As Relações Padrasto e Enteado: aspectos psicodinâmicos

Este estudo teve por objetivos, identificar a percepção do padrasto sobre suas relações com seu(s) enteado(s) e identificar a percepção do padrasto acerca da sua função e papel na família. Utilizou-se de uma investigação clínica de referencial psicanalítico que levantou os dados por meio de entrevistas semi-dirigidas e do Desenho de família com estórias, em 3 participantes adultos e que eram padrastos. Os atendimentos foram realizados em ambiente de consultório, respeitando-se questões técnicas e éticas da pesquisa e da Psicologia em especial, tais como sigilo e consentimento dos participantes. A análise do conteúdo mostrou que havia peculiaridades em cada caso estudado, entretanto, havia fatores comuns em seus sentimentos e ações sobre a família e enteados: a) houve uma ambivalência pois tanto se perceberam como homens provedores e orientadores dos filhos e enteados, quanto havia também uma a percepção de que os sentimentos pelo filho biológico eram diferentes daqueles sentidos por seus enteados. b) todos os padrastos revelaram entraves nas relações por uma não definição clara de seu papel e função no contexto familiar, muitas vezes reforçado pelas esposas- mães, tidas como aquelas que detém o poder sobre o filho/enteado e, esta confusão gerava rivalidade entre padrasto e enteado, numa disputa pelo amor da esposa e mãe. c) do ponto de vista psíquico, foi observado que muitos conflitos os remetiam aos períodos precoces do desenvolvimento, especialmente à resolução edipiana, como numa reedição; assim, o exercício da função de padrasto se dá à base da qualidade de suas relações com seus pais na infância tal como se dá no exercício da paternidade consangüínea. De modo que, a função de padrasto, assim como a paterna se dá por um compromisso evolutivo . Sugerem-se outros trabalhos, pois se entendeu que esse tipo de estudo relacionado à Psicologia do desenvolvimento pode auxiliar em ações de saúde e prevenção em saúde mental.

CARACTERÍSTICAS PSICOSSOCIAIS E DE PERSONALIDADE DE ADOLESCENTES INFRATORES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA

Para atingir os objetivos propostos, ou seja, levantar e descrever indicadores socioculturais de uma amostra de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, e descrever características psicológicas e de personalidade dos adolescentes infratores, num estudo que pesquisou adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. O trabalho foi realizado em duas as etapas: na primeira, os 47 adolescentes participaram de uma entrevista semidirigida; na segunda, dez desses adolescentes foram selecionados e submetidos a um instrumento projetivo para investigação de aspectos da personalidade: o “desenho da Figura Humana” de Machower, adaptado por Van Kolck (1956; 1984). A discussão teórica dos resultados baseou-se numa abordagem psicanalítica pós-freudiana para a compreensão da adolescência tanto como fase do desenvolvimento humano como dos comportamentos antissociais. Os resultados do estudo corroboraram a teoria advinda da literatura psicológica que aborda padrões comuns no período da adolescência, fase em que ocorre um complexo de fatores individuais da maturidade biológica associados ao meio social/cultural e que, por sua vez, estabelecem relações com as instâncias psicológicas ou psíquicas do sujeito junto com as características específicas de cada indivíduo. Na busca da compreensão desses padrões comuns da amostra dos adolescentes infratores utilizados no presente estudo, foram levantados dados do perfil psicossocial, cultural e demográfico; dos aspectos psicossociais e aspectos psicodinâmicos e de características de personalidade. A título de conclusão, o estudo destacou a problemática do adolescente em conflito com a lei, associada às questões sociais, de saúde mental, além do desenvolvimento psíquico, sinalizando a necessidade de ações psicoprofiláticas voltadas para população infantil, jovem, agrupamentos familiares e para a comunidade que representa seu entorno.

Impact of just-in-time on job content, employee attitudes and well-being:a longitudinal study

Just-in-time (JIT) production systems are increasingly being seen as a vital way for manufacturing organizations to enhance their competitiveness. A number of commentators have suggested that this will simplify jobs and reduce employee well-being. This paper presents a conceptual framework for interpreting the effects of JIT and reports findings from a study of the impact of JIT on the content of workers'jobs and on job satisfaction and psychological strain. The introduction of JIT led to a reduction in control over work timing, an increase in production pressure, and a drop in job satisfaction. Contrary to claims in the literature, no changes were found in control over work methods, other aspects of cognitive demands and skill use, and in psychological strain. The study shows that JIT can be implemented without radical changes in job content or adverse impact in terms of employee strain, and the implications of these findings are discussed.

Sibling eating behaviours and differential child feeding practices reported by parents

The purpose of this study was to investigate the intra-familial relationships between parental reports of feeding practices used with siblings in the same family, and to evaluate whether differences in feeding practices are related to differences in siblings' eating behaviours. Eighty parents of two sibling children completed measures assessing their feeding practices and child eating behaviours. Parents reported using greater restrictive feeding practices with children who were fussier and desired to drink more than their sibling. Parents reported using more pressure to eat with siblings who were slower to eat, were fussier, emotionally under-ate, enjoyed food less, were less responsive to food, and were more responsive to internal satiety cues. Restriction and pressure to eat appear to be part of the non-shared environment which sibling children experience differently. These feeding practices may be used differently for children in the same family in response to child eating behaviours or other specific characteristics.

Developing the practice of educational psychologists through theory and research

Recent research in literacy acquisition has generated detailed programs for teaching phonological awareness. The current paper will address three issues that follow from this research. Firstly, much of the past research has been conducted under conditions that are divorced from the classroom. As a result, it is not known whether the suggested teaching strategies will lead to an increase in children’s attainments when integrated into a broad reading curriculum implemented by teachers in mainstream classrooms. Secondly, these phonological interventions have been designed either to prevent the occurrence of reading difficulties or to meet the needs of failing readers. Therefore, it is not known whether the same methods would advantage all children. Thirdly, teaching children to read takes a minimum of two to three academic years. We herefore need to develop a reading curriculum that can provide the progression and differentiation to meet a wide range of needs over several academic years. We report two studies that have addressed these issues through monitoring the impact of a reading curriculum, implemented by teachers, which integrated children’s acquisition of phonological skills with broader aspects of teaching reading over three academic years. The attainments of children at all levels of ability in the experimental group were raised relative to controls, and importantly, these gains were maintained after the intervention was withdrawn. These results demonstrate that phonological awareness training can be successfully integrated into real classroom contexts and that the same methods raised the attainments of normally developing children, as well as those at risk of reading failure.

Stability and continuity of parentally reported child eating behaviours and feeding practices from 2 to 5 years of age

Previous research suggests that many eating behaviours are stable in children but that obesigenic eating behaviours tend to increase with age. This research explores the stability (consistency in individual levels over time) and continuity (consistency in group levels over time) of child eating behaviours and parental feeding practices in children between 2 and 5 years of age. Thirty one participants completed measures of child eating behaviours, parental feeding practices and child weight at 2 and 5 years of age. Child eating behaviours and parental feeding practices remained stable between 2 and 5 years of age. There was also good continuity in measures of parental restriction and monitoring of food intake, as well as in mean levels of children's eating behaviours and BMI over time. Mean levels of maternal pressure to eat significantly increased, whilst mean levels of desire to drink significantly decreased, between 2 and 5 years of age. These findings suggest that children's eating behaviours are stable and continuous in the period prior to 5 years of age. Further research is necessary to replicate these findings and to explore why later developmental increases are seen in children's obesigenic eating behaviours. © 2011 Elsevier Ltd.