1000 resultados para Insuficiência cardíaca - Teses
Resumo:
FUNDAMENTO: O envolvimento cardaco comum em pacientes com Distrofia Miotnica (DM). A Variabilidade da Frequncia Cardíaca (VFC) uma tcnica simples e confivel que pode ser til para estudar a influncia do sistema nervoso autonmico sobre o corao. OBJETIVO: Estudar a variabilidade da frequncia cardíaca em pacientes com DM tipo 1. MTODOS: Estudamos a VFC durante registros de 5 minutos em pacientes com DM em um grupo controle saudvel. Analisamos os domnios da frequncia (BF e AF) em unidades normalizadas (un) e balano simptico-vagal, na posio sentada e em decbito dorsal. RESULTADOS: Dezessete pacientes (10 homens e 7 mulheres) e dezessete indivduos pareados saudveis (10 homens e 7 mulheres) foram estudados. As modulaes simptica e parassimptica do corao elevadas em pacientes do sexo masculino com DM da posio em decbito dorsal para a posio sentada em 19% da AFun e a razo BF/AF aumentaram 42,3%. Na posio sentada, os pacientes do sexo masculino com DM apresentaram balanos simptico-vagal significativamente mais elevados em 50,9% em comparao com indivduos controles saudveis. A VFC foi influenciada tanto pelo sexo quanto pela enfermidade apresentada. O sexo influenciou a AFun na posio em decbito dorsal, enquanto a razo BF/AF e AFun foi afetada em ambas as posies. Anlises post hoc mostraram que o sexo afeta significativamente pacientes com DM e indivduos saudveis de diferentes maneiras (p < 0,01). O domnio de baixa frequncia na posio sentada (AFun) foi significativamente influenciado pela enfermidade. CONCLUSO: Os resultados deste estudo sugerem que o estmulo simptico em pacientes de meia-idade do sexo masculino com DM que no est gravemente comprometido e apresenta durao moderada da doena parece ser maior do que em indivduos saudveis pareados.
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FUNDAMENTO: Testes invasivos e no invasivos tm sido usados para identificar risco para Taquicardia Ventricular (TV) em pacientes com Cardiopatia Chagsica Crnica (CCC). Ressonncia Magntica Cardíaca (RMC) pela tcnica do Realce Tardio (RT) pode ser til para selecionar pacientes com disfuno ventricular global ou segmentar, com alto grau de fibrose e maior risco para TV clnica. OBJETIVO: Melhorar a identificao de elementos preditivos de TV em pacientes com CCC. MTODO: Quarenta e um pacientes com CCC foram pesquisados, sendo 30 (72%) do sexo masculino, com mdia de idade de 55,1 11,9 anos. Vinte e seis pacientes apresentavam histrico de TV (grupo TV), e 15 no apresentavam TV (grupo NTV). Todos os pacientes includos tinham RT e disfuno segmentar ventricular. Volume, porcentagem de comprometimento da espessura da parede ventricular em cada segmento, e distribuio de RT foi determinado em cada caso. RESULTADOS: No houve diferena estatstica em termos de volume de RT entre os dois grupos: grupo TV = 30,0 16,2%; grupo NTV = 21,7 15,7%; p = 0,118. A probabilidade de TV foi maior se duas ou mais reas contguas de fibrose transmural estivessem presentes, sendo um fator preditor de TV clnica (RR 4,1; p = 0,04). A concordncia entre os observadores foi de 100% nesse critrio (p < 0,001). CONCLUSO: A identificao de dois ou mais segmentos de RT transmural por RMC est associado com a ocorrncia de TV clnica em pacientes com CCC. Portanto, a RMC melhora a estratificao de risco na populao estudada. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0)
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FUNDAMENTO: O envelhecimento fisiolgico leva a uma disfuno autonmica cardíaca que est associada ao surgimento e ao agravamento de doenas cardiovasculares e a um maior risco de morte. Atualmente, o exerccio fsico apontado como uma estratgia cardioprotetora, sendo necessrios mais estudos do seu benefcio na funo autonmica cardíaca. OBJETIVO: Avaliar o controle autonmico da frequncia cardíaca em voluntrios jovens e de meia-idade com diferentes nveis de aptido aerbica. MTODOS: Participaram do estudo 68 voluntrios, estratificados quanto idade e ao nvel de aptido aerbica. Com base na aptido aerbica avaliada pelo teste de esforo submximo, os sujeitos foram separados em dois grupos, aptido boa e aptido deficiente. A avaliao do controle autonmico cardaco se deu a partir de medidas da variabilidade da frequncia cardíaca em repouso e a recuperao da frequncia cardíaca ps-esforo. Para comparao das variveis investigadas, utilizou-se a anlise de varincia bifatorial. RESULTADOS: A variabilidade da frequncia cardíaca significativamente menor nos voluntrios de meia-idade do que nos jovens, independentemente do nvel de aptido aerbica (p < 0,01). Melhores nveis de aptido aerbica nos voluntrios de meia-idade esto associados reentrada vagal ps-esforo mais precoce - taxa de declnio da FC aps 1min30s: 39,6% aptido aerbica boa vs. 28,4% deficiente (p < 0,01). CONCLUSO: Melhores nveis de aptido aerbica atuam beneficamente no controle autonmico da frequncia cardíaca ps-esforo, preservando a velocidade de reentrada vagal em voluntrios de meia-idade. No entanto, no atenua a reduo da variabilidade da frequncia cardíaca decorrente do processo natural de envelhecimento.
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FUNDAMENTO: O Transplante Cardaco (TC) uma alternativa para os indivduos com doena cardíaca terminal. Na evoluo ps-transplante, a ocorrncia de episdios de Rejeio Cardíaca (RC) evento frequente que aumenta a morbimortalidade, sendo necessrio o emprego de exame no invasivo com boa acurcia para seu diagnstico, pois a Bipsia Endomiocrdica (BEM) no um procedimento isento de complicaes. OBJETIVO: Comparar parmetros obtidos com o princpio Doppler, entre os pacientes transplantados com RC (TX1) e os pacientes transplantados sem rejeio (TX0); utilizando como referncia o Grupo Controle (GC) e observando o comportamento da funo sistodiastlica ventricular esquerda expressa por meio do ndice de Performance Miocrdica (IPM). MTODOS: Foram realizados ecocardiogramas transtorcicos no perodo de janeiro de 2006 a janeiro de 2008, para a avaliao prospectiva de 47 pacientes, subdivididos em GC (36,2%), TX0 (38,3%) e TX1 (25,5%), comparando-se o IPM entre eles. Para a anlise dos dados foram realizados os testes exato de Fisher e o no paramtrico de Kruskal-Wallis, ambos com nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: Os grupos no diferiram em relao a idade, peso, altura e superfcie corprea. Quando comparado ao GC, TX0 e TX1 apresentaram alterao da funo sistodiastlica ventricular esquerda, expressa como aumento do IPM, que foi mais intenso no TX1 [0,38 (0,29 - 0,44) X 0,47 (0,43 - 0,56) X 0,58 (0,52 - 0,74) p < 0,001]. CONCLUSO: O ecocardiograma mostrou-se como exame de boa acurcia na deteco das alteraes da funo sistodiastlica do corao transplantado; entretanto, no foi confivel como mtodo substituto da BEM para o diagnstico seguro de RC.
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O exame fsico cardiovascular, em particular a ausculta cardíaca, uma das habilidades clnicas mais difceis para os alunos durante seu treinamento mdico. Estudos sugerem que o uso de tecnologias, como o estetoscpio digital, aumente a acurcia do exame clnico, entretanto, seu impacto no ensino da propedutica da ausculta cardíaca em alunos de graduao de Medicina no conhecido. O objetivo demonstrar a utilidade do estetoscpio digital, em comparao com mtodos tradicionais, como instrumento de ensino da ausculta cardíaca. Estudo de interveno, longitudinal, controlado, unicntrico e randomizado. Foram inscritos 38 alunos de medicina para um curso de semiologia cardiovascular com durao de oito semanas. Definiu-se um programa com aulas expositivas e beira do leito nas enfermarias de Cardiologia. Nas aulas prticas, os alunos foram randomizados em dois grupos: 1) (n = 21) estetoscpio digital (Littmann modelo 3200, 3M); e 2) (n = 17) estetoscpios convencionais. Foi realizada uma avaliao pr-treinamento, atravs de um teste utilizando o software Heart Sounds, que foi repetida ao final do curso. As mdias das avaliaes foram comparadas pelo teste T pareado e no pareado. Observa-se que, ao final do curso, houve uma melhora significativamente maior no grupo que utilizou o estetoscpio digital (51,9%) quando comparado ao grupo que utilizou o estetoscpio convencional (29,5%). Intervenes de curta durao para o ensino de semiologia cardíaca so capazes de contribuir de modo significativo para melhora da proficincia da identificao dos sons cardacos. O uso do estetoscpio digital demonstrou ser um fator positivo no ensino dessas habilidades.
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FUNDAMENTO: Escores de risco apresentam dificuldades para obter o mesmo desempenho em diferentes populaes. OBJETIVO: Criar um modelo simples e acurado para avaliao do risco nos pacientes operados de doena coronariana e/ou valvar no Instituto do Corao da Universidade de So Paulo (InCor-HCFMUSP). MTODOS: Entre 2007 e 2009, 3.000 pacientes foram operados consecutivamente de doena coronariana e/ou valvar no InCor-HCFMUSP. Desse registro, dados de 2/3 dos pacientes foram utilizados para desenvolvimento do modelo (tcnica de bootstrap) e de 1/3 para validao interna do modelo. O desempenho do modelo (InsCor) foi comparado aos complexos 2000 Bernstein-Parsonnet (2000BP) e EuroSCORE (ES). RESULTADOS: Apenas 10 variveis foram selecionadas: Idade > 70 anos; sexo feminino; cirurgia de revascularizao coronariana + valva; infarto de miocrdio < 90 dias; reoperao; tratamento cirrgico da valva artica; tratamento cirrgico da valva tricspide; creatinina < 2mg/dL; frao de ejeo < 30%; e eventos. O teste de Hosmer Lemeshow para o InsCor foi de 0,184, indicando uma excelente calibrao. A rea abaixo da curva ROC foi de 0,79 para o InsCor, 0,81 para o ES e 0,82 para o 2000BP, confirmando que os modelos so bons e similares na discriminao. CONCLUSES: O InsCor e o ES tiveram melhor desempenho que o 2000BP em todas as fases da validao; prem o novo modelo, alm de se identificar com os fatores de risco locais, mais simples e objetivo para a predio de mortalidade nos pacientes operados de doena coronariana e/ou valvar no InCor-HCFMUSP.
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FUNDAMENTO: A Frequncia Cardíaca (FC) alcanada ao final de um teste de exerccio (TE) denominada FC mxima e possui reconhecida relevncia clnica e epidemiolgica. Para sua medida correta necessrio que o TE seja verdadeiramente mximo. OBJETIVO: Avaliar a influncia do histrico de exerccio fsico intenso e/ou participao desportiva competitiva na juventude sobre a FC mxima (% da prevista pela idade) em um teste cardiopulmonar de exerccio (TCPE) clnico. MTODOS: Foram selecionados retrospectivamente 600 indivduos no atletas (65,8% homens) com idade de 46 13,7 anos, em preveno primria de doenas cardiovasculares, submetidos a um TCPE mximo. O perfil de exerccio fsico na infncia/adolescncia (PEFIA) foi classificado em escores crescentes de 0 a 4, com o valor 2 correspondendo aos nveis esperados para a faixa etria. RESULTADOS: Dentre os 20 indivduos com valores de FC mxima igual ou maior do que 200 bpm, nenhum deles tinha sido inativo ou pouco ativo na infncia/adolescncia. Houve uma associao significativa entre escores de PEFIA e a FC mxima (% da prevista pela idade) (p = 0,02), com um valor de 7 bpm mais alto para os escores de PEFIA 3-4 (32,9% da amostra) quando comparados com 0-2. CONCLUSO: Duas hipteses surgem para explicar esses resultados nos indivduos mais ativos na juventude: a) persistncia de adaptaes crnicas do treinamento sobre o cronotropismo cardaco ou b) maior capacidade e/ou motivao para alcanar um TCPE verdadeiramente mximo. Questionar sobre o perfil de exerccio fsico na infncia/adolescncia pode contribuir para a interpretao da FC mxima no TE.
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FUNDAMENTO: A plstica valvar mitral o procedimento cirrgico de escolha para pacientes com Insuficiência Mitral (IM) crnica. Os bons resultados imediatos e tardios permitem a indicao cirrgica antes do incio dos sintomas. O teste cardiopulmonar de exerccio (TCPE) pode avaliar objetivamente a capacidade funcional, mas pouco se conhece o efeito da cirurgia em suas variveis. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da plstica mitral nas variveis do TCPE em pacientes com IM crnica. MTODOS: Foram selecionados 47 pacientes com IM grave e submetidos plstica da valva mitral, sendo nestes, realizado TCPE 30 dias antes da cirurgia, e de seis a 12 meses aps a cirurgia. RESULTADOS: Houve predominncia da classe funcional I ou II pela NYHA em 30 pacientes (63,8%) e 34 pacientes (72,3%), respectivamente. Aps a cirurgia foi observado uma diminuio significativa do consumo de oxignio (VO2), de 1.719 571 para 1.609 428 mL.min-1, p = 0,036. Houve reduo do Oxygen Uptake Efficiency Slope (OUES), de 1.857 594 para 1.763 514, p = 0,073 e o pulso de oxignio (O2) aumentou aps a cirurgia, de 11,1 3,2 para 11,9 3,2 mL.bat-1 (p = 0,003). CONCLUSO: A plstica da valva mitral, no determinou aumento do VO2 pico e do OUES apesar do remodelamento cardaco positivo observado aps sete meses de cirurgia. Entretanto, o pulso de O2 aumentou no ps-operatrio, sugerindo melhora do desempenho sistlico do VE. O TCPE uma ferramenta til, podendo auxiliar na conduta mdica em pacientes com IM.
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FUNDAMENTO: A relevncia do padro de geometria aps o infarto do miocrdio no conhecida. OBJETIVOS: Analisar a presena de diferentes padres de geometria ventricular esquerda (VE) e seu impacto como preditor de remodelao em pacientes com infarto do miocrdio. MTODOS: Pacientes com infarto agudo anterior (n = 80) foram divididos de acordo com o padro de geometria: normal (ndice de massa [IMVE] normal e espessura relativa da parede [ERP] normal), remodelao concntrica (IMVE normal e ERP aumentada), hipertrofia concntrica (IMVE e ERP aumentadas) e hipertrofia excntrica (IMVE aumentado e ERP normal). Aps seis meses, foi repetido o ecocardiograma. RESULTADOS: Quatro pacientes foram a bito. Dos sobreviventes, 41 apresentaram remodelao (R+), enquanto 39 no remodelaram (R-). Considerando-se o padro geomtrico, houve a seguinte distribuio: 24 pacientes com padro normal, 13 com remodelao concntrica, 29 com hipertrofia concntrica e 14 com hipertrofia excntrica. Os pacientes que remodelaram apresentaram maiores tamanhos de infarto analisados pelo pico da CPK (R+ = 4.610 (1.688 - 7.970), R- = 1.442 (775 - 4.247), p < 0,001) e da CK-MB (R+ = 441 (246 - 666), R- = 183 (101 - 465), p < 0,001), tendncia a maior prevalncia de remodelao concntrica (R+ = 10, R- = 3, p = 0,08) e menor prevalncia de hipertrofia excntrica (R+ = 2, R- = 12, p = 0,006). Na anlise de regresso multivariada, o tamanho do infarto foi preditor (OR = 1,01; p = 0,020) e a hipertrofia excntrica foi fator protetor (OR = 0,189; p = 0,046) de remodelao ventricular aps a ocluso coronariana. CONCLUSO: O padro de geometria ventricular pode ter impacto no processo de remodelao em pacientes com infarto do miocrdio.
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FUNDAMENTO: J foi demonstrado o uso do NT-proBNP pr-operatrio para prever resultado cardaco adverso, embora estudos recentes tenham sugerido que a determinao do NT-proBNP ps-operatrio possa fornecer um valor adicional em pacientes submetidos cirurgia no cardíaca. OBJETIVO: Avaliar o valor prognstico perioperatrio do NT-proBNP em pacientes de intermedirio e alto risco cardiovascular submetidos cirurgia no cardíaca. MTODOS: Este estudo incluiu prospectivamente 145 pacientes com idade > 45 anos, com pelo menos um fator de risco do ndice de Risco Cardaco Revisado e submetidos cirurgia de mdio ou alto risco no-cardíaca. Os nveis de NTproBNP foram medidos no pr e ps-operatrio. Preditores cardacos de curto prazo foram avaliados por modelos de regresso logstica. RESULTADOS: Durante uma mediana de acompanhamento de 29 dias, 17 pacientes (11,7%) apresentaram eventos cardacos adversos importantes (MACE - 14 infartos do miocrdio no fatais, 2 paradas cardíacas no-fatais e 3 mortes cardíacas). Os nveis timos de limiar discriminatrio para o NT-proBNP pr e ps-operatrio foram 917 e 2962 pg/ mL, respectivamente. O NT-proBNP pr e ps-operatrio (OR = 4,7, IC 95%: 1,62-13,73, p = 0,005 e OR 4,5, IC 95%: 1,53-13,16, p = 0,006) foram associados de forma significativa com MACE (eventos cardacos adversos maiores). O NTproBNP pr-operatrio foi significativa e independentemente associado com eventos cardacos adversos em anlise de regresso multivariada (OR ajustado 4,2, IC 95%: 1,38-12,62, p = 0,011). CONCLUSO: O NT-proBNP um importante marcador de curto prazo de eventos cardiovasculares perioperatrios em pacientes de alto risco. Os nveis ps-operatrios foram menos informativos do que os nveis pr-operatrios. Uma nica medio de NT-proBNP pr-operatrio deve ser considerada na avaliao de risco pr-operatrio.