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A patogênese e os achados clínicos, hematológicos e anatomopatológicos da infecção natural pelo protozoário Rangelia vitalii (rangeliose canina) foram estudados em 35 cães que morreram em consequência dessa condição. Os resultados obtidos permitem o seguinte conjunto de conclusões: (1) causa doença hemolítica exclusivamente extravascular e de origem imunomediada; (2) cursa invariavelmente com algum grau de hemorragia à necropsia, mas nem sempre clinicamente perceptível; (3) os principais sinais que devem chamar a atenção para a suspeita clínica são anemia, icterícia e esplenomegalia; (4) o principal achado hematológico e que deve chamar a atenção para a suspeita clínica é a ocorrência de anemia com sinais de intensa regeneração eritroide; (5) os três principais diagnósticos diferenciais são leptospirose, babesiose e erliquiose monocitotrópica aguda; (6) a principal lesão observada é uma associação de hiperplasia linfoide com inflamação mononuclear, predominantemente plasmocitária, mas por vezes granulomatosa; (7) outras lesões frequentes são secundárias à marcada anemia regenerativa; (8) o agente etiológico pode ser facilmente encontrado, pois ocorre em grande quantidade na maioria dos tecidos, principalmente nos linfonodos, no baço, na medula óssea, no coração e nas tonsilas.

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Objetivou-se com este estudo calcular a prevalência e identificar os fatores de risco associados à infecção por Chlamydophila abortus em suínos criados em granjas tecnificadas no Estado de Alagoas, Brasil. Para compor a amostra do estudo foram utilizados 342 suínos, sendo 312 matrizes e 30 varrões oriundos de sete granjas de ciclo completo e distribuídas em cinco municípios do Estado de Alagoas. O diagnóstico sorológico da infecção por C. abortus foi realizado através da microtécnica de Fixação do Complemento (RFC). A análise dos fatores de risco foi realizada por meio da aplicação de questionários investigativos, constituídos por perguntas objetivas referentes ao criador, às características gerais da propriedade, ao manejo produtivo, reprodutivo e sanitário. Observou-se prevalência de 10,5% (36/342) de suínos soropositivos para a infecção por C. abortus, com 85,8% das granjas analisadas com animais positivos. As variáveis que demonstraram associação significativa foram: utilização de bebedouros comuns para jovens e adultos (p=0,024; OR=10,83; IC=1,36-86,03) e método de cobertura de monta natural associada à inseminação artificial (p=0,05; OR=7,62; IC=1,00-58,31). Relata-se a primeira ocorrência de anticorpos anti-C. abortus em suínos no Brasil. Fatores como a introdução de reprodutores nos plantéis e a forma de fornecimento de água foram evidenciados como facilitadores da infecção das matrizes neste estudo. Dessa forma, medidas de controle da infecção devem ser enfocadas nesse aspecto para evitar a disseminação do agente nas granjas suinícolas e em outros plantéis da região.

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Objetivou-se com este estudo calcular a prevalência e identificar os fatores de risco associados à infecção por Toxoplasma gondii em suínos criados em granjas tecnificadas no Estado de Alagoas, Brasil. Para compor a amostra do estudo de prevalência foram utilizados 342 suínos, sendo 312 matrizes e 30 varrões, oriundos de sete granjas de ciclo completo e distribuídas em cinco municípios do Estado de Alagoas. O exame sorológico para a pesquisa de anticorpos anti-Toxoplasma gondii foi realizado através da técnica de Imunofluorescência Indireta (RIFI), utilizando-se anticorpos anti-IgG-suíno conjugado ao isotiocianato de fluoresceína. A análise dos fatores de risco foi realizada por meio da aplicação de questionários constituídos por perguntas objetivas referentes ao criador, às características gerais da propriedade, ao manejo produtivo, reprodutivo e sanitário. Determinou-se uma prevalência de 26,9% (92/342) de suínos soropositivos. O fator associado à infecção foi a introdução de reprodutores nas granjas nos últimos cinco anos (p=0,014; OR=1,83; IC=1,13-2,96). Concluiu-se que a infecção por Toxoplasma gondii encontra-se disseminada em suínos criados em granjas tecnificadas no Estado de Alagoas, Brasil. Recomenda-se o controle da população de gatos, a realização de práticas de limpeza e higienização das instalações e realização de testes laboratoriais para diagnóstico da infecção por T. gondii nos animais a serem introduzidos no plantel como medidas de redução dos índices de infecção na região estudada.

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Neste trabalho são descritos os sinais clínicos, patologia clínica e patologia de 24 bovinos com leucose bovina enzoótica atendidos na Clínica de Bovinos de Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Esses casos representaram 0,5% de 4.758 bovinos atendidos entre os anos de 2000 e 2010. A doença afetou 22 (91,7%) fêmeas e dois machos. Vinte e um animais (87,5%) eram de raças leiteras (seis Holandês, 13 Girolando, um Jersey e um Pardo Suíça) e três (12,5%) eram da raça Nelore. Vinte e três animais (95,8%) tinham idade entre 3 e 8 anos e um era mais jovem. Todos eram criados em regime de confinamento ou semi-confinamento. Clinicamente todos os animais apresentaram aumento dos linfonodos superficias. Outros sinais frequentes foram hiporexia, diminuição da produção de leite, emagrecimento progressivo, escore corporal baixo, desidratação, hipomotilidade dos pré-estômagos e fezes alteradas e em pouca quantidade. Com menor frequência foram observados exoftalmia, dispneia e aumento de volume do útero. No leucograma foi constatada leucocitose média de 34.082/µL, com linfocitose de 21.814/µL e neutrofilia de 10.906/µL. Treze animais foram necropsiados e os demais foram enviados pelos proprietários para o abate. Dos treze animais abatidos todos apresentaram lesões nos linfonodos superficiais, seis nos linfonodos mesentéricos, seis no intestino, três no abomaso, um no coração, um no fígado, um no rúmen, um no útero e um no rim. Diante da importância desta enfermidade e dos prejuízos causados pela mesma é necessário alertar produtores sobre os cuidados a serem tomados durante a aquisição de animais, assim como da necessidade de implantar medidas que evitem a difusão da doença entre as fazendas.

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No presente estudo coletaram-se 115 amostras de líquido articular e peri-articular de suínos com suspeita clínica de doença articular oriundos de maternidade (30,43%), creche (44,35%) e crescimento/terminação (25,22%) de Sistemas Intensivos de Produção de Suínos (SIPs) para avaliação microbiológica e molecular. Observaram-se 57 (49,5%) amostras positivas em pelo menos uma das técnicas. No isolamento microbiano, 39,13% das amostras foram positivas, sendo Streptococcus spp. (19,72%), Arcabobacterium pyogenes (18,13%) e Escherichia coli (12,68%) os mais frequentes, havendo também a presença de Candida sp. (2,6%). Na técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), em 20% das amostras foram detectados microrganismos com uma maior ocorrência de Mycoplasma hyosinoviae (34,09%), Erysipelotrix tonsilarum (20,45%) e Haemophilus parasuis (15,90%). Os microrganismos mais frequentemente isolados em animais com artrite, apresentaram distribuição em todas as faixas etárias, entretanto a fase de crescimento/terminação apresentou maior percentual (69%) de amostras positivas. Streptococcus spp. ocorreu em todas as fases sendo o microrganismo mais detectado. M. hyosinoviae foi observado principalmente em animais de creche. Na fase de crescimento/terminação as bactérias predominantes foram A. pyogenes, H. parasuis e E. tonsilarum. Aproximadamente metade dos casos foi negativo o que indica a provável ocorrência de processos degenerativos como a osteocondrose, embora a participação de infecções articulares e peri-articulares possam representar grandes perdas com menor ou maior impacto dependendo da fase de criação. Problemas articulares e/ou peri-articulares de origem infecciosas foram encontrados em todas as propriedades estudadas. O principal agente foi M. hyosynoviae, principalmente na creche, porém não se pode descartar o envolvimento de problemas degenerativos em associação.

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O presente estudo investigou o uso da cito-(73,0%), Arcanobacterium pyogenes (6,0%), Streptococlogia aspirativa com agulha fina no diagnóstico da lin-cus spp. β hemolítico (5,0%) e Escherichia coli (4,0%) fadenite em ovinos e a ocorrência de microrganismos foram os microrganismos mais frequentes nos animais nos linfonodos com lesões, com ênfase no isolamento de com linfadenite. Streptococcus spp. (21,0%) e Staphylo-Corynebacterium pseudotuberculosis. Foram utilizados coccus spp. (7,0%) foram as bactérias isoladas com 100 linfonodos de ovinos com aumento de volume su-maior frequência nos linfonodos sem lesões colhidos em gestivos de linfadenite e 100 linfonodos de ovinos sem abatedouro. A punção aspirativa com agulha fina perlesões, colhidos em abatedouro. C. pseudotuberculosis mitiu identificar microrganismos "corineformes" em 79 (79,0%) animais com linfadenite e, destes, 73 (73,0%) foram identificados como C. pseudotuberculosis. Nenhuma linhagem de C. pseudotuberculosis foi isolada dos linfonodos dos animais sem lesões. Concluiu-se que C. pseudotuberculosis foi o microrganismo mais freqüente nos ovinos com linfadenite, e que a citologia aspirativa pode ser utilizada como método de triagem no diagnóstico da linfadenite caseosa ovina

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Este trabalho teve como objetivos determinar a prevalência de propriedades de caprinos leiteiros positivas e de animais soropositivos para leptospirose no semiárido paraibano. A amostragem foi delineada para a determinação da prevalência de propriedades positivas (focos) e de animais soropositivos para a infecção por Leptospira spp. No total, foram colhidas amostras de sangue de 975 animais procedentes de 110 propriedades leiteiras localizadas no Munícipio de Monteiro, microrregião do Cariri Ocidental, Estado da Paraíba. Para o diagnóstico da infecção por Leptospira spp., foi utilizado o teste de soroaglutinação microscópica (SAM), utilizando como antígenos 24 sorovares. Uma propriedade foi considerada foco quando apresentou pelo menos um animal soropositivo. As prevalências de propriedades positivas e de animais soropositivos foram de 43,6% (IC 95% = 34,2-53,4%) e de 8,7% (IC 95% = 5,7-12,9%), respectivamente. Nos animais, os sorovares mais frequentes foram Autumnalis (1,74%; IC 95% = 0,97-3,09%), Sentot (1,71%; IC 95% = 0,82-3,52%) e Whitcomb (1,39%; IC 95% = 0,65-2,93%), e nas propriedades, os sorovares Autumnalis (10,9%; IC 95% = 5,8-18,3%), Whitcomb (8,2%; IC 95% = 3,8-15,0%) e Sentot e Patoc (7,3%; IC 95% = 3,2-13,8%) foram os mais frequentes. Sugere-se que a infecção está distribuída em caprinos da região, e que há necessidade de implantação de medidas de controle e prevenção, com o intuito de reduzir a ocorrência da infecção e, consequentemente, diminuir perdas econômicas ocasionadas e bloquear a possível transmissão do agente aos seres humanos.

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Foram investigados a prevalência e os fatores de risco da leptospirose bovina no Estado do Maranhão. O Estado foi dividido em quatro circuitos amostrais com base em parâmetros de produção distintos que variam conforme os diferentes sistemas de produção, as práticas de manejo, a finalidade de exploração, o tamanho médio dos rebanhos e os sistemas de comercialização. Objetivou-se estudar as características epidemiológicas da leptospirose bovina no Estado do Maranhão, de modo a determinar a prevalência em bovinos e em rebanhos, detectar as sorovariedades de Leptospira spp. presentes, identificar os fatores de risco eventualmente associados à leptospirose em bovinos e diferenciar os circuitos pecuários entre si no que se refere à prevalência de leptospirose. A pesquisa foi realizada em 136 propriedades rurais pertencentes ao circuito I, no qual 841 fêmeas bovinas com idade igual ou superior a 24 meses foram analisadas; 238 do circuito II, com 2.582 fêmeas analisadas; 122 do circuito III, com 869 fêmeas analisadas; e 77 do circuito IV, com 540 fêmeas analisadas; no total, 573 propriedades e 4.832 fêmeas foram estudadas. A presença de anticorpos contra Leptospira spp. foi verificada pela técnica de soroaglutinação microscópica (SAM). Das 4.832 fêmeas bovinas analisadas, 1.904 (35,94%; IC 95% = 33,01% - 38,98%) foram reagentes. Das 573 propriedades analisadas, 380 (64,81%; IC 95% = 61,10% - 68,35%) foram consideradas positivas. As sorovariedades Hardjo e Wolffi foram as mais frequentes em todo o Estado. O circuito III foi o que apresentou menor prevalência de leptospirose em todas as comparações. As variáveis identificadas como fatores de risco de leptospirose foram: presença de equinos (p = 0,000), presença de capivaras (p = 0,034) e rebanhos bovinos com 32 ou mais fêmeas adultas (p = 0,002).

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Os aspectos anatomopatológicos da leptospirose foram estudados em 53 cães que tiveram diagnóstico definitivo confirmado por imuno-histoquímica do tecido renal. Na necropsia, as principais lesões observadas incluíram icterícia (79,2%) e hemorragia (75,5%), principalmente no pulmão (56,6%). Alterações macroscópicas hepáticas (56,6%) e renais (50,9%) foram frequentes e caracterizavam-se principalmente por descolorações (30,2% e 32,1% respectivamente), acentuação do padrão lobular hepático (26,4%) e estriações brancas na superfície de corte dos rins (22,6%). Lesões extrarrenais de uremia ocorreram na metade dos casos (50,9%). Hepatomegalia (11,3%), nefromegalia (9,4%) e irregularidade da superfície capsular dos rins (3,8%) foram menos comuns. Na histologia dos rins (n=53), as lesões encontradas (98,1%) foram quase que exclusivamente agudas ou subagudas (96,2%) e caracterizavam-se por graus variados de nefrose tubular (86,8%) e nefrite intersticial não supurativa (60,4%), com evidente dissociação degenerativo-inflamatória. Na histologia do fígado (n=42), as lesões encontradas (97,6%) eram constituídas principalmente por dissociação dos cordões de hepatócitos (78,6%), colestase intra-canalicular (33,3%) e necrose hepática (31%). Lesões reativas, como hipertrofia das células de Kupffer, leucocitostase sinusoidal e infiltrado inflamatório mononuclear nos espaços porta, foram vistas em muitos casos (42,8%). Na histologia do pulmão (n=28), hemorragia (85,7%) e edema (57,1%) alveolares foram muito prevalentes. Neutrófilos e macrófagos nos espaços alveolares (35,7%) e neutrófilos no interior de pequenos vasos pulmonares (17,9%) também foram achados frequentes. Os resultados aqui demonstrados devem servir de alerta aos patologistas veterinários brasileiros, pois a apresentação anatomopatológica da leptospirose canina em nossa região (Região Central do Rio Grande do Sul, Brasil) não se modificou nos últimos 50 anos, mantendo-se semelhante àquela descrita internacionalmente até a década de 1980, mas muito diferente do que é atualmente reconhecido para os Estados Unidos, o Canadá e parte da Europa Ocidental. Recomendamos que os critérios histopatológicos para o diagnóstico da leptospirose canina devem incluir a presença concomitante de nefrite tubulointersticial aguda ou subaguda, hepatite reativa não específica e lesão alveolar difusa, incluindo hemorragia alveolar difusa com capilarite, em um cão que durante a necropsia demonstre icterícia, hemorragias e lesões extrarrenais de uremia na ausência de esplenomegalia.

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Objetivou-se realizar um estudo retrospectivo dos principais achados epidemiológicos, clínicos, patológicos e laboratoriais de ovinos acometidos por urolitíase obstrutiva, atendidos na Clínica de Bovinos, Campus Garanhuns/ UFRPE. Para isso, foram analisadas 66 fichas clínicas de ovinos, todos machos não castrados, com idade entre dois meses e cinco anos. A maioria dos casos (79,63%) ocorreu na época chuvosa. A maioria dos animais (87,88%) era criada intensivamente e todos eram alimentados com concentrados. Os sinais clínicos mais importantes foram as manifestações de dor, congestão de mucosas, hipertermia e aumento da tensão abdominal associados a obstrução do trato urinário. Metade dos animais apresentou obstrução total da uretra. Destes, 69,70% morreram, enquanto nos casos de obstrução parcial, 30,30% morreram. Nos exames laboratoriais verificou-se neutrofilia e desvio à esquerda regenerativo, hiperfibrinogenemia e azotemia. Na urinálise constatou-se hematúria em 89,29% dos casos e pH ácido em 46,43%. Na sedimentoscopia predominaram hemácias, leucócitos, células de descamação do epitélio uretral e cristais de urato amorfo. Os achados necroscópicos renais mais frequentes foram pielonefrite (61,54% dos casos) e hidronefrose (50%). Nos ureteres foram visualizados ureterite e hidroureter. Na bexiga foi mais evidente a cistite hemorrágica difusa (50%) e a presença de urólitos (57,69%). Na uretra observaram-se urólitos (61,54%) e uretrite hemorrágica difusa (57,69%). Quanto à composição dos urólitos predominaram os compostos por oxalato de cálcio hidratado. Conclui-se que no Agreste de Pernambuco a urolitiase é uma doença importante de ovinos, com alta letalidade, estando associada à alimentação rica em concentrados e sal mineral.

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Objetivou-se com este estudo determinar a frequência dos tumores diagnosticados em cães e gatos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Patos, Paraíba, Brasil, entre os anos de 2003 a 2010. Foram revisados todos os protocolos de necropsias e biópsias realizadas no Laboratório de Patologia Animal da referida instituição, e computados os dados referentes aos animais afetados. Os tumores mais frequentes em cães ocorreram na pele e anexos (46,7%), seguido da glândula mamária (24%), sistema genital (10,3%) e sistema digestório (6,5%). Os tumores malignos foram mais frequentes que os benignos (p=0,001), representando 78% e 22% respectivamente. Em gatos, as frequências de neoplasmas de pele e glândula mamária foram idênticas (39,4% cada), seguidas das do sistema digestório (8,5%) e fígado (5,7%). Os tumores malignos representaram 95,8% dos tumores diagnosticados nesta espécie. Cães sem raça definida tiveram menor frequência (16%) de tumores do que animais de diferentes raças (37,2%) (p<0,0001). A ampla variedade de neoplasmas que acomete cães e gatos dificulta ao veterinário o diagnóstico clínico e o tratamento das mesmas, sendo recomendável o diagnóstico histológico sistemático de todas as lesões suspeitas de serem neoplasias. Além disso, são necessários estudos que determinem os fatores epidemiológicos envolvidos no desenvolvimento dos tumores que acometem os cães e gatos, nas diferentes regiões, a fim de serem tomadas medidas para diminuir sua ocorrência e letalidade.

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Foi realizado um estudo retrospectivo de 14 focos de febre catarral maligna (FCM) em bovinos, detectados nos anos de 1999-2011, a partir dos arquivos da Seção Anatomia Patológica da Divisão de Laboratórios Veterinários (DILAVE) "Miguel C. Rubino" Montevideo. Foram analisados os dados epidemiológicos, apresentação clínica e lesões macroscópicas e histopatológicas. Para a detecção do herpesvírus ovino tipo 2 (OvHV-2) foi utilizada a técnica de PCR sobre as amostras do sistema nervoso central de bovinos de 12 focos. Os surtos ocorreram principalmente nos meses de primavera e verão, na região norte do país. Em 64% (9/14) dos focos ocorreram episódios individuais da enfermidade, enquanto que os casos coletivos foram 5, nos quais a morbidade e mortalidade oscilaram entre 2% e 5%, sendo a letalidade 100% em todos os relatos. Em 50% dos surtos foi confirmado o contato direto entre bovinos e ovinos, enquanto no restante não havia tal informação. Clinicamente predominaram os sinais de opacidade bilateral da córnea, conjuntivite, secreção nasal e ocular mucopurulenta, assim como a síndrome nervosa. Os achados de necropsia mais frequentes foram opacidade bilateral da córnea e lesões inflamatórias nas mucosas. Os achados histopatológicos caracterizaram-se por panvasculite necrótica sistêmica. Foi possível detectar o agente etiológico por PCR em 5 dos 12 casos analisados.

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A toxoplasmose é considerada uma doença parasitária fatal em primatas neotropicais. O objetivo deste trabalho foi descrever, através de um estudo retrospectivo, os casos de toxoplasmose em primatas neotropicais. No período de 1999-2009 foram realizados 86 exames anatomopatológicos em primatas e a toxoplasmose foi a enfermidade mais comum (7/86), relatando-se um caso em sagui-do-tufo-preto (Callithrix penicillata) e seis em bugio-ruivo (Alouatta guariba). Dois animais foram encontrados mortos e cinco morreram em poucos dias. Os sinais clínicos mais frequentes foram apatia e anorexia (5/7), distensão abdominal (4/7) e febre (3/7). Na necropsia observou-se esplenomegalia (4/7), hemorragia do trato digestório, linfonodos e bexiga (4/7), pulmões avermelhados (3/7) e hepatomegalia (2/7). No exame histopatológico evidenciou-se hepatite (7/7), esplenite (3/7), miocardite (2/7), enterite (2/7), linfadenite (1/7) e sialite (1/7) necróticas e, pneumonia intersticial (4/7). Em fígado, pulmões, baço, coração, linfonodos e glândula salivar havia taquizoítos de Toxoplasma gondii que foram também detectados pelo exame de imuno-histoquímica anti-T. gondii em fígado, baço e pulmões (5/7). A toxoplasmose pode causar alta mortalidade em colônias de primatas neotropicais e representar mais uma ameaça à conversação dessas espécies em cativeiro. Sendo assim, medidas preventivas devem ser tomadas para evitar a contaminação desses animais.

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As doenças do sistema digestório de caprinos e ovinos na região semi-árida do nordeste do Brasil foram avaliadas através de um estudo retrospectivo de 2.144 atendimentos de pequenos ruminantes no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraíba, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2011. Os registros foram revisados para determinar a ocorrência e as principais características clínicas, epidemiológicas e patológicas dessas enfermidades. De um total de 512 casos (23,9%) de distúrbios digestivos, 367 (71,7%) ocorreram em caprinos e 145 (28,3%) em ovinos. As helmintoses gastrintestinais e a coccidiose foram as doenças mais frequentes, com um total de 330 casos. Os distúrbios da cavidade ruminoreticular (acidose, indigestão simples, timpanismo, e compactação ruminal) totalizaram 94 casos. O abomaso foi afetado primária e secundariamente por úlceras. Casos de obstrução e compressão do trato gastrointestinal também foram observados. Malformações como atresia anal e fenda palatina foram registradas em ambas as espécies, sendo esta última associada à ingestão de Mimosa tenuiflora. Entre as doenças infecciosas foram observados cinco casos de ectima contagioso, dois casos de paratuberculose e dois casos de pitiose gastrointestinal. Em sete animais suspeitou-se de enterotoxemia e 31 casos foram diagnosticados como enterite inespecífica. A não utilização de práticas de controle integrado de parasitas e a utilização de alimentos inadequados durante o período de escassez de forragem contribuiu para a ocorrência de um grande número de doenças. A prática de conservação de forragens poderia reduzir substancialmente a ocorrência de distúrbios digestivos na região semiárida.

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O objetivo deste estudo foi relatar a frequência das enfermidades que ocorrem em bovinos até um ano de idade na área de influência do Laboratório Regional de Diagnóstico (LRD) da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) estabelecendo os principais fatores epidemiológicos associados à ocorrência dessas enfermidades. Foram revisados os protocolos de necropsias realizadas e de materiais de bovinos até um ano de idade, encaminhados ao LRD/UFPel entre 2000 e 2011. Em 35,6% dos casos, os bezerros eram de raças leiteiras e em 33,98% eram animais de raças de corte, 18,3% dos bezerros não tinham raça definida e em 12,1% dos casos não constava a raça no protocolo de necropsia. Os sistemas mais afetados foram o sistema nervoso central (22,7%), o digestivo (18,6%) e o respiratório (16,8%). Os diagnósticos foram divididos por faixa etária sendo que 88 bezerros tinham 1-90 dias de idade; 42 casos corresponderam a animais de 4-6 meses; 32 casos corresponderam a bezerros com 7-9 meses e 44 eram bezerros com 10-12 meses de idade. As enfermidades mais frequentemente diagnosticadas nos bezerros de 1-90 dias foram pneumonias, malformações e encefalites/meningoencefalites com 19,3%, 15,9% e 11,3% dos casos, respectivamente. Nos bezerros com 4-6 meses de idade, as pneumonias ocorreram em 16,5% dos casos e o carbúnculo sintomático e as enterites representaram 7,1% dos diagnósticos cada. Nos bezerros de 7-9 meses, as enfermidades mais frequentes foram pneumonias e tétano com 9,3% dos casos e babesiose e parasitoses gastrintestinais com 6,2% cada. Nos bezerros de 10-12 meses a infecção por BoHV-5 representou 13,6% dos casos e as pneumonias, a raiva e as parasitoses foram observadas em 9,% dos casos cada. Com base nos resultados deste trabalho pode-se concluir que as doenças infecciosas relacionadas ao sistema respiratório foram importantes causas de mortalidade em bezerros de todas as faixas etárias na área de influência do LRD e sua ocorrência pode ser influenciada por fatores ambientais e pelo manejo. As encefalites/meningoencefalites foram também importantes como causa de mortalidade em bezerros até os três meses de idade.