999 resultados para Bioenergética Teses
Resumo:
A Reforma Psiquitrica, atual poltica de sade mental, redireciona os recursos da assistncia psiquitrica para o modelo de base comunitria, substituindo o modelo asilar. A abordagem proposta pela Reforma Psiquitrica procura conjugar o esforo terico e prtico para a construo da Rede de Ateno Psicossocial. O presente trabalho objetivou desvelar concepes e prticas de trabalhadores da sade mental, construdas na prxis de suas trajetrias profissionais e contextos de vida, em relao incorporao do modelo de ateno psicossocial ou manuteno de princpios asilares, caracterizadores da tradicional prtica profissional em sade mental. Objetivou tambm identificar pontos de tenso, que caracterizam interesses de diferentes naturezas, como obstculos e desafios implementao da Reforma Psiquitrica. A pesquisa, de natureza qualitativa, contou com 10 entrevistas de profissionais atuando na rea, baseada na tcnica de depoimento oral e em roteiro do tipo temtico, sendo 3 enfermeiros, 3 psiclogos, 3 psiquiatras e 1 terapeuta ocupacional. Os relatos dos profissionais foram organizados em categorias gerais e especficas tendo em vista a interpretao das narrativas luz da literatura especializada. Atravs dos discursos dos profissionais do campo da sade mental possvel observar que um tensionamento ideolgico marca fortemente o espao da sade. Alguns profissionais relataram a busca por construir prticas em equipe interdisciplinar, pautadas pelo modelo psicossocial; porm, referem resistncia de outros profissionais da equipe. Praticamente todos os profissionais apresentam discursos de humanizao no campo da sade mental, mas alguns no enunciam vises crticas aos modelos asilares. Alguns trabalhadores revelam a crena na possibilidade de coexistncia integrada entre o Modo Asilar e Modo Psicossocial. Para estes trabalhadores de CAPS, desejvel a permanncia dos hospitais psiquitricos e possvel a humanizao dos mesmos. Essa questo indica, ao que parece, que as prticas em sade mental ainda operam sobre premissas epistemolgicas diferenciando sujeitos que podem ou no circular no meio social. A existncia dos hospitais psiquitricos, considerados como instituies totais, problematizada e questionada pela Luta Antimanicomial, indica a permanncia da lgica asilar que respalda a continuidade dos hospitais, exclusivamente psiquitricos, entre os servios de atendimento, com o apoio de parte dos profissionais da rede de sade mental. Concordantes com a possibilidade de coexistncia do modelo asilar e modelo psicossocial, estes profissionais permitem-nos demonstrar que mesmo uma viso clnica pretensamente humanizadora, que defenda em seu discurso um tratamento digno, pode operar no modelo terico-metodolgico positivista e no est necessariamente vinculada a uma postura poltica de sujeitos de direitos e de cidadania. Os profissionais que apresentaram em suas narrativas a no concordncia com a permanncia dos hospitais psiquitricos, defendem que as transformaes sejam clnicas e polticas nos saberes e nas prticas em Sade Mental. Estes trabalhadores j fizeram ou fazem parte de movimentos sociais, apontados como lugares de reflexo crtica sobre ideias institudas contribuindo, ao que parece, para o processo de desnaturalizao de concepes construdas culturalmente e orientadoras de prticas profissionais. Diante de tais constataes podemos indagar e refletir se a desinstitucionalizao, concreta e simblica, encontra-se no horizonte de uma poltica pblica de ateno em Sade Mental que realmente tenha como projeto a sua real implementao e se a permanncia dos hospitais psiquitricos e das comunidades teraputicas estaria descaracterizando as propostas iniciais da construo da Ateno Psicossocial, considerando os interesses privados e a manuteno da lgica asilar, contrrios aos princpios do SUS.
Resumo:
Introduo: O Programa Bolsa Famlia a principal estratgia brasileira para amenizar a pobreza e vulnerabilidade social, com diferentes impactos na vida dos beneficirios. O aumento da renda, em funo do benefcio, poderia trazer resultados positivos na alimentao, uma vez que possibilitam uma maior diversidade da dieta. Porm, poderia trazer resultados negativos como a ingesto excessiva de energia e consequente aumento da adiposidade. As avaliaes dos impactos do programa em termos de obesidade e massa gorda de crianas so inexistentes. Objetivo: Avaliar o impacto do Programa Bolsa Famlia no estado nutricional (IMC/idade) e na composio corporal aos 6 anos de idade entre as crianas da Coorte de Nascimentos de Pelotas (RS), 2004. Mtodos: Os dados foram provenientes da integrao dos bancos da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004 e do Cadastro nico do Governo Federal. Foi realizada anlise descritiva da cobertura e focalizao do programa, com informaes do nascimento e dos 6 anos de idade (n=4231). Considerou-se focalizao o percentual de elegveis entre o total de beneficirios e cobertura o percentual de famlias elegveis que so beneficirias do programa. Nos modelos de impacto (n=3446), as exposies principais foram o recebimento do benefcio: beneficirio em 2010, no perodo de 2004-2010; o valor mdio mensal recebido e o tempo de recebimento. Foram gerados modelos de regresso linear para os desfechos score-Z do ndice de massa corporal por idade (IMC/I), percentual e ndice de massa gorda (IMG), e percentual e ndice de massa livre de gordura (IMLG); e de Poisson, com ajuste robusto, para o desfecho obesidade (score-Z IMC/I 2), todos estratificados por sexo. As informaes antropomtricas e de composio corporal (BOD POD) foram obtidas do acompanhamento aos 6-7 anos de idade. Potenciais fatores de confuso foram identificados por modelo hierrquico e por um diagrama causal (DAG). Para analisar os impactos foram usadas como medidas de efeito a diferena de mdias na regresso linear mltipla (IMC/I, por cento MG, IMG, por cento MLG e IMLG, variveis contnuas) e a razo de prevalncia (obesidade, varivel binria). Para permanecer no modelo, considerou-se valor p0,20. A anlise dos dados foi realizada por meio do software STATA. Resultados: Entre 2004-2010, a proporo de famlias beneficirias na coorte aumentou (11 por cento para 34 por cento ) enquanto, de acordo com a renda familiar, a proporo de famlias elegveis diminui (29 por cento para 16 por cento ). No mesmo perodo, a cobertura do programa aumentou tanto pela renda familiar quanto pelo IEN. J a focalizao caiu de 78 por cento para 32 por cento de acordo com a renda familiar e, de acordo com o IEN, manteve-se em 37 por cento . A mdia (no ajustada) de IMC e de MG dos no beneficirios foi superior a dos no beneficirios tanto em meninos quanto em meninas. Meninos do 3 tercil de valor per capita recebido e meninas com menos de 7 meses de benefcio em 2010 tiveram IMC maior do que, respectivamente, aqueles dos demais tercis e daquelas com mais de 7 meses de benefcio em 2010; esse padro foi semelhante para obesidade. Meninas no beneficirias tiveram MG maior do que as beneficirias e superior tambm aos meninos, independente de ser beneficirio ou no. Em relao MLG observou-se um comportamento contrrio, no qual meninas beneficirias tiveram maior MLG, quando comparadas com meninas no beneficirias e, meninos quando comparados com meninas. Nos modelos de regresso ajustados, no houve diferena significativa entre beneficirios e no beneficirios em nenhum desfecho. Concluses: De acordo com os resultados, as famlias que receberam maiores valores per capita parecem incluir crianas com maior mdia de IMC. O programa, nessa anlise, parece no ter impacto sobre a composio corporal das crianas, nem em termos de massa gorda, tampouco em termos de massa livre de gordura.
Resumo:
A capacidade adaptativa s enchentes diz respeito capacidade inerente de indivduos ou de um sistema de se ajustar aos efeitos desse evento e lidar com ele, de modo a moderar seus danos potenciais. A cidade de So Paulo particularmente vulnervel s enchentes devido ao seu histrico de uso e ocupao do solo. O objetivo deste trabalho analisar a capacidade adaptativa a partir da realidade local de moradores do Jardim Pantanal, localizado na zona leste do municpio de So Paulo s vrzeas do rio Tiet, a fim de propor aes que possam contribuir na construo dessa capacidade. A pesquisa foi desenvolvida por meio de levantamento documental e bibliogrfico, entrevistas semiestruturadas, anlise das transcries, codificao, e categorizao dos dados. As capacidades adaptativas genrica e especfica nos nveis organizacionais individual e de sistema so baixas, e entre os determinantes da capacidade adaptativa s enchentes os recursos financeiros, a vulnerabilidade urbana e as estratgias de enfrentamento foram considerados os mais importantes, em nvel individual. A falta de recursos, a irregularidade de rendimentos e a ausncia de diversificao na fonte de renda limitam as opes disponveis de moradia em reas regulares e dificultam a mobilizao de recursos para a adoo de medidas preventivas e de recuperao ps-evento. A vulnerabilidade urbana expressa-se pela ocupao em rea irregular, onde no so realizados investimentos em medidas de infraestrutura por parte dos moradores, que poderiam reduzir a exposio aos impactos das enchentes, pois no se sabe at quando podero permanecer na rea. As estratgias de enfrentamento demonstram ter carter apenas reativo sem qualquer planejamento, sendo decididas e tomadas reativamente quando a gua sobe. Tendo em vista os aspectos observados, a construo da capacidade adaptativa s enchentes no Jardim Pantanal requer: a) entrosamento entre as medidas de adaptao autnomas (do indivduo) e as planejadas (do sistema); b) aes de adaptao antecipatrias, mais do que responsivas; e c) medidas de adaptao de curto e longo prazos que considerem as vulnerabilidades que surgiram durante o perodo de adaptao.
Resumo:
Este trabalho apresenta o desenvolvimento de biossensores de pH, ureia e glicose, utilizando xidos como plataforma para a parte seletiva. Os filmes finos de xidos condutores foram produzidos por diferentes tcnicas de deposio, como spin-coat, dip-coat, spray-pyrolysis e casting. Os materiais fabricados foram AZO e TiO2, ambos depositados sobre substratos de FTO, ITO ou vidro hidroflilizado. O nmero de camadas foi variado para cada tcnica e as caracterizaes morfolgicas e estruturais foram feitas por MEV, DRX e FTIR. As caracterizaes eltricas foram feitas por EGFET e voltametria cclica. Os filmes foram testados como sensores de pHs na faixa de 2 a 8. O filme depositado com AZO em substrato de FTO pela tcnica de spray-pyrolysis apresentou melhor resposta, com sensibilidade de 31,7 mV/pH entre toda a faixa de pHs do 2 ao 8. J para os filmes de TiO2, o filme produzido por dip-coat com 5 camadas em substrato de FTO apresentou sensibilidade de 37,8 mV/pH entre a faixa de pHs de 2 a 8. Paralelamente, os filmes tiveram suas superfcies funcionalizadas com protenas como urease ou glicose oxidase. Neste caso, os dispositivos foram testados entre as concentraes de 5 a 200 mg/dL de ureia e glicose. Como biossensor de ureia, o filme de TiO2 depositado por spin-coat com 5 camadas em substrato de FTO apresentou a maior sensibilidade, com valor 3,32 mV/(mg/dL) entre as concentraes de 5 a 120 mg/dL. Para os filmes estudados como biossensores de glicose, o melhor resultado tambm foi obtido pelo filme de TiO2 depositado por spin-coat com 5 camadas em substrato de FTO, apresentando sensibilidade em torno de 6,18 mV/(mg/dL) entre as concentraes de 5 a 200 mg/dL. Alguns resultados encontrados foram iguais ou melhores aos encontrados na literatura vigente, mesmo que os dispositivos ainda so passveis de otimizao.
Resumo:
Esta pesquisa se insere no campo da Psicologia Cultural do Desenvolvimento Humano e tem como objetivo investigar o compartilhamento da educao e do cuidado de crianas pequenas (1 a 5 anos) em um assentamento e um acampamento rural. Consideramos como compartilhamento da educao a participao de um grupo de pessoas, adultos ou crianas, nos momentos cotidianos da criana. A hiptese inicial da investigao estava relacionada a uma aparente coletivizao da educao no acampamento e uma individualizao no assentamento, determinados, sobretudo, pelas prticas culturais de cada contexto. Participaram da investigao 10 crianas (5 moradoras de um acampamento rural e 5 de um assentamento rural). A metodologia consistiu em observao participante com a imerso da pesquisadora por uma mdia de 6 dias no cotidiano familiar e comunitrio de cada criana, com anotao em dirio de campo das atividades, parceiros e cenrios de compartilhamento do cuidado e da educao da criana. Os resultados apontam para: um intenso compartilhamento no grupo de vizinhana no acampamento e no grupo de famlia extensa no assentamento; a importncia do cuidado e educao exercido entre as crianas, especialmente em situaes de brincadeira; o histrico de migrao como condio relacionada maior busca pelo compartilhamento; a mulher como principal cuidadora, aspecto intimamente relacionado ao trabalho domstico e na agricultura.O trabalho propicia reflexes acerca da diversidade dos modos de vida das crianas nestes contextos, sendo que h potencialidades educacionais ali construdas, fruto de uma riqueza cultural latente. Aponta ainda para consideraes acerca das polticas pblicas e garantia de direitos s crianas.
Resumo:
Acompanhando a tendncia mundial, o Brasil apresenta um processo de envelhecimento de sua populao, caracterizado pelo aumento das condies crnicas, inclusive do cncer. O quadro convoca mudanas profundas nos sistemas de sade, demandando a implantao de Redes de Ateno, a fim de garantir acesso a todos os nveis de ateno, superando a fragmentao do cuidado. Com o intuito de conhecer os avanos no que se refere ateno oncolgica em rede, analisou-se o acesso ao tratamento do cncer em So Paulo, especialmente a partir do surgimento da Lei dos sessenta dias. Foram considerados os sistemas de monitoramento da ateno oncolgica no municpio, alm de analisados os itinerrios assistenciais de usurias, utilizando o cncer de mama como condio traadora. No foi possvel identificar uma reduo do tempo de espera para iniciar o tratamento, a partir do banco do Registro Hospitalar de Cncer de so Paulo, considerando que no h completude na base a partir de 2013, sendo observado que o tempo indicado na lei foi ultrapassado nos dois anos anteriores. Da mesma forma, notou-se um aumento da proporo de estdios avanados nesse perodo. Ainda com relao varivel tempo, as informaes no SIGA demonstraram que, em 2013, o tempo mdio para uma consulta em Onco-mastologia nos servios de gesto municipal que esto sob regulao foi de apenas 4 dias. Por meio dos Sistemas de Informao Ambulatorial e Hospitalar, observou-se um aumento estatisticamente significativo na produo de radioterapia e de cirurgias oncolgicas entre os anos 2011 e 2014, e uma tendncia de reduo dos procedimentos quimioterpicos. O Sistema de Informao sobre Cncer de Mama demonstrou aumento no percentual de mamografias alteradas, aspecto que, ao ser analisado em conjunto com o aumento da proporo de estadiamentos avanados, pode ser indicativo de maior dificuldade no acesso ao diagnstico precoce do cncer de mama. Observou-se que a judicializao esteve muito relacionada a acesso a medicamentos quimioterpicos, de prescrio aps a entrada nos servios especializados, o que confirma que o acesso ao tratamento de cncer de mama no municpio no apresenta grandes barreiras. Um importante efeito visualizado com o surgimento da Lei foi a padronizao dos protocolos de acesso aos servios de gesto municipal e estadual. Entretanto, a rede de oncologia em So Paulo continua fragmentada dentre seus componentes estruturais, as aes permanecem no plano da construo de fluxos de encaminhamento, ficando restrita ateno especializada. A ateno oncolgica na cidade atravessada pelo setor privado, o que deixa na dependncia dos prestadores a disponibilizao de vagas para acesso e o fluxo interno de cada servio. O poder ainda continua com os grandes prestadores, no sendo bem conhecidos os caminhos para o acesso a algumas instituies, nem publicizadas as informaes sobre fila e tempo de espera. A legislao sozinha no indutora de melhoria de acesso, nem muito menos de garantia de integralidade. Um importante desafio para o SUS a integrao dos servios e a construo de redes de ateno com centralidade na APS, garantindo, acima de tudo, o diagnstico em tempo oportuno e a efetiva gesto sobre os servios privados contratados de mdia e alta complexidade.
Resumo:
O aumento no consumo energtico e a crescente preocupao ambiental frente emisso de gases poluentes criam um apelo mundial favorvel para pesquisas de novas tecnologias no poluentes de fontes de energia. Baterias recarregveis de ltio-ar em solventes no aquosos possuem uma alta densidade de energia terica (5200 Wh kg-1), o que as tornam promissoras para aplicao em dispositivos estacionrios e em veculos eltricos. Entretanto, muitos problemas relacionados ao ctodo necessitam ser contornados para permitir a aplicao desta tecnologia, por exemplo, a baixa reversibilidade das reaes, baixa potncia e instabilidades dos materiais empregados nos eletrodos e dos solventes eletrolticos. Assim, neste trabalho um modelo cintico foi empregado para os dados experimentais de espectroscopia de impedncia eletroqumica, para a obteno das constantes cinticas das etapas elementares do mecanismo da reao de reduo de oxignio (RRO), o que permitiu investigar a influncia de parmetros como o tipo e tamanho de partcula do eletrocatalisador, o papel do solvente utilizado na RRO e compreender melhor as reaes ocorridas no ctodo dessa bateria. A investigao inicial se deu com a utilizao de sistemas menos complexos como uma folha de platina ou eletrodo de carbono vtreo como eletrodos de trabalho em 1,2-dimetoxietano (DME)/perclorato de ltio (LiClO4). A seguir, sistemas complexos com a presena de nanopartculas de carbono favoreceu o processo de adsoro das molculas de oxignio e aumentou ligeiramente (uma ordem de magnitude) a etapa de formao de superxido de ltio (etapa determinante de reao) quando comparada com os eletrodos de platina e carbono vtreo, atribuda presena dos grupos laterais mediando transferncia eletrnica para as molculas de oxignio. No entanto, foi observada uma rpida passivao da superfcie eletrocataltica atravs da formao de filmes finos de Li2O2 e Li2CO3 aumentando o sobrepotencial da bateria durante a carga (diferena de potencial entre a carga e descarga > 1 V). Adicionalmente, a incorporao das nanopartculas de platina (Ptnp), ao invs da folha de platina, resultou no aumento da constante cintica da etapa determinante da reao em duas ordens de magnitude, o qual pode ser atribudo a uma mudana das propriedades eletrnicas na banda d metlica em funo do tamanho nanomtrico das partculas, e estas modificaes contriburam para uma melhor eficincia energtica quando comparado ao sistema sem a presena de eletrocatalisador. Entretanto, as Ptnp se mostraram no especficas para a RRO, catalisando as reaes de degradao do solvente eletroltico e diminuindo rapidamente a eficincia energtica do dispositivo prtico, devido ao acmulo de material no eletrodo. O emprego de lquido inico como solvente eletroltico, ao invs de DME, promoveu uma maior estabilizao do intermedirio superxido formado na primeira etapa de transferncia eletrnica, devido interao com os ctions do lquido inico em soluo, o qual resultou em um valor de constante cintica da formao do superxido de trs ordens de magnitude maior que o obtido com o mesmo eletrodo de carbono vtreo em DME, alm de diminuir as reaes de degradao do solvente. Estes fatores podem contribuir para uma maior potncia e ciclabilidade da bateria de ltio-ar operando com lquidos inicos.
Resumo:
As informaes de mortalidade so teis para avaliar a situao de sade de uma populao. Dados de mortalidade confiveis produzidos por um sistema de informao de sade nacional constituem uma ferramenta importante para o planejamento de sade. Em muitos pases, sobretudo em desenvolvimento, o sistema de informao de mortalidade continua precrio. Apesar dos esforos feitos em Moambique para melhoria das estatsticas de mortalidade, os desafios ainda prevalecem em termos de tecnologias de informao, capacidade tcnica de recursos humanos e em termos de produo estatstica. O SIS-ROH um sistema eletrnico de registro de bitos hospitalares de nvel nacional, implementado em 2008 e tem uma cobertura de apenas 4% de todos os bitos anuais do pas. Apesar de ser um sistema de nvel nacional, ele presentemente funciona em algumas Unidades Sanitrias (US), incluindo o Hospital Central da Beira (HCB). Dada a importncia deste sistema para monitorar o padro de mortalidade do HCB e, no geral, da cidade da Beira, este estudo avalia a qualidade do SIS-ROH do HCB. um estudo descritivo sobre a completitude, cobertura, concordncia e consistncia dos dados do SIS-ROH. Foram analisados 3.009 bitos de menores de 5 anos ocorridos entre 2010 e 2013 e regsitrados no SIS-ROH e uma amostra de 822 Certificados de bitos (COs) fetais e de menores de 5 anos do HCB. O SIS-ROH apresentou uma cobertura inferior a 50% calculados com os dados de mortalidade estimados pelo Inqurito Nacional de Causas de Morte (INCAM). Verificamos a utilizao de dois modelos diferentes de CO (modelo antigo e atual) para o registro de bitos referentes ao ano de 2013. Observou-se completitude excelente para a maioria das variveis do SISROH. Das 25 variveis analisadas dos COs observou-se a seguinte situao: 9 apresentaram completitude muito ruim, sendo elas relativas identificao do falecido (tipo de bito e idade), relativas ao bloco V em que dados da me devem ser obrigatoriamente preenchidos em caso de bitos fetais e de menores de 1 ano (escolaridade, ocupao habitual, nmero de filhos tidos vivos e mortos, durao da gestao) e relativas s condies e s causas de bito (autpsia e causa intermdiacdigo); 3 variveis apresentaram completitude ruim relativas identificao do falecido (NID) e relativas s condies e causas de morte (causa intermdia - descrio e causa bsica - cdigo); 9 apresentaram completitude regular relativas identificao do falecido (data de nascimento e idade), relativas ao bloco V (idade da me, tipo de gravidez, tipo de parto, peso do feto/beb ao nascer, morte do feto/beb em relao ao parto) e relativas s condies e causa de bito (causa direta- cdigo, causa bsica descrio); 2 apresentaram completitude bom relativas identificao do falecido (sexo e raa/cor) e, por ltimo, 2 apresentaram completitude excelente relativas ao local de ocorrncia de bito (data de internamento e data de bito ou desaparecimento do cadver). Algumas variveis do SIS-ROH e dos COS apresentaram inconsistncias. Observou-se falta de concordncia para causa direta entre o SIS-ROH e os COs. Concluso: Moambique tem feito esforos para aprimorar as estatsticas de mortalidade, porm h lacunas na qualidade; a anlise rotineria dos dados pode identificar essas lacunas e subsidiar seu aprimoramento.
Resumo:
Introduo: reas contaminadas por agentes qumicos perigosos em regies urbanas representam riscos importantes sade humana e ao ambiente. Vila Carioca, localizada na cidade de So Paulo, uma rea contaminada por pesticidas organoclorados considerada crtica, pela magnitude da contaminao, pela presena de pessoas residentes e pela complexidade de fontes da contaminao. Vrios estudos de riscos j foram realizados por uma das empresas contaminadoras, no entanto, ainda h muita incerteza e controvrsias sobre os riscos sade da populao. Objetivo: Avaliar o incremento de risco de cncer no tempo de vida para populao exposta por meio de uma avaliao probabilstica. Mtodo: Foram utilizados dados secundrios das contaminaes obtidos nos estudos de riscos efetuados pela empresa produtora de pesticidas organoclorados e tambm em documentos oficiais dos rgos de sade e meio ambiente do Estado de So Paulo, resultantes do monitoramento da gua e do solo na rea residencial no perodo de 1997 a 2012, para 335 substncias. Foram selecionadas substncias carcinognicas presentes na gua subterrnea e solo com melhor conjunto de dados. Para a avaliao probabilstica foi empregado o mtodo de simulao de Monte Carlo, por meio do software comercial ModelRisk. Foram utilizados os mtodos recomendados pela United States Environmental Protection Agency para a avaliao de risco de exposio drmica e de incremento de riscos de cncer para substncias mutagnicas. Foram consideradas a ingesto de gua e solo, e contato drmico com gua. Resultados: O incremento de risco de cncer no tempo de vida (IRLT) foi de 4,7x10-3 e 4,1x10-2 para o percentil 50% e 95%, respectivamente. As rotas de exposio mais importantes foram ingesto e contato drmico com a gua subterrnea, seguido da ingesto de solo. O grupo etrio que apresentou maior risco foi o das crianas de 0 a 2 anos de idade. Concluso: Os riscos estimados so superiores aos valores considerados tolerveis. A avaliao realizada foi conservativa, mas ressalta-se que a restrio do uso da gua subterrnea deve ser mantida e que a populao deve ser devidamente informada dos riscos envolvidos na rea, em especial, relacionados ao solo contaminado
Resumo:
Introduo O nvel de atividade fsica (NAF) insuficiente e estado nutricional (EN) inadequado conferem risco de desenvolvimento de hipertenso arterial e diabete, bem como dificultam o controle destas doenas. Assim, infere-se que os custos despendidos pelo SUS com medicamentos, internaes e consultas de hipertensos e diabticos apresentem relao inversa com NAF, incluindo a prtica de caminhada e EN. Entretanto, estudos epidemiolgicos que descrevam estes custos e analisem essas associaes na populao idosa so inexistentes no Brasil, o que dificulta a fundamentao para a implementao de polticas publicas para a economia de recursos. Objetivo Descrever os custos com procedimentos de sade de idosos hipertensos e diabticos e verificar qual a sua associao com NAF e EN, segundo sexo e grupos etrios. Mtodos A amostra foi constituda por 806 idosos com autorreferncia hipertenso e/ou diabete ( 60 anos) residentes no municpio de So PauloSP, participantes das trs coortes do Estudo Sade, Bem-estar e Envelhecimento SABE - em 2010. A varivel dependente custo total anual (em Reais), foi estimada com base nos dados autorreferidos sobre uso de medicamentos, uso dos servios ambulatoriais e internaes hospitalares, retroativos a um ano da coleta de dados. A variveis explanatrias: i) NAF foi estimada a partir de entrevista utilizando o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ, verso curta), classificando os idosos segundo durao da realizao de atividades fsicas moderada, em ativos ( 150 minutos/semana) e insuficientemente ativos (< 150 minutos/semana); ii) Prtica de caminhada, categorizada segundo frequncia semanal: a) 4 dias/ semana; b) 1 a 3 dias/semana; c) no caminha. iii) EN, identificado pelo ndice de massa corporal (IMC), classificando os idosos em dois grupos: a) IMC < 28 kg/ m; b) IMC 28 kg/ m (excesso de peso); as variveis de controle foram o sexo, grupos etrios (a. 70 anos; b. 65 a 69 anos; c. 60 a 64 anos); estado civil (a. casado; b. outros) e, escolaridade (a. sem escolaridade; b. 1 ano). A descrio dos custos segundo as NAF e EN foi representada pelos valores de mdia e IC95 por cento , mediana e P25 P75, valores mnimos e mximos. Modelos de regresso logstica mltipla foram empregados para analisar as associaes entre variveis dependentes e explanatrias. O nvel de significncia foi estabelecido em 5 por cento e todas as anlises foram realizadas considerando amostras complexas, por meio do software Stata, 13.0. 9 Resultados: A mdia de custo total anual por pessoa foi de R$ 732,54 e a soma dos custos relativa a 12 meses para os 806 idosos foi de R$ 609.587,20, sempre superiores para idosos em excesso de peso, com NAF insuficiente e para idosos que no caminham. Idosos em excesso de peso apresentaram chance 50 por cento superior de estarem no grupo de maior custo total anual (OR 1.49, IC95 por cento 1.01 2.18) e mais de 70 por cento superior de maior custo com medicamentos (OR 1.71, IC95 por cento 1.18 2.47). A ausncia de caminhada significou a chance superior para maiores custos anuais com medicamentos (OR 1.63, IC95 por cento 1.06 2.51) e custos totais (OR 1.82, IC95 por cento 1.17 2.81). Todas as anlises ajustadas por sexo e idade. O NAF no se associou aos custos totais e custo com medicamentos (p>0.05). Concluso: Os custos para o controle de HAS e DM em idosos so altos e se associam inversamente prtica de caminhada e ao estado nutricional, especialmente em relao ao custo com o uso de medicamentos antihipertensivos e hipoglicemiantes.
Resumo:
No Brasil, a construo bem como as mudanas nos mais de vinte anos do Sistema nico de Sade (SUS) tem demandado um crescente interesse em estratgias que valorizem o uso da informao em sade. Cada vez mais as incertezas entre a complexidade deste sistema e as intervenes necessrias para atender os seus preceitos e as necessidades da populao precisam de respostas geis e efetivas. A efetividade dos servios e a equidade em sua prestao so cruciais na ateno sade e mostram-se como desafio frente dificuldade de avaliao dos resultados das aes pela demora no impacto nos indicadores epidemiolgicos clssicos. O monitoramento uma prtica que pode ser destacada pela agilidade nas respostas, porm ntido o quanto a discusso sobre o assunto pouco estabelecida na literatura disponvel. Se apresenta como uma prtica interativa e proativa que utiliza informaes disponveis com o potencial de organizar e divulgar rapidamente as descobertas feitas, gerar um aprendizado organizacional e apoiar o processo decisrio. A proposta deste estudo considerou o Painel de Monitoramento da Secretaria Municipal da Sade de So Paulo como ponto de partida para pesquisar sobre as potencialidades do monitoramento na gesto. Uma pesquisa de mtodos mistos foi a opo metodolgica para este trabalho que buscou aprofundar o marco referencial terico sobre monitoramento, descrever e analisar criticamente as referncias tcnicas utilizadas para a construo da proposta e realizar um estudo de caso nico em territrio descentralizado do municpio de So Paulo sobre a rotina local na sua utilizao e com isso analisar as potencialidades e os alcances desta experincia na gesto municipal. Concluiu-se que o monitoramento por meio de indicadores selecionados a partir de dados secundrios uma estratgia oportuna de acompanhar a tendncia de determinadas aes possibilitando assim a emisso de juzo de valor e tomada de deciso com rapidez. O aplicativo propicia aos gestores e tcnicos informaes relevantes que apoiam o processo decisrio, alm de possibilitar a sua utilizao em diferentes contextos da gesto e portes territoriais. Por outro lado, a prtica cotidiana pautada por prioridades normativas, onde a preciso do registro, a coerncia das fontes e a quantidade apontada sobrepem-se informao em si, o seu significado e as aes necessrias para o enfrentamento dos problemas. O uso da informao cultura em construo e o Painel de Monitoramento traz a possibilidade de organizar, qualificar e difundir dados secundrios dos diferentes sistemas de informao do Sistema nico de Sade (SUS). Alm disso, tem contribudo tambm no papel de fomentar as discusses sobre os diferentes temas que envolvem as prioridades de uma gesto em todos os nveis do sistema de sade do municpio de So Paulo.
Resumo:
Picobirnavirus (PBV) pertencem famlia Picobirnaviridae, divididos em duas espcies Human Picobirnavirus e Rabbit Picobirnavirus. So pequenos vrus constitudos de genoma bissegmentado de cadeia dupla de RNA (dsRNA), no envelopados, com capsdeo de simetria icosadrica, sendo divididos em dois genogrupos, GI e GII. J foram detectados em fezes humanas e de uma ampla gama de espcies animais, com ou sem sinais diarreicos, sendo considerados agentes emergentes e oportunistas, e seu potencial zoontico foi sugerido. Entretanto, os estudos epidemiolgicos e moleculares de PBV em bovinos so raros na literatura nacional e internacional. Devido carncia de dados a respeito de PBV em bovinos, o presente estudo foi realizado objetivando-se a deteco e caracterizao moleculares de cepas de PVB bovinos dos genogrupos GI e GII em amostras fecais de bovinos com ou sem sintomatologia diarreica de diferentes idades e regies do Brasil. O estudo foi conduzido a partir de 77 animais, obtendo-se 18 (23,3%) amostras positivas para GI, compreendendo animais provenientes dos estados de So Paulo, Minas Gerais e Gois. No foram detectadas amostras positivas para GII. A identidade nucleotdica das amostras obtidas apresentou mdia de 67,4% quando comparadas uma com as outras e de at 83,77% quando comparadas com amostras de PBV de referncia. Na reconstruo filogentica, trs amostras agruparam-se em clado de PVB humano e somente uma agrupou-se em clado de PVB bovino. Em sntese, os resultados obtidos indicam, de maneira indita, a circulao de PVB bovino pertencente ao genogrupo GI em diferentes estados brasileiros, com perfis filogenticos heterogneos.
Resumo:
O presente estudo objetivou determinar um protocolo para sedao de veados-mateiros (Mazama americana) que permitisse procedimentos comumente utilizados no manejo dessa espcie em cativeiro. Foram utilizados seis animais adultos, pesando 38,4 5 Kg, pertencentes ao Ncleo de Pesquisa e Conservao de Cervdeos (UNESP - Jaboticabal). Os animais foram submetidos a dois tratamentos, com um intervalo mnimo de 30 dias entre eles, a saber: AX-0,5 - associao de 1 mg/kg de azaperone e 0,5 mg/kg de xilazina via intramuscular (IM) e AX-1,0 - associao de 1 mg/kg de azaperone e 1 mg/kg de xilazina (IM). A partir da administrao do tratamento (0 minuto) foram avaliados os tempos para latncia da sedao, para decbito esternal, para a manipulao segura e para a manipulao sem segurana. Ainda, foram avaliados a qualidade da conteno qumica por meio da somatria de pontos obtida com a utilizao de uma escala descritiva adaptada, a cada 10 minutos, por at 90 minutos, parmetros fisiolgicos (FC, fR, PAM e To) a cada 10 minutos, durante 60 minutos, perfil cido-base e eletroltico (pH, PaCO2, PaO2, HCO3-, EB, SaO2, Na+ e K+) aos 10, 30 e 60 minutos e lactato srico aos 30 e 60 minutos ps-tratamentos. As diferenas foram consideradas significantes quando P < 0,05. O perodo de latncia da sedao e perodo para os animais apresentarem decbito esternal foram maiores em AX-0,5 (7 6,6 e 12 9,7 minutos, respectivamente) em relao a AX-1,0 (5 2,0 e 6 3,1 minutos respectivamente), porm no houve diferenas entre os grupos para os demais tempos avaliados. A qualidade da conteno qumica diferiu entre os grupos a partir de 60 minutos, observando-se possibilidade de manipulao sem segurana a partir de 60 minutos para AX-0,5 e de 90 minutos para AX-1,0. No houve diferenas entre FC, fR, PAM e To e o lactato srico entre os momentos nem entre os grupos. Em relao ao perfil cido-base e eletrlitico, AX-0,5 apresentou diferenas em pH, HCO3-,, EB e K+, com valores aos 60 minutos superiores aos valores em 10 minutos, e AX-1,0 apresentou diferenas apenas para EB tambm com valores aos 60 minutos superiores aos 10 minutos. Diante dos resultados conclui-se que os dois protocolos promoveram sedao adequada e que a escolha entre eles deve ser pautada pela ndole do animal. Embora no tenham ocorrido alteraes fisiolgicas considerveis em nenhum dos grupos, sugere-se a suplementao de oxignio nos primeiros 30 minutos de conteno qumica.
Resumo:
A utilizao de substitutos sseos para recuperao da funo perdida uma constante busca dentro da rea mdica. Por isso os biomateriais tm recebido uma ateno muito grande por parte da comunidade cientfica, dentre eles os materiais a base de fosfato de clcio. A hidroxiapatita, Ca10 (PO4)6 (OH) 2, tem sido muito estudada, pois alm de representar a constituio da massa dos ossos naturais e dentes em 30 a 70%, possui propriedades de bioatividade e osteocondutividade, favorecendo e auxiliando o crescimento do tecido sseo. Em contrapartida, infeces bacterianas podem surgir aps o implante ocasionando a perda da funcionalidade a curto e mdio prazo. Vrias alternativas esto sendo testadas, geralmente associadas ao uso de antibiticos convencionais incorporados aos biomateriais. Uma alternativa a tais antibiticos seria a utilizao de metais que possuem propriedades antibacterianas. A prata (Ag) conhecida como um metal bactericida e por isso ganhou lugar de destaque dentre os estudos como um aliado importante no controle das infeces ps-cirrgicas. Este trabalho teve como objetivo sintetizar, caracterizar e avaliar o efeito antimicrobiano da adio de ons de prata em hidroxiapatita. Foram obtidos ps de hidroxiapatita contendo prata (HAAg), nas concentraes de 0,1M; 0,01M e 0,001M pelo mtodo de precipitao em temperatura ambiente e por imerso do p de hidroxiapatita em solues aquosas. As fases cristalinas e os grupamentos inicos foram analisados para cada condio por tcnicas de difrao de raios X (DRX) e espectroscopia no infravermelho (IV) respectivamente. As informaes sobre a morfologia e identificao de elementos qumicos foi realizado pela tcnica de microscopia eletrnica de varredura com espectroscopia de energia dispersiva (MEV EDS). As avaliaes antimicrobianas foram realizadas por ensaios qualitativos e quantitativos, o ensaio qualitativo utilizou o teste de halo de difuso em disco para Staphylococcus aureus e Escherichia coli e o ensaio quantitativo utilizou contagem de bactrias para as cepas de Staphylococcus aureus. Os resultados de DRX e IV indicaram que independentemente do mtodo de obteno da HAAg foi possvel observar a presena de prata metlica caracterizada pelos picos em 2θ=38,1 e 44,3 nas amostras HAAg0,1Im, HAAg0,1Pr e HAAg0,01Pr. Observou-se tambm a presena de AgO, correspondente ao pico em 2θ=37,5 nas amostras de HAAg0,01Pr e HAAg0,001Pr. Nos espectros de IV esto presentes as bandas que caracterizam a fase HA, referentes aos grupamentos PO43-, OH- e CO32-. Analisados em conjunto os ensaios qualitativos e quantitativos, as amostras HAAg0,01Im e HAAg0,001Im sintetizadas por imerso indicaram os melhores resultados para o ensaio de disco difuso, por apresentarem formao de halo inibio do crescimento bacteriano para a bactria S. aureus. Para os ensaios quantitativos as amostras obtidas por precipitao com concentraes 0,1M e 0,01M de prata apresentaram melhor resultado por inibirem o crescimento bacteriano para as cepas S. aureus.
Resumo:
Introduo: Uma das mudanas mais importantes na produo do cuidado sade a reorganizao do processo de trabalho para a atuao de equipes multiprofissionais com abordagens interdisciplinares. A colaborao interprofissional tem sido apontada como um recurso que pode ser mobilizado para elevar a efetividade dos sistemas de sade, e como estratgia inovadora, ela pode desempenhar um importante papel para enfrentar problemas do modelo de ateno e da fora de trabalho em sade. Objetivo: Descrever as percepes e atitudes de profissionais de sade da Estratgia de Sade da Famlia sobre as relaes interprofissionais na ateno ao pr-natal, construir coletivamente e testar um protocolo de ateno gestante para impulsionar as competncias no trabalho colaborativo com vistas ao incremento da qualidade do cuidado. Mtodos: Para isso, realizou-se previamente um estudo observacional descritivo para seleo de duas unidades de sade. Na sequncia foi realizado um estudo de interveno do tipo antes e depois, com um grupo de controle ps-teste, incluindo mtodos mistos. A populao do estudo compreendeu oito profissionais de sade (mdicos, dentistas, enfermeiros e tcnicos em sade bucal) e 60 gestantes cadastradas em duas unidades de sade da famlia do municpio de Uberlndia, sendo 36 includas no grupo interveno e 24 no grupo controle. Dados numricos, narrativas provenientes de entrevistas e registros de dirio de campo foram usados para identificar mudanas na autoavaliao da sade bucal, na qualidade de vida relacionada sade bucal medida pelo OHIP-14, na percepo das gestantes sobre o trabalho em equipe e nas prticas profissionais. Testes estatsticos para detectar diferenas de significncia e anlise temtica de contedo foram empregados para interpretar os desfechos. Resultados: Em geral, observou-se percepo/atitude favorvel dos profissionais em relao colaborao interprofissional. Diferenas entre as categorias profissionais podem representar uma barreira subjetiva implementao de protocolos que demandariam maior grau de trabalho colaborativo. Diferenas entre as unidades de ateno primria mostraram que a interao entre membros das equipes multiprofissionais pode sobrepujar dificuldades decorrentes do modo isolado e distinto no qual cada categoria profissional formada. Foi produzido um Protocolo de Ateno Gestante abrangendo o fluxo e a dinmica dos processos de trabalho dentro de uma perspectiva de colaborao interprofissional. Segundo os profissionais, a interveno apesar do seu carter desafiador, estimulou o comprometimento da equipe para reorientar o processo de trabalho resultando em maior interao profissional colaborativa. Em relao s gestantes, a maioria era jovem (menos de 26 anos de idade) e tinha ensino mdio incompleto ou completo sem diferenas significativas entre os grupos teste e controle. Gestantes do grupo interveno perceberam que os profissionais trabalhavam mais em equipe do que as gestantes do grupo controle. De modo geral, as gestantes avaliaram que a sade bucal e a qualidade de vida decorrente da sade bucal melhoraram aps a interveno. Concluses: Concluiu-se que apesar da percepo geral dos profissionais favorvel colaborao interprofissional, recursos formais e organizacionais no estavam sendo empregados. O mtodo ZOPP se mostrou flexvel e adequado para o desenvolvimento de competncias para o trabalho colaborativo e para a construo de um protocolo de organizao de servios na ateno primria sade. O Protocolo de Ateno Gestante testado provocou tenses e produziu efeitos positivos na colaborao interprofissional e na qualidade de vida relacionada sade bucal contribuindo para qualificar a ateno ao pr-natal oferecido.