998 resultados para Mulheres Aspectos sociais
Resumo:
O objectivo da pesquisa foi contribuir para a compreenso da especificidade da componente feminina do fenmeno imigratrio em Portugal, especificamente das mulheres oriundas da Guin-Bissau, e compreender de que modo dimenses sociais e culturais da etnicidade se cruzam e concorrem na (re)construo da identidade, considerando as condicionantes estruturais, a par da aco individual, da sociedade de origem e da de acolhimento, e que interferem no poder estratgico dessas mulheres.
Resumo:
Este trabalho centra-se no estudo das dinmicas familiares e intergeracionais das mulheres africanas em contexto de bairro, tendo na sua base a esfera cultural. O seu principal objectivo contribuir para a compreenso do objecto de estudo em questo, luz de trs dimenses de anlise: familiar, pessoal e espacial e posteriormente, repensar a possibilidade de adopo de novos quadros de valores e perspectivas, em relao ao conceito de ghetto/bairro e ao papel da mulher africana no processo de reproduo cultural. Neste sentido foi desenvolvida uma abordagem multidisciplinar para compreender as dinmicas familiares e intergeracionais a partir dos enquadramentos tericos e conceptuais existentes. O estudo emprico foi desenvolvido atravs de um trabalho de natureza qualitativa, recorrendo-se anlise de contedo de entrevistas semi-directivas para assim dar visibilidade e compreensibilidade s prticas e experincias existentes no bairro. Fazem parte da amostra um grupo de mulheres africanas residentes em bairros sociais das zonas de Lisboa e Vale do Tejo constituda por 8 jovens mulheres, com idades compreendidas entre 16 e os 25 anos e 8 avs com mais de 50 anos. Como concluso reconhecemos a necessidade de representar os ghettos de hoje uma vez que, aps esta investigao, novas questes orientadoras poderiam ser formuladas, j que no se conheceu definies nicas ou consensuadas sobre o mesmo.
Resumo:
Em frica nas ltimas dcadas a famlia, como uma categoria social e moral, ganhou novos contornos. Nos discursos dominantes, quer institucionais quer do senso comum, destaca-se uma viso paradoxal da famlia. Evocada como um pilar identitrio e social de importncia sempre renovada, a famlia contempornea tambm categorizada como estando em crise, desestruturada" e consequentemente apontada como raiz de muitos dos problemas sociais actuais. Com base em dados etnogrficos recolhidos com famlias das reas urbanas pobres da cidade do Mindelo (Cabo Verde), propomos uma anlise crtica para alm dos discursos sobre a crise da famlia. As redes familiares transnacionais, as transformaes nas relaes de gnero e novas dinmicas de reciprocidade inter-geracional sero revelados como recursos centrais para uma maioria de cabo-verdianos pobres estruturarem as suas identidades e percursos de vida e assim fazerem face crescente incerteza que caracteriza os contextos africanos contemporneos.
Resumo:
O presente trabalho descreve de forma lacnica o estudo comparado entre o municpio de Santa Cruz / Cabo Verde e o municpio de Bor/ Brasil- So Paulo. O objectivo central que guiou a elaborao deste trabalho, procurou essencialmente analisar atravs da pesquisa qualitativa da comparao, os instrumentos de planeamento municipal praticados nos dois municpios supra referidos nas reas fiscais, alocativos e sociais, bem como a busca incessante pela complementaridade. Para efectivar a investigao proposta, apresentou-se primeiramente as questes gerais relacionados fundamentao terica necessria para a explicitao dos contedos da anlise. Na sequncia, fez-se uma exposio detalhada dos dados obtidos sobre a execuo oramentria apartir de pesquisa documental realizada no Municipio de Santa Cruz Cabo Verde e do Municipio de Bor, So Paulo Brasil. Aps a incurso na execuo oramentaria de cada municipio que integrou a pesquisa, fez-se uma comparao entre os dados orados com as realizadas. Alm disso, investigou-se tambm a fundamentao legal da gesto oramentria e financeira como meio de dotar o Municpio de Santa Cruz de mecanismo de controle e planeamento estratgico. Com base na anlise, concluiu-se que existem realidades diferentes entre os municpios no que concerne a sua estrutura oramental, suporte legal e tambm na forma de alocao dos recursos. Assim, as concluses e recomendaes direccionam o trabalho no sentido de oferecer subsdios para a melhoria do sistema de organizao de uma estrutura oramentria que melhor sirva os dois municpios.
Resumo:
Das diversas manifestaes que a pobreza tem vindo a assumir nas ltimas dcadas, uma, em particular, tem despertado a ateno internacional: a discriminao social baseada no sexo. Acompanhando o fenmeno de globalizao e os processos de transio poltica, econmica e social nas sociedades em desenvolvimento, desenham-se algumas consequncias no papel desempenhado pela mulher, nomeadamente a denominada feminizao da pobreza. Na verdade, a ltima dcada apresenta um aumento desproporcional do nmero de mulheres, em relao ao nmero de homens, que vivem em situao de pobreza. A par da defesa dos direitos humanos, consagrada pelas instituies internacionais como um dos pilares fundamentais para a erradicao da pobreza mundial, a promoo da igualdade entre homens e mulheres tambm considerada um elemento chave neste combate. Progressivamente, os organismos internacionais vo orientando as suas polticas para a introduo das questes do gnero, discutindo estas matrias nas diversas conferncias, cimeiras e reunies inter-governamentais, subordinadas aos temas inerentes ao desenvolvimento sustentvel e luta contra a pobreza. Em Cabo Verde, os efeitos da degradao do ambiente so consequncia combinada de mudanas climticas, da gesto deficiente dos recursos naturais e de um processo de desenvolvimento econmico que no tem salvaguardado de forma assertiva os aspectos ambientais e sociais. A explorao dos recursos naturais nem sempre foi feita de forma criteriosa e racional, comprometendo, qui de modo irreversvel, o desenvolvimento sustentvel do pas. Tambm, o ordenamento do territrio no mereceu, ao longo dos tempos, a importncia que lhe devida, apesar de se poder sublinhar alguns esforos neste sentido. Este facto levou o pas situao de desordenamento em que se encontra actualmente e que exige uma interveno rpida e adequada em todos os domnios. A extrema pobreza em que vive uma boa parte da populao cabo-verdiana, muitas vezes faz sobrepor o imediato ao sustentvel, apesar da plena conscincia de se estar a comprometer o futuro e as normas impostas pela legislao vigente. As leis deixam de ter sentido na presena de necessidades bsicas no satisfeitas: o cabo-verdiano aprendeu com as vicissitudes da vida e est plenamente convicto de que fome no tem lei. Portanto, sem a proviso das necessidades bsicas das pessoas cuja subsistncia depende directamente da extraco dos recursos naturais, qualquer programa de educao, sensibilizao ou outro estar, priori, condenado ao fracasso. Todavia, constata-se uma sensibilidade progressiva para as questes ambientais tanto no seio da populao civil, como das autarquias e dos sucessivos governos cabo-verdianos, nos ltimos anos. Assim, Cabo Verde tem participado em diversos eventos e ratificou as principais Convenes internacionais sobre a matria, comprometendo-se desta forma a dar a sua colaborao para que o mundo possa dispor de um ambiente mais so. O presente estudo pretende analisar a situao actual e apresentar propostas de avaliao ex-ante do impacto das actividades consagradas no PANA estratgico sobre o gnero e a pobreza e inscreve-se dentro das preocupaes do pas no sentido da proteco do meio ambiente.
Resumo:
Este trabalho de investigao constitui uma aproximao sociolgica no mbito da sade internacional e no contexto da sociologia da sade, em particular da sade dos migrantes, relativamente s suas representaes e prticas de sade e de doena. O objecto de investigao centra-se na anlise das questes sobre a sade e a doena dos imigrantes a partir de uma perspectiva sociolgica. O estudo teve como principal objectivo compreender atravs de relatos pessoais a forma como os indivduos entendem a sade e a doena no campo das representaes sociais de sade e analisar os seus comportamentos em termos das suas prticas de sade e de doena. Pretendeu-se estabelecer uma anlise comparativa dos dados de forma a fazer sobressair semelhanas e/ou divergncias das representaes e das prticas de sade e de doena dos entrevistados. A nossa inteno era verificar se elas se deviam a factores socioeconmicos, a factores culturais e de identidade tnica, ou combinao de ambos. No plano terico, o trabalho aqui apresentado enquadra-se em vrias reas das Cincias Sociais, (sociologia da sade, sociologia das migraes e antropologia da sade). A hiptese geral centrava-se na ideia de que as representaes e as prticas de sade e de doena destes imigrantes se inscreviam num quadro particular onde apareciam interferncias do carcter cultural e da pertena tnica. Estas dimenses podiam no entanto, variar consoante os contextos socioeconmicos. A hiptese pressupunha que os imigrantes apresentariam perfis distintos no que se refere autoavaliao e percepo do estado de sade, s representaes, crenas e atitudes face sade e doena, s experincias e comportamentos, aos estilos de vida e s prticas de sade e percursos de doena. O estudo foi efectuado junto de uma amostra de 40 indivduos cabo-verdianos da primeira gerao em Portugal, mais precisamente os que residem na regio de Lisboa, a qual para efeitos de anlise foi dividida em diferentes grupos: grupo social (grupo popular e grupo de elite), gerao (mais jovens e mais velhos) e gnero (homens e mulheres), (20 pessoas em cada grupo). Optmos por uma metodologia qualitativa atravs da realizao de entrevistas semiestruturadas para recolha da informao. O tratamento dos dados consistiu na anlise de contedo temtica das entrevistas e na identificao de diferenas e semelhanas entre e intra cada um dos subgrupos. A anlise dos resultados comprova a existncia de diferenas entre os grupos sociais relativamente s representaes e prticas de sade e de doena. Elas foram determinadas mais pelos factores socioeconmicos do que pelos aspectos culturais e de etnicidade. Essas diferenas fizeram tambm sobressair dois tipos de viso: uma cosmopolita e outra existencial. Na primeira estamos perante uma viso mais articulada ao mundo e que se relaciona com as ideias expressas pelo grupo de elite e na segunda uma viso existencial, mais ligada s condies materiais de existncia e que corresponde s representaes feitas pelo grupo popular. Foi demonstrado que os indivduos mais velhos do grupo popular encaravam a sade e a doena de forma semelhante ao modelo biomdico, enquanto os do grupo de elite iam mais ao encontro do modelo biopsico- social. As representaes de sade e de doena traduziram-se em definies que foram desde o orgnico ao social. O primeiro correspondia ao discurso do grupo popular que restringia mais a sade a aspectos fisiolgicos e o segundo ao do grupo de elite, que encarava a sade e a doena enquanto fenmenos mais globais e externos aos indivduos. Tambm se evidenciou, quando da anlise dos dados, ao nvel dos subgrupos de gnero e gerao no seio do mesmo grupo social, que as diferenas eram menos evidentes entre eles do que as que encontrmos quando comparmos os subgrupos separadamente por grupos sociais distintos. Quanto ao grupo estudado, apesar da heterogeneidade verificada entre os seus membros, particularmente no que se refere aos factores socioeconmicos, observou-se que existia um aspecto unificador decorrente das suas heranas culturais. Em geral, os indivduos sobrevalorizaram a sua identidade tnica e a cultura de origem comum. A pertena a grupos sociais diferentes, mas a uma mesma cultura e identidade, d origem a uma partilha do sentimento de pertena cultural, mas no a comportamentos e prticas idnticos. Pretende-se, por fim, contribuir para o conhecimento dos imigrantes enquanto cidados e indicar a necessidade de reajustar as estruturas de sade s transformaes multiculturais, que neste momento so vividas a rpidos ritmos de mudana.
Resumo:
Este trabalho de investigao constitui uma aproximao sociolgica no mbito da sade internacional e no contexto da sociologia da sade, em particular da sade dos migrantes, relativamente s suas representaes e prticas de sade e de doena. O objecto de investigao centra-se na anlise das questes sobre a sade e a doena dos imigrantes a partir de uma perspectiva sociolgica. O estudo teve como principal objectivo compreender atravs de relatos pessoais a forma como os indivduos entendem a sade e a doena no campo das representaes sociais de sade e analisar os seus comportamentos em termos das suas prticas de sade e de doena. Pretendeu-se estabelecer uma anlise comparativa dos dados de forma a fazer sobressair semelhanas e/ou divergncias das representaes e das prticas de sade e de doena dos entrevistados. A nossa inteno era verificar se elas se deviam a factores socioeconmicos, a factores culturais e de identidade tnica, ou combinao de ambos. No plano terico, o trabalho aqui apresentado enquadra-se em vrias reas das Cincias Sociais, (sociologia da sade, sociologia das migraes e antropologia da sade). A hiptese geral centrava-se na ideia de que as representaes e as prticas de sade e de doena destes imigrantes se inscreviam num quadro particular onde apareciam interferncias do carcter cultural e da pertena tnica. Estas dimenses podiam no entanto, variar consoante os contextos socioeconmicos. A hiptese pressupunha que os imigrantes apresentariam perfis distintos no que se refere autoavaliao e percepo do estado de sade, s representaes, crenas e atitudes face sade e doena, s experincias e comportamentos, aos estilos de vida e s prticas de sade e percursos de doena. O estudo foi efectuado junto de uma amostra de 40 indivduos cabo-verdianos da primeira gerao em Portugal, mais precisamente os que residem na regio de Lisboa, a qual para efeitos de anlise foi dividida em diferentes grupos: grupo social (grupo popular e grupo de elite), gerao (mais jovens e mais velhos) e gnero (homens e mulheres), (20 pessoas em cada grupo). Optmos por uma metodologia qualitativa atravs da realizao de entrevistas semiestruturadas para recolha da informao. O tratamento dos dados consistiu na anlise de contedo temtica das entrevistas e na identificao de diferenas e semelhanas entre e intra cada um dos subgrupos. A anlise dos resultados comprova a existncia de diferenas entre os grupos sociais relativamente s representaes e prticas de sade e de doena. Elas foram determinadas mais pelos factores socioeconmicos do que pelos aspectos culturais e de etnicidade. Essas diferenas fizeram tambm sobressair dois tipos de viso: uma cosmopolita e outra existencial. Na primeira estamos perante uma viso mais articulada ao mundo e que se relaciona com as ideias expressas pelo grupo de elite e na segunda uma viso existencial, mais ligada s condies materiais de existncia e que corresponde s representaes feitas pelo grupo popular. Foi demonstrado que os indivduos mais velhos do grupo popular encaravam a sade e a doena de forma semelhante ao modelo biomdico, enquanto os do grupo de elite iam mais ao encontro do modelo biopsico- social. As representaes de sade e de doena traduziram-se em definies que foram desde o orgnico ao social. O primeiro correspondia ao discurso do grupo popular que restringia mais a sade a aspectos fisiolgicos e o segundo ao do grupo de elite, que encarava a sade e a doena enquanto fenmenos mais globais e externos aos indivduos. Tambm se evidenciou, quando da anlise dos dados, ao nvel dos subgrupos de gnero e gerao no seio do mesmo grupo social, que as diferenas eram menos evidentes entre eles do que as que encontrmos quando comparmos os subgrupos separadamente por grupos sociais distintos. Quanto ao grupo estudado, apesar da heterogeneidade verificada entre os seus membros, particularmente no que se refere aos factores socioeconmicos, observou-se que existia um aspecto unificador decorrente das suas heranas culturais. Em geral, os indivduos sobrevalorizaram a sua identidade tnica e a cultura de origem comum. A pertena a grupos sociais diferentes, mas a uma mesma cultura e identidade, d origem a uma partilha do sentimento de pertena cultural, mas no a comportamentos e prticas idnticos. Pretende-se, por fim, contribuir para o conhecimento dos imigrantes enquanto cidados e indicar a necessidade de reajustar as estruturas de sade s transformaes multiculturais, que neste momento so vividas a rpidos ritmos de mudana.
Resumo:
Os estudos sobre dinmicas familiares em Cabo Verde destacam duas caractersticas predominantes, a matrifocalidade, na qual o lao entre mes e filhos/as so mais valorizados e, em termos de relaes de gnero, como marcada por relaes patriarcais, onde predomina a autoridade masculina (LOBO, 2012; MARTINS e FORTES, 2011). Esta dissertao visa analisar as relaes de conjugalidades focalizando a chamada poligamia informal (CARREIRA, 1984), a partir da percepo de mulheres kumbssas, que so mulheres que compartilham um mesmo homem simultaneamente, sobre relao conjugal, gnero e famlia. Entretanto, para alm da descrio da vivncia quotidiana das kumbssas, sero destacadas a relaes entre elas em situaes pontuais como na morte e nos ritos funerrios, em relao s regras sociais existentes que determinam o lugar de cada kumbssa na relao e o comportamento esperado de cada pessoa envolvida, assim como as tenses e situaes de violncia de gnero. Para tal, realizou-se uma etnografia das experincias quotidianas destas mulheres, no concelho de Santa Catarina de Santiago, em Cabo Verde, no perodo de Abril a Outubro de 2012.
Resumo:
Esta dissertao visa investigar a realidade das mulheres cujos maridos/companheiros emigraram em Pilo Co de modo a compreender se as mudanas ocorridas a partir da sada dos seus cnjuges as levam a construir uma nova imagem de si e por conseguinte uma nova identidade. Para a concretizao desse objectivo realizou-se uma pesquisa etnogrfica junto dessas mulheres onde foram recolhidos os dados que retractam vrios aspectos relacionados s suas experincias pessoais e familiares, concretamente os papis desempenhados, os sentimentos experimentados, o controle social a que so sujeitas e sua relao com os prprios familiares e com os familiares do marido/companheiro. A anlise dos dados mostrou que as modificaes s quais foram sujeitas so percebidas de uma forma diferente por essas mulheres, dependendo da relao que mantm com os seus maridos/companheiros no estrangeiro. Entretanto ficou patente que em alguns casos assumiram mudanas e a construo de uma nova identidade e noutros casos houve apenas a alterao dos papis de gnero.
Resumo:
O presente trabalho monogrfico intitulado Desistindo da denncia: experincias de mulheres vtimas da violncia por parceiros ntimos, analisa os factores que influenciam as mulheres a no-denunciar e a desistir do processo das denncias de violncia com base no gnero, particularmente a violncia infringidas por parceiros ntimos bem como conhecer os reais factores que esto na origem dessa problemtica. A investigao teve dois momentos ser destacados: a pesquisa terica (reviso bibliogrfica e documental sobre Violncia Baseada no Gnero); a pesquisa emprica, com a aplicao das entrevistas s mulheres vtimas da Violncia Baseada no Gnero. Os resultados obtidos permitem considerar que as mulheres vtimas Violncia Baseada no Gnero no-dennciam e desistem da denncia devido os factores diversos designadamente a situao econmica, laos afectivos e status social.
Resumo:
O termo empoderamento comeou a ser empregado nas dcadas de 60 e 70, com os movimentos sociais, e de seguida passou a ser praticado pelas ONGs. Pelo que, gradualmente foi-se juntando a conceitos como capital social e capacidades, passando o empoderamento mais tarde a ser um tema de debate no campo ideolgico de desenvolvimento. Por conseguinte, nas ltimas dcadas vem ganhando relevncia acadmica e social e tem observado um crescente uso do conceito de empoderamento nas mais diferentes reas como: educao; sade pblica; psicologia; sociologia administrao; economia e poltica. Ressalta, ainda que o debate sobre o tema do empoderamento de mulheres surgiu da crtica feminista s propostas neoliberais para atingir um desenvolvimento imparcial e sustentvel e, consequentemente deu-se lugar ao aparecimento de programas de empoderamento que esto agora sendo implementados por governos, ONGs, agncias internacionais de desenvolvimento, etc. Assim, entender a questo do poder e em especial do poder nas relaes de gnero, bem como sua a importncia no processo de incorporao das mulheres e a necessidade de redistribuio do poder passou a estar na agenda dos governos e das organizaes da sociedade civil. Em Cabo Verde, verifica-se mesmo que fosse de uma forma partidria e emprica que o processo de empoderamento das Mulheres, comeou desde aps a independncia atravs de um grupo de mulheres que de uma forma direta ou indireta tiveram participao na luta de independncia de Cabo Verde e que mais tarde veio a fundar a Organizao das Mulheres de Cabo Verde. Esse processo prosseguido pelo Governo e pelas organizaes da sociedade civil, nomeadamente as ONGs e as associaes comunitrias. Embora haja pouca informao sobre como diferentes mulheres vivenciam o processo de empoderamento. Nesta monografia o processo de empoderamento apresentado a partir de dimenses da vida social, nomeadamente psicolgica ou individual, que proporciona a emancipao das mulheres e estrutural ou poltica que promove e viabiliza o engajamento e a participao social na perspetiva da cidadania, abordando a questo de poder e gnero e no campo econmico e poltico.
Resumo:
O presente estudo baseia-se em mulheres imigrantes cabo-verdianas nas prises portuguesas. A informao foi recolhida no Estabelecimento Prisional de Tires e assentou em mulheres condenadas que cumprem pena efetiva de priso. Quisemos perceber quais os motivos que levaram estas mulheres imigrantes a abandonarem o seu pas de origem, se tiveram dificuldades de integrao no pas que as acolheu e se em resultado desse acolhimento caram nas malhas da justia. Pretendamos tambm saber se o espao que se vm obrigadas a abraar, resultado do contacto com a justia, servia para reflexo das suas vidas pregressas e se da resultavam mais valias para a concretizao dos seus projetos de vida. Imaginar o ambiente prisional no certamente o mesmo que ter contacto com a instituio. A ideia de priso no passa apenas pelo espao fechado, mas tambm pelo local frio, receoso, degradante, onde se aperfeioa o crime e onde existe um cdigo de tica por parte de reclusos/as. As prises so muitas vezes apelidadas de escolas de crime. Importa por isso fazer uma abordagem evoluo do sistema prisional portugus, compreender a sua evoluo, as limitaes, o avano feito ao nvel da abertura ao exterior e sobretudo a evoluo ao nvel da humanizao. Aquele espao fechado e altrusta teve o seu fim, e em boa hora o possamos dizer. Fez-se uma abordagem integrao social, aos fatores que intervm no processo e uma breve sinopse caraterizando a comunidade Cabo-verdiana. Pela metodologia utilizada, concluiu-se que as dificuldades de integrao no parecem estar diretamente relacionadas com a prtica do crime. As razes econmicas e as influncias externas foram os dois fatores mais vincados, retirados da anlise dos dados. Importa aqui salientar que quadros sociais e econmicos fragilizados podero ser fomentadores de atividades ilcitas.
Resumo:
A pesquisa apresentada analisou 27 teses de doutorado e dissertaes de mestrado de programas brasileiros de Ps-Graduao em Educao que usam a teoria de representaes sociais para estudar representaes de ou sobre professor. Para a realizao dessa anlise foram investigados, principalmente, aspectos metodolgicos relacionados ao uso da TRS, tais como: modo de descrio dos sujeitos da pesquisa e variveis selecionadas nessa caracterizao; descrio do objeto de estudo, sua contextualizao e justificao como objeto de representao social; procedimentos de coleta de dados, sua adequao e justificao; tratamento dos dados; procedimentos de anlise; sntese dos resultados e sua contribuio para a educao, para a formao de professores e para a TRS. Concluiu-se que a TRS pouco explorada nos trabalhos, embora, de modo geral, eles contribuam para aclarar as representaes que professores tm a respeito de vrios campos que compem sua vida profissional.
Resumo:
Sustentado por constataes realizadas no mundo profissional e, em particular, no mundo da educao e da formao, o autor prope o conceito de cultura da ao como um modo compartilhado de organizao de construo de sentido sobre as atividades. Este conceito transversal s diferentes formas de ao busca unir os aspectos individuais e coletivos, as permanncias e as mudanas, os aspectos mentais e os aspectos conativos na abordagem do envolvimento com a ao. O conceito se inscreve no quadro mais amplo da criao de ferramentas capazes de descrever a construo simultnea de aes de sujeitos individuais e coletivos.
Resumo:
O artigo pretende enfatizar a historicidade das representaes sociais como aspecto fundamental para a compreenso de seus processos de generatividade e de estabilizao de contedos. Para tanto, considera que as representaes sociais so resultado, de um lado, da reapropriao de contedos advindos de perodos cronolgicos distintos e, de outro, daqueles gerados por novos contextos. Assim, so apresentados aspectos de reciprocidade entre representaes sociais e a perspectiva da histria das mentalidades enfatizando que os processos de objetivao e de ancoragem, formadores das representaes sociais, so privilegiados para a investigao dessa historicidade.