994 resultados para Serviços de saúde mental - Rio de Janeiro (RJ)
Resumo:
Foram analisadas as representaes de mdicos do setor pblico de Campinas, tendo como referncia o processo de municipalizao dentro da reforma sanitria ento em curso. Assume-se que o sucesso desta reforma depender amplamente da atitude que estes mdicos tero em relao a seus vrios aspectos. Os seguintes assuntos foram ento focalizados para anlise: as polticas e o gerenciamento dos serviços de saúde, o processo saúde-doena, o relacionamento mdico-paciente e o trabalho em equipe envolvendo vrios profissionais da saúde.
Resumo:
Foi realizado Inqurito epidemiolgico com o objetivo de estimar o uso de substncias psicoativas e a prevalncia de alcoolismo. Tomou-se como referncia a populao de maiores de 13 anos de idade de regio administrativa da cidade do Rio de Janeiro, RJ (Brasil), da qual se extraiu uma amostra aleatria de 1.459 indivduos. Os resultados referentes ao uso de bebidas alcolicas e alcoolismo, identificados atravs do teste CAGE, mostraram: prevalncia de 51% para o consumo de lcool e de 3% para alcoolismo, sendo 4,9% em homens e 1,7% em mulheres; maior proporo de consumidores de lcool e de alcoolistas entre homens de 30 e 49 anos; abstinncia mais freqente entre os vivos, protestantes e indivduos com nveis de renda inferiores.
Resumo:
A reformulao do sistema de saúde, que vem ocorrendo em nvel nacional e particularmente no Estado de So Paulo, tem motivado revises do processo de planejamento, criando novas necessidades na rea de informaes. A criao do Sistema nico de Saúde e o processo de municipalizao retomaram as propostas de integrao das atividades curativas e preventivas, bem como a estruturao de sistemas de saúde regionalizados e hierarquizados. Nesse contexto, surgem como reas de conhecimento, de particular interesse, o perfil de morbidade populacional e o padro de utilizao de serviços de saúde. As respostas a essas necessidades podem ser dadas por inquritos domiciliares de saúde. Descreve-se a metodologia utilizada em um inqurito domiciliar realizado em municpios da regio sudoeste da rea Metropolitana de So Paulo, SP, Brasil, no perodo de julho de 1989 a junho de 1990. Esse inqurito apresenta algumas caractersticas metodolgicas especficas, entre elas o processo amostral utilizado, que definiu domnios para a amostra que permitiram anlise de grupos pouco representados na populao, como os menores de um ano de idade e a populao idosa, bem como o ajuste da amostra a partir dos dados censitrios de 1991.
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OBJETIVO: Considerando a escassez de estudos rurais de base populacional, buscou-se avaliar as associaes entre caractersticas do trabalho rural e a ocorrncia de morbidade psiquitrica menor- MPM. MTODOS: Utilizando delineamento transversal, estudaram-se 1.282 agricultores de 446 estabelecimentos. As informaes foram coletadas por entrevista direta, a partir da percepo do trabalhador. O ndice de Kappa foi adotado para controle de qualidade. Caracterizaram-se as condies produtivas, dados sociodemogrficos e indicadores de saúde mental. RESULTADOS: A prevalncia de MPM afetou 37,5% dos agricultores. As prevalncias foram maiores entre produtores de feijo e menores entre os de ma. Encontrou-se risco aumentado nos estabelecimentos de 26 a 50 ha, e risco reduzido associado maior mecanizao e aumento de escolaridade. A ocorrncia de intoxicao por agrotxicos mostrou forte associao com MPM, embora no se possa definir a direo dessa associao. CONCLUSES: Os resultados alertam para a dimenso dos problemas e para a urgncia de medidas que visem a proteger a saúde dos agricultores.
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OBJETIVO: Verificar o conhecimento, atitudes e prticas em relao s aes bsicas de saúde ocular de pediatras e enfermeiros de serviços de saúde pblica. MTODO: A populao estudada constituiu-se de pediatras e enfermeiros que trabalhavam nos centros de saúde do Municpio de Campinas, SP - Brasil, e atuavam com crianas de 0 a 12 anos de idade. As informaes sobre conhecimento, atitudes e prticas foram colhidas atravs de questionrios (para os pediatras) e de formulrios (para os enfermeiros). RESULTADOS: A execuo das aes bsicas de saúde ocular em crianas no fazia parte da rotina de atividades dos pediatras e enfermeiros, provavelmente devido ao pouco conhecimento dessas aes. Dos 61 pediatras, 82,0% (50) e 91,0% dos 22 enfermeiros no souberam referir a idade em que se completa o desenvolvimento visual. Em relao ambliopia, 86,8% (53) dos pediatras e 100,0% dos enfermeiros no souberam defini-la. CONCLUSES: A promoo da saúde ocular e a preveno precoce de problemas visuais em crianas no representava uma prtica constante desses profissionais vinculados aos serviços de saúde pblica. Recomenda-se que se realize treinamentos e educao continuada na rea de saúde ocular durante e aps a formao universitria desses profissionais.
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OBJETIVO: Identificar os grupos populacionais no alcanados pelo programa local de saúde materno-infantil, buscando caracterizar os possveis pontos de excluso, com vistas ao estudo de intervenes capazes de ampliar o acesso e a utilizao das principais aes de saúde oferecidas pelo programa. MTODOS: Estudou-se uma amostra de 465 menores de um ano residentes no Municpio de Embu, SP (Brasil). A anlise estatstica, orientada pela hiptese que esperava maior disponibilidade de planos de saúde entre as famlias que no usavam o programa local de saúde infantil, consistiu em anlises de associao estratificadas que buscaram detectar heterogeneidade entre os quatro estratos de famlias e no interior deles, definidos segundo diferentes padres de condies de vida. RESULTADOS: Apesar de apenas 85,4% das crianas estudadas serem matriculadas nas unidades bsicas de saúde, 91,2 % eram assistidas pelas principais aes de saúde. No estrato 3, onde reside a populao perifrica, esto concentradas as crianas no alcanadas pelo programa. O estudo de diferenas dentro dos estratos revelou que tambm no estrato 3 encontra-se a possibilidade de que algumas famlias estejam usando convnios ou planos de saúde como alternativa ao programa local de saúde. Os resultados apontam ainda que a populao com piores condies de vida (favelas) dispe do sistema pblico do municpio como nica alternativa para cuidar de sua saúde. CONCLUSES: na populao residente na periferia do municpio que se concentram as crianas no assistidas pelo programa local de saúde infantil e existe maior heterogeneidade entre as famlias quanto disponibilidade de outros recursos para os cuidados de saúde de suas crianas.
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OBJETIVO:Analisar a mortalidade por diabetes mellitus em idosos e a subenumerao do diabetes como causa do bito de acordo com estatsticas baseadas unicamente em causa bsica de bito. MTODOS:Foram revisadas todas as 2.974 declaraes de bito ocorridas em 1994 de idosos residentes em um ncleo habitacional localizado na cidade do Rio de Janeiro, RJ. Destas, foram estudados 291 bitos, tendo o diabetes mellitus como causa bsica (150) e associada (141). A proporo de bitos em que a diabetes aparece como causa bsica em relao ao total de bitos por diabetes foi calculada de forma global e segundo sexo e faixa etria. RESULTADOS:Dos 291 bitos estudados, 138 (47,4%) ocorreram em homens, e 153, em mulheres (52,6%). As taxas de mortalidade apresentaram crescimento contnuo com o avanar da idade, sendo superiores no sexo masculino, embora a diferena entre sexos tenha sido menor para a anlise baseada unicamente na causa bsica. Observou-se proporo elevada de bitos domiciliares (22%). A proporo de bitos por diabetes como causa bsica foi de 51,5%, sendo maior nas mulheres do que nos homens. CONCLUSES:A anlise das estatsticas de mortalidade baseadas unicamente na causa bsica do bito pode levar a perfis distorcidos, em funo da subenumerao no ocorrer aleatoriamente. Estudos adicionais em coortes de idosos brasileiros diabticos so necessrios para permitir uma avaliao mais acurada da mortalidade nesse grupo.
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OBJETIVO: Avaliar as associaes entre fatores de dieta e acmulo de tecido adiposo na regio abdominal. MTODOS: A partir de um inqurito de base domiciliar realizado no Municpio do Rio de Janeiro, RJ, em 1995 e 1996, foi investigada a dieta usual em 2.441 pessoas (42,8% homens e 57,2% mulheres) entre 20 anos e 60 anos. Para tanto, utilizou-se um questionrio semiquantitativo de freqncia de consumo alimentar, e aferiram-se altura, peso e permetros de cintura e quadril. Considerou-se a relao cintura-quadril (RCQ) inadequada para os homens que apresentassem RCQ acima de 0,95 e, para as mulheres, acima de 0,80. RESULTADOS: A RCQ inadequada associou-se positivamente a idade, tabagismo, ndice de massa corporal e inversamente a escolaridade, renda e atividade fsica de lazer para ambos os sexos (p<0,05). No foi verificada associao entre RCQ elevada e consumo de lipdios, carboidratos e fibras totais. Foi encontrada associao positiva entre RCQ inadequada e consumo de bebidas destiladas entre mulheres na menopausa (p<0,001) e consumo de quatro ou mais copos por dia de cerveja entre os homens (p<0,001). CONCLUSO: Em concordncia a outros estudos similares, somente o consumo de lcool parece estar associado ao acmulo de gordura abdominal.
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A doena mental continua imbuda de mitos, preconceitos e esteretipos, apesar da crescente aposta na investigao e na melhoria de tratamento nesta rea da saúde. Como consequncia, as pessoas com doena mental so discriminadas e estigmatizadas quer pelo pblico geral e pelos meios de comunicao, quer pelas prprias famlias e pelos profissionais de saúde mental que lhes prestam cuidados. Uma vez que os profissionais de saúde mental estabelecem uma ponte entre a doena e a saúde, espera-se que as suas atitudes e prticas contribuam para o recovery da pessoa com doena mental. No entanto, se os profissionais tambm apresentarem atitudes e crenas estigmatizantes face doena mental, este processo reabilitativo pode ficar comprometido. Nesse sentido, e perante as lacunas de investigao nesta rea, este trabalho tem como objectivo explorar e clarificar a presena ou ausncia de atitudes estigmatizantes dos profissionais de saúde mental e, quando presentes, como se caracterizam. Para tal realizaramse 24 entrevistas de carcter qualitativo a profissionais de saúde mental que trabalham em trs instituies na regio do Porto, nomeadamente num servio de psiquiatria de um hospital geral, num hospital especializado e em estruturas comunitrias. A anlise do material discursivo recolhido junto de Assistentes Sociais, Enfermeiros, Mdicos Psiquiatras, Psiclogos e Terapeutas Ocupacionais evidencia a presena de crenas e atitudes de carcter estigmatizante face doena mental, independentemente da idade, formao ou local onde exercem funes, salvo escassos aspectos onde parece haver influncia da idade e da profisso. Significa isto que provvel que as variaes de atitudes dos profissionais sejam fundamentalmente consequncia das suas caractersticas pessoais.
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OBJETIVO: Verificar as espcies de dpteros muscides capazes de veicular ovos e larvas de helmintos e avaliar o potencial de contaminao dos dpteros capturados. MTODOS: A pesquisa foi realizada em dois pontos distintos do Jardim Zoolgico da cidade do Rio de Janeiro, RJ, no perodo de maio de 1996 a abril de 1998. As capturas dos dpteros foram realizadas semanalmente com armadilhas contendo peixe em putrefao, que permaneceram expostas durante uma hora nos dois pontos: local 1- prximo lixeira do zoolgico e o local 2- perto do recinto do hipoptamo e das aves de rapina. Foram capturadas 41.080 moscas, sendo a espcie Chrysomya megacephala mais representativa com 69,34%, seguida de Chrysomya albiceps 11,22%, Musca domestica 7,15%, Chrysomya putoria 4,52%, Fannia sp. 3,12%, Ophyra sp. 2,53% e Atherigona orientalis 2,08%. As moscas capturadas tiveram a superfcie dos corpos lavadas com gua destilada e os tubos digestivos dissecados. RESULTADOS: Das espcies estudadas, C. megacephala e M. domestica apresentaram maior quantidade de ovos de helmintos na superfcie do corpo e no contedo intestinal. Ovos de Ascaridoidea e Trichinelloidea prevaleceram no contedo intestinal de C. megacephala. Dos ovos de helmintos encontrados na superfcie do corpo e no contedo intestinal foram identificados: Ascaris sp., Toxascaris sp., Toxocara sp., Trichuris sp., Capillaria sp., Oxiurdeos, Triconstrogildeos e Acantocephala. Tambm foram encontradas larvas de helmintos na superfcie do corpo dos dpteros. Houve diferenas significativas (nvel de 5%, pelo teste F) entre os diferentes pontos de capturas em relao ao nmero de ovos de helmintos encontrados nos dpteros. CONCLUSES: As fezes dos animais do jardim zoolgico, encontradas freqentemente nos abrigos e lixeiras, contriburam para a proliferao dos dpteros muscides, que assumem importante papel na veiculao de ovos de helmintos, principalmente pelo contato direto do corpo do dptero com o alimento dos animais.
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O objetivo do estudo foi levantar os principais parasitides de Chrysomya megacephala, na cidade do Rio de Janeiro, RJ, devido a importncia dessa mosca como vetor de patgenos para o ambiente urbano. As coletas foram realizadas semanalmente, no perodo de agosto de 1999 a julho de 2000, por meio da exposio de larvas e pupas da mosca em carne putrefata. Foram identificadas trs espcies de microhimenpteros no local: Tachinaephagus zealandicus (Encyrtidae), Pachycrepoideus vindemiae (Pteromalidae) e Nasonia vitripennis (Pteromalidae), cujos testes posteriores podero mostrar seu potencial para utilizao em futuros programas de controle.
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OBJETIVO: As doenas respiratrias agudas, principalmente as pneumonias, so a causa mais importante de bito em menores de cinco anos e so responsveis por doena grave nos maiores de 60 anos. O estudo realizado tem como objetivo descrever as principais caractersticas epidemiolgicas dos casos de doenas respiratrias agudas notificadas pelas unidades de saúde. MTODOS: Todos os registros de atendimentos de pacientes com doena respiratria aguda, no perodo entre 1996 e 2001, foram revistos semanalmente, em formulrio especfico, a partir dos boletins de atendimento mdico preenchidos por 100 unidades pblicas de saúde. Os dados foram classificados em no pneumonia e pneumonia por faixa etria. RESULTADOS: Foram informados 2.050.845 casos de doena respiratria aguda no perodo estudado. Os meses com maior nmero de casos foram maio e junho. A faixa etria mais acometida foi a de um a quatro anos, com cerca do dobro do nmero de casos das outras faixas etrias. Pneumonias representaram, aproximadamente, 7,7% dos casos. CONCLUSES: O acompanhamento das doenas respiratrias agudas serve para mostrar sua magnitude em termos numricos, e estimular seu diagnstico apropriado, tratamento precoce e preveno, tanto das complicaes, quanto de sua ocorrncia.
Resumo:
OBJETIVO: Descrever a prtica teraputica de mdicos alopatas e avaliar a assistncia ambulatorial prestada a pacientes de unidades de saúde. MTODOS: O estudo foi realizado em Ribeiro Preto, SP, utilizando como base metodolgica os indicadores de uso de medicamentos da Organizao Mundial da Saúde. Nos de prescrio, trabalhou-se com 10 unidades de saúde e 6.692 receitas de clnicos e pediatras. Nos indicadores de assistncia ao paciente a amostra foi composta por 30 pacientes em cada unidade, sendo o nmero de unidades varivel para cada indicador. Foi utilizado o teste de comparao de propores. RESULTADOS: O nmero mdio de medicamentos por receita foi de 2,2 compatvel com o observado na literatura. Das prescries, 30,6% foram feitas pela denominao genrica, valor considerado baixo. A prescrio de antibiticos ocorreu em 21,3% das receitas, com maior percentual entre os pediatras (28,9%). Em 8,3% das receitas houve prescrio de injetvel, sendo o maior percentual observado entre os clnicos (13,1%). Em 83,4% das prescries, os medicamentos constavam da Lista de Medicamentos Padronizados, indicativo de sua aceitao entre os profissionais. O tempo mdio de consulta foi de 9,2 minutos e o de dispensao de 18,4 segundos, ambos insuficientes para uma efetiva ateno ao paciente. Do total de medicamentos prescritos, 60,3% foram fornecidos. Em 70% das entrevistas os pacientes tinham conhecimento da forma correta de tomar o medicamento. CONCLUSES: A assistncia prestada ao paciente insuficiente. Estudos qualitativos so necessrios para uma avaliao dos diversos fatores envolvidos, e futuras intervenes.