaria glabrata, com eliminação de cercárias, com as quais se provocou infecção no camundongo branco, em tudo semelhante aquelas causadas por outras cepas de origem humana. Também camundongos que foram deixados em contacto com as águas infestadas pelos roedores silvestres se infectaram facilmente, atestando o alto grau de transmissibilidade da área. Conclui-se que os roedores silvestres de planalto toleram bem a infecção esquistossomótica natural, são bons eliminadores de ovos viáveis do S. mansoni, estão infectados por uma cepa semelhante a que infecta o homem e podem ter um papel na manutenção do ciclo vital do S. mansoni na área estudada.