982 resultados para Leitor. Narrativa. Memória. Autoficcionalidade
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Pós-graduação em Educação - FFC
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Pós-graduação em Letras - FCLAS
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Em O enteado (2002), de Juan José Saer, tem-se um velho narrador que conta de forma poética a sua história, uma singular experiência de vida. Quando jovem, ele viajava como grumete num navio que costeava a Bacia do Rio da Prata, quando presenciou o ataque súbito e posterior massacre da tripulação do barco pelos índios da região. Como único sobrevivente da carnificina, é praticamente adotado pelos selvagens, passando a conviver com eles, sem saber ao certo a razão de ter sido poupado. Mas a maneira de viver daqueles índios revelou-se bem estranha, pois eram antropófagos, faziam sexo em grupo (orgias), morriam muito cedo, e a peculiar linguagem que praticavam dificultava o aprendizado da língua, e, conseqüentemente, da própria cultura. Assim, esse livro tacitamente promove um debate sobre a Conquista Hispânica da América, do ponto de vista particular de um narrador que constrói poeticamente a sua visão daquele passado, que não diz respeito a nenhum fato histórico preciso. Mas, enquanto a historicidade desse texto transparece nas suas entrelinhas, a sua imanente poesia define o seu aspecto de prosa poética, senão de narrativa poética, traços que apontam para um possível hibridismo literário nesse romance.
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Este artigo analisa o conto Romance Negro, de Rubem Fonseca, a partir do duplo sentido que o autor dá à expressão roman noir, a qual remete, em literatura, seja ao gênero que se desenvolveu no pré-romantismo inglês da segunda metade do século XVIII, seja a um tipo de romance policial americano do século XX chamado de noir. Aproveitando essa dualidade do termo, o autor cria uma narrativa híbrida ao mesclar dois gêneros: o romance gótico e a narrativa policial.
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O que e por que comemorar? Esse questionamento está presente na interpretação que este artigo propõe sobre a Comemoração do Cinquentenário do Cerco da Lapa, episódio da chamada Revolução Federalista, celebrado em 1944, nas cidades de Curitiba e Lapa. Problematiza-se a celebração cívica com base na atuação de David Carneiro, um dos representantes da inteligência paranaense do século XX. O tema ao qual Carneiro mais se dedicou foi a Revolução Federalista, e acabou por tornar-se referência no assunto. Ele foi um dos principais idealizadores do evento, festejado durante a Segunda Guerra Mundial. Naquela ocasião, comemorou-se uma memória, a dos defensores da “unidade nacional”. Entre excessos e insuficiências de memória, o General Gomes Carneiro foi alçado a símbolo da juventude que deveria se unir aos Aliados e contribuir para a “solidariedade continental”. A experiência do passado do acontecimento militar é reinterpretada em função de um novo conflito.
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Neste artigo propõe-se uma leitura do conto de Guimarães Rosa “Nada e a nossa condição” à luz da teoria da narrativa poética de Jean Yves Tadié.
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Este trabalho parte do mito de Ulisses retomado por Dante e se concentra na leitura feita por Levi do canto dantesco , bem como da (re) elaboração da última aventura do herói grego no contexto da história pessoal do escritor. Trata-se de um moderno Ulisses apresentando uma visão moderna do Inferno. Em Dante, Ulisses está entre as almas condenadas a pagar eternamente seus pecados e, ao mesmo tempo, testemunhas e narradores, capazes de contar o processo da própria morte. Neste sentido, o viajante grego tornou-se , a partir da publicação da obra de memória do Holocausto escrita por Primo Levi, o símbolo do testemunho dos campos de concentração. O exemplo clássico da presença de Dante na narrativa de Levi é o capítulo XI do livro Se questo è un uomo , intitulado “Il canto di Ulisse”, onde prosa e poesia se encontram. O mito de Ulisses, que representa a exaltação do homem inteligente, ávido de conhecimento, que chega às portas do grande mistério da existência humana torna-se, em Levi, um instrumento didático. Recitar uma poesia assume, no universo do campo de concentração, o valor de um ato político e humano, uma afirmação coletiva dos valores que aquele sistema pretendia destruir.
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Que relações podem ser estabelecidas entre o vivido e o lembrado? Que desafios as práticas da escrita de si trazem para a formação? Proponho uma interlocução com trabalhos que venho orientando em que autor/as produzem reflexões que remetem a um modo de relacionarem-se consigo mesmos, enquanto sujeitos do conhecimento do objeto pesquisado, e revelam-se em uma escrita pautada nas mudanças de pensamento. Aporto-me na valorização da narrativa como forma artesanal de comunicação, vinculada à substância viva da existência, que é a experiência; na experiência da escrita literária, razão de ser da própria existência; na experiência como o que nos acontece. Referir-se à experiência vivida é relatar a caminhada da pesquisa, a construção do objeto, caminhos teórico-metodológicos, as considerações. Referir-se ao lembrado é transitar (dançar?) pelo que escapa às formalizações, cada relato é único, próprio, coisa que penetra, contamina, deixa marcas e provoca abertura para quem lê; são relatos do lembrado que vem pela memória e materializa-se em fragmentos materiais deixados por quem pratica uma escrita de si. A relação entre a experiência vivida e o lembrado abre pistas para pensar a formação.
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O artigo propõe a discussão do tema Narrativa e História, situando este debate recente no âmbito tanto da historiografia quanto dos estudos literários. O objetivo é indicar a tendência atual da historiografia no tocante à problematização da linguagem, e a emergência de um novo historicismo na criação e nos estudos literários.Palavras-chave: Narrativa e história; historiografia e narrativa ficcional; história e literatura; novo historicismo.