961 resultados para Campo educacional
Resumo:
This work tries to comprehend, throw the prism of the Institutional Theory, the structural process of organizational field of cachaça¿s handicraft producers¿ from a Brazilian countryside region. The role of values and traditions on the determination of the structure and decision making on this industry are analyzed. It is necessary to research historic, economic and social facts, and confront them to the formation of Brazilian society to understand the field¿s formulation. An important aspect of this research is the mapping of isomorphic process and the comparison of the field¿s institutional degree, before and after the changes. It was noticed that the alteration on perception of Cachaça in the national market and the entrance of a new actor oriented by functional rationality are the major reasons for the mimetic changes on this field. As a contribution, this study confirms the applicability of Institutional Theory on analysis of specific fields and shows how this field has structured itself.
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Esta pesquisa desenvolve uma análise da formação de grupos educacionais que se estabeleceram fora do espaço instituído das faculdades de educação e passaram a ocupar um lugar nos institutos ou departamentos de bioquímica, configurando, desta forma, um novo lugar de saber que passou a ser chamado de Educação em Bioquímica. A proposta de análise é a busca de condições históricas para emergência desses grupos, bem como um entendimento de como essa formação se deu dentro das Sociedades que congregam os pesquisadores em bioquímica e, para operacioná-la, partiu-se de uma perspectiva pós-estruturalista e pós-moderna de investigação, inspirada nos entendimentos de história, ciências e educação de dois pensadores sociais que são Jean-François Lyotard e Michel Foucault. Em função da produtividade crescente no novo campo de saber da Educação em Bioquímica e das diferentes abordagens percebidas nas apresentações em eventos da comunidade de bioquímicos, passou-se a investigar três desses grupos no seu movimento diário de pesquisa, procurando perceber as estratégias de validação do conhecimento de cada grupo, suas semelhanças e diferenças no campo da Educação Bioquímica, seus possíveis embates e, principalmente, suas positividades em termos de produção do saber num campo de conhecimentos que se organiza entre dois estabelecidos e distintos campos de conhecimento: das ciências educacionais e das ciências da vida. Uma das questões importantes nas perspectivas pós-modernas e pós-estruturalistas em educação é a possibilidades de ler textos que estão visibilizados de outras formas que não as da fala e da escrita. A possibilidade de mostrar como os lugares podem dizer de seus ocupantes e das suas relações, também, é uma abordagem que esse trabalho de pesquisa evidencia, bem como, traz à discussão as diferenças das linguagens características de um fazer científico e de um fazer educacional tendo como pano de fundo as falas da Educação em Bioquímica. Pretende-se mostrar que as linguagens dos campos de origem - bioquímica e educação – conformam e determinam um modo de literatura que oscila entre esses dois saberes e que de alguma forma reproduz em microescala uma discussão maior que acontece entre as ciências da vida e as ciências humanas. Enfim, procurou-se mapear a emergência histórica, a produção e a produtividade de alguns grupos importantes na área, as formas de legitimação e os processos de construção e sobrevivência desses grupos que trabalham nos limiares do saber.
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Analisa a emergência de um campo profissional específico ligado às estratégis de desenvolvimento local. Propõe referenciais para o conceito de contribuições da Sociologia do trabalho, tamto do ponto de vista da organização como dos processos de socialização e das dinâmicas de identidade. Através da análise do trabalho, tenta delinear as principais características do campo profissional representado pelos agentes de desenvolvimento local
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Esta tese propõe um modelo para descrever o campo de velocidade do vento originado numa tormenta elétrica. O escoamento descendente que ocorre durante uma tormenta elétrica madura é modelado como um campo de fluxo axial simétrico. A evolução da velocidade do vento com o tempo é considerada por meio de uma função de modulação empírica. As flutuações da velocidade ao redor da velocidade média em evolução são representadas por um processo aleatório do tipo ruído branco em faixa. Todos os parâmetros utilizados no modelo estão relacionados a variáveis meteorológicas, tais como a altura e diâmetro da nuvem cumulonimbus causadora do evento, a diferença de pressão e a distância entre o solo e a base da nuvem. Adicionalmente considera-se que a nuvem é transportada numa direção pré escolhida pelo vento de fundo, que pode ser devido à circulação geral na região ou a um ciclone extra-tropical. O campo de velocidades do vento resulta da superposição de ambos campos. O modelo é validado comparando as velocidades do vento determinadas em eventos simulados, com registros de estações meteorológicas. Adicionalmente, perfis verticais previstos pelo modelo são comparados com vários perfis para tormentas elétricas propostos na literatura. Finalmente, séries de velocidade máximas anuais a altura padrão de 10m foram simuladas para três estações meteorológicas no sul do Brasil, para as quais dados experimentais são conhecidos, em termos do número médio de tormentas elétricas por ano e das funções distribuição de probabilidade que caracterizam o vento de fundo. A comparação com séries de registros máximos existentes é satisfatória, dando credibilidade adicional ao modelo proposto.
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Na presente dissertação foi estudada a gestão democrática da Educação em nível local, tendo como objeto de pesquisa o Conselho Municipal de Educação de Porto Alegre. Partindo da contextualização sócio-histórica dos anos 1980, foram identificadas expectativas que deram origem às atribuições do Conselho, criado em 1991. Daí originou-se o problema de pesquisa sobre a capacidade do órgão atender às suas atribuições iniciais, após treze anos de existência. Os dados para o estudo foram coletados através da observação participante, com o acompanhamento das atividades do Conselho, e entrevistas com conselheiros e técnicosadministrativos, análise da legislação sobre a organização da Educação no município e documentos produzidos pelo órgão. O objeto foi abordado como uma experiência alternativa de participação democrática a partir do referencial teórico produzido por Jüngen Habermas, e assim estudado sob a perspectiva da teoria da democracia deliberativa. Utilizaram-se conceitos como representatividade, legitimidade, comunicação, aprendizado político e empoderamento conforme definidos por Jüngen Habermas, Carole Pateman e Paulo Freire Como resultado, constatou-se que parte dos segmentos hoje envolvidos com a oferta da Educação no município não possuem representantes na composição do Conselho, que a estrutura física e administrativa do órgão não alcançaram garantias institucionais plenas, e que sua principal resolução (que estabeleceu regras para oferta de Educação Infantil) não foi cumprida pelo poder público. Argumentou-se, portanto, que hoje o Conselho enfrenta limitações no exercício de suas atribuições, mas que isto ocorre sobretudo pela ampliação do seu campo de atividades e pela frágil garantia de autonomia frente ao poder público. Acrescenta-se ainda que uma das funções mais relevantes do Conselho, em treze anos de existência, foi constituir-se como instrumento de aprendizado político na inserção da comunidade escolar na gestão política da Educação no município.
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Então o panorama no primeiro ano era muito ruim. Tinha o Goffredo (da Silva Teles) que não era esse Goffredo de hoje. Era o Goffredo, vamos dizer, muito influenciado pelo romantismo jurídico, muito conservador. É um bom professor. Eu fui ficando numa "sinuca de bico" porque eu não podia largar a Faculdade. O que ia dizer para o meu pai? Um negócio complicadíssimo. Eu fui levando a faculdade, até que chegou o 20. semestre, eu e o (Luiz) Belluzzo - que fez a Faculdade comigo também - encontramos um amigo nosso que fazia filosofia, que é o Luiz Antônio de Oliveira Lima (professor da FGV-SP). E aí eu conversei: "- Lima, eu não aguento mais essa porcaria dessa faculdade. Quero fazer outra coisa. Aí, ele me disse: " Mas, por que você não vai fazer ciências sociais?" Nem sabia da existência desse curso. "Me explica esse negócio de ciências sociais." E fomos conversando ...então eu e o Belluzzo resolvemos prestar o vestibular para Ciências Sociais Esse sim era um curso estupendo, onde eu aprendi a raciocinar
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O presente trabalho trata das experiências educativas desenvolvidas no Instituto de Educação Josué de Castro (IEJC), Escola de nível médio construída pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que se localiza em Veranópolis, Rio Grande do Sul. Tem por objetivo compreender o significado da expressão “escola diferente” – utilizada no contexto do “movimento por uma educação do campo” –, a partir da referência teórica fornecida pela pedagogia de Paulo Freire. Faz, inicialmente, uma contextualização histórica da sociedade brasileira e da criação do MST e do Setor de Educação desse Movimento. Propõe também uma discussão acerca do sujeito Sem Terra, de sua inserção consciente no processo histórico brasileiro. Aborda as categorias centrais do pensamento pedagógico de Paulo Freire, objetivando apresentar os elementos mais significativos de sua obra para a contemporaneidade. Além disso, faz algumas conexões com o chamado paradigma emergente, conforme proposto por Santos (1999). Discute sobre os espaços formativos construídos pelos integrantes do IEJC, visando à compreensão dos diversos momentos formativos. Busca analisar o cotidiano pedagógico do Instituto em suas mais variadas dimensões, não se limitando, exclusivamente, à análise da sala de aula. Conclui afirmando que o IEJC constitui-se, no panorama educacional contemporâneo, como um espaço educativo diferenciado, e que o pensamento pedagógico de Paulo Freire está presente, de forma substantiva, nas práticas educativas que ali se desenvolvem.
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Esta dissertação pretende descrever e analisar as políticas de descentralização da oferta e financiamento da educação obrigatória realizadas no Chile e no Brasil durante os anos 1980 e 1990. A pergunta que provoca a curiosidade desta pesquisa é a seguinte: Quais as políticas de financiamento que foram adotadas para assegurar condições de oferta da escolarização obrigatória, durante e após a implantação de políticas de descentralização da oferta educacional. A descentralização da gestão educacional nos países latino-americanos constitui-se num dos pilares das reformas realizadas no continente, sob a inspiração dos organismos financeiros internacionais, com o apoio de amplos setores das sociedades locais, insatisfeitas com a qualidade das políticas sociais. Os defensores destas reformas procuram lhes conferir um caráter de homogeneidade, ignorando as diferentes realidades dos países que as adotaram, apregoando sua inevitabilidade, apesar precariedade argumentativa favorável aos seus bons resultados. O entendimento dos movimentos realizados nos dois países é apoiado na metodologia comparativa. Além da revisão bibliográfica e da legislação, o estudo lança mão de dados de matrículas e de gastos educacionais entre as diferentes dependências administrativas, além de dados sobre os gastos por aluno. O método comparativo permite entender a influência que diferentes contextos históricos e diferentes formas de organização do Estado têm sobre os modelos de descentralização adotados nos diferentes países. Dentre as principais conclusões é possível destacar: 1. no princípio dos anos 1980, o sistema educacional chileno havia assegurado atendimento educacional muito maior que o Brasil e era fortemente centralizado no Governo Central, ao contrário do Brasil, que sempre teve as matrículas da educação obrigatória oferecidas pelos estados e municípios, sem que estes chegassem a garantir acesso universal; 2. a descentralização da oferta educacional no Chile se deu do Governo Central para as municipalidades e para os particulares, num período muito curto, sendo facilitada pelo regime de exceção a que estavam submetidos os chilenos e à organização unitária do Estado; 3. no Brasil, a descentralização ocorreu principalmente na segunda metade dos anos 90, dos estados para os municípios, e as escolas particulares perderam muita importância no atendimento educacional aos brasileiros; 4. o Chile financia suas escolas através de um subsídio à matrícula tanto das escolas das municipalidades como particulares que se associam ao sistema de subvenções, enquanto o Brasil vincula recursos da receita líquida dos vários níveis de governo à manutenção e ao desenvolvimento de seu ensino; 5. o sistema de financiamento brasileiro incorporou, na segunda metade dos anos 1990, fundamentos da public choice (ou teoria da escolha pública), anteriormente assumidos pelo sistema chileno; 6. no período estudado, o Brasil teve um crescimento paulatino e regular dos gastos educacionais públicos enquanto o Chile, após um período de estabilidade nos anos 1980, aumentou muito seus gastos nos anos 90; 7. Fica evidente a estabilidade das políticas chilenas, iniciadas no governo da Junta Militar e aprofundadas nos Governos da democracia. No Brasil, as várias mudanças políticas ocorridas no período, dificultaram uma hegemonia política que promovesse as reformas educacionais, o que veio acontecer apenas na segunda metade dos anos 1990; 7. a política de financiamento chilena possibilita mecanismos de equalização das diferenças educacionais, assegurando mais recursos do Governo Central para as regiões mais pobres, enquanto que, no Brasil, as regiões mais pobres são exatamente as que dispõem de menos recursos públicos por aluno.
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Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o processo de desenvolvimento do capitalismo na agricultura brasileira a partir do estudo das transformações ocorridas em um município do Estado de São Paulo. A partir do estudo do caso do município de São Carlos pôde-se realizar um exercício de sistematização das informações bibliográficas e estatísticas existentes à respeito do processo de mudança da economia agrârio-exportadora de café para a etapa atual de industrialização do campo. Estudos recentes sobre a agricultura brasileira tem procurado mostrar que a industrialização do campo, ocorre a partir da década de 70,quando a industrialização no conjunto da economia brasileira já estã plenamente desenvolvida, através da chamada indústria pesada, sustentada pelo Estado e o capital monopolista internacional. A industrialização da agricultura tem sido estudada em seus vários aspectos, como a formação dos complexos agroindustriais, a intensificação das desigualdades econômicas regionais, acentuação da concentração fundiária, formação da pequena burguesia rural, proletarização crescente dos trabalhadores, expansão do exer cito de reserva e unificação dos mercados de trabalho rural e urbano
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Este trabalho apresenta uma classificação das Tecnologias de Informação (Tl's) utilizadas como ferramentas de suporte ao ensino e pesquisa em Administração de Empresas. Descreve-as criticamente e faz uma associação às correntes teóricas de aprendizado, propondo uma reestruturação das Instituições de Ensino. São apresentados recursos como: Laboratórios de Informática, Uso em Sala de Aula, Hipermídia, Simulação, Educação Apoiada por Computador, Internet, Educação à Distância, Biblioteca Eletrônica, etc. Este estudo apresenta também uma pesquisa sobre o 'estado da arte' no uso das Tls pelos Professores da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESPIFGV).
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Esta dissertação aborda as construções sociocognitivas de sujeitos adultos durante o processo de alfabetização, em ambiente alfabetizador, entendido como espaço físico e social que promove interações. A proposta pedagógica desenvolvida buscou aliar tecnologia e alfabetização como desencadeadores de aprendizagem dos sujeitos. Nesse sentido, o conceito de alfabetização equivale ao conceito de letramento, porque busca aproximar os sujeitos do mundo no qual estão inseridos, podendo assim moverem-se numa sociedade letrada e permeada por tecnologias. Os fundamentos teóricos que respaldam as análises dos dados encontram-se na proposta freireana de alfabetização de adultos, assumida pelo Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos, que concebe o ato educativo como resultante do diálogo estabelecido entre os sujeitos portadores de conhecimento. Referenda também nosso estudo a concepção piagetiana de construção de conhecimento voltada, principalmente, para os Estados de Tomada de Consciência como reveladores dos movimentos cognitivos dos sujeitos. Funda-se à teoria de Piaget, o exposto por Freire quanto à passagem da consciência intransitiva para a conscientização. Na perspectiva dos autores, são analisadas as falas e posturas dos sujeitos frente ao mundo, tendo como parâmetro temporal o ponto de vista revelado na incursão e no distanciamento do Mova. O laboratório de informática, onde se desenvolveu boa parte da pesquisa, constitui a primeira experiência para todos os sujeitos estudados, o que consiste numa fonte em potencial de desequilíbrios que forçam o sujeito à mobilização de suas estruturas cognitivas. A permanência e as intervenções ocorridas no ambiente alfabetizador possibilitam que os mesmos ultrapassem a condição do fazer mecanizado e avancem para um fazer mais reflexivo, extensivo inclusive a outros contextos que integram. A pesquisa valida a aproximação entre tecnologia e alfabetização de adultos, enfatizando que esse campo é rico em possibilidades pedagógicas geradoras de aprendizagem.
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Esta pesquisa trata de uma tentativa de relação entre duas amplas e difíceis noções — desenvolvimento rural e biopolítica — a partir de algumas entrevistas realizadas com agentes do aqui denominado campo tecnocientífico vinculado às ciências agrárias no sul do Brasil: extensionistas, pesquisadores(as) e professores(as). Essas noções, desenvolvimento rural e biopolítica, articulam-se mais por inclusão que exclusão de um variado conjunto de conceitos e propostas de sociedade. Para apoiar esta relação tenta-se utilizar o referencial teórico da análise de discurso através de seu método mais simples: a constância de repetição de termos-chave pelos agentes em suas exposições sobre o debate atual do desenvolvimento rural. Este referencial ajuda a suspender a concepção de um indivíduo coerente e consciente de seu discurso, bem como a perceber a persistência ou modificação de certas crenças e mitos na formação de ideais societários para o rural no Brasil Por outro lado, o estudo a respeito do desenvolvimento rural não poderia dar-se apenas no nível discursivo. Sua formulação está composta também por esquemas de percepção, de apreciação e ação realizadas sob condições estruturais do campo tecnocientífico. A articulação, então, de dois conceitos bourdianos (habitus e campo) foi imprescindível para a proposta desta pesquisa, embora não chegando a fundo em suas possibilidades analíticas. Não obstante o discurso acerca da noção de desenvolvimento rural aparecer polêmico, ou seja, aberto a múltiplas interpretações, nele há uma regularidade — ou a manutenção de um repertório temático — indicativa da possibilidade dele ser abordado sob a análise da idéia foucaultiana de biopolítica. Assim, desenvolvimento rural, ou desenvolvimento de forma geral, poderia ser entendido e analisado sob a ótica de um conjunto de medidas e exercícios de governo que se dá sobre a produção da vida, para através desta, conseguir seus efeitos de poder A proposta desta pesquisa, em sua opção teórica, foi perceber a regularidade de noções sobre desenvolvimento rural nas locuções dos agentes, verificando, nas análises de entrevistas — muito mais que divergências e diferenças de opiniões e ideais — o discurso que se mantêm, um conjunto de idéias que, embora produzidas sobre diferentes formulações, faz parte de um “dizível” historicamente sedimentado na memória social. Mas a estabilização dos sentidos de desenvolvimento rural presos, diga-se assim, a alguns termos-chave acaba mostrando, também, o seu contrário, um conflito nos processos de significação, uma constante ruptura com as definições passadas de desenvolvimento, trocas e negações de filiações conceituais e ideológicas, em um movimento criativo de resignificações (transformação) de sujeitos e realidade social.
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Trata do estudo da questão da terceirização com relação aos aspectos conjunturais do seu surgimento os novos modelos de relações do trabalho e relações industriais engendrado pelo modelo fordista de produção da questão estratégica e da prática da utilização da mesma pelas empresas brasileiras através da análise de pesquisa de campo
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Este estudo parte do pressuposto de que o conhecimento científico é construído socialmente, de forma que a interação entre a estrutura do relacionamento entre os pesquisadores e as práticas de pesquisa reflete na construção do conhecimento científico no campo. Desta forma, buscou-se com este trabalho identificar a relação da produção científica do Campo de Gestão de Operações com a dinâmica de relacionamento entre os pesquisadores que atuam no campo. Neste sentido, foi realizado um estudo longitudinal em que foram examinados os artigos publicados no período de 1997 a 2008 nos principais eventos e periódicos brasileiros. A análise dos dados foi dividida em dois momentos. No primeiro, foi identificado a evolução do campo em termos de número de artigos publicados, autores e instituições mais prolíficos e, com base na Lei de Lotka, testou-se as medidas de produtividade do campo. Num segundo momento, os relacionamentos entre os pesquisadores foram identificados e estudados com base na Análise de Redes Sociais. Assumiu-se que o relacionamento entre dois pesquisadores existia quando estes publicavam um artigo em conjunto. Assim, foi possível identificar os dados estruturais da rede formada pelos pesquisadores e os dados que indicavam seu posicionamento nesta rede. Os resultados apontam para um forte crescimento do campo ao longo do período analisado, em termos de artigos publicados e autores presentes no campo. Percebe-se ainda que os artigos possuem maior número de autorias, o que indica aumento na cooperação entre os pesquisadores, corroborado pelo crescimento do número médio de laços por autor em toda a rede. Segundo os parâmetros da Lei de Lotka, o Campo de Operações no Brasil é pouco produtivo, pois a grande maioria dos autores possui um único artigo publicado em todo o período, não havendo assim continuidade dos esforços de pesquisa. Desta forma, a produção do campo é estratificada e concentrada nas mãos de poucos pesquisadores e instituições. Verificou-se ainda que os pesquisadores fazem poucos relacionamentos, o que dá à rede uma estrutura fragmentada e pouco densa. A partir de 2005, observou-se um amadurecimento da rede que, embora se observe crescimento, este não tem vindo à custa de maior fragmentação. Em outro momento, o posicionamento dos pesquisadores na rede foi confrontado com sua produção científica e descobriu-se que o volume de laços diretos que o pesquisador possui está mais relacionado ao volume de artigos produzidos do que propriamente o seu posicionamento de maneira estratégica nesta rede, intermediando fluxo de informação e conhecimento. Desta forma, o trabalho relacionou a dinâmica dos relacionamentos entre os pesquisadores e a produção científica do Campo de Operações, de forma a trazer subsídios para a atividade de pesquisa no campo.