1000 resultados para Epidemiologia Teses
Resumo:
OBJETIVO: A ocorrncia de dor orofacial e dor crnica tema freqente nos estudos da atualidade; porm, a dor de origem dental pouco estudada no Brasil. O estudo tem como objetivo conhecer a prevalncia de dor de dente como motivo de consulta odontolgica e os fatores associados em indivduos adultos. MTODOS: Realizou-se um estudo transversal com 860 funcionrios de uma cooperativa localizada no Estado de Santa Catarina, com idade entre 18 e 58 anos, em 1999. Exames clnicos e entrevistas foram realizados por uma cirurgi-dentista previamente treinada. Analisou-se a queixa de dor de origem dental como motivo da ltima consulta odontolgica como varivel dependente em relao s condies socioeconmicas, demogrficas, acesso ao servio odontolgico, turno de trabalho e ataque de crie por meio do ndice CPO-D como variveis independentes. Foi utilizada a anlise de regresso logstica mltipla no-condicional. RESULTADOS: A prevalncia de dor de origem dental foi de 18,7% (IC 95%[15,9-20,1]) e o CPO-D mdio 20,2 dentes (IC 95%[19,7-20,7]), com 54% representados pelo componente perdido. Foram associados independentes para a presena de dor de origem dental a escolaridade menor ou igual a oito anos de estudo (OR=1,9[1,1-3,1], a perda por crie de quatro a 15 dentes (OR=2,6[1,4-4,9]) e de 16 a 32 dentes (OR=2,5[1,1-5,8]) e no ter freqentado o servio odontolgico da empresa (OR=2,8[1,6-5,1]). CONCLUSES: A dor de origem dental reflete a gravidade da crie dentria, expressa pelo componente perdido do CPO-D e o no uso de servios odontolgicos da empresa. Esses fatores so determinados pelas condies sociais, representadas pela escolaridade.
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OBJETIVO: Delimitar espacialmente as zonas de risco de contato (ZoRCs) entre o homem e o vetor da leishmaniose tegumentar americana (LTA), usando sensoriamento remoto e tcnicas de geoprocessamento. MTODOS: Foram estudados 27 casos de LTA ocorridos entre 1992 e 1997 no municpio de Itapira, SP. A influncia de algumas variveis ambientais relacionadas LTA foram analisadas para cada ZoRC, como altitude e densidade de vegetao. Esta ltima foi medida pelo ndice de vegetao de diferena normalizada (IVDN). RESULTADOS: Os resultados mostraram que cerca de 50% das casas onde houve LTA se encontravam em uma distncia menor que 200 metros da borda de algum fragmento de mata; mais de 70% das reas totais das ZoRC em cada distncia se localizavam em altitudes menores que 750 metros; e cerca de 50% das ZoRC, em cada distncia, apresentavam uma rea verde muito densa (IVDN variando de 0,45 a 1,00). CONCLUSES: As anlises concordam que pode haver trs tipos de transmisso na rea: intraflorestal; extraflorestal (neste caso, influenciada pela densidade de vegetao ao redor dos fragmentos); ou domiciliar.
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OBJETIVO: A mortalidade dos pacientes diabticos maior do que a da populao em geral e decorre especialmente das doenas cardiovasculares. O objetivo do estudo foi identificar a prevalncia dos fatores de risco cardiovasculares em indivduos com diabetes mellitus (DM) ou glicemia de jejum alterada, a fim de direcionar as aes em sade. MTODOS: Estudo transversal de base populacional, com amostragem aleatria por conglomerado, constituda de 1.066 individuos, representativa da populao urbana adulta (>20 anos) do Estado do Rio Grande do Sul, realizado entre 1999 e 2000. Foi aplicado um questionrio estruturado sobre os fatores de risco coronariano e as caractersticas sociodemogrficas a todos os adultos maiores de 20 anos residentes no domiclio selecionado. Aps.os pacientes foram submetidos avaliao clnica e coleta de sangue para determinao de colesterol total e glicemia de jejum. Para a anlise dos dados foi utilizado o pacote estatstico Stata 7. Foi estabelecido nvel prvio de significncia de 5%. As variveis categricas foram comparadas utilizando-se qui-quadrado de Pearson, enquanto que as contnuas mediante teste t de Student ou Anova, alm de anlise multivarivel, todas controladas para efeito de conglomerado. RESULTADOS: De 992 indivduos, 12,4% eram diabticos e 7,4% apresentavam glicemia de jejum alterada. Dos fatores de risco estudados, os indivduos com algum grau de alterao da homeostase glicmica apresentaram maior prevalncia de obesidade (17,8, 29,2 e 35,3% em normais, glicemia de jejum alterada e DM, respectivamente, p<0,001), hipertenso (30,1, 56,3 e 50,5% em normais, glicemia de jejum alterada e DM, respectivamente, p<0,001) e hipercolesterolemia (23,2, 35,1 e 39,5% em normais, glicemia de jejum alterada e DM, respectivamente, p=0,01). CONCLUSES: Indivduos com alterao da homeostase glicmica representam um grupo-alvo para a definio de aes preventivas em nvel individual e populacional devido maior prevalncia de fatores de risco para doena arterial coronariana.
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OBJETIVO: Determinar a prevalncia da deficincia de vitamina A em uma amostra de base populacional de crianas. MTODOS: Trata-se de um estudo de corte transversal realizado de maio a junho de 1998, no Estado de Sergipe, envolvendo 607 crianas de seis a 60 meses de idade. As informaes foram obtidas por meio de entrevistas domiciliares com os responsveis pelas crianas. A coleta de sangue foi realizada por venipuntura e a dosagem do retinol srico pelo mtodo da cromatografia lquida de alta resoluo. Para a anlise simultnea das variveis do estudo, aceitou-se o valor de p<0,05 para testar as associaes de significncia estatstica. RESULTADOS: Encontrou-se um valor mdio de retinol srico de 0,87 µmol/l (±0,38) entre as crianas investigadas. A prevalncia de nveis considerados baixos (0,35 a 0,69 µmol/l) foi de 22,5% e de nveis considerados deficientes (<0,35 µmol/l), de 9,6%, resultando em 32,1% de crianas com nveis inadequados de retinol srico. A distribuio de retinol srico se mostrou associada com a renda per capita e o indicador peso/idade. No foi encontrada associao estatisticamente significante com idade e sexo das crianas e com as variveis maternas. CONCLUSO: A deficincia de vitamina A das crianas pr-escolares constitui um importante problema de sade pblica. A hipovitaminose-A est relacionada principalmente baixa renda per capita da famlia e baixo peso infantil.
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Estudos epidemiolgicos sugerem a relao entre comportamentos relacionados ao bronzeamento e risco elevado de melanoma. Nesse sentido, realizou-se reviso sobre essa temtica que abrangeu o perodo correspondente aos anos de 1977 a 1998. Foram pesquisadas as bases de dados Medline e Embase (Excerpta Medica). A anlise mostrou que entre os jovens, apesar do conhecimento sobre os riscos da exposio excessiva radiao ultravioleta e sobre as prticas visando proteo da pele, prevalece o hbito de expor-se intencionalmente ao sol. Esse hbito alimentado por crenas e atitudes em relao ao bronzeado e estimulado por influncia do grupo e de pessoas consideradas "referncias". As prticas mais freqentemente adotadas para bronzear a pele apresentam risco elevado para o desenvolvimento de melanoma. Conclui-se que a forma mais eficaz de prevenir o melanoma divulgar nos meios de comunicao que a pele bronzeada no saudvel, pois foi danificada pela radiao ultravioleta solar; e iniciar campanhas com aes efetivas para mudar comportamentos, naquilo que os motiva e os alimenta.
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OBJETIVO: Detectar a prevalncia de transtornos mentais em idosos residentes em rea urbana. MTODOS: Uma amostra de 327 idosos (60 anos de idade ou mais) residentes na cidade de Montes Claros, no norte de Minas Gerais, foi selecionada por amostragem probabilstica, em estratos mltiplos, dentro de estrato homogneo, sendo a unidade amostral o domiclio. Os transtornos mentais foram aferidos por meio de um questionrio de rastreamento psicogeritrico (QRP). Utilizou-se anlise univariada usando o qui-quadrado e anlise multivariada de regresso logstica. RESULTADOS: A prevalncia estimada de transtornos mentais foi 29,3%, associada com sexo feminino, nmero de doena, capacidade funcional e local de residncia (favela/no favela). CONCLUSES: Comparando com outros estudos comunitrios, a prevalncia de distrbios mentais entre os idosos na rea urbana foi alta e est associada com mltiplas doenas, incapacidade e pobreza. uma realidade preocupante pelo de seu impacto sobre a qualidade de vida relativa sade da populao e sobre os servios de sade nas prximas dcadas.
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OBJETIVO: Analisar o perfil clnico-epidemiolgico dos casos de meningite internados em hospital pblico e os fatores associados evoluo hospitalar. MTODOS: Foram analisados 694 casos confirmados, notificados e investigados pelo servio de epidemiologia de um hospital pblico de 1986 a 2002. Os dados foram coletados do Sistema de Informao de Agravos de Notificao (Sinan), como parte da rotina local de vigilncia epidemiolgica. Foi realizada anlise multivariada por regresso logstica. RESULTADOS: Etiologias mais freqentes: criptoccica (12,3%; letalidade =37,7%); meningoccica (8,7%; letalidade =13,3%); pneumoccica (7,2%; letalidade =46%); tuberculosa (6,1%; letalidade =40,5%); estafiloccica (5,2%; letalidade =38,9%), viral (5,5%; letalidade =7,9%); hemfilo (2,9%; letalidade =20%). 38,8% dos casos apresentavam etiologia no especificada (letalidade =36%) e 17,3% estavam associados infeco pelo HIV. Observou-se meningite hospitalar em 27,1% e seqelas em 9,2% dos casos com alta hospitalar. Variveis associadas a uma maior chance de bito: etiologia (referncia viral) - tuberculose, criptococo, estafilococo, meningococo, no especificada, outros gram negativos, cndida e pneumococo; infeco pelo HIV; coma. A trade febre, vmitos e rigidez de nuca associou-se a uma menor chance de bito. CONCLUSES: A elevada proporo de etiologia no especificada e letalidade alta podem refletir problemas de processo de assistncia e/ou seleo dos casos relacionada ao perfil do hospital. A vigilncia epidemiolgica operante no nvel hospitalar foi capaz de retro-alimentar os servios com indicadores da assistncia, sendo pertinente o uso do Sinan neste nvel.
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OBJETIVO: Verificar a relao da concentrao de chumbo no esmalte de dentes decduos com a presena de defeitos de esmalte e sua relao com crie dental em pr-escolares. MTODOS: A amostra foi de 329 crianas de pr-escolas municipais de uma rea prxima de indstrias (N=132) e outra no industrial (N=197) da cidade de Piracicaba, Estado de So Paulo. Essa amostra pertencente a um estudo inicial realizado entre 2000 e 2001 no qual o chumbo foi analisado por meio de bipsia de esmalte. Foram realizados exames clnicos bucais para verificao da prevalncia de defeitos de esmalte (Developmental Defects of Enamel Index - DDE, da Federao Dentria Internacional - FDI) e crie (ndice ceos, Organizao Mundial da Sade), em ambas regies. Foram utilizados teste de qui-quadrado e clculo do risco relativo ao nvel de significncia de 5%, considerando cada regio separadamente. RESULTADOS: Houve maior proporo de crianas com crie entre aquelas com maiores concentraes de chumbo nos decduos na regio no industrial (p=0,02), o que no se observou na regio industrial (p=0,89). Houve risco relativo (RR) aumentado de crie nas crianas da regio no industrial o que no foi verificado nas crianas da regio industrial. No se observou relao entre a presena de chumbo e os defeitos de esmalte. CONCLUSES: No foram encontados dados que evidenciassem a relao entre concentrao de chumbo e defeitos no esmalte em nenhuma das regies pesquisadas. No foi encontrada relao entre chumbo e crie na regio industrial, ressaltando a necessidade de mais estudos dessas relaes.
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OBJETIVO: Investigar fatores associados ao uso de drogas entre adolescentes de escolas com ensino mdio. MTODOS: Realizou-se um estudo transversal, em 1998, em Pelotas, RS. Um questionrio annimo, auto-aplicado em sala de aula, foi respondido por uma amostra proporcional de estudantes com idade entre 10 e 19 anos, matriculados no ensino fundamental (a partir da quinta srie) e no ensino mdio, em todas as escolas pblicas e particulares na zona urbana do municpio que tinham ensino mdio. Realizaram-se at trs revisitas para aplicao aos alunos ausentes. Os resultados foram expressos como razo de prevalncias (RP). RESULTADOS: Foram entrevistados 2.410 estudantes e o ndice de perdas foi de 8%. A prevalncia do uso de drogas (exceto lcool e tabaco) no ltimo ano foi 17,1%. Aps controle para fatores de confuso, permaneceu a associao entre uso de drogas e separao dos pais (RP=1,46; IC 95%: 1,18-1,80), relacionamento ruim ou pssimo com o pai (RP=1,67; IC 95%: 1,17-2,38), relacionamento ruim ou pssimo com a me (RP=2,71; IC 95%: 1,64-4,48), ter pai liberal (RP=1,36; IC 95%: 1,08-1,72), presena em casa de familiar usurio de drogas (RP=1,61; IC 95%: 1,17-2,18), ter sofrido maus tratos (RP=1,62; IC 95%: 1,27-2,07), ter sido assaltado ou roubado no ano anterior (RP=1,38; IC 95%: 1,09-1,76) e ausncia de prtica religiosa (RP=1,31; IC 95%: 1,07-1,59). CONCLUSES: O estudo indica que diversas caractersticas familiares esto associadas ao uso de drogas pelos adolescentes, fornecendo informaes teis para a compreenso integral desse problema em nosso Pas.
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OBJETIVO: Analisar a associao entre a proporo de imveis prediais positivos para larvas de Aedes aegypti, por meio do ndice de infestao predial, e a taxa de incidncia da dengue. MTODOS: Foram selecionados casos autctones de dengue e valores de infestao predial verificados nas reas de abrangncia dos distritos sanitrios de Belo Horizonte, MG, no perodo de outubro de 1997 a maio de 2001. Aps grupamento dos valores de infestao predial segundo sua distribuio em quartis, as mdias das taxas de incidncias da dengue (referentes ao ms subseqente realizao dos levantamentos de infestao predial) foram comparadas pelo teste ANOVA. RESULTADOS: Observou-se uma correlao fraca, porm estatisticamente significativa, entre a taxa de incidncia mensal da doena e os valores de infestao predial para os distritos sanitrios (r=0,21; p=0,02) e reas de abrangncia (r=0,14; p=0,00) no perodo analisado. Aps grupamento dos valores de infestao predial em quartis, as reas de abrangncia com infestao predial entre 0,46% e 1,32% (2º quartil) apresentaram, em relao s reas com infestao predial, menor ou igual a 0,45% (1º quartil), taxa de incidncia mensal mdia da doena duas vezes maior. Para as reas com infestao predial entre 1,33% e 2,76% (3º quartil) e maior ou igual a 2,77%, as taxas de incidncias mensais mdias foram, respectivamente, cinco e sete vezes maiores em relao s reas com 0,45% ou menos. CONCLUSES: Apesar das conhecidas limitaes do ndice de infestao predial para estimar a infestao vetorial e predizer a ocorrncia de epidemias de dengue, os resultados indicam que maiores ndices se associaram a maior risco de transmisso da doena nos distritos sanitrios e reas de abrangncia de Belo Horizonte.
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OBJETIVO: O enterococo resistente vancomicina atualmente um dos principais microorganismos implicados em infeces nosocomiais. Assim, realizou-se estudo com o objetivo de avaliar sua epidemiologia em um hospital tercirio de ensino. MTODOS: Trata-se de um estudo epidemiolgico retrospectivo, realizado de 2000 a 2002, que analisou amostras de culturas clnicas positivas para enterococo resistente vancomicina (VRE) em um hospital universitrio com 660 leitos. Procurou-se definir sua incidncia e os principais stios e unidades de isolamento. Foi verificada a significncia entre as variveis nos trs anos de estudo, sendo considerado como significante p<0,05. RESULTADOS: Houve aumento progressivo na resistncia vancomicina nas culturas clnicas positivas para Enterococcus spp. nos trs anos de estudo. Em 2000, 9,5% das amostras eram resistentes vancomicina, com aumento para 14,7% em 2001 e 15,8% em 2002. As unidades com maior nmero de isolados foram respectivamente: pronto-socorro (19,5%) e UTI geral (15%); os stios mais isolados foram: urina (36%) e sangue (20%). CONCLUSES: Com o aumento progressivo na incidncia de resistncia vancomicina e da taxa de VRE, concluiu-se ser necessrias medidas de controle mais efetivas para deter a disseminao do VRE.
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OBJETIVO: Descrever mtodos e resultados iniciais de sistema de monitoramento de fatores de risco para doenas crnicas no transmissveis por meio de entrevistas telefnicas. MTODOS: Estudou-se amostra probabilstica (n=2.122) da populao adulta do Municpio de So Paulo residente em domiclios conectados rede de telefonia fixa, com amostragem realizada em duas etapas: sorteio de linhas telefnicas e sorteio do morador do domiclio a ser entrevistado. Foi aplicado questionrio para investigar caractersticas demogrficas e socioeconmicas, padro de alimentao e de atividade fsica, consumo de cigarros e de bebidas alcolicas, peso e altura recordados e auto-referncia a diagnstico mdico de hipertenso arterial e diabetes, entre outros quesitos. Foram calculadas estimativas sobre a prevalncia de fatores de risco selecionados para doenas crnicas no transmissveis para a populao adulta com telefone e para a populao adulta total do municpio. Neste ltimo caso, populao total, foram aplicados amostra fatores de ponderao que levaram em conta diferenas demogrficas e socioeconmicas entre a populao com telefone e a populao total do municpio. RESULTADOS: Foram observadas diferenas substanciais entre os sexos quanto freqncia da maioria dos fatores de risco estudados, sendo significativamente mais freqentes em homens o consumo insuficiente de frutas e hortalias, o consumo excessivo de bebidas alcolicas e o excesso de peso; e nas mulheres foram mais freqentes o sedentarismo e a hipertenso. Possibilidades adicionais de estratificao da prevalncia de fatores de risco permitidas pelo sistema de monitoramento foram ilustradas a partir de exemplos abrangendo faixa etria, nvel de escolaridade e rea de residncia na cidade dos entrevistados. CONCLUSES: O desempenho do sistema de monitoramento, avaliado a partir da representatividade e confiabilidade das estimativas obtidas e do custo por entrevista realizada, mostrou-se adequado e, de modo geral, superior a sistemas equivalentes existentes em pases desenvolvidos. O custo por entrevista realizada foi oito vezes inferior ao custo estimado por sistemas semelhantes existentes em pases desenvolvidos e quatro a oito vezes inferior ao custo de inquritos domiciliares tradicionais realizados no Municpio de So Paulo.
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OBJETIVO: Descrever a evoluo da mortalidade por homicdio no Brasil, na dcada de 1990, buscando analisar a contribuio das armas de fogo. MTODOS: Estudo ecolgico descritivo de srie temporal para o perodo 1991 a 2000. Dados sobre bitos por causas externas, segundo local de residncia, foram obtidos para a populao total e grupos de sexo. A fonte de dados utilizada foi o Sistema de Informao sobre Mortalidade do Ministrio da Sade (SIM/Datasus). Os homicdios foram classificados em homicdios por armas de fogo, por outros instrumentos e por meios no especificados. Foram calculados a mortalidade proporcional e os coeficientes de mortalidade (/100.000) habitantes. RESULTADOS: Os homicdios foram responsveis por 33% dos bitos por causas externas na dcada de 1990. As armas de fogo contriburam com mais de 50% dos casos j em 1991, e com cerca de 70% no ano 2000. Esse crescimento ocorreu em ambos os grupos de sexo e em todas as capitais. O coeficiente de mortalidade por homicdio cresceu 27,5%, sendo que o incremento nos homicdios cometidos com armas de fogo foi de 72,5%. No perodo houve uma queda nos casos decorrentes de instrumentos no especificados, o que pode explicar parte do incremento observado para os homicdios com armas de fogo. CONCLUSES: Os dados indicam significativa contribuio das armas de fogo para o crescimento dos homicdios na dcada de 1990. Problemas na qualidade das informaes, tanto no que se refere s mortes com intencionalidade indeterminada como ao tipo de instrumento utilizado, prejudicaram a anlise dos dados.
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OBJETIVO: Analisar a prevalncia dos casos sugestivos de perda auditiva induzida por rudo em trabalhadores metalrgicos, potencialmente expostos ao rudo ocupacional (83 a 102 dB). MTODOS: Estudo transversal conduzido em empresa metalrgica prestadora de servios localizada no municpio do Rio de Janeiro, Brasil. Com o Programa de Conservao Auditiva da empresa, foram analisados dados clnicos e ocupacionais de 182 trabalhadores, em atividade no perodo de novembro de 2001 a maro de 2002. Utilizou-se da classificao acstica das unidades operacionais das empresas contratantes para a caracterizao do status de exposio ao rudo no ambiente de trabalho, em funo da dificuldade de quantificao em nvel individual. Foram testadas associaes entre esses casos e variveis tais como idade, tempo de atividade na empresa, tempo de exposio ao rudo ocupacional e uso regular de equipamento de proteo individual, por meio de razo de prevalncia e anlise de regresso logstica. RESULTADOS: A prevalncia de casos sugestivos de perda auditiva induzida por rudo foi de 15,9% e, na anlise multivariada, foram identificadas associaes significativas (p<0,05) entre esses casos e as variveis idade e uso regular de equipamento de proteo individual. CONCLUSES: Os resultados encontrados contriburam para melhor compreenso do comportamento de algumas das principais caractersticas relacionadas perda auditiva induzida por rudo, em uma situao particular de organizao do trabalho, relativamente comum nas indstrias brasileiras.
Resumo:
Mestrado em Auditoria