998 resultados para Jogadores de futebol Condições sociais
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo analisar o empoderamento das mulheres beneficirias do Programa de Transferncia de Renda, conhecido como "Programa Bolsa Famlia", na percepo dos agentes sociais dos Centros de Referncia de Assistncia Social (Cras). Para tanto, realizou-se um estudo de caso mltiplo, tendo como sujeitos de pesquisa 11 gestores de diferentes Cras do estado de Minas Gerais. A partir da tcnica de anlise de contedo, as respostas das perguntas, que compuseram as entrevistas, foram agrupadas de acordo com as categorias Bolsa Famlia, Cras e Mulher. Os resultados apontam a importncia do Cras na execuo do Programa Bolsa Famlia e no processo de empoderamento, pois a convivncia e a participao neste local tm contribudo para a conscientizao sobre direitos, para a insero social e para a melhoria do bem-estar das mulheres, fatores evidenciados por intermdio do interesse das mulheres por cursos, oficinas, informaes sobre programas sociais e atendimento psicolgico. Na percepo dos agentes, foi possvel observar melhoria nas condições de vida, nas relaes familiares, conscientizao e autoestima, implicando reflexos sobre o empoderamento feminino. Portanto, embora sendo um processo lento e embrionrio, pode-se dizer que o ciclo do empoderamento das mulheres beneficirias do Bolsa Famlia pode ser completado, pois consegue atingir as trs dimenses (individual, familiar e comunitria).
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Este artigo apresenta um modelo de ciclo de vida de empreendimentos sociais. Os dados primrios foram obtidos em entrevistas com fundadores de 10 empreendimentos sociais de Curitiba (PR) acerca da histria de vida da organizao. A anlise qualitativa dos dados identificou cinco etapas de evoluo (Ao Social, Associao, Visibilidade Social, Rede Social e Representatividade Social) com, respectivamente, seis momentos de crise que determinam a passagem para uma etapa posterior (Desequilbrio Social, Identidade, Foco, Controle, Responsabilizao e tica). O estudo reafirma as diferenas entre o empreendedorismo social e o privado e justifica o tratamento diferenciado entre eles. O modelo pode subsidiar a deciso dos gestores sobre o futuro da organizao, bem como de financiadores pblicos e privados, gestores de redes sociais, pesquisadores, consultores, administradores pblicos, entre outros stakeholders, e abre caminho para outros estudos sobre o tema.
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O tema Sexualidade abrange diversos aspectos que passam pelas caractersticas fsicas e pela subjetividade do ser humano, envolvendo percepes e significados. O objetivo deste trabalho o de analisar as representaes de alunas do Curso de Enfermagem acerca da sexualidade feminina, em tempos de internet. Para isso, recorremos Teoria das Representaes Sociais, por ser um fenmeno sempre ativo dentro da vida social, a partir das contribuies de Moscovici, de Jodelet e de outros. A anlise dessas representaes, na realidade fsica e virtual, permite identificar fatores que facilitem ou dificultem a vivncia da sexualidade, particularmente, os motivos que levam essas alunas a buscarem relacionamentos virtuais. Optamos pela pesquisa descritiva, com carter qualitativo, e pela anlise de contedo para as entrevistas no dirigidas a cinco estudantes da Escola de Enfermagem Materdei em Joo Pessoa, PB. Buscamos captar, atravs dos contedos de suas falas, gestos, expresses, silncios e as realidades dos seus discursos, de acordo com Bardin. Constatamos que as alunas do Curso de Enfermagem procuram a Internet para esclarecer dvidas sobre a sexualidade e, em relao a sexo, consideram importante a privacidade das relaes virtuais. Contudo, na relao homem e mulher, contemplam os valores tradicionais de masculinidade e feminilidade.
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Este artigo tem como objetivo discutir a forma com que o movimento social Comisso Regional dos Atingidos por Barragens do Rio Iguau (Crabi) atuou no assentamento dos sujeitos deslocados pela construo da hidreltrica de Salto Caxias. Mediante entrevistas e dados secundrios foi investigada a ampla participao da populao neste movimento, o que se refletiu em melhores condições para o assentamento. O senso de luta coletiva fomentado pela criao e mobilizao da Crabi permeou os processos de reconstruo da vida dos sujeitos deslocados pela Usina, e a efetiva participao deles fez com que fossem conquistadas melhores condições de enfrentamento da situao vivida.
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O artigo tem por objetivo identificar como o termo accountability tem sido tratado na literatura brasileira, considerando peridicos das reas de administrao, administrao pblica, cincia poltica e cincias sociais. Foram identificados e analisados 53 artigos. Os resultados indicaram que o tema ganhou mais relevncia nos estudos a partir de 2006, tendo a Revista de Administrao Pblica (RAP) o maior nmero de publicaes. Os artigos analisados, em sua maioria, so empricos, e muitos apenas citam o termo accountability, sem defini-lo ou analis-lo. Constatou-se que os artigos que discutem o tema apresentam uma clara confuso sobre o seu significado, sendo "responsabilizao" e "prestao de contas" os termos mais citados nas definies. Acredita-se que este estudo torna-se relevante por, alm de demonstrar a significao dada ao termo, tambm apontar os limites de sua utilizao.
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Este Projecto de Interveno, Aprender com os outros - uma estratgia para a incluso de um aluno com autismo, fundamentado nos pressupostos e nos procedimentos da investigao-aco, centrou-se nas aces em reas de maior e menor sucesso do aluno, de nome fictcio Francisco, no mbito da lngua portuguesa e da socializao, numa perspectiva inclusiva. Este aluno considerado com necessidades educativas especiais (NEE) apresentava perturbaes do espectro do autismo (PEA), o que, partida, se repercutia no seu dfice de ateno, na autonomia para a realizao das tarefas escolares, na rea da linguagem e da comunicao e na interaco social. Como as interaces na turma e com a turma so essenciais para a aprendizagem, propusemo-nos implementar actividades especficas para o desenvolvimento das competncias sociais e cognitivas, com abordagem comportamentalista, numa turma do 3 ano de escolaridade, onde estava includo um aluno diagnosticado com PEA. Tambm procurmos desenvolver as suas competncias acadmicas, atravs do trabalho realizado no grupo e com o grupo-turma, criando as condições que favorecessem a socializao do aluno e a sua autonomia. Para atingirmos aqueles objectivos, inicimos um trabalho a pares e depois em pequenos grupos, para desta forma incluir o Francisco na dinmica das aulas, para que participasse nas actividades propostas, obtendo o respeito dos colegas na valorizao das suas intervenes e do seu ritmo de trabalho. Os objectivos definidos, bem como as actividades realizadas e avaliadas, implicando todos os intervenientes no processo, permitiram que o Francisco fizesse aprendizagens significativas nas reas, acadmica, social, da autonomia e da comunicao. Segundo Silva (2009), a incluso dos alunos considerados com necessidades educativas especiais no ensino regular implica mudanas ao nvel das atitudes e das prticas pedaggicas de todos os intervenientes no processo ensino e aprendizagem, da organizao e da gesto na sala de aula e na prpria escola enquanto instituio. Acreditamos que s desta forma se pode proporcionar aos alunos marcados pela diferena, que um valor em si mesma (Rodrigues, 2006; Leito, 2006; Sanches & Teodoro, 2006; Silva, 2009), as mesmas experincias, aprendizagens e vivncias que so proporcionadas aos restantes colegas.
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Comunicar para incluir espelha a investigao realizada junto de uma criana com uma patologia de foro neurolgico, que tem dificuldade em desenvolver competncias sociais e comunicativas em contexto de jardim-de-infncia. Planeou-se a realizao de um estudo que permitisse conhecer a criana e a sua problemtica, assim como o contexto educativo onde se encontra inserida, tendo por referencial uma viso holstica da mesma. Neste sentido, desenvolveram-se actividades na rea da Expresso e Comunicao com o intuito de criar espaos de comunicao efectiva com os pares, recorrendo tambm a meios aumentativos de comunicao. No mbito da rea da Formao Pessoal e Social criaram-se estratgias para promover a incluso da criana junto do grupo. Estas estratgias passam por promover a igualdade de oportunidades criana com NEE, considerando as suas necessidades e especificidades no desenvolvimento da planificao pedaggica para todo o grupo. Procurou-se tambm articular com os recursos existentes na comunidade educativa, no sentido de criar condições que facilitassem respostas educativas diferenciadas e diversificadas.
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Este Projecto de Interveno, Estratgias a utilizar para promover a incluso escolar de um aluno com autismo, fundamentado nos pressupostos da investigao - aco, centrou-se numa turma do 1 ano, da qual fazia parte um aluno de nome fictcio Bruno, de uma Escola Bsica do 1 ciclo, aprofundando-se a temtica do autismo, numa perspectiva inclusiva. Este aluno considerado com Necessidades Educativas Especiais (NEE) apresentava Perturbao do Espectro do Autismo (PEA), o que, partida, se repercutia no seu dfice de ateno, na autonomia para a realizao das tarefas escolares, na rea da linguagem e da comunicao e na interaco social. Como as interaces na turma e com a turma so fundamentais, adoptaram-se estratgias e actividades que vo ao encontro das necessidades educativas daquele aluno, bem como do grupo turma. Propusemo-nos implementar actividades especficas para o desenvolvimento das competncias sociais e cognitivas. De forma a atingirmos os objectivos propostos, inicimos um conjunto de actividades, primeiramente a pares e depois em pequenos grupos, para desta forma incluir o Bruno na dinmica das aulas, participando nas actividades propostas, obtendo o respeito pelos seus pares na valorizao das suas intervenes e nos trabalhos realizados. Ao longo desta interveno, na interaco com a turma, crimos condições que favorecessem a socializao e autonomia do aluno, desenvolvendo as suas competncias acadmicas. O trabalho realizado com a turma do 1 ano foi essencial para um bom desenvolvimento acadmico de todos os alunos, incluindo o Bruno diagnosticado como tendo PEA. A incluso dos alunos com PEA no ensino regular implica mudanas ao nvel das atitudes e das prticas pedaggicas de todos os intervenientes no processo ensino aprendizagem, da organizao e da gesto da sala de aula e na prpria escola enquanto instituio.
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Este artigo objetiva avaliar como sistemas de informação criados pelo governo federal brasileiro são utilizados para coordenar políticas sociais descentralizadas em três áreas - saúde, educação e assistência social - em que políticas públicas federais são implantadas em parceria com governos estaduais e municipais. Como parte deste estudo, foram realizadas 35 entrevistas semiestruturadas realizadas entre o final de 2012 e início de 2013 com gestores dos três programas estudados e nos três níveis de governo. Além disso, como informação complementar, coletamos 432 questionários que foram respondidos por usuários dos mesmos sistemas. Como referencial teórico para análise, utilizamos um modelo multinível construído a partir da combinação de três teorias - social construtivismo, contextualismo e estruturacionismo - e que vem sendo utilizado em vários estudos relacionados com o uso de sistemas de informação com finalidade social. O estudo conclui que sistemas desenvolvidos considerando a participação dos diferentes níveis de governo tendem a ter melhor aceitação por parte dos usuários e assim produzir melhores efeitos nos resultados das políticas aos quais estão associados. Os sistemas desenvolvidos de forma menos participativa tendem a focar exclusivamente a necessidade de controle pelo governo federal, subaproveitando seu potencial como instrumento de gestão e produzindo menor efeito de controle social da política pública a que está associado. Consequentemente, estes sistemas menos participativos têm menor relevância para a coordenação federativa.
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A presente pesquisa investiga como os servidores de um tribunal de justiça entendem a reforma do Judiciário. A teoria das representações sociais é utilizada como referencial teórico e abordagem metodológica, operacionalizada por meio de análise de conteúdo. A partir das palavras evocadas e dos textos coletados, emergiram quatro dimensões - reforma gerencial, ampliação da cidadania, aspectos legais e reflexões sobre o Judiciário -, 10 categorias e 31 subcategorias. Ao fim são traçadas considerações acerca da relevância da percepção dos servidores quanto a futuros desenvolvimentos de estratégias organizacionais e políticas públicas orientadas para a reforma dos tribunais de justiça.
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Desde a segunda metade do sculo XIX e at a dcada de 1940, as prticas e doutrinas espritas mobilizaram o pensamento mdico, num duplo empreendimento intelectual e de interveno social. O artigo aborda vrios textos elaborados, neste perodo, por mdicos (tais como Nina Rodrigues e Leondio Ribeiro), explorando como neles definido e analisado o espiritismo, e localizando, entre as diversas pocas, continuidades e rupturas. Na dcada de 1930, o espiritismo e os cultos de possesso em geral comeam a ser tratados por referncia a categorias sociolgicas e antropolgicas, sinalizando uma transformao importante no seu estatuto (Arthur Ramos um nome chave). No artigo, esta transio problematizada a partir da anlise da categoria "higiene mental", utilizada por intelectuais durante as dcadas de 1920 e 1930 e associada s discusses sobre a constituio e destinos do Brasil enquanto nao.
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Poucas dimenses da vida humana so mais profundamente conectadas com a sobrevivncia bsica e, ao mesmo tempo, com elementos social e simbolicamente construdos, do que a alimentao. Este trabalho apresenta e analisa os dados sobre os processos de escolhas alimentares entre os habitantes da Ilha de Ituqui, Baixo Amazonas, Par. A dieta na Ilha de Ituqui dominada pela clssica combinao amaznica: farinha e peixe. observvel o esforo de diversificao alimentar e ao mesmo tempo a busca de contemporizao com as continuidades do dia-a-dia e construes sociais de classe que orientam os processos de escolha e de consumo de alimentos cotidiano. Mesmo assim, no existe uma correlao positiva entre os alimentos de grande status social e aqueles que formam a base do consumo. Somado a isso, grande parte das representaes alimentares parece apresentar um carter -- que no necessariamente discursivo -- bastante flexvel e facilmente instrumentalizado nas mediaes de contradies entre diferentes domnios scio-polticos, os quais incluem tanto aspectos da micropoltica domstica de casas e comunidades, quanto contextos mais abrangentes das economias polticas regional/nacional e transnacional. Assim, foras potenciais de mudana na lgica interna das estruturas habituais e dos sistemas socioculturais locais so acomodadas e negociadas. Concluindo, a forma como elaboramos e decodificamos nossa experincia fsica, bem como as nossas necessidades biolgicas, cria uma relao dialtica com nossos desejos sociais e estruturas habituais que s poder ser resolvida (e compreendida!) quando as condições contextuais no momento da ao forem contempladas.