999 resultados para Infecção Urinária Hospitalar
Resumo:
A ferrugem do milheto (Pennisetum glaucum), causada por Puccinia substriata var. penicillariae, provoca perdas na produção da forragem. Tendo em vista a escassez de informações sobre a doença no Brasil realizou-se o presente trabalho sobre a sua epidemiologia. Avaliaram-se, em casa-de-vegetação, o período latente médio, a freqüência de infecção e tamanho das lesões da ferrugem em quatro genótipos de milheto: ENA 1, Composto II, BRS 1501 e HKP. In vitro, monitorou-se a germinação dos urediniósporos em diferentes temperaturas (10, 15, 20 e 25ºC), na presença ou não de luz. Após isto, avaliou-se o processo de infecção nos genótipos Guerguera, Souna III, BRS 1501 e ENA 1, em câmara de crescimento, utilizando-se 0, 1, 2, 4, 8 e 12 h de molhamento foliar, na presença ou não de luz, e em casa-de-vegetação, nos genótipos ENA 1, Guerguera e Souna III, utilizando-se 3/4, 1, 2, 4, 6 e 8 h de molhamento foliar. O período latente médio da ferrugem do milheto variou entre 10 e 12 dias, e os urediniósporos germinaram em faixa ampla de temperatura, de 10ºC a 25ºC, na presença ou não de luz, com germinação máxima a 17,5ºC no escuro. Nestas condições, os primeiros esporos germinaram com menos de 45 min. e atingiram taxa máxima, 88,2%, em 1,7 h de incubação. Infecções de folhas foram observadas em plantas submetidas a apenas 45 min de molhamento foliar após a inoculação, porém, com efeito benéfico do escuro e do aumento do período de molhamento foliar.
Resumo:
Os dois principais vírus que infectam o milho no Brasil são o Sugarcane mosaic virus (SCMV) e o Maize rayado fino virus (MRFV), cujos principais vetores são o afídeo Rhopalosiphum maidis e a cigarrinha Dalbulus maidis, respectivamente. O MRFV é freqüentemente encontrado em infecções mistas com fitoplasmas e espiroplasmas, causando as doenças denominadas enfezamentos do milho. Em uma lavoura de milho próxima a Santo Antonio da Posse, SP, cercada por campos de cana-de-açúcar, foi encontrada alta incidência de plantas apresentando mosaico, riscas, nanismo e espigas com falhas no enchimento de grãos. Análises serológicas com anti-soros específicos detectaram a presença do SCMV e MRFV nessas plantas. A infecção pelo SCMV também foi confirmada por RT-PCR com primers específicos e análise de seqüências. Em observações de preparações contrastadas negativamente em TEM, partículas flexuosas (ca.770 nm) e isométricas (ca.30 nm) foram detectadas. Em cortes ultrafinos, inclusões citoplasmáticas, típicas de Potyviridae, foram observadas; não foi encontrada a presença de espiroplasmas nem de fitoplasmas. Esses resultados mostram que a infecção conjunta por SCMV e MRFV pode ser responsável pelos danos encontrados nessa lavoura.
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo quantificar os danos no rendimento de grãos, causados pela infecção natural da brusone (Pyricularia grisea), em diferentes cultivares e linhagens de trigo, na safra agrícola de 2004, no Município de Dourados, Mato Grosso do Sul, isoladamente da ocorrência de outras doenças. Trabalhou-se em condições naturais e sem o emprego de fungicidas, em parcelas experimentais, na Embrapa Agropecuária Oeste e em Indápolis. Após o espigamento, todas as espigas de trigo com sintomas típicos da brusone (ponto preto de infecção na ráquis) foram identificadas e marcadas, em uma área de 1m². As espigas doentes e sadias foram colhidas, contadas e trilhadas separadamente. Os danos foram calculados com base na diferença entre o rendimento real e a estimativa do rendimento potencial. Os resultados mostraram que os danos e a incidência da brusone variaram de acordo com as cultivares/linhagens testadas e a região tritícola avaliada. As menores incidências da brusone foram observadas na cv. BR 18-Terena, com 27% e 42% de espigas infectadas, nos ensaios instalados na Embrapa Agropecuária Oeste e em Indápolis, respectivamente. O dano médio devido à brusone, registrado nos 20 materiais testados, foi de 387kg/ha, o que representou 10,5% do rendimento de grãos, no ensaio instalado na Embrapa Agropecuária Oeste. Em Indápolis, os danos foram maiores, atingindo, em média, 609kg/ha (13,0% do rendimento de grãos). As perdas em peso por espiga foram maiores (63,4%) quando a infecção foi precoce em comparação à infecção tardia (46,0%). Verificou-se que houve uma compensação das perdas causadas pela doença, através do melhor desenvolvimento de grãos produzidos abaixo do ponto de estrangulamento da ráquis. Observou-se, também, que em função das espigas brancas sobressaírem-se das demais, pode-se superestimar as perdas.
Resumo:
O presente trabalho teve por objetivo obter informações sobre os eventos de pré-penetração, penetração e colonização de isolados de C. gloeosporioides, obtidos de mangueira e cafeeiro, quando inoculados em folhas de cafeeiros (Coffea arabica L.) da cultivar Catucaí Vermelho. As folhas foram selecionadas, padronizadas e lavadas, demarcando-se áreas circulares de 0,5 cm de diâmetro na face abaxial, inoculando-se uma alíquota de 20 µL da suspensão de conídios. Utilizou-se um isolado obtido de mangueira e dois isolados obtidos de cafeeiro com mancha manteigosa. Realizaram-se avaliações com 3, 6, 8, 12, 24, 36, 48, 72, 96, 144 e 240 horas após a inoculação (hai). Todos os materiais foram processados e observados em microscópico eletrônico de varredura. Os conídios de todos os isolados aderiram freqüentemente nas depressões das células da epiderme e células-guarda dos estômatos, formando septo antes da germinação. A penetração, na maior parte, se deu por via direta e algumas vezes por estômatos. Isolados de cafeeiro germinaram em folhas de 6 a 8 hai, produzindo apressórios 12 hai e acérvulos de 96 a 144 hai. O isolado de mangueira germinou de 6 a 8 hai com formação de apressório de 8 a 12 hai e produziu novos conídios diretamente em hifas conidiogênicas. Não foi observada a formação acérvulos para este isolado.
Resumo:
Didymella bryoniae, agente causal da podridão gomosa, é um importante patógeno em meloeiro nobre, em cultivo protegido e recentemente, resultados de alguns trabalhos têm evidenciado a ocorrência de infecção latente de D. bryoniae em meloeiro, sem, no entanto, registrar a comprovação. Objetivou-se com este trabalho constatar a ocorrência de infecção latente de D. bryoniae, em plantas dos híbridos de meloeiro nobre Sunrise, Bônus II e Prince Hakucho assintomáticas. Empregou-se a técnica de reação da polimerase em cadeia (PCR), com o conjunto de 'primers' D7S, D6 e UNLO28822, que amplificam regiões do DNA e distinguem D. bryoniae de outras espécies similares e de outros microrganismos comuns. Em todos os híbridos testados, constatou-se a presença de D. bryoniae no caule de plantas assintomáticas, através da amplificação das regiões específicas delimitadas pelos 'primers' utilizados.
Resumo:
Corynespora cassiicola, um patógeno com ampla gama de hospedeiros, tem causado graves danos nos viveiros de mamoeiro na Bahia. Avaliou-se, em ambiente misto de cobertura e a pleno sol, a incidência natural de C. cassiicola em 49 acessos de mamoeiro em experimento conduzido em blocos casualizados com quatro repetições, 49 tratamentos e variável número de plantas/tratamento. O número de plantas com sintomas e mortas por C. cassiicola foi avaliado aos 27 e 32 dias após a semeadura. A análise de Cluster (p< 0,05) classificou os acessos em 5 grupos pelo número médio de plântulas infectadas e mortas. Os acessos com menor porcentagem de plântulas infectadas foram: Sunrise solo 72/12, Sunrise solo, Golden comercial, Grampola, Kapoho solo (polpa vermelha), Mamão roxo e Santa Helena (50A PLT - 09, 14A PLT - 05, 12A PLT- 06, 12A PLT - 07, 02A PLT -01). Nova sintomatologia causada pelo patógeno é descrita.
Resumo:
RESUMODentre as doenças fúngicas da videira, merece destaque a mancha-da-folha causada por Pseudocercospora vitis. As condições favoráveis ao desenvolvimento da mancha-da-folha ainda não foram totalmente determinadas. Sabe-se que a formação de conídios ocorre sob condições de alta umidade e são disseminados pela ação do vento, iniciando novas infecções. Para aumentar o conhecimento sobre a produção, germinação e infecção do patógeno foram realizados três experimentos. No primeiro experimento, avaliou-se a produção de esporos de P. vitis, nos meios de cultura: BDA (batata-ágar-dextrose); BDA+Leite de coco (5%); BDA+extrato de uva cv. Isabel (5%); ST (suco de tomate-carbonato de cálcio-ágar); ST+leite de coco (5%); ST+extrato de uva cv. Isabel (5%). Houve esporulação em todos os meios testados e diferentes períodos de incubação. No segundo experimento, verificou-se que a temperatura de 25 °C propiciou maior porcentagem de conídios germinados e que houve maior germinação na ausência de luz. No terceiro experimento observou-se que a temperatura de 20 °C propiciou maior severidade da mancha-da-folha em mudas de videiras, após 48 horas de incubação no escuro.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi conhecer a taxa de infecção pelo bacilo da Tuberculose entre estudantes dos dois primeiros e dois últimos períodos dos cursos de Medicina e Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros, além de verificar o conhecimento sobre a transmissão e prevenção da tuberculose ocupacional, bem como a utilização destas medidas preventivas. Realizou-se estudo transversal, em que todos os estudantes dos dois períodos iniciais e dois períodos finais do curso de Medicina e de Enfermagem foram submetidos a um questionário padrão e ao teste tuberculínico (PPD), para determinar a prevalência de infecção por tuberculose. Os resultados mostraram diferença de reação ao teste tuberculínico nos estudantes dos períodos iniciais e finais do curso médico, enquanto nos estudantes de Enfermagem não houve diferença entre os períodos. Ficou evidenciado o limitado conhecimento sobre a transmissão e prevenção da aquisição de tuberculose, o que aumenta os riscos de aquisição do bacilo.
Resumo:
Reconhecer sinais iminentes de morte em vítimas de trauma, acidente vascular encefálico e acidentes domésticos constitui parte do Suporte Básico de Vida (SBV), ação fundamental à prática médica. Objetivou-se investigar o conhecimento em manobras no SBV e urgências domiciliares entre estudantes recém-ingressos de Medicina. Estudo quantitativo, analítico e quase-experimental, realizado com estudantes do primeiro semestre 2012.2 do curso de Medicina de universidade pública do Ceará - Campus Cariri em Barbalha (CE), Brasil. Os dados foram coletados em fases. Na primeira etapa, aplicou-se um questionário com 40 perguntas de múltipla escolha sobre manobras de atendimento pré-hospitalar em SBV como pré-teste de forma presencial. A segunda etapa consistiu num minicurso de 20 horas com profissional treinado. Na terceira fase, utilizou-se pós-teste para comparar as questões acertadas antes e depois do curso. Quanto aos conhecimentos adquiridos, houve acréscimo nos temas traumatismo raquimedular, liberação de vias aéreas e cuidados domiciliares. Há necessidade de realizar cursos com maior carga horária para fundamentar uma prática médica centrada nos temas de menor rendimento dos estudantes.
Resumo:
Durante o período de janeiro de 1994 a janeiro de 1997 foram submetidos ao método 120 pacientes, sendo 42 do sexo masculino (35%) e 78 do sexo feminino (65%). A idade variou de 16 a 60 anos, com média de 38. Todos apresentavam diagnóstico de colecistite calculosa crônica, sendo selecionados em consultório pelos seguintes critérios: inexistência de quadro inflamatório agudo da vesícula biliar, idade máxima de 60 anos, ausência de suspeita de coledocolitíase e classificação anestésica ASA I e II. A cirurgia era realizada em posição semiginecológica com utilização de três trocartes, sendo a colangiografia realizada de rotina. O tempo cirúrgico variou de 20 a 80 minutos com média de 50 minutos. A colangiografia intra-operatória foi realizada em 105 pacientes (87,5%), demonstrando coledocolitíase em dois (1,9%). Não ocorreram conversões. As complicações pós-operatórias imediatas mais freqüentes foram náuseas em oito casos (6,6%), seguidas de vômitos em dois pacientes (1,6%). A dor foi de pequena intensidade e facilmente controlável com dipirona e antiintlamatórios não-hormonais. Não ocorreram casos de infecção de ferida cirúrgica, mas três pacientes (2,5%) apresentaram hiperemia da incisão umbilical. Todos tiveram condições de alta no mesmo dia da cirurgia. O período de permanência hospitalar foi em média de 10 horas. Não houve necessidade de reinternação em nenhum caso.
Resumo:
A profilaxia antimicrobiana é uma das medidas de controle da infecção da ferida cirúrgica. Mesmo com os princípios básicos hoje bem estabelecidos, cerca de 40% das indicações habituais de profilaxia são inadequadas e um dos erros mais comuns está relacionado à duração, em geral superior a 48 horas. Ajustes na profilaxia, além de favorecer sua eficácia na prevenção da infecção cirúrgica, provavelmente contribuiriam para reduzir a pressão seletiva sobre a emergência de bactérias resistentes e custos hospitalares. A simples instituição de uma rotina de antibiótico-profilaxia não garante a adesão dos cirurgiões para adequação do uso de antimicrobianos. No presente estudo, uma intervenção foi realizada na Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, com a implantação de uma rotina de profilaxia, com a supervisão direta de um infectologista. Os objetivos deste estudo foram avaliar a adequação do uso do antibiótico profilático e seu efeito sobre a infecção cirúrgica pós-operatória. Foi considerada adequada a profilaxia com duração menor ou igual a 24 horas. Dos 318 procedimentos cirúrgicos realizados nos períodos pré e pós-intervenção, em 67,9% foi usado um antibiótico profilático. A intervenção reduziu o uso inadequado de antibiótico de 46,3% para 20,4% (χ² = 15,59; p < 0,05). Infecção do sítio cirúrgico ocorreu em 35,8% dos procedimentos, não se observando modificação deste índice com a adequação da antibiótico-profilaxia. A participação do infectologista é importante na difícil tarefa de racionalizar o uso dos antimicrobianos em nível hospitalar.
Resumo:
A Colecistectomia Laparoscópica (CL) é freqüentemente realizada com quatro portos e três cirurgiões. Com o objetivo de possibilitar maior mobilidade à equipe cirúrgica e diminuir os custos do procedimento adotamos a CL por três portos. De setembro de 1994 a agosto de 1996, 169 CL por três portos foram realizadas, 133 (78,6%) no sexo feminino e 36 (21,3%) no sexo masculino. A média de idade foi de 45,6 anos. Houve a necessidade do quarto porto em três (1,8 %) e ocorreu a conversão para colecistectomia aberta em três (1,8%). Das 169 CL por três portos propostas houve sucesso em 163 (96,4%). O tempo médio do ato operatório foi de 78,4 minutos. As complicações peroperatórias ocorreram em seis casos (3,6%): lesão do ducto cístico - dois (1,2%), hemorragia do porto epigástrico - dois (1,2%), hemorragia do leito vesicular- um (0,6%), enfisema subcutâneo - um (0,6%). As complicações pós-operatórias estiveram em cinco casos (3,0%): infecção do porto umbilical - dois (1,8%), íleo prolongado - um (0,6%), coleperitôneo - um (0,6%), coledocolitíase residual- um (0,6%). Não houve óbito. Conclui-se que a CL por três portos apresenta vantagens frente à CL por quatro portos, pois propicia maior mobilidade à equipe cirúrgica, utiliza menor quantidade de instrumental laparoscópico sugerindo menor custo hospitalar e permite melhor resultado estético.
Resumo:
Neste trabalho, são analisadas retrospectivamente as complicações locais e sistêmicas associadas ao implante e uso de catéteres venosos centrais (CVC) de longa permanência. Num período de oito anos, foram implantados 500 CVC para quimioterapia de doenças malignas ou para suporte em transplantes de medula óssea. Dois tipos de CVC foram usados: 322 CVC totalmente implantáveis (com reservatório subcutâneo) e 178 CVC semi-implantáveis (com segmento externo). Os implantes foram feitos por via percutânea ou por dissecção venosa cirúrgica. As veias de acesso foram: jugular interna, subclávia, cefálica, e safena magna. OS CVC foram usados de três dias a 75 meses (média de 4,8 meses). Foram analisadas as complicações que necessitaram de tratamento, prolongaram a estadia hospitalar ou levaram à retirada do catéter. Complicações menores foram excluídas deste estudo. Os tipos e os números de complicações observadas foram: Anestésicas: broncoespasmo grave (um); enfisema do pescoço por perfuração traqueal (um). Cirúrgicas: deiscência da incisão (duas); hematoma do pescoço (três); infecção aguda no local de implante (duas); lesão temporária do nervo vago (três}; linfocele (uma); fístula do ducto torácico (uma). Venosas: trombose aguda da jugular (três) e da veia subclávia (cinco); síndrome da cava superior (três). Do próprio catéter: bacteremia tardia (39); trombose do catéter (48); erosão da pele sobre o catéter/reservatório(três); torção do reservatório (duas); fratura do catéter (duas). No total, ocorreram 119 complicações, para uma taxa cumulativa de 23,8%. Nenhuma complicação foi fatal. O implante e uso dos CVC de longa permanência estão associados a complicações freqüentes, que podem ser graves. Mas os benefícios trazidos por estes CVC nos pacientes que necessitam de acesso venoso confiável por tempo prolongado são certamente muito maiores do que os riscos das complicações.
Resumo:
The authors report a rare case of a patient with urinary retention following an inguinal herniorraphy, due to extrinsic compression of the bladder by an extensive pelvic hematoma, diagnosed by cystourethrogram and pelvic computadorized tomography. A medical treatment was provided by vesical catheterization for seven days. After this period of time, the hematoma had disappeared and the patient recovered to spontaneous miction.