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Resumo:
No Pantanal Cyperus giganteus ou "piri", constitui uma comunidade vegetal "Pirizal". É considerada espécie anfíbia ou mesófita, pois ocorre tanto em lagoas e/ou em solos secos. No ápice radicular são evidentes o caliptrogênio, que origina a coifa; o promeristema; a protoderme; o procâmbio e o meristema fundamental. A partir do promeristema identifica-se a célula que dá origem à protoderme e ao meristema fundamental. O córtex externo é constituído pela hipoderme; o córtex interno é formado a partir da camada precursora da endoderme, com formação do aerênquima esquizolisígeno. A endoderme apresenta estrias de Caspary, lamela de suberina, paredes espessadas e impregnada com compostos fenólicos. Observa-se no cilindro vascular a diferenciação precoce dos elementos do metaxilema, seguida pela diferenciação dos elementos do floema. No rizoma, as raízes se originam do periciclo, o qual constitui a camada mais interna do meristema de espessamento primário (MEP). A raiz tem como caracteres representativos da família Cyperaceae a disposição do aerênquima, a hipoderme plurisseriada e idioblastos com compostos fenólicos.
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A morfologia e anatomia de muitas espécies do cerrado são desconhecidas, sendo os frutos e sementes ainda menos estudados. Assim, esse trabalho objetivou estudar morfoanatomicamente os frutos e sementes de Byrsonima intermedia, uma das espécies mais freqüentes dos cerrados de São Paulo, descrevendo-os ontogeneticamente. Verificou-se que o ovário é súpero, tricarpelar e trilocular, com um óvulo por lóculo; a epiderme externa é unisseriada, com cutícula espessa no ápice e delgada na base do órgão; o mesofilo ovariano é multisseriado, parenquimático e vascularizado; a epiderme interna é unisseriada, com células que se dividem precocemente. Os óvulos são subcampilótropos, bitegumentados, com nucelo projetado através da micrópila; hipóstase e epístase são observadas. Durante o desenvolvimento do pericarpo, as divisões celulares restringem-se à fase inicial do desenvolvimento, ocorrendo previamente à diferenciação seminal. O fruto maduro é do tipo drupóide, carnoso, com pirênio lenhoso formando três lóculos. O exocarpo é unisseriado; o mesocarpo externo é parenquimático, ocorrendo esclereídes dispersas na região apical do fruto; no mesocarpo interno ocorrem várias camadas de esclereídes alongadas em diversos sentidos; o endocarpo é multisseriado, com as esclereídes alongadas longitudinalmente. A origem meso-endocárpica dos tecidos lignificados deste pericarpo contraria a definição clássica dos frutos drupóides, que destaca apenas o endocarpo lenhoso. A semente apresenta tegumentos e endosperma reduzidos. O embrião tem eixo hipocótilo-radicular contínuo, com dois cotilédones enrolados em espiral.
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Smilax polyantha Griseb., conhecida como salsaparrilha, é uma espécie reconhecida como medicinal, encontrada em áreas de cerrado, especialmente na região Sudeste. O objetivo desse estudo foi descrever a morfoanatomia dos órgãos vegetativos de Smilax polyantha e verificar se os caracteres descritos na Farmacopéia Brasileira de fato permitem diferenciar esta das demais espécies denominadas salsaparrilha. Amostras dos órgãos vegetativos foram preparadas segundo técnicas usuais em microscopia de luz e eletrônica de varredura. A folha é hipoestomática e os estômatos são paracíticos. O mesofilo tende a dorsiventral, pois o parênquima adaxial é constituído por células com sinuosidades pronunciadas. O pecíolo é canaliculado, sulcado na porção abaxial, indicando torção foliar. O ramo caulinar foi estudado na porção aérea e subterrânea diferindo apenas pelo espessamento da parede das células do parênquima vascular. O rizóforo é revestido pelo córtex; entre o córtex e o cilindro vascular há o meristema de espessamento secundário; o cilindro vascular é constituído de feixes colaterais cercados por células parenquimáticas com espessamento parietal secundário. O sistema radicular adventício fibroso possui raízes brancas tenras, revestidas pela epiderme e raízes marrons rígidas revestidas pelo córtex interno esclerificado, já que a epiderme e córtex externo são eliminados ao longo do desenvolvimento. Visto que as espécies brasileiras de salsaparrilha indicadas como medicinais na Farmacopéia Brasileira são identificadas através do modo como as raízes são amarradas em feixes, do diâmetro da raiz e da sua coloração, as análises nas raízes de S. polyantha mostraram que esses parâmetros são insuficientes para diferenciar as espécies do gênero Smilax.
Anatomia comparada do pulvino primário de leguminosas com diferentes velocidades de movimento foliar
Resumo:
Os pulvinos, estruturas responsáveis por movimentos foliares, rápidos ou lentos, em resposta a estímulos externos ou endógenos, constituem uma característica marcante das leguminosas. Os ajustes no posicionamento foliar representam um mecanismo eficiente que permite a maximização da fotossíntese em condições adversas. Na literatura disponível, a maioria das informações sobre a estrutura de pulvinos refere-se a poucas espécies de leguminosas, especialmente aquelas que apresentam movimentos rápidos. Neste trabalho é descrita a anatomia do pulvino primário de nove espécies de leguminosas nativas do cerrado com diferentes tipos e velocidades de movimento foliar, buscando identificar padrões e apontar peculiaridades estruturais. O pulvino primário das espécies estudadas apresenta epiderme unisseriada recoberta por cutícula espessa, córtex parenquimático amplo, sistema vascular central e medula reduzida ou ausente. As células do córtex externo são maiores e apresentam conteúdo fenólico, exceto em Zornia diphylla Pers.; no córtex interno, as células são justapostas e não possuem conteúdo fenólico. Os feixes vasculares colaterais são circundados por uma bainha de fibras septadas. O padrão geral de organização anatômica é comum ao pulvino das espécies estudadas, independentemente da subfamília a qual pertencem. As peculiaridades observadas estão possivelmente relacionadas com o tipo e velocidade do movimento foliar.
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Neste trabalho, o pericarpo e pápus de Vernonia brevifolia e V. herbacea são descritos morfoanatômica e ontogeneticamente. As espécies são muito similares entre si, possuindo ovário ínfero, bicarpelar, sincárpico e unilocular. Na formação do pericarpo, nenhuma das regiões é multiplicativa. O exocarpo é unisseriado e recoberto por fina cutícula. Observam-se tricomas tectores longos, multicelulares e bisseriados, que persistem até a maturidade; os tricomas glandulares capitados não se mantêm na maturidade. O mesocarpo externo é composto por duas ou três camadas de fibras em V. herbacea e apenas uma em V. brevifolia, acumulando cristais prismáticos. O mesocarpo interno é similar nas espécies, de natureza parenquimática. Feixes vasculares colaterais ocorrem imersos entre o mesocarpo externo e o interno. O endocarpo é unisseriado, havendo duas a três camadas apenas nas regiões de fusão dos carpelos. Na porção apical do pericarpo, observa-se uma protuberância onde se insere o pápus duplo, composto por células lignificadas, algumas projetadas perifericamente. Na base do fruto, ocorre o carpopódio que, em V. herbacea, é mais amplo e abriga drusas e estilóides; em V. brevifolia, o carpopódio é reduzido e não ocorrem cristais. Na maturidade, o pericarpo de ambas as espécies é desidratado, de modo que a maioria das camadas fica colapsada, distinguindo-se apenas algumas células do exocarpo e tricomas tectores, as fibras e cristais mesocárpicos externos e o xilema dos feixes vasculares.
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Foram estudados os frutos e sementes de Styrax camporum Pohl. (Styracaceae), espécie arbórea típica dos cerrados brasileiros, objetivando descrever sua morfologia, anatomia e ontogênese. Amostras de frutos e sementes foram coletadas e processadas pelas técnicas convencionais. Os frutos em desenvolvimento foram enquadrados em quatro estádios: I - estádio inicial, caracterizado pelos ovários dos botões florais; II - ovário de flor pós-antese e frutos jovens; III - frutos pré-maturação; IV - frutos maduros. Verificou-se que o fruto é carnoso e monospérmico, com cálice persistente. O pericarpo apresenta exocarpo unisseriado, com tricomas estrelados lignificados e células de formato abaulado e tamanhos irregulares. O mesocarpo externo se constitui de tecido parenquimático multisseriado, alongado radialmente na maturidade. Feixes vasculares estão presentes no terço interno do mesocarpo. Apesar do fruto desta espécie ser classificado como drupa, observou-se que o mesocarpo interno e o endocarpo são compostos apenas por poucas camadas de fibras, não formando o pirênio com a dureza típica desse tipo de fruto; também não se observa o concrescimento do endocarpo com o tegumento. A semente é típica da família Styracaceae, ou seja, é unitegumentada, apresentando testa multisseriada e bastante espessa, sendo a exotesta unisseriada. Na mesotesta externa, verificam-se várias camadas de braquiesclereídes. Internamente a essas células, ocorrem diversos feixes vasculares, seguidos por numerosas camadas de células parenquimáticas, que contêm evidente reserva de substâncias lipídicas. O embrião é axial, reto e espatulado, constituído pelo eixo embrionário típico e cotilédones foliáceos.
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Este trabalho descreve a morfologia, anatomia e ontogênese do pericarpo e pápus de Bidens gardneri Baker e B. pilosa L., espécies de Heliantheae (Asteraceae). Verificou-se que as duas espécies são muito similares, possuem ovário ínfero, bicarpelar, sincárpico e unilocular. O pericarpo se desenvolve a partir do alongamento das células, sem fase multiplicativa. O exocarpo é unisseriado e recoberto por cutícula; ocorrem tricomas tectores multicelulares, que persistem até a maturidade. O mesocarpo externo possui de uma a três camadas de células parenquimáticas em B. pilosa e de uma a cinco células em B. gardneri. A região mediana do mesocarpo possui de quatro a oito camadas em ambas as espécies e, entre a região mediana do mesocarpo e o mesocarpo interno, estão imersos feixes vasculares colaterais. O endocarpo é unisseriado, mas nas regiões de fusão dos carpelos, é bi a trisseriado. Ocorre deposição de fitomelanina entre o mesocarpo externo e o mediano, mais precoce em B. pilosa. No ápice do pericarpo, observa-se a protuberância onde se insere o pápus aristado, formado por três a quatro cerdas rígidas, que apresentam tricomas voltados para a base. Na base do fruto, ocorre uma pequena projeção, o carpopódio, onde o fruto insere-se no eixo da inflorescência. Na maturidade, o pericarpo das duas espécies é desidratado, e, em B. pilosa, as camadas do pericarpo ficam mais colapsadas; em B. gardneri, também ocorre a desidratação, mas algumas células do exocarpo e mesocarpo externo permanecem distintas.
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Manihot caerulescens e M. tripartita são espécies arbustivas de cerrado, conhecidas como mandioca-brava. Não são encontrados muitos trabalhos sobre estrutura do pericarpo de Euphorbiaceae e muitas das descrições morfológicas existentes apresentam interpretações dúbias, especialmente sobre a deiscência. O presente trabalho objetivou descrever a morfologia, anatomia e ontogênese do pericarpo das duas espécies de Manihot, comparando-as entre si e relacionando aspectos estruturais do pericarpo à deiscência. Verificou-se que o desenvolvimento do pericarpo enquadra-se em quatro estágios, típicos de frutos secos. Dois meristemas são formados: um subadaxial, que produz o mesocarpo interno; outro adaxial, que forma o endocarpo, homogêneo e colenquimatoso em M. caerulescens, e heterogêneo em M. tripartita, com fibroesclereídes gelatinosas externas e uma porção colenquimatosa interna. Observou-se a formação de tecido de separação, composto por parênquima laxo, em direção aos feixes dorsais dos três carpelos e aos septos, o qual é mais evidente em M. tripartita. Por fim, verificou-se variação na composição do estrato esclerenquimático: em M. caerulescens, há uma faixa de fibroesclereídes e uma de braquiesclereídes, ambas do mesocarpo; em M. tripartita, ocorrem essas duas faixas mesocárpicas, com maior espessura, acrescidas do endocarpo externo, também composto por fibroesclereídes. Os frutos de ambas as espécies são cápsulas, cujo tipo varia em função do desenvolvimento do tecido de separação e da amplitude do estrato esclerenquimático. Assim, M. caerulescens apresenta cápsulas indeiscentes, enquanto M. tripartita forma cápsulas septi-loculicidas, uma vez que a deiscência, embora passiva, ocorre nas regiões dorsais e em direção aos septos.
Resumo:
O desenvolvimento de óvulo, fruto e semente de Olyra humilis Nees e Sucrea monophylla Soderstr. (Bambusoideae), Axonopus aureus P. Beauv. e Paspalum polyphyllum Nees ex Trin. (Panicoideae), Chloris elata Desv. e Eragrostis solida Nees (Chloridoideae) foram estudados visando à caracterização embriológica dessas subfamílias de Poaceae. As espécies apresentam óvulo bitegumentado, micrópila formada pelo tegumento interno, megagametófito tipo Polygonum, endosperma nuclear e amiláceo, embrião lateral e desenvolvido, caracteres comuns às demais espécies de Poaceae já estudadas. Destacam-se diferenças como: óvulo hemianátropo e pseudocrassinucelado nas espécies de Bambusoideae e Panicoideae, campilótropo e tenuinucelado, nas de Chloridoideae; tegumento externo restrito à base do óvulo em Bambusoideae, até um terço do nucelo em Panicoideae e próximo à região micropilar em Chloridoideae. O. humilis e S. monophylla (Bambusoideae) apresentam maior desenvolvimento do nucelo do que as demais espécies. A variação no tipo de cariopse separa as subfamílias de Poaceae estudadas, pois Bambusoideae apresenta endocarpo fenólico e semente ategumentada; Panicoideae apresenta pericarpo comprimido e adnato ao tégmen; e Chloridoideae apresenta exocarpo livre e endotégmen fenólico. Esses caracteres são diagnósticos para as subfamílias de Poaceae estudadas.
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Aceria lantanae é um ácaro fitófago indutor de galhas em folhas de Lantana camara. O estudo comparativo de caracteres histológicos e histométricos durante a ontogênese foliar e das galhas visa determinar quais eventos da morfogênese dos tecidos sadios são alterados pelo galhador. A ontogênese foliar de L. camara segue os padrões descritos na literatura. A indução de galhas provoca hiperplasia da epiderme e do sistema fundamental. No estágio de crescimento e desenvolvimento, a invaginação da lâmina foliar origina a câmara ninfal, onde os eriofídeos se reproduzem. O revestimento interno dessa câmara constitui o tecido nutritivo, no qual os indutores se alimentam, estimulando as divisões celulares. No estágio de maturação, o aumento no tamanho da estrutura é acompanhado pelo aumento no número de indivíduos de A. lantanae. O revestimento externo da galha apresenta alta densidade de tricomas tectores, cujo morfotipo é particular às galhas. A diferenciação de emergências e a neoformação de feixes vasculares promove o aporte de nutrientes aos indutores. Divisões celulares em diversos planos alteram o padrão laminar da folha resultando em galhas verrucosas. O arranjo dos tecidos antes direcionados à fotossíntese passa a garantir um microambiente adequado e fonte nutricional para a colônia de A. lantanae. No estágio de senescência, a suberização do tecido nutritivo indica o fim da atividade alimentar dos indutores. O fim dos ciclos celulares tem lugar com a suberização do tecido nutritivo, evento que pode ser relacionado à morte da fêmea deutogina, ou ao limite imposto pela idade da folha hospedeira de L. camara.
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O artigo sustenta que os santos podem servir de eixo a uma abordagem mais etnográfica e radical da antropologia da religião. De praxe, essa subdisciplina está excessivamente pautada pelas concepções de apenas um tipo de nativos: teólogos, sacerdotes, especialistas. Doutrinas estabelecidas servem como referência, e a religião comum vira assim uma religião popular, subalterna ou desviante. Os santos, personagens locais que no entanto atravessam fronteiras entre credos e são por sua vez subalternos nas elaborações teológicas, podem ser vistos como atores essenciais dentro de uma rede de relações (do tipo das propostas pela actor-network theory), a unir mitos, devotos, lugares, objetos ou personagens sagrados, rituais, doutrinas e, como um limite externo, Deus. Essa rede, sugiro, deve se reivindicar como objeto prioritário dos estudos sobre religião.
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O fator limitante da vida útil de café solúvel é o ganho de umidade do ambiente externo que leva à total aglomeração do produto. Uma forma de estimar a vida útil de café solúvel é através de modelo matemático que relaciona o aumento de umidade do produto, por meio de sua isoterma de sorção de umidade, com a taxa de permeabilidade ao vapor dágua da embalagem. Visando avaliar a adequação dessa técnica, café solúvel foi acondicionado em três tipos de materiais/ dois tamanhos de embalagem, e estocados a 30,0 ± 1,0°C e 80% de umidade relativa. A isoterma do café solúvel obtida pelo método de dessecador foi ajustada por quatro equações: linear, Halsey, Oswin e GAB. Conclui-se que a vida útil do café solúvel independe do tamanho de embalagem (25 e 50g), nos materiais em estudo, e foi de 15 dias em polietileno de baixa densidade (PEBD - 30µm), 3 meses no polipropileno biorientado/polipropileno biorientado perolizado (BOPP/BOPPP - 20µm/40µm) e de 3,5 a 4 meses em poliéster metalizado/PEBD (PETmet/PEBD - 12µm/70µm). O ganho de umidade do café solúvel determinado experimentalmente foi semelhante ao estimado pelo modelo matemático para valores menores que 12%, independentemente da equação usada para ajuste da isoterma de sorção de umidade do produto.
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Avaliação sensorial de goiabadas foi realizada por meio da análise descritiva quantitativa utilizando 9 amostras do mercado brasileiro (6 do mercado interno e 3 do externo) de 6 marcas comerciais. Goiabada é o produto resultante do processamento das partes comestíveis de goiabas sadias, desintegradas, com açúcares, com ou sem adição de água, agentes geleificantes, ajustadores de pH e de outros ingredientes e aditivos permitidos até consistência apropriada, sendo termicamente processada e acondicionada de modo a assegurar a sua perfeita conservação. Foram selecionados e treinados os julgadores, e sob orientação de um lider, estabelecidos atributos e suas definições elaborando-se um glossário. Os atributos sensoriais que descreveram a goiabada foram: sinerese, presença de bolhas, cavidades e pontos escuros na superfície e no fundo da amostra retirada da lata, brilho, cor, aparência geral, firmeza, tipo de corte, resistência ao corte, adesividade na boca, arenosidade, coesividade, aroma de goiaba, doçura, acidez e sabores de goiaba, caramelizado, estranho e remanescente e qualidade global. Os resultados da análise sensorial das amostras de goiabada analisadas possibilitaram agrupar as amostras por meio da análise discriminante passo a passo, em cinco grupos com características sensoriais distintas. As amostras CE, SF e VE constituíram três grupos distintos e diferiram significativamente (alfa = 5%) entre si e do restante. As amostras AI e AE constituíram o 4º grupo e o 5º grupo foi formado pelas amostras EI, EE, PE e CI.
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Pão de queijo é produto tradicionalmente mineiro. Sua produção vem crescendo muito, expandindo-se inclusive para o mercado externo. Entretanto, ainda não existe um padrão de qualidade. No presente estudo, análise descritiva quantitativa foi aplicada para levantar atributos sensoriais que melhor definem modificações na aparência, aroma, sabor e textura quando alguns ingredientes são variados na formulação do pão de queijo. Sete formulações foram avaliadas por uma equipe de provadores treinados, dezoito atributos sensoriais foram definidos. Após um período de treinamento, os provadores avaliaram as amostras através de delineamento de blocos incompletos balanceados usando escala não estruturada de 9cm. As mesmas foram também avaliadas em relação a aceitabilidade através da escala hedônica de 9 pontos, por 70 consumidores de pães de queijo. Os resultados foram analisados através da ANOVA, seguida pelo teste de Tukey. As amostras apresentaram diferença significativa (p<0,05) em todos os atributos avaliados. Não houve aceitação significativa (p>0,05) entre as amostras que se situaram entre os termos hedônicos "gostei ligeiramente" e "gostei muito".
Resumo:
Biopolímeros microbianos são polissacarídeos produzidos por microrganismos. A Beijerinckia sp. 7070 produz o biopolímero denominado clairana®. Biopolímeros microbianos podem ser produzidos utilizando enzimas purificadas (via enzimática). O objetivo desse trabalho foi avaliar a possibilidade de produzir o biopolímero clairana® via enzimática, verificar se a síntese e as enzimas envolvidas na síntese são intra e/ou extracelulares, se as enzimas permanecem ativas no meio e estudar a produção do biopolímero via enzimática, através de inativação e lise celular, e pelo processo convencional com células viáveis. As amostras foram cultivadas com a bactéria em meio líquido e submetidas à morte celular por inativação e lise celular após 30h, através de antibiótico e ultrasom, respectivamente. Amostras foram retiradas após 32, 46 e 54h de incubação, junto com amostras produzidas com células viáveis. O mesmo procedimento foi realizado em 46h e amostras foram coletadas após 48, 52 e 54h de incubação. Os polímeros foram recuperados, secos, pesados e analisados. Os resultados sugerem que é possível produzir o biopolímero clairanaâ via enzimática e que, provavelmente enzimas intra e extracelulares estão envolvidas, permanecendo ativas no meio e começando a atuar antes de 30h de fermentação. O processo via enzimática através de lise foi mais eficiente pois libera os polissacarídeos produzidos intracelularmente para o meio externo.