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O objeto de estudo foi o preparo e a administrao de medicamentos por cateter pela enfermagem em pacientes que recebem nutrio enteral. O objetivo geral foi investigar o padro de preparo e administrao dos medicamentos por cateter em pacientes que recebem nutrio enteral concomitante. Os objetivos especficos foram apresentar o perfil dos medicamentos preparados e administrados de acordo com a possibilidade de serem administrados por cateter enteral e avaliar o tipo e a freqncia de erros que ocorrem no preparo e administrao de medicamentos por cateter. Tratou-se de uma pesquisa com desenho transversal de natureza observacional, sem modelo de interveno. Foi desenvolvida em um hospital do Rio de Janeiro onde foram observados tcnicos de enfermagem preparando e administrando medicamentos por cateter na Unidade de Terapia Intensiva. Foram observadas 350 doses de medicamentos sendo preparados e administrados. Os grupos de medicamentos prevalentes foram os que agem no Sistema Cardiovascular Renal com 164 doses (46,80%), seguido pelos que agem no Sistema Respiratrio e Sangue com 12,85% e 12,56% respectivamente. Foram encontrados 19 medicamentos diferentes do primeiro grupo, dois no segundo e cinco no terceiro. As categorias de erro no preparo foram triturao, diluio e misturas. Encontrou-se uma taxa mdia de 67,71% no preparo de medicamentos. Comprimidos simples foram preparados errados em 72,54% das doses, e todos os comprimidos revestidos e de liberao prolongada foram triturados indevidamente entre slidos a categoria de erro prevalente foi triturao com 45,47%, preparar misturando medicamentos foi um erro encontrado em quase 40% das doses de medicamentos slidos. A triturao insuficiente ocorreu em 73,33% das doses de cido flico, do cloridrato de amiodarona (58,97%) e bromoprida (50,00%). A mistura com outros medicamentos ocorreu em 66,66% das doses de bromoprida, de besilato de anlodipina (53,33%), bamifilina (43,47%), cido flico (40,00%) e cido acetilsaliclico (33,33%). Os erros na administrao foram ausncia de pausa e manejo indevido do cateter. A taxa mdia de erros na administrao foi de 32,64%, distribudas entre 17,14% para pausa e 48,14% para manejo do cateter. A ausncia de lavagem do cateter antes foi o erro mais comum e o mais incomum foi no lavar o cateter aps a administrao. Os medicamentos mais envolvidos em erros na administrao foram: cloridrato de amiodarona (n=39), captopril (n=33), cloridrato de hidralazina (n=7), levotiroxina sdica (n=7). Com relao lavagem dos cateteres antes, ela no ocorreu em 330 doses de medicamentos. O preparo e administrao inadequados de medicamentos podem levar perdas na biodisponibilidade, diminuio do nvel srico e riscos de intoxicaes para o paciente. Preparar e administrar medicamentos so procedimentos comuns, porm apresentou altas taxas de erros, o que talvez reflita pouco conhecimento desses profissionais sobre as boas prticas da terapia medicamentosa. Constata-se a necessidade de maior investimento de todos os profissionais envolvidos, mdicos, enfermeiros e farmacuticos nas questes que envolvam a segurana com medicamentos assim como repensar o processo de trabalho da enfermagem.

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Considerando-se que a famlia vivencia e partilha junto com o doente todos os sentimentos, emoes e angstias que envolve o diagnstico e o tratamento do cncer, o presente estudo teve como objetivos descrever as dimenses das representaes sociais acerca do cncer para familiares do cliente oncolgico em tratamento quimioterpico ambulatorial em uma unidade de referncia para o seu tratamento; analisar a representao social do cncer elaborada por familiares do cliente oncolgico em tratamento quimioterpico ambulatorial; e discutir as contribuies do enfermeiro junto famlia do cliente oncolgico em tratamento quimioterpico ambulatorial a partir da construo representacional do cncer para os sujeitos do estudo. De carter qualitativo, o caminho metodolgico foi construdo com base na Teoria das Representaes Sociais. Os sujeitos foram 30 familiares que estavam acompanhando o doente durante o tratamento quimioterpico. Os dados foram coletados a partir da realizao de entrevistas semi-estruturadas e analisados atravs da anlise de contedo de Bardin (1979), sistematizada por Oliveira (2008), com o auxlio do software QRS Nvivo 2.0. Da anlise dos dados emergiram seis categorias que compem o campo representacional e se expressa atravs das dimenses representacionais concretizadas nas seguintes categorias: sentimentos compartilhados por familiares de clientes oncolgicos em tratamento quimioterpico, que mostra que, ao se depararem com a doena e sua dura realidade, os familiares so acometidos por diversos tipos de sentimentos; imagens, metforas e conceitos no existir da famlia que enfrenta a doena, onde os familiares revelaram que o cncer percebido, entre outras coisas, como um monstro que invade a vida das pessoas e dela passa a tomar conta e a domin-la; preconceitos e estigmas na vivncia do cncer, que revelou que ainda hoje existem representaes e estigmas presentes na sociedade e em suas construes culturais acerca do cncer; diferentes prticas desenvolvidas no contexto da doena e do processo de adoecimento pelo cncer, que evidenciou as diferentes prticas presentes no discurso dos sujeitos, quais sejam, a de religiosidade no contexto do cncer, a de enfrentamento da doena, a de comunicao-ocultamento e de atitudes da famlia ao estar no mundo frente ao cncer; o processo de ancoragem e o conhecimento adquirido aps a experincia do cncer, onde surgiram os conhecimentos que os sujeitos adquiriram acerca do cncer e alguns elementos do processo de ancoragem do cncer; as vivncias do enfermeiro que trabalha em oncologia e suas contribuies junto famlia que alerta os enfermeiros para a necessidade de intervenes efetivas direcionadas assistncia integral do indivduo, levando em considerao a importncia da famlia. Conclui-se que ao se descobrir acompanhando um familiar que tem cncer, a famlia passa a viver um outro mundo, no qual a possibilidade de morte se mostra de forma inevitvel e iminente. Diante disso, a famlia passa a valorizar no apenas o cuidado dispensado ao doente, mas tambm anseia por uma ateno profissional que contemple seu existir e seu modo de viver.

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HENRIQUES, Regina Lcia Monteiro.2011. 182 f. Tese (Doutorado em Sade Coletiva) Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011. Este estudo trata dos processos de mudana na formao em sade, especialmente das questes poltico estruturais da articulao do ensino e da extenso para a construo de estratgias de transformao dos cursos da rea da sade. Tem por objetivos analisar as perspectiva dos sujeitos envolvidos na transformao curricular no que diz respeito articulao entre prticas de ensino, extenso universitria e sade, a constituio de novos cenrios de prtica e sua relao com a extenso universitria, assim como examinar os sentidos atribudos pelos sujeitos aos processos polticos internos e externos s instituies de ensino. Parte-se da compreenso de que h em andamento um grande movimento de lutas pela mudana na formao em sade e de algumas das ideias que tm sido discutidas e difundidas na defesa da reorientao da formao em sade baseada em princpios e diretrizes consoantes com a poltica de sade e com a defesa de direitos de cidadania. Baseia-se em concepes de espao cotidiano das instituies de formao superior em sade e dos servios de sade e outros cenrios de prtica. Reflete sobre a responsabilidade poltica das instituies formadoras e da extenso universitria como lugar de tornar pblicas as posies e valores defendidos para as prticas do cuidado e da relao social e poltica da universidade. Para a operacionalizao do estudo, foram escolhidas duas instituies universitrias que se apresentaram e que foram selecionadas no programa do Pro-Sade. Foram realizadas entrevistas com roteiro semi-estruturado com protagonistas de processos de mudana na formao nestas instituies, em trs profisses da rea da sade, enfermagem, medicina e odontologia. Fez-se analise hermenutica a partir dos sentidos que foram atribudos a estas experincias concretas pelos atores que as empreenderam. Definiu-se trs categorias de anlise, a dimenso das polticas governamentais de incentivo a mudanas na formao em sade e os efeitos das mesmas para as instituies de ensino; a ampliao de cenrios de prtica, as estratgias de aproximao entre os mundos do ensino e do trabalho e se significaram novas prticas de cuidado; relao existente entre os processos de transformao curricular e a extenso universitria. A extenso vem adquirindo protagonismo na construo de dispositivos de enfrentamento e superao das dificuldades e resistncias nos processos de transformao curricular, alm de criar com relativa liberdade novas possibilidades espaciais e conceituais para o cuidado em sade, porm pelos prprios sentidos que assume desde a invisibilidade at a redeno da universidade sua baixa institucionalidade e reflexo impede que sua potencialidade seja tomada como aliada nestes processos de modo mais sistemtico e impactante.

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Trata-se de uma pesquisa qualitativa cujo objeto a percepo da enfermeira sobre a prtica do aleitamento materno no contexto da feminilizao da Aids. Tem por objetivos: analisar a percepo das enfermeiras de maternidade sobre a prtica do aleitamento materno e a feminilizao da Aids e discutir a prtica da enfermeira em relao ao aleitamento materno a partir da feminilizao da Aids. Os sujeitos do estudo foram nove enfermeiras de trs maternidades municipais do Rio de Janeiro que possuem ttulo de Hospitais Amigo da Criana. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas semi-estruturadas. A tcnica de anlise do contedo foi baseada em Bardin. Emergiram trs categorias: a) A percepo da enfermeira sobre sua prtica quanto ao aleitamento materno; b) As percepes da enfermeira sobre a feminilizao da Aids; c) A prtica da enfermeira em relao ao aleitamento materno a partir da feminilizao da Aids. Constatamos que a enfermeira percebe sua prtica em relao ao aleitamento materno sob influncia das Polticas Pblicas voltadas para a promoo e proteo do mesmo, como a Iniciativa Hospital Amigo da Criana e o Alojamento Conjunto. Em relao Aids, o advento da feminilizao surpreende as enfermeiras que reagem com indignao, tristeza, medo e angstia. Estes sentimentos justificam-se, pois, para elas, pensar soropositividade em mulheres significa priv-las de exercer sua sade reprodutiva e sexual plenamente, ou seja, os papis esperados socialmente de uma mulher, como ser me e amamentar. A condio social e sexual da mulher (gnero) tambm emergiu dos depoimentos como determinantes para soropositividade. Ao perceberem sua prtica s mulheres soropositivas nas maternidades, as enfermeiras apontam dificuldades geradas pela dicotomia (incentivo ao aleitamento materno e inibio da lactao) tanto para elas profissionais quanto para as mulheres que no podem amamentar. O processo de feminilizao e os investimentos e recursos voltados para este acarretaram mudanas na prtica da enfermeira, que refere mais segurana pessoal aps disponibilizao de teste rpido para HIV e cursos de capacitao para os profissionais. Alm da prtica voltada para as questes tcnicas, apontam uma nova abordagem s mulheres soropositivas, como o objetivo de no exp-las s outras purperas nas enfermarias de alojamento conjunto. Desta maneira, constatamos que as mudanas ocorridas nas prticas das enfermeiras esto relacionadas com o estabelecimento de polticas pblicas voltadas para a amamentao e o HIV/Aids. Os valores pessoais ainda interferem na prtica das enfermeiras, e a Aids ainda vista como uma doena possuidora de estigmas tanto sociais quanto culturais. Reforamos a necessidade de estratgias que possam diminuir a divergncia das Polticas de Incentivo ao Aleitamento Materno e as de Preveno Transmisso Vertical, a fim de qualificar a prtica de enfermagem s mulheres soropositivas.

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A dissertao trata de recente fenmeno juvenil urbano marcado pela identificao com um estilo musical chamado emo; os jovens que fazem parte dessa cultura juvenil se consideram mais emotivos que as outras pessoas em geral. Os emos caracterizam se tambm pela negao, tanto de uma identidade de grupo quanto da associao estigmatizada com um estilo especfico de se vestir, se comportar e se expressar. As questes tericas presentes nesse trabalho discutem como emos se utilizam das categorias nativas, emoes e expresses de sentimentos para representar a msica, os indivduos e o prprio grupo. A abordagem analtica central sobre esta articulao entre msica e emoo como um recurso identitrio. A Internet uma importante referncia para os sujeitos pesquisados, e como ferramenta de investigao est acompanhada de consideraes metodolgicas sobre a etnografia virtual.

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Esta pesquisa tem por objeto de estudo a expresso da sexualidade feminina no momento do parto e nascimento. A sexualidade entendida a partir de um enfoque abrangente, como um aspecto central do indivduo, e que est presente em todos os momentos de sua vida. Discutimos a sexualidade feminina como aquela expressa pela mulher no momento do parto e nascimento, ou seja, seus sentimentos positivos, emoes, desejos, fonte de prazeres, troca, comunicao e afetos, expressos e vivenciados pela mulher neste momento. Assim, objetivamos descrever a sexualidade na viso das mulheres que vivenciaram o parto normal; analisar a relao existente entre sexualidade e parto, na perspectiva das mulheres que vivenciaram o parto normal; e, discutir as relaes e expresses de sexualidade vividas pelas mulheres durante o parto normal. Caracteriza-se por ser um estudo qualitativo, exploratrio, onde o cenrio foi duas maternidades situadas no Rio de Janeiro. Participaram do estudo 11 mulheres no puerprio mediato de partos fisiolgicos. A coleta dos dados foi realizada atravs de entrevista semiestruturada que foram analisadas a partir de Anlise de Contedos. Emergiram dos depoimentos as categorias: Sexualidade na compreenso das depoentes e a Sexualidade e sua interface no momento da parturio: uma relao a partir da vivncia da mulher. Os resultados mais significativos foram: na primeira categoria, identificamos que as mulheres, inicialmente, tiveram dificuldade em falar de sexualidade, mas mesmo assim compreendem a sexualidade a partir de relaes que fizeram, a saber: sexo/relao sexual; sensaes e sentimentos positivos; e, imagem corporal. Na segunda categoria, encontramos uma afirmao da sexualidade presente no parto. A associao da sexualidade com o processo parturitivo foi verbalizada e expressada pelas mulheres com base em suas vivncias pessoais, que se inter-relacionam com seu cotidiano scio-cultural. Desta maneira, apontaram que a sexualidade est presente no parto, pois demonstrada nele: o papel sexual reprodutivo da mulher, onde observamos satisfao e prazer feminino no nascimento do filho; e, o poder feminino de parir, onde as mulheres manifestaram satisfao e prazer na sua fora e potencial no parto.

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Esse estudo trata-se de uma dissertao de Mestrado do Programa de Ps Graduao da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Essa pesquisa tem como objeto A relao entre saber cientfico e senso comum na consulta de enfermagem. O objetivo geral deste estudo Refletir acerca da presena e possveis articulaes entre o saber cientfico e o senso comum nas consultas de enfermagem da Policlnica Piquet Carneiro. Como objetivos especficos temos: Compreender a percepo dos enfermeiros da Policlnica Piquet Carneiro acerca da consulta de enfermagem; Identificar a presena do saber cientfico e do senso comum nas consultas de enfermagem da Policlnica Piquet Carneiro e Identificar possveis articulaes entre o saber cientfico e o senso comum nas consultas de enfermagem da Policlclinica Piquet Carneiro. Trata-se de um estudo qualitativo descritivo que utilizou como abordagem metodolgica a hermenutica dialtica. O cenrio do estudo foi a Policlnica Piquet Carneiro e os sujeitos foram doze enfermeiros que realizam consulta de enfermagem na Policlnica em diversas reas. Todos os participantes autorizaram a coleta de dados mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. A coleta de dados foi realizada atravs de observaes livres e entrevistas. As entrevistas foram transcritas e analisadas utilizando a lgica de compreenso da hermenutica dialtica. A partir dos resultados foi possvel selecionar quatro categorias de anlise de dados. A consulta de enfermagem na percepo dos enfermeiros e enquanto espao educativo, Sentidos do senso comum, A expresso do saber cientfico na consulta de enfermagem e Articulaes possveis entre o senso comum e o saber cientfico na consulta de enfermagem. Diante de tudo o que foi explicitado nesse estudo conclui-se que a articulao entre saberes possvel e pode acontecer quando estamos dispostos a reconhecer o valor e a sabedoria presente nos saberes populares.

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Estudo qualitativo, com base na Anlise de Contedo, a partir da interrogao sobre como o usurio de drogas em situao de tratamento para a dependncia qumica percebe-se como trabalhador, e qual sua relao com o mundo do trabalho. O referencial terico apoiou-se nas definies de drogas psicotrpicas, dependncia qumica e trabalho, das seguintes fontes, respectivamente, Organizao das Naes Unidas (ONU), Classificao Internacional das Doenas (CID-10) e Ministrio do Trabalho (MT) e a teoria da Psicodinmica do trabalho. A metodologia baseou-se na Anlise de Contedo Temtica. A coleta de dados desenvolveu-se por meio de entrevistas em profundidade, e pela obteno de dados sociodemogrficos e de trabalho a partir dos registros. Foram realizadas trinta e oitos entrevistas semi estruturadas com dez mulheres, quatorze homens usurios de mltiplas drogas e quatorze homens usurios somente de bebidas alcolicas. Todos os sujeitos eram trabalhadores em tratamento no Centro de Ateno Psicossocial-lcool e drogas Centro Estadual de Tratamento e Reabilitao de Adictos (Caps-ad CENTRA-RIO). Foram organizadas e analisadas seis categorias: conciliao ente o trabalho e o consumo de drogas; trabalho e angstia; o mundo do trabalho favorecendo/estimulando o consumo; beneficio e UD; trabalho pleno; perspectivas de vida do UD. Discutiu-se a intensa relao de sofrimento que permeia o tempo todo o trabalhador usurio de drogas, as diversas alternativas experimentadas para conseguir conciliar o binmio trabalho e drogas, a submisso aos valores construdos no ambiente de trabalho, a funo de integradora intragrupo dos trabalhadores e teraputica das drogas para conseguir cumprir o trabalho real, sua funo relaxante e domadora da angstia e do medo. Nas concluses, discutem-se os limites do mundo do trabalho em acompanhar a evoluo do campo da sade mental e a Reforma Psiquitrica, e a importncia para a enfermagem do trabalho. O enfermeiro deve ser o articulador para que este trabalhador usurio de drogas atue como protagonista ativo da sua prpria histria, contribuindo com sua experincia, para que os profissionais de sade, o trabalho e a sociedade em geral aperfeioem formas de cuidar integral.

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As prticas de cuidado em fisioterapia, em muitas situaes, resgatam a funo do fisioterapeuta de executor de tcnicas que lhe era atribuda nos primrdios da profisso. Ao exercer essa funo meramente tcnica, muitas vezes deixando-se substituir pelo equipamento nas suas aes, o profissional compromete o estabelecimento do vnculo terapeuta-paciente, contribuindo para o esvaziamento do encontro em sade. Nessas situaes, predomina o xito tcnico (a eficincia na realizao do procedimento) sobre o sucesso prtico (os benefcios trazidos para vida das pessoas). Para que o sucesso prtico seja atingido, fundamental que haja o questionamento sobre o que sonham as pessoas, profissionais e pacientes, para as suas vidas e para a sade, quais so suas perspectivas e projetos de vida, seus projetos de felicidade. Nesse sentido, imprescindvel considerar, tambm, os projetos de felicidade dos profissionais da sade enquanto sujeitos desse encontro. Afinal, a partir deles que o profissional elabora o seu projeto de cuidado para cada paciente. Assim, esse trabalho buscou compreender os elementos que configuram a construo de projetos de cuidado em fisioterapia a partir da reflexo dos prprios fisioterapeutas. Para tanto, utilizou-se a metodologia qualitativa de pesquisa por meio de entrevistas semi-estruturadas para que fossem produzidas narrativas da histria de vida do trabalho. Os discursos foram analisados integralmente e a categorizao foi feita em trs sub-temas: exerccio profissional, relao com os pacientes e reflexes. Foi possvel perceber que muitos dos arranjos de trabalho estabelecidos visam coibir o vnculo profissional-paciente, transformando-o em valor de troca e mercantilizando a relao teraputica. Expropriada do vnculo, a prtica se resume realizao de procedimentos independentes de sua finalidade, minando as possibilidades de sucesso prtico. Nesse caso, no a tecnologia que gera o afastamento e a mecanizao, mas so as estratgias de mercantilizao do cuidado fisioterpico. Essa situao s pode ocorrer por um processo de subordinao do profissional e seu saber, o que est fortemente associado a condies de trabalho exploratrias. Podemos dizer que a mercantilizao do cuidado facilita a restrio sobre as condies de trabalho e tambm fruto dela. O problema que essa restrio vista pelos profissionais como no definitiva, mas como um caminho para se alcanar reconhecimento na busca pelo exerccio liberal da fisioterapia. A inteno desse estudo no foi traar um plano normativo de conduta para a profisso, mas imaginamos que o equacionamento dessas questes passa necessariamente pelo reconhecimento, pelas inquietaes e indignaes com o problema. O que se espera, portanto, facilitar esse processo de desconforto por meio da proximidade dessas questes trazidas pelas narrativas.

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O presente trabalho se prope fazer uma aproximao aos estudos sobre a tradicionalmente chamada Feira de So Cristvo, levando em considerao a relao entre os agentes partcipes e a dinmica no espao. O objetivo compreender melhor a fora que move os atores no sentido da mudana da forma da feira para a forma do Centro Luiz Gonzaga de Tradies Nordestinas (CLGTN), e assim me aproximar da seguinte questo: Por que uma forma de comrcio como a modelada na Feira de So Cristvo, popularmente conhecida como feira dos parabas, sobrevive fora das mudanas operadas no ramo, dando lugar aos sofistificados shopping-centers? Para isso, fao uma aproximao ao estado de arte da pesquisa na rea com base nas seguintes categorias de anlise: a Feira como forma de produo do espao e a relao Forma-Contedo, a relao espao-identidade na feira e a relao entre agentes internos e externos no Espao. Vendo a migrao como movimento responsvel pela constituio de um espao social e territorialmente diferenciado do nordestino na cidade do Rio de Janeiro, por ela que inicio a exposio. Esta se continua com a anlise dos trabalhos escolhidos para estudo, via as categorias indicadas e, com um captulo no qual procuro repensar a feira a partir da relao global-local que vem referenciando as reflexes acumuladas na rea do urbano a partir da segunda metade do sculo XX. Por fim, concluo observando que a permanncia da feira se deve a um duplo movimento de resistncia-absoro que, se redefinindo no tempo e no espao, no consegue, entretanto, apagar os traos da tradio que lhe deu origem.

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No h duvidas sobre a grandeza e intensidade que pode existir no relacionamento entre me e filho, porm, quando esse recm nascido um beb prematuro e/ou necessita de hospitalizao em uma Unidade de Terapia Intensivo Neonatal (UTIN) pode haver um pode haver um choque, uma grande decepo, pois essa me no poder interagir de forma plena com seu filho, no poder amamentar e nem cuidar dele da forma habitual que se espera. Neste sentido, esse estudo prope uma reflexo sobre a atuao do enfermeiro quanto relao me/recm-nascido na UTIN. Assim sendo, tem-se como objeto A vivncia do enfermeiro na construo/desenvolvimento da relao me/recm-nascido na UTIN. E como objetivo Compreender o significado da ao do enfermeiro na aproximao me/recm-nascido. Para o embasamento terico foi necessrio pensar sobre a prtica do enfermeiro na UTIN, no que diz respeito a sua assistncia, o processo de humanizao neste ambiente e na insero da famlia nos cuidados. Outro conceito fundamental discutido foi a interao, destacando o pensamento fenomenolgico de Alfred Schutz. Estudo do tipo descritivo, desenvolvido com abordagem qualitativa e o referencial terico-metodolgico da fenomenologia. O cenrio para sua realizao foi a UTIN de um grande hospital da rede pblica, localizado no subrbio da cidade do Rio de Janeiro e foram sujeitos 16 enfermeiros lotados nesta unidade. A entrevista fenomenolgica foi a tcnica utilizada para captar as vivncias profissionais e em seguida realizou-se a anlise compreensiva tendo em vista a categorizao. Como resultado chegou-se a 3 categorias do vivido; (1) ambientar as mes na UTIN: o comeo da relao,(2) aproximar atravs do toque: usando os sentidos para se relacionar e (3) melhorar a relao entre me/recm-nascido: pensando no futuro. Alm dessas categorias foi possvel a apreenso do contexto vivencial das experincias dos enfermeiros no relacionamento com as mes de recm-nascidos na UTIN. Conclui-se que os enfermeiros que trabalham em UTIN tm a percepo de quo fundamental promover a aproximao entre me e filho nesse ambiente. Contudo, essa ao ainda acontece de forma intuitiva, sem nenhum embasamento, e ainda muitas vezes desprestigiada em detrimento da grande carga de trabalho deste setor, ou a gravidade do recm-nascido. preciso que haja um maior engajamento por parte dos enfermeiros, em aprimorar as estratgias de aproximao entre me e recm-nascido, visando sempre um relacionamento mais saudvel e harmonioso no futuro. Deste modo, o estudo contribui para enriquecer esta temtica e despertar nos enfermeiros neonatologistas um olhar que compreenda no s os aspectos biolgicos, mas tambm os psicossocias e torne, assim, a assistncia ao recm nascido e sua famlia mais plena.

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Trata-se de um estudo do tipo qualitativo, sobre as aes experienciadas pela equipe de enfermagem no cotidiano da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal), tendo como objetivo apreender os aspectos ticos implcitos nas aes experienciadas pelos profissionais de enfermagem ao cuidar do recm-nascido (RN). Foram utilizados como referencial terico-filosfico alguns autores renomados como: Mehry, Pegoraro, Pessini, entre outros. A abordagem metodolgica aplicada no estudo foi a fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz, buscando, na intencionalidade das aes de enfermagem, a motivao que sustenta este cuidar. A aproximao face a face aos sujeitos do estudo deu-se solicitando o seguinte: Fale-me sobre a sua experincia ao cuidar de um RN no cotidiano da UTI. Para alcanar o objetivo proposto, utilizei as questes orientadoras da entrevista fenomenolgica: O que voc tem em vista ao cuidar do RN na UTI? Em relao tica, o que voc pensa ao cuidar do RN? As entrevistas foram realizadas com 16 profissionais da equipe de enfermagem da UTI de uma Maternidade Pblica do Municpio do Rio de Janeiro, escolhidos de forma aleatria. Foram respeitados os critrios estabelecidos pela Resoluo n 196/96, garantindo a privacidade e o anonimato dos entrevistados, bem como aprovao do estudo pelo comit de tica em pesquisa. A partir da anlise das falas emergiram trs categorias, que possibilitaram a apreenso dos aspectos ticos das aes de enfermagem na UTI como um tpico. Esses profissionais tm em vista realizar o melhor cuidado desejando a cura e a alta do RN, apoiando-se na tecnologia para valorizar a perspectiva humana do cuidado na UTI e na possibilidade de agir com tica. Na realidade pesquisada, a tecnologia manifestou-se de maneira positiva no projeto intencional dos profissionais, mostrando uma enfermagem que acredita estar fazendo o seu melhor, envolvida com as questes ticas e humanas. A apreenso do tpico da ao e compreenso do cotidiano da equipe de enfermagem permitir uma avaliao crtica e reflexiva sobre a adequao da tecnologia no cuidado neonatal, bem como a adoo de medidas e estratgias que valorizem e respeitem a vida humana em toda a sua dimenso. Ratifica a sensibilidade, intuio e percepo do cuidador, propiciando um cuidado individualizado e personalizado ao RN e sua famlia. Alm disso, contribui para se repensar novas maneiras de cuidar, utilizando a arte e a criatividade na adequao e humanizao das tecnologias.

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O envelhecimento populacional no Brasil sobreleva a necessidade de organizao de servios de sade, sendo a estimulao do autocuidado uma estratgia privilegiada para orientar programas de promoo da sade para pessoas idosas. Face busca das mais variadas formas de viver bem, abrem-se fronteiras possibilitando o surgimento de modelos de envelhecimento saudvel. Partindo do pressuposto de que as pessoas possuem uma dimenso imaginativa no acrescentar qualidade aos anos de vida, delimitou-se como objeto de estudo o imaginrio de um grupo da terceira idade na construo das aes de autocuidado. Objetivos: descrever a potica sobre as aes de autocuidado construdas por um grupo de pessoas idosas; e analisar os significados (conceitos/confetos) atribudos por essas pessoas ao envelhecer. Utilizou-se como marco referencial a Teoria de Promoo da Sade de Nola Pender. Trata-se de pesquisa descritiva, qualitativa, considerando o paradigma naturalista. Foi aplicado o mtodo sociopotico por meio do dispositivo analtico Grupo Pesquisador, composto por 11 idosos participantes da Unati da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que desenvolveram a investigao no perodo de outubro a dezembro de 2008, mediante as tcnicas de pesquisa: Dinmica de Corpo como Territrio Mnimo e a Vivncia de Lugares Geomticos. Foram questes norteadoras do estudo, respectivamente: Como vocs se cuidam para o caminho do bom envelhecer? E Como o autocuidado para o envelhecer saudvel se ele for um lugar geomtico?. Os dados produzidos foram submetidos anlise categorial, dos estudos sociopoticos. No estudo filosfico, observou-se haver coexistncia da autoimagem realista revelando que os idosos esto mais aptos aos desafios da vida, pois seu comportamento coerente com a ideia que faz de si, alm de intenes, aspiraes e tendncias. O classificatrio ressaltou as dicotomias das aes de autocuidado tendo: O Autocuidado atravs dos Limites e Possibilidades; e Transcender para Experienciar o Dom do Envelhecer; O transversal revelou O Autocuidado como Reconhecimento das Necessidades de Sade, enquanto no surreal sobrelevam-se Aceitar o Novo para um Renascer Saudvel; Perseverana para Conviver com o Envelhecimento; e Procurar Assistncia pode Desvelar Temores para a Finitude do Viver. Conclui-se que a compreenso do imaginrio dos sujeitos de pesquisa mediada pela teoria de Pender permitiu identificar fatores que influenciam e motivam o autocuidado para comportamentos saudveis. Assim, o grupo vislumbra para seu futuro uma imagem de envelhecer mais dinmica, adotando para si prprio um viver mais autnomo, ativo e bem-sucedido. contribuio do estudo, prope-se aos enfermeiros a apropriao de conceitos tericos como forma de traduzir a realidade e demonstrar alternativas viveis de aes de cuidado/sade, bem como a utilizao das prticas de dinmicas de criatividade e sensibilidade nas atividades assistenciais.

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O estudo das dimenses psicossociais do trabalho tem aumentado em importncia nas ltimas dcadas, devido ao novo contexto poltico e econmico mundial de globalizao, que determina mudanas no mundo do trabalho e expe trabalhadores a fatores de risco ocupacional, entre eles o estresse. A categoria profissional do Agente Comunitrio de Sade (ACS), criada no contexto das reformas sanitrias atravessadas pelo Brasil desde a dcada de 80, tem como um dos principais propsitos atuar na reorganizao do sistema de sade do pas. O ACS tem como especificidade e pr-requisitos a necessidade de ser morador da regio atendida pela Equipe de Sade da Famlia, fato este responsvel por um aspecto nico dentro do estudo na rea de sade do trabalhador. Nesse cenrio o enfermeiro exerce papel de liderana e possui uma caracterstica marcante, que a manuteno de constante contato com a comunidade, realizando atividades de grande interao com os ACS, devendo evitar ou minimizar fatores estressores e possveis agravos sade no mbito da Sade do Trabalhador. O presente estudo tem como objeto o trabalho do ACS como gerador de estresse ocupacional no Programa de Sade da Famlia. Tem como objetivo geral discutir o estresse ocupacional na percepo dos ACS no PSF, numa rea Programtica do Municpio do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo descritivo e de abordagem qualitativa. O cenrio do estudo foram Unidades de Sade da Famlia do Municpio do Rio de Janeiro, e os sujeitos 32 ACS inseridos em trs mdulos do PSF. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas individuais semi-estruturadas, organizadas e analisadas utilizando a metodologia da Anlise de Contedo, a partir da qual foram identificadas as seguintes categorias: frustrao, trabalho do ACS, representao do trabalho, processo de trabalho, o estresse e relao trabalho x sade. Os resultados identificam o baixo reconhecimento interferindo na produtividade e na auto-estima, excessiva intensidade e ritmo empregados no trabalho, valorizao da burocracia na execuo do trabalho, violncia como fator de insegurana e reconhece a interferncia do estresse na sade tanto fsica quanto psquica. A anlise do trabalho do ACS atuante no PSF aponta aspectos que dificultam sua plena atuao, assim como a prtica estende-se para alm dos conceitos normatizados contidos nas Portarias e outros instrumentos que regulamentam suas atribuies. O trabalho real representa um universo mais complexo e rico do que o trabalho prescrito, que nesse estudo, apresentou-se como fonte geradora de tenso, adoecimento e mal estar, expresso nas vocalizaes de queixas.

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O presente estudo teve como objetivo descrever o contedo das representaes sociais acerca da Aids para os usurios soropositivos em acompanhamento ambulatorial da rede pblica de sade e analisar a interface das representaes sociais da Aids com o cotidiano dos indivduos que vivem com o HIV, especialmente no que concerne sua organizao e ao processo de adeso ao tratamento. Trata-se de um estudo exploratrio-descritivo, pautado na abordagem qualitativa e orientado pela Teoria das Representaes Sociais. Os sujeitos consistiram em 30 usurios em acompanhamento ambulatorial de um Hospital Pblico Municipal localizado na cidade do Rio de Janeiro referenciado para clientes soropositivos ao HIV/Aids. Os dados foram coletados por meio de entrevista e analisados atravs da anlise de contedo. Como resultados, emergiram 6 categorias, quais sejam: Elementos de memria da Ancoragem da Aids na sociedade e o seu processo de transformao, onde foi explicitada a ancoragem da Aids no outro, na frica, no macaco, no homossexual e uma nova ancoragem apresentada consiste na cronicidade do diabetes, deixando a sndrome de ser sinnimo de morte; Transmisso e Preveno da Aids segundo as pessoas que convivem com a sndrome, na qual os sujeitos apresentaram quase todas as formas cientificamente comprovadas quanto aos meios de transmisso do vrus HIV; O cotidiano dos indivduos soropositivos permeado pelo processo de vulnerabilidade ao HIV, no mbito do qual entende-se que o reconhecimento do risco individual frente epidemia ir influenciar, sobretudo, as prticas e os comportamentos das pessoas; Discriminao e ocultamento no conviver com o HIV, onde se apresenta como estratgias de sobrevivncia social o ocultamento do estado de soropositividade ao HIV. Assim, podem continuar a vida como pessoas consideradas normais, sem serem acusadas e discriminadas, sejam no mbito familiar, social ou no trabalho; alm disso, os sujeitos do estudo declararam que eram preconceituosos antes do diagnstico; o processo de adeso ao tratamento na cotidianidade de indivduos soropositivos, observando-se, nesta categoria, que um dos grandes motivadores da adeso ao tratamento consiste no fato dos usurios acreditarem no resultado positivo da teraputica; o enfrentamento cotidiano experinciado pelos sujeitos que convivem com o HIV, onde a forma como os sujeitos organizam o seu cotidiano para enfrentar e conviver com o HIV reflete diretamente em suas atitudes e em suas prticas, tanto no processo da adeso, como nas relaes sociais (o outro) e, principalmente, na relao individual (o eu). Conclui-se que a representao social da Aids apresenta-se multifacetada e dependente do contexto histrico e social no qual o indivduo est inserido, seus valores, cultura, nvel de informao e conhecimento.