999 resultados para Obesidade Fatores de risco


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FUNDAMENTO: Identificar os fatores de risco para complicaes ps-operatrias do paciente cardiopata com indicao cirrgica que podem influenciar na deciso sobre a conduta teraputica. OBJETIVO: Descrever a experincia de um hospital de Cardiologia na validao e uso prtico de um escore de risco pr-operatrio. MTODOS: Para validao do escore escolhido (Tuman), avaliaram-se consecutiva e prospectivamente 300 pacientes adultos antes da cirurgia cardaca eletiva com o uso de circulao extracorprea (CEC). Pacientes com escore de 0 a 5 foram considerados de baixo risco; de 6 a 9 como risco moderado; e maior que 10, como alto risco para complicaes cardacas, infecciosas, neurolgicas, pulmonares e renais, alm de bito. RESULTADOS: A classificao de Tuman mostrou relao estatisticamente significante com ocorrncia de complicaes infecciosas (p=0,010), com outras complicaes ps-operatrias (p=0,034) e com evoluo para bito (p<0,001). Infeco pulmonar foi a mais freqente dentre as complicaes infecciosas (15,3%), Os pacientes infectados tiveram maior tempo de permanncia na UTI (p=0,001) e internao mais prolongada (p=0,001). Aps o uso rotineiro, uma nova avaliao de 154 pacientes operados em 2005 confirmou a validade desse escore na identificao daqueles com maior risco de infeces ps-operatrias. CONCLUSO: Escolheu-se o escore de Tuman por envolver variveis de fcil obteno, por classificar no mesmo sistema as cirurgias mais freqentemente realizadas e prever risco de complicaes ps-operatrias, alm da mortalidade. Seu uso continuado nesse hospital permitiu identificar o grupo de pacientes com maior risco de complicaes, especialmente as infecciosas, mas no foi preciso na predio do risco individual.

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FUNDAMENTO: A atividade fsica no tempo livre (AFTL) pode ser identificada como a participao em qualquer tipo de movimento corporal realizado nos momentos de lazer e est associada reduo no risco de diversos agravos cardiovasculares. OBJETIVO: Verificar se existe associao entre AFTL e protena C reativa (PCR) em adultos, na cidade de Salvador, Bahia. MTODOS: O estudo foi transversal, utilizando amostra composta por 822 adultos de ambos os sexos, com idade > 20 anos de idade. Foram considerados como ativos no tempo livre aqueles que, por meio de entrevista pessoal, informaram participar de atividades fsicas nos momentos de lazer. Observaram-se tambm os nveis plasmticos altos de PCR nos indivduos com valores > 3,0 mg/l. Utilizou-se anlise de regresso logstica para estimar a razo de chances (RC) com intervalo de confiana (IC) a 95%. RESULTADOS: Aps anlise multivariada para possveis confundidores, encontrou-se, entre homens, RC de 0,73 (0,68-0,79) demonstrando associao inversa entre AFTL e PCR elevada apenas em indivduos do sexo masculino. Aps estratificao por sexo, obesidade, diabete e tabagismo, constatou-se associao entre AFTL e PCR elevada em homens fumantes ou ex-fumantes, no-obesos e no-diabticos, e em mulheres obesas e no-fumantes. CONCLUSO: Os resultados deste estudo podem trazer contribuies para a sade pblica, na medida em que podem ser utilizados para conscientizar sobre a importncia da AFTL como uma das possveis estratgias para a melhoria da sade de grupos populacionais.

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FUNDAMENTO: Alguns estudos desenvolveram escores para avaliar o risco cirrgico, particularmente o EuroSCORE que, entretanto, complexo e trabalhoso. Sugerimos um escore novo e simples, mais adequado para a prtica clnica e para a avaliao de risco cirrgico em pacientes valvopatas. OBJETIVO: Este estudo foi realizado para criar e validar um escore simples e prtico para predizer mortalidade e morbidade em cirurgia valvar. MTODOS: Coletamos dados hospitalares de 764 pacientes e realizamos a validao do escore, utilizando dois modelos estatsticos: bito (= mortalidade) e tempo de internao hospitalar (TIH) > 10 dias (= morbidade). O escore foi composto de quatro ndices (V [leso valvar], M [funo miocrdica], C [doena arterial coronariana] e P [presso da artria pulmonar]). Estabelecemos um valor de corte para o escore, e foram utilizadas anlises uni e multivariada para confirmar se o escore seria capaz de predizer mortalidade e morbidade. Tambm estudamos se havia associao com outros fatores de risco. RESULTADOS: O escore foi validado, com boa consistncia interna (0,65), e o melhor valor de corte para mortalidade e morbidade foi 8. O escore com valor > 8 pode predizer TIH > 10 dias (odds ratio (OR) = 1,7 p=0,006), e um maior risco de bito ao menos na anlise univariada (p=0,049). Entretanto, o risco de bito no foi previsvel na anlise multivariada (p=0,258). CONCLUSO: O escore VMCP > 8 pode predizer TIH > 10 dias e pode ser usado como uma nova ferramenta para o seguimento de pacientes portadores de valvopatia submetidos a cirurgia.

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FUNDAMENTO: A sndrome metablica (SM) um agregado de fatores predisponentes para doenas cardiovasculares e diabete melito, cujas caractersticas epidemiolgicas so insuficientemente conhecidas nos nveis regional e nacional. OBJETIVO: Estimar a prevalncia de SM e fatores associados em uma amostra de hipertensos da rea urbana de Cuiab - MT. MTODOS: Estudo de corte transversal (maio a novembro de 2007) em amostra de 120 hipertensos (com 20 anos ou mais), pareados por gnero e selecionados por amostragem sistemtica de uma populao fonte de 567 hipertensos de Cuiab. Todos os selecionados responderam a um inqurito em domiclio para obteno de dados scio-demogrficos e hbitos de vida. Foram medidos: presso arterial; ndice de massa corprea (IMC); circunferncias da cintura e quadril; glicemia; insulinemia; lpides sricos; clculo do ndice de homeostase da resistncia insulnica (HOMA); protena C-reativa; cido rico e fibrinognio. O critrio para hipertenso adotado foi: mdia da PAS > 140mmHg e/ou PAD > 90mmHg, para sndrome metablica segundo a I Diretriz Brasileira de Sndrome Metablica e NCEP-ATP III. RESULTADOS: Foram analisados 120 hipertensos (60 mulheres), com mdia de idade de 58,3 12,6 anos. Observou-se prevalncia de SM de 70,8% (IC95% 61,8-78,8), com predomnio entre as mulheres (81,7% vs. 60,0%; p=0,009), sem diferenas entre adultos (71,4%) e idosos (70,2%). A anlise de regresso mltipla revelou uma associao positiva entre a SM e o IMC > 25 kg/m, a resistncia insulnica e algum antecedente familiar de hipertenso. CONCLUSO: Observou-se uma elevada prevalncia de SM entre hipertensos de Cuiab, associada significativamente ao IMC >25 kg/m, resistncia insulnica (ndice HOMA) e, em especial, a uma histria familiar de hipertenso. Estes resultados sugerem o aprofundamento deste assunto atravs de novos estudos.

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FUNDAMENTO: O agrupamento de fatores de risco cardiovasculares, chamado de sndrome metablica, ocorre em crianas e adultos. A resistncia insulina e a obesidade so partes usuais do quadro, mas seu efeito conjunto no aparecimento da sndrome permanece algo controverso. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi examinar a relao do ndice de massa corporal (IMC) e resistncia insulina com a sndrome metablica (SM) em crianas. MTODOS: Estudamos 109 crianas, 55 meninos e 54 meninas, entre 7 e 11 anos de idade (55 obesos, 23 com sobrepeso e 31 controles). A classificao do peso de cada criana foi baseada na razo IMC/idade. Glicose, HDL, triglicrides e insulina foram medidos em amostras de jejum. A presso arterial foi medida duas vezes. A sndrome metablica foi definida conforme os critrios do NCEP ATP III. RESULTADOS: O diagnstico de SM foi encontrado somente em crianas obesas. A maior frequncia de SM e de muitos de seus componentes foi encontrada em crianas classificadas acima do terceiro quartil do ndice HOMA-IR, que consistente com uma associao entre resistncia insulina e fatores de risco cardiovascular em crianas brasileiras. CONCLUSO: O presente estudo mostra que a obesidade e a resistncia insulina provavelmente tm um papel no desenvolvimento de fatores de risco cardiovascular em crianas, considerando que a prevalncia dos fatores de risco clssicos era maior nos percentis mais altos de IMC e HOMA-IR.

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FUNDAMENTO: Recentemente, uma associao de diferentes fatores de risco foi descrita como a sndrome metablica. Diferentes definies esto sendo utilizadas para a mesma sndrome. Independente do nome ou da classificao, estabeleceu-se que um agrupamento de fatores de risco cardiovasculares incluindo sobrepeso/obesidade, aumento da presso arterial e anormalidade lipdicas e glicmicas est associado com aumento do risco de aterosclerose em adultos. OBJETIVO: O objetivo desse estudo foi correlacionar os percentis do ndice de massa corporal com a presso arterial (PA), ndice de resistncia insulina (HOMA-ir) e perfis lipdicos em crianas e adolescentes, os quais caracterizam um perfil pr-aterosclertico. MTODOS: Agrupamentos de fatores de risco cardiovasculares foram avaliados em 118 crianas e adolescentes, divididos de acordo com os quartis do percentil de ndice de massa corporal (PIMC): Q1 (n=23) com PIMC <50%, Q2 (n=30) com PIMC entre 50 e 85%, Q3 (n=31) com PIMC entre 85 e 93%, e Q4 (n=34) com PIMC > 93%. Estatisticamente, diferenas significantes no foram observadas para idade (F=2,1; p=0,10); sexo (teste Qui-quadrado=3,0; p=0,38), e etnia (teste do Qui-quadrado = 4,7; p=0,20) entre diferentes quartis. RESULTADOS: Uma diferena estatisticamente significante foi observada para PA sistlica (F=15,4; p<0,0001), PA diastlica (F=9,5; p<0,0001), glicemia (F=9,6; p<0,0001), insulina (F=12.9; p<0.0001), HOMA-ir (F=30,8; p<0,0001), e nveis de triglicrides (F=2,7; p=0,05) entre os diferentes quartis. CONCLUSO: O excesso de peso avaliado pelo PIMC foi associado ao aumento de PA, triglicrides, ndice HOMA-ir, e HDL - colesterol baixo, o que configura um perfil pr-aterosclertico em crianas e adolescentes.

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FUNDAMENTO: Em sndrome coronariana aguda (SCA), importante estimar a probabilidade de eventos adversos. OBJETIVO: Desenvolver um escore de risco em uma populao brasileira com SCA sem supradesnivelamento do segmento ST (SST). MTODOS: Foram avaliados prospectivamente 1.027 pacientes em um centro brasileiro de cardiologia. Um modelo de regresso logstica mltipla foi desenvolvido para prever o risco de morte ou de (re)infarto em 30 dias. A acurcia preditiva do modelo foi determinada pelo C statistic. RESULTADOS: O evento combinado ocorreu em 54 pacientes (5,3%). O escore foi criado pela soma aritmtica de pontos dos preditores independentes, cujas pontuaes foram designadas pelas respectivas probabilidades de ocorrncia do evento. As seguintes variveis foram identificadas: aumento da idade (0 a 9 pontos); antecedente de diabete melito (2 pontos) ou de acidente vascular cerebral (4 pontos); no utilizao prvia de inibidor da enzima conversora da angiotensina (1 ponto); elevao da creatinina (0 a 10 pontos); e combinao de elevao da troponina I cardaca e depresso do segmento ST (0 a 4 pontos). Foram definidos quatro grupos de risco: muito baixo (at 5 pontos); baixo (6 a 10 pontos); intermedirio (11 a 15 pontos); e alto risco (16 a 30 pontos). O C statistic para a probabilidade do evento foi de 0,78 e para o escore de risco em pontuao de 0,74. CONCLUSO: Um escore de risco foi desenvolvido para prever morte ou (re)infarto em 30 dias em uma populao brasileira com SCA sem SST, podendo facilmente ser aplicvel no departamento de emergncia.

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FUNDAMENTO: A sndrome metablica definida com um conjunto de fatores de risco cardiovasculares relacionados obesidade visceral e resistncia insulnica, que levam a um aumento da mortalidade geral, especialmente cardiovascular. Os marcadores inflamatrios so considerados fatores de risco emergentes e podem ser potencialmente utilizados na estratificao clnica das doenas cardiovasculares estabelecendo valores prognsticos. OBJETIVO: Esta pesquisa tem por objetivo avaliar quais componentes da sndrome metablica apresentam aumento de IL-6 e PCR-AS, identificando o marcador que melhor expressa o grau de inflamao, e qual componente isoladamente apresenta maior interferncia nos marcadores inflamatrios estudados, a fim de identificar outros fatores de risco importantes na determinao da inflamao arterial. METODOLOGIA: Foram selecionados 87 pacientes, entre 26 e 85 anos, hipertensos, diabticos e dislipidmicos que obedecessem aos critrios necessrios ao diagnstico de certeza da sndrome metablica. Os pacientes foram avaliados atravs da MAPA de 24h e submetidos a dosagens de PCR-AS e IL-6, entre outras variveis metablicas. RESULTADOS: Os pacientes que apresentaram PCR > 0,3mg/dl mostraram correlao significativa (p<0,05) com permetro abdominal >102/88 cm em 83,7%; glicemia > 110mg/dl em 88%; e IMC > 30kg/m em 60,5% dos indivduos estudados. CONCLUSO: Concluiu-se que a PCR foi o marcador inflamatrio de maior expresso em relao s variveis estudadas, sendo tabagismo, albuminria, histria de cardiopatia pessoal prvia, IMC, permetro abdominal e hiperglicemia as de maior relevncia estatstica. A interleucina-6 no mostrou correlao com nenhuma varivel estudada.

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FUNDAMENTO: A estratificao de risco para morte sbita na cardiomiopatia hipertrfica (CMH), continua a ser um verdadeiro desafio devido grande heterogeneidade da sua apresentao, em que a maioria dos indivduos permanecem assintomticos por toda sua vida e outros apresentam a morte sbita como primeiro sintoma. Recentes trabalhos vm sugerindo que a fibrose miocrdica pode constituir-se em um importante substrato para as arritmias ventriculares malignas, responsveis pela morte sbita nesta doena. OBJETIVO: Avaliao da prevalncia e quantificao da fibrose miocrdica (FM), em pacientes com CMH com alto risco ou recuperados de morte sbita, portadores de cardiodesfibrilador implantvel (CDI). MTODOS: Vinte e oito pacientes com CMH portadores de CDI foram submetidos tomografia computadorizada com mltiplos detectores, para realizao da tcnica de realce tardio, e avaliao da fibrose miocrdica. RESULTADOS: 96% dos pacientes apresentavam fibrose miocrdica (20,38 15,55 gramas) correspondendo a 15,96 10,20% da massa miocrdica total. A FM foi significativamente mais prevalente que os demais fatores de risco clssicos para morte sbita. CONCLUSO: Conclumos que existe uma alta prevalncia de fibrose miocrdica em pacientes com cardiomiopatia hipertrfica de alto risco ou recuperados de morte sbita, como neste grupo - portadores de cardiodesfibrilador implantvel. A maior prevalncia da fibrose miocrdica comparada aos fatores de risco de pior prognstico levantam a hiptese de que a fibrose miocrdica possa ser um importante substrato potencialmente necessrio na gnese das arritmias desencadeadoras da morte sbita.

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FUNDAMENTO: Estabelecer escore de risco para cirurgias cardacas permite avaliar risco pr-operatrio, informar o paciente e definir cuidados durante a interveno. OBJETIVO: Pesquisar fatores de risco pr-operatrios para bito em cirurgia cardaca valvar e construir um modelo de risco simples (escore) para mortalidade hospitalar para os pacientes candidatos cirurgia no Hospital So Lucas da Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul (HSL-PUCRS). MTODOS: A amostra do estudo inclui 1.086 pacientes adultos que realizaram cirurgia cardaca valvar entre Janeiro de 1996 a Dezembro de 2007 no HSL-PUCRS. Regresso logstica foi usada para identificar fatores de risco e mortalidade hospitalar. O modelo foi desenvolvido em 699 pacientes e seu desempenho foi testado nos dados restantes (n = 387). O modelo final foi criado com a anlise da amostra total (n = 1.086). RESULTADOS: A mortalidade global foi 11,8%: 8,8% casos eletivos e 63,8% cirurgia de emergncia. Na anlise multivariada, 9 variveis permaneceram preditores independentes para o desfecho: idade avanada, prioridade cirrgica, sexo feminino, frao de ejeo < 45%, cirurgia de revascularizao miocrdica (CRM) concomitante, hipertenso pulmonar, classe funcional III ou IV da NYHA, creatinina (1,5 a 2,49 mg/dl e &gt; 2,5 mg/dl ou dilise). A rea sob a curva ROC foi 0,83 (IC: 95%, 0,78 - 0,86). O modelo de risco mostrou boa habilidade para mortalidade observada/prevista: teste Hosmer-Lemeshow foi x = 5,61; p = 0,691 e r = 0,98 (coeficiente de Pearson). CONCLUSO: As variveis preditoras de mortalidade hospitalar permitiram construir um escore de risco simplificado para a prtica diria, que classifica o paciente de baixo, mdio, elevado, muito elevado e extremamente elevado risco pr-operatrio.

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FUNDAMENTO: A maior longevidade observada atualmente ocasionou aumento do nmero de idosos que necessitam de intervenes cirrgicas. A estenose artica uma condio frequente nessa faixa etria. OBJETIVO: Avaliar morbidade e mortalidade hospitalar em pessoas de 75 anos ou mais, que tenham sido submetidas cirurgia de valvuloplastia, ou de troca valvar por estenose artica isolada ou associada a outras leses. MTODOS: Foram estudados 230 casos consecutivos entre jan/2002-dez/2007. Os pacientes tinham 79,5 3,7 anos (75 - 94), sendo que 53,9% eram homens. Na amostra, 68,7% tinham hipertenso arterial, 17,9% tinham fibrilao atrial, 15,9% apresentaram obesidade e 14,4% cirurgia cardaca prvia. Na cirurgia, 87,4% foram submetidos colocao de prtese artica e 12,6% valvuloplastia artica. RESULTADOS: A mortalidade foi de 13,9% (sendo 9,4% de estenose artica isolada x 20,9% com procedimento associado; p = 0,023) e a morbidade foi de 30,0% (sendo 25,2% de estenose artica isolada x 37,4% com procedimento associado; p = 0,068). As complicaes mais frequentes foram: baixo dbito cardaco (20,2%), disfuno renal (9,7%) e suporte ventilatrio prolongado (7,9%). Na anlise bivariada, os maiores preditores de mortalidade foram: baixo dbito cardaco (RR 10,1, IC95%: 5,02-20,3), uso do balo intra-artico (RR 6,6, IC95%: 3,83-11,4), sepse (RR 6,77, IC95%: 1,66-9,48) e disfuno renal ps-operatria (RR 6,21, IC95%: 3,47-11,1). Quanto morbidade, foram preditores: disfuno renal pr-operatria (RR 2,22, IC95%: 1,25-3,95), fibrilao atrial (RR 1,74, IC95%: 1,16-2,61) e doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC) (RR 1,93, IC95%: 1,25-2,97). CONCLUSO: A cirurgia valvar artica em idosos est relacionada morbimortalidade um pouco maior do que nos pacientes mais jovens, sendo os seus principais fatores de risco: procedimentos associados, insuficincia renal, fibrilao atrial, DPOC e sepse.

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FUNDAMENTO: A doena cardiovascular representa a principal causa de morbidade, mortalidade e perda de funo do enxerto em receptores de transplante renal (RTR). O tratamento agressivo dos fatores de risco fortemente recomendado. Entretanto, h um gap entre a terapia baseada em evidncia recomendada e o manejo cardiovascular eficaz nesta populao. OBJETIVO: Estabelecer uma estratgia de controle de fatores de risco cardiovascular para RTR. MTODOS: O risco cardiovascular de 300 RTR de uma Unidade de Transplante Renal foi avaliado atravs dos critrios de Framingham. Intervenes nos fatores de risco modificveis foram sugeridas aos mdicos assistentes atravs de cartas anexadas aos pronturios dos pacientes, incluindo modificaes no estilo de vida, controle de presso arterial e uso de tratamento anti-plaquetrio e hipolipemiante. Os perfis dos fatores de risco foram re-avaliados depois de 6 e 12 meses. RESULTADOS: A maioria dos pacientes apresentava alto risco cardiovascular (58%). Aps 12 meses, a proporo de pacientes recebendo tratamento anti-plaquetrio, anti-hipertensivo ou hipolipemiante tinha aumentado de forma significante (29 para 51%, 83 para 92% e 3 para 46%, p < 0,001, respectivamente). Os nveis de colesterol total e triglicrides diminuram (de 237 para 215 mg/dl, p = 0,001 e 244 para 221 mg/dl, p = 0,03). Embora uma reduo no-significante nos nveis de LDL-colesterol tenha sido observada (136 para 116 mg/dl, p = 0,12), os pacientes que iniciaram terapia com estatinas nos primeiros 6 meses do estudo apresentaram uma reduo significante de 25% no LDL-colesterol (159 para 119 mg/dl, p < 0,001). A proporo de pacientes com avaliao completa de lipdios no plasma tambm aumentou (27% para 49%, p < 0,001). CONCLUSO: Nossos resultados sugerem que uma estratgia simples e de baixo custo melhora de forma significante o perfil de risco cardiovascular de RTR, potencialmente traduzindo-se em benefcios definidos sobre a funo do enxerto a longo prazo e expectativa de vida.

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FUNDAMENTO: Sedentarismo fator predisponente ao aparecimento/piora de outros fatores de risco cardiovascular, particularmente obesidade. OBJETIVO: Estabelecer nvel de atividade fsica (NAF) e nmero dirio de horas de TV (HTV) e a associao e/ou correlao destas variveis com faixa etria, sexo, classe econmica, escola pblica/privada, excesso de peso e obesidade, em crianas/adolescentes. MTODOS: Estudo transversal, base populacional escolar, ensino pblico e privado, fundamental e mdio. Clculo da amostra baseado na menor prevalncia esperada de inmeras variveis, incluindo sedentarismo. Amostragem por conglomerados. Protocolo: Questionrio estruturado, incluindo "Physical Activity Questionaire for Older Children" (PAQ-C); medidas de peso, altura, ndice de massa corporal (IMC) e prega cutnea do trceps (PCT). Anlise estatstica: Qui-quadrado; correlao linear. RESULTADOS: Nos 1.253 estudantes, com mdia de idade de 12,4 2,9 anos, sendo 547 do sexo masculino, observou-se uma prevalncia de sedentarismo em 93,5%, mais frequente em adolescentes do sexo feminino; no houve associao entre NAF e excesso de peso ou gordura corporal; futebol e dana foram as atividades mais frequentes em meninos e meninas, respectivamente; 60% dos estudantes no tm aulas de Educao Fsica. Mdia e mediana de HTV foram, respectivamente, 3,6 e 3 horas; houve associao significante entre maior HTV e obesidade e correlao significante entre NAF e idade (negativa) e entre IMC e PCT (positiva). CONCLUSO: O sedentarismo est presente em 93,5% das crianas e adolescentes de Macei, sendo mais prevalente nos adolescentes e no sexo feminino, no havendo associao ou correlao desta varivel com excesso de peso ou gordura corporal; obesidade associou-se a > 3 HTV.

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FUNDAMENTO: Hipertenso e sndrome metablica so fatores de risco cardiovascular associados com o aumento da adiposidade. Em um estudo anterior, a razo cintura-estatura (RCE) foi identificada como o melhor ndice de obesidade associado com hipertrofia do ventrculo esquerdo. OBJETIVO: Comparar a capacidade desse ndice na identificao da hipertenso e sndrome metablica com outros ndices de obesidade (ndice de massa corporal - IMC; circunferncia da cintura - CC e razo cintura-quadril - RCQ) atravs da anlise de curvas ROC (receiver operator characteristics). MTODOS: 1.655 (45,8% homens) participantes do Projeto MONICA-WHO/Vitria, com idade mdia de 45 11 anos foram investigados. A prevalncia de sndrome metablica (critrios ATP-III) foi de 32,9%, hipertenso de 42,4% e obesidade de 19,2%. RESULTADOS: Em relao capacidade de identificar a hipertenso, houve uma superioridade significante da RCE em relao ao IMC e CC (p < 0,05), independentemente do sexo, mas no em relao RCQ (p &gt; 0,05). Em relao capacidade de identificar a sndrome metablica, houve uma superioridade significante da RCE em relao RCQ em homens (p < 0,001), mas no em relao ao IMC e CC (p = 0,16 e p = 0,9 respectivamente). Entretanto, em mulheres, a RCE foi significativamente superior em relao RCQ (p < 0,001) e IMC (p = 0,025), mas no em relao CC (p = 0,8). Os pontos de corte so 0,52 e 0,53 para hipertenso e 0,53 e 0,54 para sndrome metablica, para homens e mulheres, respectivamente. CONCLUSO: A obesidade abdominal identificada pela RCE, ao invs da obesidade geral identificada pelo IMC, o ndice mais simples e melhor aplicvel, associado hipertenso e sndrome metablica, em nossa populao.

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FUNDAMENTO: A hipertenso arterial, o excesso de peso e o sedentarismo so importantes fatores de risco para doenas cardiovasculares e esto fortemente associados. OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional, o nvel de atividade fsica e os nveis de presso arterial de estudantes da Universidade Federal do Piau, em Teresina. MTODOS: Estudo transversal com amostra de 605 estudantes (46,1% do sexo masculino e 53,9% do feminino), com mdia de idade de 21,7 3,7 anos. O estado nutricional global foi classificado pelo ndice de massa corporal (IMC) e a adiposidade central pela circunferncia da cintura (CC). O nvel de atividade fsica foi avaliado utilizando-se o Questionrio Internacional de Atividade Fsica (IPAQ) na verso curta. A presso arterial aumentada foi definida como uma presso sistlica > 140 mmHg e/ou diastlica > 90 mmHg. RESULTADOS: A prevalncia de presso arterial aumentada foi de 9,7%, sendo maior em homens. Excesso de peso (IMC > 25 kg/m) foi encontrado em 18,2% dos estudantes, sendo as propores de sobrepeso e obesidade de 15,2% e 3%, respectivamente. Obesidade abdominal foi encontrada em 2,4% dos estudantes, independentemente do gnero, e o sedentarismo em 52%. A presso arterial mdia aumentou com o incremento do IMC e da CC. No houve associao entre os nveis de atividade fsica e presso arterial. CONCLUSO: Houve associao entre aumento do peso corporal e da circunferncia da cintura com maiores nveis de presso arterial entre os pesquisados. necessrio estabelecer instrumentos de avaliao precoce do risco cardiovascular e promover orientao preventiva para esses jovens.