991 resultados para Obesidade Prevenção - Teses


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O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antioxidante de extrato de folhas de oliveira (EFO) (Olea europaea L.) por diferentes metodologias analticas in vitro e in situ, para verificao de efeito em sistemas biolgicos. O extrato foi obtido a partir de folhas secas de oliveira, previamente micronizadas, em metanol/gua (80/20%) na proporo 1:20 (m/v), aps remoo de compostos solveis em n-hexano. Aps liofilizao, no EFO foi avaliado o poder redutor por Folin-Ciocalteau, contedo de flavonoides totais, teor de oleuropeina, poder de reduo do on frrico (FRAP) e atividade antioxidante sobre DPPHo, ABTSo+, nion superxido (O2o-), cido hipocloroso (HOCl) e xido ntrico (NOo). O extrato foi tambm avaliado quanto ao efeito protetor sobre danos oxidativos em eritrcitos humanos. O cido ascrbico foi utilizado como referncia. O experimento foi repetido seis vezes (n = 6) e os ensaios realizados em duplicata. O poder redutor do extrato e o contedo de flavonoides totais e oleuropena foram 131,7 9,4 mg equivalente de cido glico/g extrato seco (ms), 19,4 1,3 mg equivalente de quercetina/g ms e 25,5 5,2 mg oleuropena/g ms, respectivamente. O ensaio de FRAP apresentou 281,8 22,8 mg equivalente de trolox/g ms. O EFO foi efetivo na inibio dos radicais DPPHo e ABTSo+, dependente da concentrao de extrato, com valores de IC50 de 13,8 0,8 e 16,1 1,2 µg/mL, respectivamente. Com relao atividade antioxidante sobre espcies reativas de importncia biolgica, o EFO apresentou forte capacidade de inibio de O2o- (IC50 = 52,6 2,1 µg/mL) e NOo (IC50 = 48,4 6,8 µg/mL), quando comparado ao cido ascrbico. Porm, a inibio de HOCl no foi to eficiente (IC50 = 714,1 31,4 µg/mL). O EFO inibiu a hemlise induzida em eritrcitos de maneira dependente da concentrao (IC50 = 7,8 1,1 µg/mL), assim como a peroxidao lipdica e a formao de meta-hemoglobina, com valores de IC50 de 38,0 11,7 e 186,3 29,7 µg/mL, respectivamente. Os resultados obtidos neste estudo sugerem que extrato de folhas de oliveira possui efetiva atividade antioxidante em sistemas biolgicos, pelo efeito sequestrador de determinadas espcies reativas que participam dos processos bioqumicos, e pela prevenção de danos oxidativos em eritrcitos humanos. Portanto, sua ingesto pode estar relacionada com a prevenção de estresse oxidativo in vivo, com consequentes benefcios sade.

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Introduo: Baixas concentraes sricas de hidroxivitamina D (25[OH]D) e o excesso de peso atingiram nveis epidmicos em todo o mundo. Estudos relatam que concentraes sricas de vitamina D esto associadas s alteraes lipdicas, glicolticas e inflamatrias; e estas alteraes so conhecidamente mediadas pela adiposidade. Dessa forma, a vitamina D pode atuar de forma benfica sobre o perfil metablico em adolescentes, adultos e idosos. Objetivo: Investigar e descrever as associaes entre as concentraes sricas de 25(OH)D e o perfil metablico, mediadas pela adiposidade em adolescentes, adultos e idosos. Metodologia: Inicialmente, foi utilizada subamostra do Inqurito de Sade de So Paulo (ISA-Capital), estudo transversal, de base populacional (n=281), para investigar a associao entre as concentraes sricas de vitamina D e marcadores inflamatrios em adultos brasileiros. Posteriormente, foram utilizados dados do estudo Healthy Lifestyle in Europe by Nutrition in Adolescents-(HELENA), estudo multicntrico transversal da populao de adolescentes europia, com o intuito de avaliar as alteraes nos marcadores lipdicos e de homeostase da glicose mediados pela deficincia de vitamina D e obesidade. Finalmente, foi analisada a amostra do estudo PHYSMED, um estudo transversal com idosos no institucionalizados para verificar associaes entre concentraes sricas de vitamina D, perfil lipdico e composio corporal em idosos espanhis aparentemente saudveis. Resultados: Nos adultos, observou-se uma associao negativa entre as concentraes de TNF-alfa e de IL-6 e as concentraes sricas de 25(OH)D em indivduos com peso normal. Nos adolescentes, as concentraes de 25(OH)D foram associadas de forma independente e positiva com o Quantitative Insulin Sensitivity Check Index-QUICKI (p <0.001) e negativamente associada com o IMC (p <0.05). Tambm foi observado que o aumento do IMC esteve associado com um aumento de 1.93 vezes maior chance de deficincia de vitamina D (IC de 95 por cento = 1.03 - 3.62; p = 0.040). Em idosos, verificou-se que as concentraes sricas de 25(OH)D foram associadas com o IMC (p = 0.04), a circunferncia da cintura (p = 0.004), CT/HDL-c (p = 0.026) e o HDL-c (p = 0.001). Adicionalmente, foi observado que idosos com concentraes de HDL-c <40mg/dl possuam 1.7 vezes maior chance de apresentarem deficincia de vitamina D em comparao com aqueles que possuam concentraes de HDL-c >40 mg/dl (95 por cento IC = 1.10 a 2.85; p = 0.017) e o aumento na circunferncia da cintura tambm foi associado com um maior risco de deficincia de vitamina D (95 por cento IC =0.96-1.00; p = 0.04). Concluso: A composio corporal interage com as concentraes de 25(OH)D modulando a resposta inflamatria, homeostase da glicose e tambm o perfil lipdico. Indivduos sem deficincia de vitamina D apresentam melhor perfil metablico e tambm melhor composio, sugerindo que a suficincia de vitamina D pode ter um papel importante nas condies metablicas mediadas pela adiposidade.

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INTRODUO - A obesidade uma preocupao de sade pblica cada vez mais importante, em todo o mundo. A obesidade infantil, por sua vez, vem sendo associada a um alto risco de agravos infantis e de obesidade e doenas crnicas no transmissveis na fase adulta. Admite-se que o incio da vida seja um momento crtico e determinante para o risco do indivduo desenvolver sobrepeso ou obesidade. Entretanto, no est definido se existe algum perodo de maior vulnerabilidade na fase ps-natal e qual seria o melhor marcador do crescimento da criana para indicar uma possvel interveno precoce que possa minimizar o risco de desenvolver excesso de peso ou obesidade. OBJETIVO - Analisar as relaes existentes entre indicadores antropomtricos de crescimento no primeiro ano de vida e o desenvolvimento de excesso de peso no incio da idade escolar. MTODOS - Estudo de uma coorte histrica de uma unidade bsica de sade em So Paulo, Brasil. Os momentos analisados foram aos trs, seis e doze meses e aos sete anos de idade. Avaliou-se a velocidade de crescimento e o crescimento alcanado durante o primeiro ano de vida frente aos desfechos: excesso de peso e obesidade aos sete anos de idade. As variveis foram analisadas estatisticamente atravs do Coeficiente de Correlao de Pearson e das curvas ROC, alm de terem sido estimadas a sensibilidade, a especificidade e o risco relativo. RESULTADOS - Os Coeficientes de Correlao de Pearson do ganho de peso por ganho de comprimento nos perodos de 0 a 3 meses, 0 a 6 meses e 0 a 12 meses foram, respectivamente, 0,23 (IC 95 por cento : 0,13 a 0,33), 0,29 (IC 95 por cento : 0,19 a 0,39) e 0,34 (IC 95 por cento : 0,24 a 0,43), todos significantes estatisticamente. Os Coeficientes de Correlao de Pearson do escore z do ndice de Massa Corprea (IMC) para 3, 6 e 12 meses foram, respectivamente, 0,39 (IC 95 por cento : 0,29 a 0,48), 0,41 (IC 95 por cento : 0,32 a 0,50) e 0,42 (IC 95 por cento : 0,33 a 0,51). Para excesso de peso na idade escolar, a utilizao do marcador escore z do IMC aos 12 meses maior que 0,49 apresentou sensibilidade de 68,29 por cento (IC 95 por cento : 59,3 por cento a 76,4 por cento ), especificidade de 63,51 por cento (IC 95 por cento : 56,6 por cento a 70,0 por cento ) e risco relativo estimado de 2,31 (IC 95 por cento : 1,69 a 3,17). Para obesidade, o mesmo marcador apresentou sensibilidade de 76,47 por cento (IC 95 por cento : 62,5 por cento a 87,2 por cento ), especificidade de 56,89 por cento (IC 95 por cento : 50,9 por cento a 62,7 por cento ) e risco relativo estimado de 3,49 (IC 95 por cento : 1,90 a 6,43). CONCLUSES - O primeiro trimestre de vida se revelou como sendo o perodo mais crtico, entre os estudados, para o desenvolvimento de sobrepeso ou obesidade no incio da idade escolar. No entanto, o escore z do IMC acima de 0,49 aos 12 meses de vida se mostrou como o melhor marcador para esses dois desfechos.

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Introduo: O excesso de peso em adultos jovens est associado ao desenvolvimento de doenas crnicas no transmissveis (DCNT) e diminuio da qualidade de vida e ao aumento da mortalidade precoce. A transio da adolescncia para a fase adulta o perodo de maior risco para a incidncia da obesidade. Objetivo: Estimar o efeito o ndice de massa corpora (IMC) aos 20 anos sobre a incidncia de DCNT em adultos brasileiros com idade entre 30 a 49 anos. Mtodos: Foram selecionados 12.079 indivduos de 30 a 49 anos da Pesquisa Nacional de Sade (PNS), realizada no ano de 2013. O modelo adotado para determinao das DCNT foi aquele proposto pela Organizao Mundial de Sade. A incidncia das DCNT (hipertenso, doenas cardiovasculares, diabetes e cncer, entre outras), informada pela data do diagnstico, foi modelada como funo do IMC aos 20 anos. Os indivduos sem a doena at o presente foram considerados como censura. As estimativas de sobrevida foram calculadas com o mtodo de Kaplan-Meier (KM) para cada uma das doenas, estratificada por sexo e ajustada por escolaridade. A anlise dos fatores de risco para as doenas foi feita utilizando-se o modelo de riscos proporcionais de Cox. Resultados: Nas curvas de sobrevida KM, indivduos com IMC >=25kg/m apresentaram incidncia mais elevada e precoce de DCNT, principalmente hipertenso, diabetes e depresso. A idade mediana para incidncia do diabetes em obesos foi de 47 anos para homens e 48 anos para mulheres. A incidncia da hipertenso arterial foi 4,2 por mil com sobrevida mediana de 48 e 44 anos em mulheres com excesso de peso e obesidade, respectivamente. Dentre os fatores de risco associados as DCNT, o tabagismo em idade precoce foi associado incidncia de depresso. Concluso: O excesso de peso em adultos jovens aumenta a incidncia precoce de DCNT, com efeitos negativos na qualidade de vida, lazer e produtividade, alm de aumentar a demanda por servios de sade. Torna-se necessrio que a interveno para reduo dessas doenas seja direcionada para o perodo da infncia e adolescncia com aes que promovam a reduo da exposio desses indivduos alimentao de m qualidade e incentivo a prtica de atividade, no uso do tabaco e consumo moderado de lcool.

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O ingresso no Ensino Fundamental - EF tem sido visto como um momento de transio devido s novas demandas que apresenta para a criana. Neste contexto, parece haver um aumento da vulnerabilidade das crianas ao estresse, principalmente daquelas com maior dificuldade de adaptao a estas demandas. Esse estudo teve como objetivo amplo investigar o estresse da transio no contexto do EF de nove anos, partindo de uma viso desenvolvimentista aliada a uma perspectiva de exposio a estressores cotidianos. Especificamente, o estudo investigou a relao entre competncias e sintomas de estresse no 1 ano do EF, o curso desenvolvimental dos sintomas e das percepes de estresse nos dois anos inicias do EF, suas associaes com as tarefas adaptativas da transio e a influncia da escola nos indicadores de estresse. Finalmente, exploraram-se modelos explicativos para indicadores de estresse apresentados no 2 ano. Seguindo metodologia prospectiva, avaliaram-se indicadores de ajustamento e competncias relacionadas ao desempenho acadmico, social e comportamental das crianas no 1 ano, estresse nos dois primeiros anos e caractersticas da escola (localizao e IDEB). Participaram da pesquisa 157 alunos do 1 ano do EF, sendo 85 meninos e 72 meninas, com idade mdia de 6 anos e 10 meses no incio da pesquisa. Todos tinham experincia de dois anos na Educao Infantil e estavam matriculados em escolas municipais de diferentes regies de uma cidade do interior de So Paulo. Tambm participaram do estudo, como informantes, seus respectivos professores do 1 ano, num total de 25. As crianas responderam Escala de Stress Infantil, ao Inventrio de Estressores Escolares e a uma avaliao objetiva de desempenho acadmico (Provinha Brasil). Os professores avaliaram as habilidades sociais, os problemas de comportamento externalizantes e internalizantes e a competncia acadmica dos seus alunos por meio do Social Skills Rating System Professores. A anlise dos dados compreendeu estatsticas descritivas, comparaes, correlaes e regresses. Nos resultados, 57% dos alunos no 1 ano e 72% no 2 ano relataram sintomas de estresse pelo menos na fase de alerta. Crianas com estresse no 1 ano apresentaram menores ndices de ajustamento e competncia e perceberam suas escolas como mais estressantes em relao ao seu papel de estudante e nas relaes interpessoais. Correlaes moderadas entre medidas de indicadores de estresse tomadas no 1 e no 2 ano sugerem estabilidade. A presena de sintomas de estresse aumentou do 1 para o 2 ano, enquanto a percepo de estressores escolares no variou. Crianas com maiores mdias de estresse so provenientes de escolas situadas em regies perifricas e com classificao mais baixa no IDEB. As anlises de predio evidenciaram a habilidade social de responsabilidade e cooperao avaliada no 1 ano como importante fator de proteo contra sintomas de estresse no 2 ano, ao passo que a percepo da criana de tenses nas relaes interpessoais no 1 ano foi o principal fator de risco para futura sintomatologia de estresse. Nesse sentido, intervenes com nfase na promoo de habilidades sociais das crianas podem ser profcuas na prevenção do estresse.

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No Brasil, o sistema de sade composto por duas estruturas: pblica, representada pelo Sistema nico de Sade (SUS) e privada suplementar, composta por 1.268 operadoras de planos de sade, supervisionadas pela Agncia Nacional de Sade (ANS). No entanto, as operadoras tm sido consideradas ineficientes tanto na gerao de resultados financeiros quanto na prestao de servios aos beneficirios, destacando-se a necessidade e relevncia para a sade pblica ao se buscar avaliar o seu desempenho sob essas perspectivas. O objetivo do trabalho foi, para um mesmo nvel de eficincia na prestao de servios, identificar as prticas administrativas que diferenciam as operadoras de planos de sade (OPS) financeiramente sustentveis. Para tanto, inicialmente foi aplicada a tcnica da Anlise Envoltria de Dados (DEA) no intuito de identificar operadoras eficientes em transformar inputs em outputs e, a partir dos escores obtidos, selecionar duas OPS de nvel de servios semelhantes e desempenho financeiro opostos para que fossem comparadas por meio de um estudo de mltiplos casos. A anlise quantitativa indicou que as OPS de medicina de grupo apresentaram maior eficincia do que as demais modalidades. J o estudo de mltiplos casos identificou que a gesto de polticas de crdito, de captao e aplicao de recursos, o planejamento tributrio, a adoo de polticas de promoo e prevenção sade, as formas de remunerao dos mdicos e a estratgia de composio de receitas diferenciaram a OPS de melhor desempenho.

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Introduo: A microbiota intestinal possui grande diversidade de bactrias, predominantemente dos filos Bacteroidetes e Firmicutes, com mltiplas funes. A alimentao pode alterar sua composio e funo. Alto teor de gordura saturada altera a permeabilidade intestinal, eleva os lipopolissacardeos e predispe inflamao subclnica crnica. Dieta rica em fibras, como a vegetariana, induz elevao de cidos graxos de cadeia curta e benefcios metablicos. Objetivos: Para analisar a composio da microbiota intestinal de adventistas com diferentes hbitos alimentares e associ-los inflamao subclnica e resistncia insulina, esta tese incluiu: 1) reviso dos mecanismos que associam a alimentao microbiota intestinal e ao risco cardiometablico; 2) verificao da composio da microbiota intestinal segundo diferentes hbitos alimentares e de associaes com biomarcadores de doenas cardiometablicas; 3) avaliao da associao entre a abundncia de Akkermansia muciniphila e o metabolismo da glicose; 4) anlise da presena de entertipos e de associaes com caractersticas clnicas. Mtodos: Este estudo transversal incluiu 295 adventistas estratificados segundo hbitos alimentares (vegetariano estrito, ovo-lacto-vegetariano e onvoro). Foram avaliadas associaes com dados clnicos, bioqumicos e inflamatrios. O perfil da microbiota foi obtido por sequenciamento do gene 16S rRNA (Illumina Miseq). Resultados: 1) H evidncias de que as relaes entre dieta, inflamao, resistncia insulina e risco cardiometablico so em parte mediadas pela composio da microbiota intestinal. 2) Vegetarianos apresentaram melhor perfil clnico quando comparados aos onvoros. Confirmou-se maior abundncia de Firmicutes e Bacteroidetes, que no diferiram segundo a adiposidade corporal. Entretanto, vegetarianos estritos apresentaram mais Bacteroidetes, menos Firmicutes e maior abundncia do gnero Prevotella quando comparados aos outros dois grupos de hbitos alimentares. Entre os ovo-lactovegetarianos verificou-se maior proporo de Firmicutes especialmente do gnero Faecalibacterium. Nos onvoros, houve super-representao do filo Proteobacteria (Succinivibrio e Halomonas) comparados aos vegetarianos. 3) Indivduos normoglicmicos apresentaram maior abundncia de Akkermansia muciniphila que aqueles com glicemia alterada. A abundncia desta bactria correlacionou-se inversamente glicemia e hemoglobina glicosilada. 4) Foram identificados trs entertipos (Bacteroides, Prevotella e Ruminococcaceae), similares queles previamente descritos. As concentraes de LDL-C foram menores no entertipo 2, no qual houve maior frequncia de vegetarianos estritos. Discusso: 1) Conhecimentos sobre participao da microbiota na fisiopatologia de doenas podero reverter em estratgias para manipul-la para promover sade. 2) Apoia-se a hiptese de que hbitos alimentares se associam favorvel ou desfavoravelmente a caractersticas metablicas e inflamatrias do hospedeiro via alteraes na composio da microbiota intestinal. Sugerimos que a exposio a alimentos de origem animal possa impactar negativamente nas propores de comunidades bacterianas. 3) Sugerimos que a abundncia da Akkermansia muciniphila possa participar do metabolismo da glicose. 4) Reforamos que a existncia de trs entertipos no deva ser especfica de certas populaes/continentes. Apesar de desconhecido o significado biolgico destes agrupamentos, as correlaes com o perfil lipdico podem sugerir sua utilidade na avaliao do risco cardiometablico. Concluses: Nossos achados fortalecem a ideia de que a composio da microbiota intestinal se altera mediante diferentes hbitos alimentares, que, por sua vez, esto associados a alteraes nos perfis metablicos e inflamatrios. Estudos prospectivos devero investigar o potencial da dieta na prevenção de distrbios cardiometablicos mediados pela microbiota.

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Trata-se de estudo de interveno tipo antes e depois, no qual o sujeito seu prprio controle, fator que permite identificar os efeitos na adeso ao tratamento e controle dos nveis glicmicos. Teve como objetivo avaliar a contribuio da consulta de enfermagem na adeso ao tratamento do diabetes mellitus tipo 2, em uma Unidade Sade da Famlia, de acordo com o \"Protocolo de atendimento as pessoas com diabetes mellitus,\" em Ribeiro Preto, SP. A coleta de dados foi realizada no perodo de setembro de 2014 a janeiro de 2015. O trabalho foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeiro Preto, SP, sob Parecer n 648.970. Participaram 31 pessoas com diabetes mellitus, por meio de trs consultas de enfermagem, na unidade de sade e no domiclio, com intervalo de um ms entre as trs consultas de todos os participantes. Foi utilizado um roteiro contendo variveis sociodemogrficos e clnicas e o teste de Medida de Adeso ao Tratamento. Para a anlise da adeso, durante e aps a interveno, utilizou-se a estatstica descritiva e o teste de Mann- Whitney; para a comparao do antes e aps a interveno, utilizou-se o teste de Wilcoxon; para anlise de correlao com as variveis numricas, o coeficiente de correlao de Spearman e o teste Q de Cochran, para a comparao dos exames nos momentos anterior, durante e posterior interveno. Os resultados mostraram que os participantes tinham entre 33 e 79 anos, sendo 58,1% do sexo feminino; 71% tinham companheiro; renda familiar de 1 a 3 salrios-mnimos (83,9%); 80,6% referiram ser profissionalmente inativos (aposentados, pensionistas ou do lar); mdia de 5,68 anos de estudo e predomnio de menos de 8 anos de estudo (67,7%). Em relao aos valores da presso arterial sistmica constatou hipertenso arterial sistmica grau I em 25,8% das pessoas com diabetes mellitus, 90,3% com ndice de massa corporal apresentando excesso de peso, quanto circunferncia abdominal, 32,2% dos homens estavam com valores maiores que 102 cm e 45,2% das mulheres com valores acima de 88 cm. A avaliao dos ps, com uso do monofilamento Semmes-Weinstein de 10g, apresentou 9,7% das pessoas com diabetes mellitus com p em risco para ulcerao e diminuio ou ausncia de sensibilidade ttil pressrica protetora dos ps. O tempo de diagnstico do diabetes mellitus tipo 2 variou entre 1 a 39 anos, predominando as comorbidades hipertenso arterial (83,9%), dislipidemia (58,1%) e obesidade (41,8%). Quanto aos exames laboratoriais, observa-se que, em 64,5% da populao estudada, os nveis da glicemia de jejum estavam acima de 100 mg/dL , ocorrendo pequena reduo para 61,3% nos casos de pessoas com diabetes mellitus durante a interveno e se manteve aps. No que se refere glicemia ps-prandial, os casos das pessoas com diabetes mellitus com valores iguais ou acima de 160 mg/dL, antes da interveno era de 45,2% e durante e aps a interveno caiu para 38,7%. Em contrapartida, aumentou o nmero de pessoas com diabetes mellitus durante e aps a interveno, com valores da glicemia ps-prandial abaixo de 160 mg/dL, de 54,8% para 61,3%. E, em relao hemoglobina glicada, foi observado que em 61,3% das pessoas com diabetes mellitus os valores antes da interveno eram iguais ou acima de 7%. Durante a interveno, caiu para 19,3% e aps a interveno o nmero de pessoas com diabetes mellitus, com a hemoglobina glicada igual ou superior a 7%, chegou a 38,7%. Quanto aos valores abaixo de 7%, observou-se aumento de 38,7% antes da interveno para 80,6 e 61,3% respectivamente, durante e aps a interveno, com diferena estatisticamente significante (p< 0,001). As pessoas com diabetes mellitus desse estudo, apresentaram 83,87% de adeso ao tratamento antes da interveno, e esses escores subiram para 96,78% aps a interveno, fato corroborado pelo teste de Wilcoxon que mostrou escores estatisticamente significantes (p<0,001), entre antes e aps a interveno. Esse estudo contribui para ressaltar a importncia do enfermeiro, enquanto integrante da equipe multiprofissional, seguindo as orientaes do \"Protocolo de atendimento ao indivduo com diabetes\", tanto no atendimento individual quanto em grupo, reorganizando o processo de trabalho, contribuindo para maior adeso ao tratamento e controle dos nveis glicmicos, ao minimizar a fragmentao e assegurar a continuidade na assistncia, por meio de abordagem integral ao diabtico

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Este trabalho examina o papel dos alimentos industrializados no acesso s gorduras. Ele analisa os determinantes socioeconmicos da quantidade e do tipo de gordura disponvel para consumo pelas famlias paulistanas, presentes nos alimentos industrializados. Essa anlise envolveu uma amostra de 576 famlias no municpio de So Paulo, cujos dados foram coletados no perodo de 2008 a dezembro de 20 10, selecionada aps alguns critrios excludentes. A fonte dos dados a Pesquisa de Oramentos Familiares da FIPE, que est em andamento desde 2008, atualizada atravs da ponderao do ndice de Custo de Vida da FIPE. Baseado em mtodos analticos de estatstica descritiva (mdia, desvio-padro, mediana), testes t de student, e mtodos economtricos de regresso mltipla, alguns resultados foram encontrados. Os fatores associados aos gastos com alimentos industrializados foram renda, tamanho da famlia, idade e grau de instruo do chefe. Em relao gordura total identificou-se como fatores associados renda, tamanho da famlia, idade do chefe, a presena de crianas na famlia e a proporo do gasto com alimentao com derivados de leite e derivados de carne.

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O envolvimento de adolescentes com a prtica de atos infracionais, no Brasil, ocupa espao significativo no debate pblico. No entanto, tal debate carece de profundidade, pois pouco se relaciona ao conhecimento cientificamente produzido sobre o fenmeno. De acordo com a literatura acadmica especializada no tema, um melhor conhecimento dos fatores associados pratica de atos infracionais permitiria no s auxiliar na proposio de polticas pblicas voltadas prevenção deste problema, mas tambm no desenvolvimento de formas mais eficientes de interveno, baseadas nas necessidades especficas apresentadas pelos adolescentes em conflito com a lei. Em meio aos diferentes fatores que devem ser pesquisados, no presente trabalho focalizam-se especificamente aqueles subentendidos sob o conceito de Normas e de Rotina, no referencial da Teoria da Regulao Social e Pessoal da Conduta, cujo autor principal Marc Le Blanc. Divide-se assim o presente trabalho em dois estudos. O Estudo 1 trata de regulao normativa que opera por meio do mecanismo de socializao, e se refere internalizao, pelo adolescente, das normas sociais de conduta tidas como convencionais, o que promoveria um nvel de constrangimento interno capaz de atuar como barreira ao envolvimento em atividades delituosas. Nesse sentido, maior adeso s normas, menos atitudes favorveis ao comportamento divergente, mais atitudes de respeito a figuras de autoridade, maior percepo de risco de apreenso e menor utilizao de tcnicas de neutralizao das barreiras psicolgicas emisso do comportamento indicariam um maior ndice de constrangimento interno e, portanto, uma probabilidade reduzida de se engajar persistentemente em atividades divergentes/infracionais. O objetivo geral deste Estudo foi caracterizar a regulao da conduta em adolescentes pelas normas, no contexto sociocultural brasileiro. Utilizou-se o questionrio de Normas proposto por Le Blanc, um questionrio de caracterizao sociodemogrfica e a Entrevista de Delinquncia Autorrevelada. Os dados foram coletados junto a 48 adolescentes Infratores e a 102 Escolares. Os resultados reforam a importncia do aspecto normativo para o melhor entendimento acerca dos fatores que explicam a conduta divergente em adolescentes. No Estudo 2 focalizou-se as atividades de rotina que podem se associar ao comportamento delituoso por meio do mecanismo de aprendizagem, na medida em que as diversas atividades nas quais o adolescente investe seu tempo constituem-se em contexto onde o comportamento divergente/infracional pode ser adquirido e reforado. De acordo com a literatura, as atividades sem objetivos especficos, acompanhadas por pares de idade e que ocorrem na ausncia de alguma figura de autoridade so aquelas que melhor explicam o comportamento delituoso de um adolescente. O objetivo geral deste Estudo foi caracterizar a regulao da conduta pela rotina em adolescentes, no contexto sociocultural brasileiro. Foram utilizados 3 instrumentos: o questionrio de Rotina proposto por Le Blanc, um questionrio de caracterizao sociodemogrfica e a Entrevista de Delinquncia Autorrevelada. As anlises foram feitas com base nas respostas de 102 adolescentes recrutados em escolas pblicas. Os resultados comprovam a relevncia das Atividades de Rotina como fator explicativo para o comportamento delituoso, com nfase para os efeitos provocados pelos Pares, pela Famlia e pela frequentao de Lugares destinados aos adultos. Em sntese, ambos estudos reforam a importncia dos sistemas de regulao estudados e colocam em pauta a necessidade de outros trabalhos, que possam avanar nas questes apontadas dentro da Regulao pela Rotina e pelas Normas.

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Espcies de Phytophthora tem se destacado ao longo da histria devido ao seu potencial destrutivo, se iniciando com a devastadora P. infestans na Irlanda e se estende at os dias de hoje com P. nicotianae em citros e P. plurivora em faia. Uma caracterstica importante deste grupo de patgenos que as medidas de controle da doena se baseiam na prevenção da entrada do patgeno na rea visto que, uma vez instalado, o produtor precisa conviver com o mesmo, pois no se dispem de mtodos efetivos de controle. Neste sentido, a busca por mtodos de controle torna-se primordial. O endoftico radicular Piriformospora indica, tem-se destacado em vrios patossistemas devido a sua habilidade de induzir resistncia contra patgenos, aumentar a tolerncia estresses abiticos e promover o crescimento de plantas. Taxtomina A, produzida por Streptomyces scabies, capaz de ativar mecanismos de defesa de plantas, os quais so efetivos contra agentes patognicos. Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de P. indica e da taxtomina A sobre P. nicotianae em citros e P. plurivora em faia. Ambos foram avaliados quanto ao seu efeito direto sobre os patgenos em questo. O indutor de defesa vegetal Bion&reg; foi utilizado em alguns ensaios para fins de comparao. Plntulas de citros e faia foram tratadas com concentraes crescentes de taxtomina e parmetros fisiolgicos, bioqumicos e de controle da doena foram avaliados. Taxtomina A no apresenta efeito direto sobre os patgenos avaliados. Os dados de incidncia da doena em plntulas de faia tratadas com taxtomina A nas concentraes de 10, 25, 50 e 100 &mu;g se mostraram consistentes com a quantidade de DNA do patgeno no sistema radicular, demonstrando que, aparentemente, a toxina induziu suscetibilidade nas plntulas de faia. Em citros, para os parmetros fisiolgicos e bioqumicos avaliados, em linhas gerais, a taxtomina A nas concentraes de 50 e 100 &mu;g demonstrou potencial de aplicao no patossistema citros - P. nicotianae. Quando avaliada a mortalidade de plantas inoculadas com o patgeno e tratadas com taxtomina, bem como, quando quantificado o DNA do oomiceto no sistema radicular, as referidas concentraes tambm apresentaram os melhores desempenhos. Plntulas das mesmas espcies foram submetidas a inoculao com P. indica, sendo avaliados os efeitos na promoo de crescimento, na atividade de enzimas e de genes relacionados ao processo de defesa, bem como, no controle da doena. No foi observado efeito direto do endoftico radicular sobre os patgenos avaliados. Quando plntulas de citros foram inoculadas com P. indica e depois com P. nicotianae, no foi observada promoo de crescimento e controle da doena. As anlises histolgicas e moleculares demonstraram a presena do endoftico no sistema radicular de plntulas de citros e faia. Anlises bioqumicas revelaram apenas aumentos pontuais no teor de protenas e na atividade da &beta;-1,3-glucanase e da peroxidase no tratamento com P. indica + P. nicotianae. Os genes PR-1.4, PR-1.8, PR-&beta;-glucosidase e Hsp70 foram induzidos em plntulas inoculadas com P. indica e com o patgeno, bem como no tratamento com Bion&reg; e patgeno, porm em menor magnitude. O endoftico P. indica ativa o sistema de defesa de plntulas de citros, no entanto, os mecanismos ativados no so efetivos para o controle da doena na interao citros - P. nicotianae.

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A doena heptica gordurosa no alcolica (DHGNA) abrange alteraes desde esteatose at esteato-hepatite no alcolica (EHNA), podendo evoluir para fibrose, cirrose e carcinoma hepatocelular. A DHGNA considerada a doena heptica mais comum na atualidade e com prevalncia mundial alarmante. Esta doena caracteriza-se, basicamente, pela deposio de triglicrides nos hepatcitos, podendo evoluir com inflamao e fibrose, e est intimamente associada com resistncia insulina (RI), diabetes mellitus tipo 2 e obesidade. Os hepatcitos representam as principais clulas hepticas e se comunicam atravs de junes do tipo gap, formadas principalmente por conexina 32 (Cx32). Esta protena apresenta importante funo no controle da homeostase tecidual, regulando processos fisiolgicos e tem sido associada como agente protetor na hepatocarcinognese e outros processos patolgicos, porem pouco se sabe sobre sua participao na DHGNA. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a participao da Cx32 na fisiopatognese da DHGNA, utilizando camundongos knockout para Cx32 (Cx32-KO) submetidos a uma dieta hiperlipdica deficiente em colina. Foram analisados dados biomtricos, histopatolgicos, funo heptica, RI, citocinas inflamatrias, adipocinas, estresse oxidativo, peroxidao lipdica e a expresso de genes envolvidos na DHGNA. Os animais Cx32-KO apresentaram maior acumulo de triglicrides hepticos em relao aos animais selvagens e, consequentemente, maior peso absoluto e relativo do fgado. Adicionalmente, apresentaram maior inflamao heptica demonstrado pela exacerbao da citocina TNF-&#945; e supresso da IL-10, maior dano hepatocelular indicado pelo aumento das enzimas AST e ALT, aumento da peroxidao lipdica e alteraes na expresso de genes chaves na fisiopatognese da DHGNA, como SREBP1c. No entanto, no houve diferena nos marcadores histopatolgicos, RI e estresse oxidativo heptico. Por fim, os animais Cx32-KO apresentaram maior produo de leptina e adiponectina no tecido adiposo. Todos esses resultados revelam que a Cx32 pode atuar como um agente protetor ao desenvolvimento da DHGNA, sugerindo seu potencial como novo alvo teraputico

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Muitos dos problemas auditivos no so notados por pais e professores. Este fato prejudica a aprendizagem da criana principalmente no ambiente escolar. Por isso, programas de triagem auditiva podem ser utilizados com o intuito de detectar e, posteriormente, diagnosticar escolares a fim de que se possa prevenir ou minimizar o impacto a que possveis sequelas auditivas venham prejudicar o rendimento escolar da criana. Hoje em dia podemos contar com programas que permitem o melhor acompanhamento de populaes que necessitam de cuidados preventivos e curativos, e a audio um aspecto muito importante que pode ser avaliado quando estes programas so colocados em prtica. O Programa Nacional de Reorientao da Formao Profissional em Sade (Pr-Sade), que visou reorientar a formao profissional, teve como objetivo integrar ensino-servio e promover ateno bsica por meio da abordagem integral do processo sade-doena. Ambientes externos podem ser utilizados por alunos e professores universitrios para que possam colocadas em prtica aes que possibilitem a humanizao das prticas de ateno a sade e a integralidade das mesmas, por meio da articulao de aes e servios de sade, preventivos e curativos, individuais e coletivos. A escola considerada um dos ambientes que este trabalho pode ser realizado. O Programa Sade na Escola (PSE) abre o ambiente escolar com a finalidade de contribuir para a formao integral dos estudantes da rede pblica de educao bsica por meio de aes de prevenção, promoo e ateno sade. Sendo um estudo do tipo retrospectivo transversal, como objetivo principal caracterizar o perfil audiolgico de escolares de escola pblica do municpio de Bauru SP, contando com a integrao de profissionais da rea da sade e educao no ambiente escolar, o que teve como base os programas citados acima. A triagem auditiva foi realizada com a aplicao dos seguintes procedimentos: imitanciometria, inspeo visual do meato acstico externo, emisses otoacsticas por produto de distoro e audiometria tonal liminar. Observou-se que do total de 652 estudantes, a grande maioria (97,1%) dos participantes com faixa etria entre 10 e 18 anos, apresentaram audio normal. Em 2,9% desta populao foi encontrada alguma alterao auditiva temporria. Com a exceo de um nico participante, portador de perda auditiva sensorioneural. Apesar de encontrarmos muitas crianas e adolescentes com audio normal, o que mais ressalta a importncia deste trabalho a necessidade da triagem auditiva em ambientes escolares e, essencialmente, o acompanhamento das mesmas nesta faixa etria, j que so escassos os estudos referentes a ela. Apesar das poucas alteraes auditivas encontradas serem passageiras, so exatamente estas que interferem no bom rendimento escolar e outros fatores.

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O presente trabalho versa sobre a relao presente e futura dos planos de sade com os idosos. Tem como pressupostos iniciais a existncia de uma janela demogrfica de oportunidades que ser encerrada, conforme estimativa do IBGE, em 2020 e o fato de o modelo de ateno sade por planos de sade se encontrar em expanso. Diante da realidade de envelhecimento populacional, pergunta-se: Os planos de sade so um modelo vivel para a garantia da ateno sade dos idosos? As respostas a essa questo foram construdas adotando-se como mtodo de trabalho a anlise de doutrina, jurisprudncia, legislao e, quando necessrio, fontes no tradicionais do Direito como os dados de rgos de pesquisa demogrficos e econmicos, a imprensa e as associaes setoriais. Inicialmente tratou-se do funcionamento do setor de planos de sade, desde a sua origem, indicando-se que historicamente sempre manteve uma relao simbitica com o Estado, em especial com os recursos pblicos. Para tanto, foram explorados temas como o ressarcimento ao SUS, o uso da estrutura dos hospitais pblicos pelos planos de sade e a existncia de subsdios, abatimentos e outras formas de financiamento pblico das atividades deste setor. No captulo seguinte se detalhou a questo do envelhecimento populacional, apresentando-se a legislao pertinente, os dados que revelam a composio presente e estimada da populao brasileira, os principais problemas de sade que afetam os idosos e os impactos da mudana de perfil demogrfico para a poltica de sade. No captulo 3 evidenciou-se a j problemtica relao dos planos de sade com os idosos, permeada por discriminaes na contratao, cobrana de mensalidades proibitivas e reajustes expulsivos, presena de clusulas abusivas em contratos antigos, judicializao dos reajustes por mudana de faixa etria e conflitos decorrentes da prevalncia da contratao na forma coletiva. Por fim, no derradeiro captulo concluiu-se que o modelo de planos de sade no vivel para a garantia da ateno sade do idoso, sendo urgente que haja uma discusso sobre qual modelo de sade o pas deseja sob pena de que as conquistas decorrentes da afirmao da sade como direito fundamental se percam. H caractersticas inerentes ao setor que o aparta dos idosos e, portanto, da nova realidade demogrfica do pas, como a prtica da seleo de risco, a cobrana de mensalidades com preos insustentveis para os idosos, o foco no modelo curativo de ateno sade e o afastamento da prevenção. Por outro lado, o cenrio se agrava por conta das recorrentes falhas na regulao e na regulamentao, e pelo tratamento cindido, na prtica, da poltica de sade como se no fosse una e no devesse funcionar em harmonia, independentemente da fonte de financiamento. H, portanto, um alto risco de que a situao dos idosos nos planos de sade se torne insustentvel, dando margem a medidas imediatistas ampliadoras dos subsdios pblicos aos planos de sade. A contrarreforma sanitria, entendida como o retrocesso das aes e dos servios de sade ao modelo anterior Constituio Federal, um perigo a ser considerado e combatido.

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A leishmaniose visceral uma zoonose de grande importncia para a sade pblica, com ampla distribuio geogrfica e epidemiologia complexa. Apesar de diversas estratgias de controle, a doena continua se expandindo, tendo o co como principal reservatrio. Levando em considerao que anlises espaciais so teis para compreender melhor a dinmica da doena, avaliar fatores de risco e complementar os programas de prevenção e controle, o presente estudo teve como objetivo caracterizar a distribuio da leishmaniose visceral canina e relacionar sua dinmica com caractersticas ou feies espaciais no municpio de Panorama (SP). A partir de dados secundrios coletados em um inqurito sorolgico entre agosto de 2012 e janeiro de 2013, 986 ces foram classificados como positivos e negativos de acordo com o protocolo oficial do Ministrio da Sade. Posteriormente uma anlise espacial foi conduzida, compreendendo desde a visualizao dos dados at a elaborao de um mapa de risco relativo, passando por anlises de cluster global (funo K) e local (varredura espacial). Para avaliar uma possvel relao entre o cluster detectado com a vegetao na rea de estudo, calculou-se o ndice de Vegetao por Diferena Normalizada (NDVI). A prevalncia da doena encontrada na populao de ces estudada foi de 20,3% (200/986). A visualizao espacial demonstrou que tanto animais positivos quanto negativos estavam distribudos por toda a rea de estudo. O mapa de intensidade dos animais positivos apontou duas localidades de possveis clusters, quando comparado ao mapa de intensidade dos animais negativos. As anlises de cluster confirmaram a presena de um aglomerado e um cluster foi detectado na regio central do municpio, com um risco relativo de 2,63 (p=0,01). A variao espacial do risco relativo na rea de estudo foi mapeada e tambm identificou a mesma regio como rea significativa de alto risco (p<0,05). No foram observadas diferenas no padro de vegetao comparando as reas interna e externa ao cluster. Sendo assim, novos estudos devem ser realizados com o intuito de compreender outros fatores de risco que possam ter levado ocorrncia do cluster descrito. A prevalncia, a localizao do cluster espacial e o mapa de risco relativo fornecem subsdios para direcionamento de esforos do Setor de Vigilncia Epidemiolgica de Panorama para reas de alto risco, o que pode poupar recursos e aperfeioar o controle da leishmaniose visceral no municpio.