1000 resultados para psicose pós-parto
Resumo:
Após uma sessão de exercícios físicos, pode ocorrer hipotensão pós-exercício (HPE). Esse efeito possui elevada relevância clínica em hipertensos. Embora a literatura reporte vários estudos sobre o tema, ainda falta uma análise sobre o estado da arte, considerando-se os diferentes tipos de exercícios. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar, por meio de uma revisão na literatura, a relação entre o exercício aeróbio e o resistido na HPE em hipertensos. Para tanto, realizaram-se buscas nas bases Scielo e Medline, considerando os estudos em inglês e a amostra de humanos adultos hipertensos os principais critérios de inclusão. Foram encontrados 126 estudos. Porém, fizeram parte das análises 32 artigos, dos quais cinco envolveram o exercício resistido, e 27, o exercício aeróbio. Sobre o exercício resistido, embora os estudos utilizassem modelos diferentes de prescrição, houve HPE principalmente no ambiente laboratorial. Após o exercício aeróbio, observou-se HPE por maiores períodos de tempo. Contudo, ocorrem conflitos sobre a melhor intensidade e duração para a prescrição dessa atividade. Portanto, aparentemente, ocorrem maiores reduções na pressão arterial após o exercício aeróbio em comparação com o exercício resistido em hipertensos. Não obstante, para maiores conclusões, são necessários estudos que acompanhem a pressão arterial de forma ambulatorial.
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FUNDAMENTO: O balanço simpatovagal cardíaco se altera após o exercício de força. Contudo, o impacto das características do treinamento de força nessa resposta ainda não está claro. OBJETIVO: Analisar o efeito agudo da intensidade do exercício de força para tronco e membros superiores na modulação autonômica cardíaca pós-exercício. MÉTODOS: Quinze homens jovens realizaram três sessões experimentais em ordem aleatória: controle (C), exercício de força com 50% de 1-RM (E50%) e exercício de força com 70% de 1-RM (E70%). As sessões incluíram 05 exercícios para tronco e membro superior, realizados em três séries de 12, 9 e 6 repetições, respectivamente. Antes e aos 20 e 50 minutos após as intervenções, a frequência cardíaca foi medida para posterior análise espectral da sua variabilidade. RESULTADOS: Em comparação aos valores anteriores à intervenção, o intervalo RR e a banda de alta frequência (AF) aumentaram (maiores alterações: + 112 ± 83 ms; +10 ± 11 un, respectivamente, p < 0,01), enquanto que a banda de baixa frequência (BF) e a razão BF/AF diminuíram (maiores alterações: -10 ± 11 un; -2 ± 2, respectivamente, p < 0,01) após a sessão C. Nenhuma dessas variáveis se alterou significantemente após a sessão E50% (p > 0,05). Em comparação aos valores pré-exercício, o intervalo RR e a banda AF diminuíram (maiores alterações: -69 ± 105 ms; -13 ± 14 un, respectivamente, p < 0,01), enquanto que a banda BF e a razão BF/AF aumentaram (maiores alterações: -13 ± 14 un, +13 ± 14 un e +3 ± 3 un, respectivamente, p < 0,01) após a E70%. CONCLUSÃO: A maior intensidade de exercício de força para tronco e membros superiores promoveu, agudamente, maior aumento do balanço simpatovagal cardíaco pós-exercício.
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FUNDAMENTO: Anestesia para cirurgia cardíaca pediátrica é sistematicamente realizada em pacientes graves sob condições fisiológicas anormais. No intraoperatório, existem variações significativas da volemia, temperatura corporal, composição plasmática e fluxo sanguíneo tecidual, além de ativação da inflamação, com consequências importantes. Medidas seriadas da glicemia podem indicar estados de exacerbação da resposta neuroendocrinometabólica ao trauma servindo como marcadores prognóstico de morbidade nessa população. OBJETIVO: Correlacionar os níveis de glicemia do período perioperatório de crianças submetidas a cirurgia cardíaca com a ocorrência de complicações no pós-operatório e comparar os níveis intraoperatórios de glicemia de acordo com as condições perioperatórias. MÉTODOS: Informações referentes ao procedimento anestésico-cirúrgico e condições perioperatórias dos pacientes foram coletadas em prontuário. Comparações das médias dos valores perioperatórios da glicemia nos grupos de pacientes que apresentaram, ou não, complicações pós-operatórias e as frequências referentes às condições perioperatórias foram estabelecidas conforme cálculo da razão de chances e em análises univariáveis não paramétricas. RESULTADOS: Valores mais elevados de glicemia intraoperatória foram observados nos indivíduos que apresentaram complicações pós-operatórias. Prematuridade, faixa etária, tipo de anestesia e caráter do procedimento não apresentaram influência na média glicêmica do intraoperatório. O emprego de Circulação Extracorpórea (CEC) esteve associado a maiores valores de glicemia durante a cirurgia. Nos procedimentos com CEC, maiores níveis glicêmicos foram observados nos indivíduos que evoluíram com infecção e complicações cardiovasculares, nas cirurgias sem CEC essa mesma associação ocorreu com complicações infecciosas e hematológicas. CONCLUSÃO: Níveis intraoperatórios mais elevados de glicemia estão associados com maior morbidade no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica.
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FUNDAMENTO: A Contração Pós-Repouso (CPR) do músculo cardíaco fornece informações indiretas sobre a manipulação de cálcio intracelular. OBJETIVO: Nosso objetivo foi estudar o comportamento da CPR e seus mecanismos subjacentes em camundongos com infarto do miocárdio. MÉTODOS: Seis semanas após a oclusão coronariana, a contratilidade dos Músculos Papilares (MP) obtidos a partir de camundongos submetidos à cirurgia sham (C, n = 17), com infarto moderado (MMI, n = 10) e grande infarto (LMI, n = 14), foi avaliada após intervalos de repouso de 10 a 60 segundos antes e depois da incubação com cloreto de lítio (Li+) em substituição ao cloreto de sódio ou rianodina (Ry). A expressão proteica de SR Ca(2+)-ATPase (SERCA2), trocador Na+/Ca2+ (NCX), fosfolambam (PLB) e fosfo-Ser (16)-PLB foi analisada por Western blotting. RESULTADOS: Os camundongos MMI apresentaram potenciação de CPR reduzida em comparação aos camundongos C. Em oposição à potenciação normal para camundongos C, foram observadas degradações de força pós-repouso nos músculos de camundongos LMI. Além disso, a Ry bloqueou a degradação ou potenciação de PRC observada em camundongos LMI e C; o Li+ inibiu o NCX e converteu a degradação em potenciação de CPR em camundongos LMI. Embora os camundongos MMI e LMI tenham apresentado diminuição no SERCA2 (72 ± 7% e 47 ± 9% de camundongos controle, respectivamente) e expressão protéica de fosfo-Ser16-PLB (75 ± 5% e 46 ± 11%, respectivamente), a superexpressão do NCX (175 ± 20%) só foi observada nos músculos de camundongos LMI. CONCLUSÃO: Nossos resultados mostraram, pela primeira vez, que a remodelação miocárdica pós-IAM em camundongos pode mudar a potenciação regular para degradação pós-repouso, afetando as proteínas de manipulação de Ca(2+) em miócitos.
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Em pacientes com insuficiência coronariana aguda e choque cardiogênico, a mortalidade é alta. O dispositivo mais utilizado para suporte hemodinâmico é o balão intra-aórtico que, no entanto, pode ser insuficiente em pacientes com choque cardiogênico refratário. Relato de caso com dois dias de dor precordial opressiva e intensa, irradiada para membro superior esquerdo. ECG com supradesnivelamento anterior. Realizado angioplastia e implante de stent na artéria descendente anterior. Evolução com choque cardiogênico refratário ao uso de drogas vasoativas e balão intra-aórtico. Foram realizadas medidas hemodinâmicas e decidiu-se pela colocação do Impella® 2,5 por via percutânea para assistência circulatória.
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FUNDAMENTO: A menopausa pode levar a alterações na saúde feminina, com mudanças no estado oxidativo de mulheres pós-menopausadas, para as quais são limitadas as informações relativas à influência da hormonioterapia (HT) sobre as atividades das enzimas antioxidantes. OBJETIVO: Avaliar a influência da HT sobre a atividade da catalase, concentrações de lipídeos e lipoproteínas, proteína de transferência de colesteril éster, substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, nitratos, proteína C-reativa ultrassensível e espessura da carótida em mulheres pós-menopausadas. MÉTODOS: Foram alocadas 94 mulheres para um de quatro grupos com ou sem HT. O último grupo foi subdividido em mulheres sendo tratadas com estrógeno e outras com estrógeno mais progestágeno. Foram realizadas medidas de parâmetros bioquímicos plasmáticos e da espessura da íntima-média da carótida. RESULTADOS: A HT antagonizou a redução na atividade da catalase após a menopausa, mas não teve efeito sobre os níveis da proteína de transferência de colesteril éster, substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, peróxido lipídico, nitrato e proteína C reativa ultrassensível, nem sobre a espessura da íntima-média da carótida. A análise multivariada mostrou que a HT baseada em estrógeno atenuou a relação entre os fatores de risco cardiovasculares e a espessura da íntima-média da carótida comum. CONCLUSÃO: Este estudo mostra que a HT em mulheres pós-menopausadas produz efeitos antioxidantes e antiateroscleróticos benéficos por melhorar as concentrações séricas de lipídios e lipoproteínas, aumentar a atividade da catalase sérica e atenuar a associação entre os fatores de risco cardiovasculares e a aterosclerose precoce.
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FUNDAMENTO: A função diastólica em portadores de estenose aórtica (EAO) é pouco estudada. Não é possível estabelecer uma possível correlação entre biomarcadores e disfunção diastólica. OBJETIVO: Avaliar a função diastólica em portadores de EAO submetidos à troca valvar através de ecocardiografia transtorácica e correlacionar com valores de NT-proBNP. MÉTODOS: Estudamos 31 pacientes com EAO (11 homens), com idade entre 21 e 81 anos (média de 61±15 anos), submetidos a tratamento cirúrgico de EAO. Foi realizada dosagem sérica de NT-proBNP e o resultado, comparado com variáveis ecocardiográficas obtidas pelo Doppler pulsado em fluxo mitral, Doppler pulsado em veias pulmonares e Doppler tecidual, tanto no pré quanto no pós-operatório. RESULTADOS: Observou-se melhora na Fração de Ejeção (FE) de AE e Tempo de Relaxamento Isovolumétrico (TRIV), além de redução nos seguintes parâmetros: a) Relação da velocidade diastólica precoce mitral (onda E) com a velocidade do anel mitral (onda E´) (E/E'), b) Volume sistólico de átrio esquerdo (AE), c) Volume sistólico de AE indexado, d) Diâmetro diastólico de ventrículo esquerdo (DDVE), e) Diâmetro sistólico de VE (DSVE), f) Volume diastólico final (VDF), g) Massa indexada de VE e h) Relação Volume/Massa de ventrículo esquerdo (VE). Os valores do NT-proBNP correlacionaram-se de modo positivo com os diversos graus de disfunção diastólica, tanto no pré como no pós-operatório. CONCLUSÃO: 1) A cirurgia de troca valvar para correção de EAO resultou em melhora significativa da função diastólica ventricular. 2) Os valores de NT-proBNP correlacionaram-se positivamente com as variáveis ecocardiográficas que determinam disfunção diastólica, sendo o NT-proBNP um bom marcador para caracterizar essa disfunção em portadores de EAO.
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Os efeitos cardiovasculares do álcool são bem conhecidos. No entanto,a maioria das pesquisas tem se concentrado nos efeitos benéficos (o "paradoxo francês") de um consumo moderado ou as consequências danosas, tais como a cardiomiopatia dilatada, associada ao consumo pesado durante um período prolongado. Uma associação entre a ingestão de álcool aguda e o aparecimento de arritmias cardíacas foi relatada pela primeira vez no início dos anos 70.Em 1978, Philip Ettinger descreveu a "síndrome do coração pós-feriado" (HHS) pela primeira vez, como a ocorrência, em pessoas saudáveis e sem doença cardíaca conhecida por causar arritmia, de uma perturbação aguda do ritmo cardíaco, mais frequentemente fibrilação atrial, após o consumo abusivo de bebidas. O nome é derivado do fato de que esses episódios foram inicialmente observados mais frequentemente após finais de semana ou feriados. Desde a descrição original da HHS, 34 anos se passaram e novas pesquisas neste campo aumentaram o volume de conhecimentos relacionados a esta síndrome. Ao longo deste artigo, os autores vão revisar de forma abrangente a maioria dos dados disponíveis sobre a HHS e destacar as questões que permanecem sem solução.
Influência da lesão carotídea no pós-operatório de revascularização miocárdica e sua evolução tardia
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FUNDAMENTO: Cerca de 30% dos AVE perioperatórios da cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) são decorrentes de lesões carotídeas, sem redução de risco confirmada por intervenção perioperatória. OBJETIVOS: Avaliar o impacto da doença carotídea e a intervenção perioperatória nos pacientes submetidos à CRM. MÉTODOS: Estudo retrospectivo observacional, avaliando 1.169 pacientes com idade > 65 anos submetidos à CRM entre janeiro de 2006 e dezembro de 2010, acompanhados, em média, por 49 meses. Todos foram submetidos à ultrassonografia de carótidas prévia à CRM. Definiu-se doença carotídea quando lesão > 50%. O desfecho primário foi composto pela incidência de AVE, acidente isquêmico transitório (AIT) e óbito por AVE. RESULTADOS: A prevalência da doença carotídea foi de 19,9% dos pacientes. A incidência do desfecho primário entre portadores e não portadores foi de 6,5% e 3,7%, respectivamente (p = 0,0018). Nos primeiros 30 dias, ocorreram 18,2% dos eventos. Relacionaram-se a doença carotídea: disfunção renal (OR 2,03, IC95% 1,34-3,07; p < 0,01), doença arterial periférica (OR 1,80, IC95% 1,22-2,65; p < 0,01) e infarto do miocárdio prévio (OR 0,47, IC95% 0,35-0,65; p < 0,01). Quanto ao desfecho primário, foram associados AIT prévio (OR 5,66, IC95% 1,67-6,35; p < 0,01) e disfunção renal (OR 3,28, IC95% 1,67-6,45; p < 0,01). Nos pacientes com lesão > 70%, a intervenção carotídea perioperatória apresentou incidência de 17% no desfecho primário contra 4,3% na conduta conservadora (p = 0,056) sem diferença entre abordagens percutânea e cirúrgica (p = 0,516). CONCLUSÃO: A doença carotídea aumenta o risco para AVE, AIT ou morte por AVE na CRM. Entretanto, a intervenção carotídea não foi relacionada à redução do desfecho primário.
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FUNDAMENTO: No período pós-menopausa, a presença dos fatores de risco para doença arterial coronária (DAC) aumentam. Entretanto, não é bem estabelecida a diferença de prevalência de isquemia miocárdica em mulheres pré/pós-menopausa com múltiplos fatores de risco para DAC. OBJETIVO: Comparar a prevalência de isquemia na cintilografia de perfusão miocárdica com sestamibi-99mTc (CPM) em mulheres nos períodos pré/pós-menopausa e avaliar se a menopausa pode ser considerada fator preditor de risco independente para isquemia em mulheres com múltiplos fatores de risco para DAC. MÉTODOS: Analisamos, retrospectivamente, 500 CPM de mulheres pré/pós-menopausa, com múltiplos fatores de risco cardiovascular. A análise estatística foi realizada por teste exato de Fisher e pelas análises univariada e multivariada, sendo considerado significativo o valor de p < 0,05. RESULTADOS: Do total, 55,9% das mulheres estavam no período pós-menopausa, 83,3% eram hipertensas, 28,9% diabéticas, 61,2% dislipidêmicas, 32,1% tabagistas, 25% obesas e 34,3% já apresentavam DAC conhecida. No grupo pós-menopausa, as mulheres eram mais hipertensas, diabéticas e dislipidêmicas, e tiveram menor capacidade funcional no teste ergométrico (p = < 0,005). Não houve diferença estatística significativa na presença de isquemia na CPM entre os grupos pré/pósmenopausa (p = 0,395). A única variável associada à isquemia na CPM foi a presença de DAC prévia (p = 0,004). CONCLUSÃO: Os resultados obtidos sugerem que, em mulheres com múltiplos fatores de risco para DAC, a menopausa não foi fator preditor independente de isquemia na CPM. Essas informações reforçam a ideia de que a investigação de isquemia pela CPM em mulheres com múltiplos fatores de risco para DAC talvez deva iniciar antes da menopausa.