983 resultados para Reading (Secondary)


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O estudo científico dos correlatos cognitivos da aquisição e desenvolvimento da competência de leitura é um assunto de grande relevância quer teórica quer prática, no sentido em que pode ajudar a compreender os processos cognitivos básicos envolvidos na leitura e, em última instância, a delinear os seus preditores e a predizer dificuldades na sua aquisição. A par da consciência fonológica – capacidade para perceber e manipular as unidades de som –, um dos construtos que frequentemente tem sido associado ao desenvolvimento da competência de leitura é a velocidade de nomeação de estímulos visuais (também conhecida como nomeação rápida automatizada ou velocidade de acesso ao léxico). Tradicionalmente, esta capacidade tem sido avaliada recorrendo ao paradigma clássico das provas de nomeação rápida automatizada (RAN) desenvolvidas por Denckla e Rudel (1976), nas quais é pedido ao sujeito que nomeie o mais rapidamente possível um conjunto de estímulos familiares apresentados serialmente. Nas últimas décadas, inúmeros estudos vieram demonstrar que a nomeação rápida é um importante preditor da competência de leitura, sobretudo da fluência da leitura, e um défice central em perturbações de leitura como a dislexia. O desempenho numa tarefa de nomeação rápida apela à sincronização e integração de vários processos, incluindo: (a) atenção ao estímulo, (b) integração da informação visual com representações visuais ou ortográficas arquivadas em memória, (c) recuperação de uma etiqueta verbal, e a (d) ativação da representação articulatória (Wolf & Bowers, 1999). Uma vez que a leitura e a nomeação rápida envolvem processos cognitivos semelhantes, não parece surpreendente que ambas as competências estejam associadas. No entanto, os estudos têm variado consideravelmente no que respeita à magnitude da associação entre a nomeação rápida e a leitura, encontrando-se resultados nulos ou negligenciáveis do valor preditivo da nomeação rápida na explicação da variância do desempenho de leitura. Vários fatores podem contribuir para as discrepâncias observadas na literatura, entre os quais as medidas utilizadas para avaliar o desempenho de nomeação rápida (por exemplo, medidas que utilizam estímulos ortográficos ou não-ortográficos) e de leitura (por exemplo, medidas de fluência ou de acuidade). A importância da natureza das medidas quer de nomeação rápida quer de leitura tem sido reconhecida por vários autores (para uma revisão, ver Norton & Wolf, 2011). Paralelamente, as amostras estudadas, que têm variado quanto à idade/escolaridade dos participantes e à sua competência de leitura (leitores normais ou fracos leitores ou leitores disléxicos), poderão estar a contribuir para a heterogeneidade dos resultados publicados. A literatura recente tem salientado a relevância destes fatores na aquisição e desenvolvimento da leitura, embora a direccionalidade do seu efeito seja ainda pouco clara. Por exemplo, a transição de um procedimento de leitura baseado em estratégias de descodificação fonológica para uma leitura automática, à medida que o sujeito se torna um leitor fluente, parece ser acompanhada por uma mudança no peso relativo das capacidades cognitivas subjacentes à leitura (ex., Reis, Faísca, Castro, & Petersson, in press). Outro fator importante que tem dificultado a interpretação dos dados publicados sobre os construtos envolvidos na leitura, e em particular sobre a nomeação rápida, relaciona-se com a consistência ortográfica do sistema de escrita nos quais os estudos são conduzidos. Estudos trans-linguísticos sugerem que a consistência ortográfica influencia a facilidade com que se aprende a ler nas escritas alfabéticas, bem como o tipo de processamento de leitura predominantemente adotado pelos leitores (Seymour, Aro, & Erskine, 2003). No seio deste enquadramento, nesta tese procurámos clarificar as divergências encontradas na literatura relativamente à relação entre a nomeação rápida e o desempenho de leitura. Através de um estudo de meta-análise 1 é nosso objetivo realizar uma síntese objetiva do estado da arte sobre a relação entre a nomeação rápida e a leitura, e avaliar a influência de potenciais fatores moderadores da magnitude desta relação, nomeadamente: (a) a natureza da tarefa de nomeação (tipo de estímulo nomeado, número total de itens, e número de itens diferentes); (b) a natureza da tarefa de leitura (subcomponente de leitura, e medida de resposta usada para avaliar o desempenho); (c) características da amostra (escolaridade e nível de leitura); e (d) ortografia (sistema de escrita, e consistência ortográfica). Para tal, foi realizada uma procura de artigos científicos nas bases de dados PubMed, PsycINFO, e Web of Knowledge, tendo sido incluídas na meta-análise um total de 154 experiências independentes, compreendendo 21,706 participantes. Os resultados indicam uma relação moderada-a-forte entre a nomeação rápida e o desempenho de leitura (r =.44, I2 = 71.19). Nas análises seguintes procurou-se avaliar o contributo de potenciais variáveis moderadoras que possam explicar a heterogeneidade observada entre os tamanhos dos efeitos. Verificou-se que a nomeação rápida se associa significativamente e em magnitude semelhante com todas as medidas de leitura, i.e., quer estas apelem preferencialmente a um processamento de descodificação fonológica ou de reconhecimento de padrões ortográficos da palavra. Os resultados sugerem ainda que a magnitude das correlações é inflacionada nos estudos em que o desempenho de leitura é baseado na velocidade/fluência de leitura, em particular nos níveis de escolaridade mais avançados, e que utilizam tarefas de nomeação com estímulos alfanuméricos ao invés de estímulos não-alfanuméricos. Adicionalmente, verificou-se que a força da associação entre a nomeação rápida e a acuidade de leitura varia de forma não linear durante a evolução da leitura, sendo que a correlação é maior nos leitores escolarizados mais novos e decresce à medida que a escolaridade aumenta. O papel atribuível à proficiência dos leitores, i.e., fracos leitores/leitores disléxicos ou leitores normais, foi menos claro; no entanto, houve uma tendência para a relação ser mais forte nas amostras de fracos leitores/leitores disléxicos. Os resultados das comparações trans-linguísticas, por sua vez, sugerem que a nomeação rápida tem um papel importante para o desempenho da leitura independentemente das características da ortografia, ainda que as correlações tenham sido maiores nas ortografias opacas, e em particular nas línguas não-alfabéticas. Em suma, a presente meta-análise fornece resultados convincentes de que o desempenho em tarefas de nomeação rápida refletirá processos cognitivos subjacentes que são também relevantes para a aquisição/desenvolvimento da leitura. Consequentemente, pode dizer-se que estas medidas serão um preditor útil da competência de leitura. Os resultados são também discutidos no contexto das teorias atuais que procuram explicar através de que processos cognitivos se associam a nomeação rápida e a leitura, com ênfase nas hipóteses fonológica versus ortográfica. 1 Uma meta-análise permite a integração quantitativa de resultados de diversos estudos, recorrendo para isso à noção de magnitude do efeito.

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Dissertação de mestrado, Biologia Marinha, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2015

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This publication is a report generated by the South Carolina Teachers Association on the state of South Carolinians' reading habits, including reasons why reading levels are low and suggestions on how to improve the availability of reading materials, education, and motivation to read.

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Relatório da prática de ensino supervisionada, Ensino de Português e Línguas Clássicas, Universidade de Lisboa, 2012

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Brabantio’s words “Look to her, Moor, if thou hast eyes to see:| She has deceived her father, and may thee” ( Othello , 1.3.292–293) warn Othello about the changing nature of female lo yalty and women’s potential for deviancy. Closely examining d aughters caught in the conflict between anxious fathers and husbands-to- be, this article departs from such paranoid male fa ntasy and instead sets out to explore female deviancy in its legal and dramatic implications with reference to Shakespeare ’s The Merchant of Venice . I will argue that Portia’s and Jessica’s struggle to evade male subsidiarity results in their conscio us positioning themselves on the verge of illegality. Besides occa sioning productive exploration of marriage, law and justice within what Morss (2007:183) terms “the dynamics of human desir e and of social institutions,” I argue that female agency, s een as temporary deviancy and/or self-exclusion, reconfigures the ma le domain by affording the inclusion of previous outsiders (Anto nio, Bassanio and Lorenzo) .

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May Sinclair was one of the most widely read and successful English women novelists of the first half of the twentieth century. She had interests and themes in common with many of those now considered to have been at the heart of English modernism. In terms of formal experimentation too her concerns chime with the aesthetic innovations of, for example, pound, Eliot and Woolf. Her early interest in psychoanalysis and support for the suffrage campaign also mark her out as a modern. Despite some work from feminist literary critics and her partial categorisation as modernist, however, her work still lacks a critical framework within which it can be read. Indeed, some of the work done by feminist critics on her has paradoxically re-marginalised her. In this thesis I aim to provide one critical framework through which Sinclair's work can be read. My contention is that the occluding of one aspect of her work and thought- its movement toward intellectual, emotional and aesthetic wholeness - has marred previous critical readings of her. By paying attention to this through a focus on discourses of cure, this thesis reads Sinclair's work with an awareness of its language, cultural context and intertextual relations. Early twentieth-century medical discourse, psychoanalysis, mysticism, the chivalric and the psychical are all used to read the works. At the same time, my aim is to read Sinclair's work without eliding its difficulties. Rather, I aim to read her in a way that acknowledges the difficulties of and fraught moments in her writing as markers of its significance.

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Thesis (Ph.D.)--University of Washington, 2015

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As Tennyson's “little Hamlet ,” Maud (1855) posits a speaker who, like Hamlet, confronts the ignominious fate of dead remains. Maud's speaker contemplates such remains as bone, hair, shell, and he experiences his world as one composed of hard inorganic matter, such things as rocks, gems, flint, stone, coal, and gold. While Maud's imagery of “stones, and hard substances” has been read as signifying the speaker's desire “unnaturally to harden himself into insensibility” (Killham 231, 235), I argue that these substances benefit from being read in the context of Tennyson's wider understanding of geological processes. Along with highlighting these materials, the text's imagery focuses on processes of fossilisation, while Maud's characters appear to be in the grip of an insidious petrification. Despite the preoccupation with geological materials and processes, the poem has received little critical attention in these terms. Dennis R. Dean, for example, whose Tennyson and Geology (1985) is still the most rigorous study of the sources of Tennyson's knowledge of geology, does not detect a geological register in the poem, arguing that by the time Tennyson began to write Maud, he was “relatively at ease with the geological world” (Dean 21). I argue, however, that Maud reveals that Tennyson was anything but “at ease” with geology. While In Memoriam (1851) wrestles with religious doubt that is both initiated, and, to some extent, alleviated by geological theories, it finally affirms the transcendence of spirit over matter. Maud, conversely, gravitates towards the ground, concerning itself with the corporal remains of life and with the agents of change that operate on all matter. Influenced by his reading of geology, and particularly Charles Lyell's provocative writings on the embedding and fossilisation of organic material in strata in his Principles of Geology (1830–33) volume 2, Tennyson's poem probes the taphonomic processes that result in the incorporation of dead remains and even living flesh into the geological system.

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O presente artigo teve origem num texto escrito para o programa do espectáculo Frei Luís de Sousa, com encenação de Carlos Avilez, no Teatro Nacional D. Maria II, na abertura das Comemorações do Bicentenário do nascimento de Almeida Garrett.

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Resumo I - O projecto “Piano e outros Instrumentos/orquestra” consiste na implementação do formato Piano e Orquestra em complemento às aulas individuais e aos ensaios de conjunto. O trabalho foi dirigido a um grupo de três alunos com idades de 9, 12 e 16 anos, do curso de Iniciação, Básico e Secundário da EMNSC (Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo). Foram criados momentos distintos em cada fase. Estimulou-se o desenvolvimento de competências musicais e de estratégias metacognitivas visando a evolução dos alunos e a eficácia na realização do estudo individual. O Projecto foi criado com o objectivo de desenvolver as competências musicais, a motivação para realização do estudo individual e de grupo, o espírito e a audição crítica, o controlo dos factores psicológicos, a ansiedade, o aumento da autoconfiança, a aprendizagem, a melhoria da atitude positiva no momento da execução pública e o incremento do interesse pelas actividades relacionadas com a prática musical. A realização deste projecto visou analisar o grau de motivação, o desenvolvimento e a aquisição de competências musicais dos alunos de piano que frequentaram semanalmente aulas individuais, aulas extra de preparação, ensaios com Orquestra “Da Capo”, ensaios com a Orquestra Maior, duos com violoncelo e com canto. Um dos objectivos era comparar o grau de motivação e desenvolvimento dos alunos quando estudam obras nas aulas individuais que constituem o programa curricular e, por outro lado, quando o fazem em peças seleccionadas especificamente para este Projecto. Esta experiência visou proporcionar um conhecimento nos diversos domínios da música, uma visão diferente da funcionalidade do piano em conjunto com os outros instrumentos, a descoberta das sonoridades do piano contrastante e ao mesmo tempo, integrante com outros instrumentos, as formas de funcionamento dos instrumentos de corda, de sopro, dos assuntos relacionados com a afinação e pretendendo-se assim apurar o sentido de fazer parte integrante de um todo.