958 resultados para comportamentos agressivos
Resumo:
A liderança é um conceito que tem sido alvo de várias interpretações e definições no último século. O líder, em geral, tem sido visto como alguém que possui determinadas características inatas ou adquiridas, alguém que se adapta às circunstâncias e ao contexto em que a organização se insere e alguém que gere conflitos e exerce influência em ambientes ambíguos, complexos e incertos. O professor enquanto gestor/líder escolar pode assumir diferentes estilos/comportamentos na liderança da sua organização escolar: transformacional, transaccional e “laisser-faire”. Os principais «constructos» de liderança – transformacional, transaccional e passiva – formam um novo paradigma, teoria full range (Brass e Avolio, 2004) para a compreensão dos efeitos do estilo de liderança. A análise do impacto que alguns indivíduos têm sobre as suas organizações tem despertado um interesse crescente. Esses indivíduos podem ser chamados líderes carismáticos (Weber, 1968) ou transformacionais (Bass, 1985; 1990) que são líderes que, através de sua visão pessoal e de sua energia, inspiram os seguidores e têm um impacto significativo em suas organizações. Nas suas investigações sobre o conceito de liderança, Bernard Bass (1985) e Avolio (1999) comparam dois tipos de comportamento de liderança: transaccional e transformacional. Os líderes transaccionais determinam o que os subordinados precisam para realizar seus próprios objectivos e os objectivos da organização. Em contraste, os líderes transformacionais “motivam-nos a fazer mais do que originalmente esperávamos realizar” (Bass 1985, p. 28) elevando nosso sentimento da importância e do valor de nossas tarefas, “fazendo-nos transcender nossos interesses pessoais em nome da equipa, da organização ou de uma política mais ampla” (Bass,1985, p. 29) e elevando nosso nível de necessidade para as necessidades mais altas,como a auto-realização. Este estudo de investigação tem por fim determinar o modo como os docentes percepcionam a liderança das suas organizações escolares: transformacional, transaccional ou “laisser-faire”. Foi utilizado como instrumento de recolha de dados o Multifactor Leadership Questionnaire (MLQ) desenvolvido por Bass e Avolio (2004) o qual determina/identifica os estilos de liderança através da avaliação dos comportamentos do líder percepcionados pelos seus liderados. O MLQ foi aplicado a uma amostra de 97 escolas na Região Autónoma da Madeira nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março de 2008.
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A educação para a saúde é desenvolvida pelos enfermeiros no contexto hospitalar procurando responder às necessidades da pessoa confrontada com a doença, com o internamento e com a alteração do autocuidado. Esta investigação tem por objectivo compreender como é que os enfermeiros de um serviço hospitalar educam a pessoa adulta para o autocuidado. Neste sentido, desenvolvemos um estudo de âmbito qualitativo. Observamos cinco situações de educação para o autocuidado, realizando posteriormente entrevistas semi estruturadas. Empregamos a amostra teórica. Os dados foram analisados recorrendo à grounded theory de Strauss e Corbin (1990). Os resultados obtidos na análise dos dados permitem concluir que os enfermeiros quando realizam a educação para a saúde organizam a sua intervenção segundo um processo lógico, organizado e sistemático, traduzido nas sub categorias avaliar, planear e implementar. A elaboração formal da etapa do diagnóstico não foi referida pelos enfermeiros. Os enfermeiros mobilizam diversas estratégias tais como: avaliar a causa, os conhecimentos, a linguagem utilizada pelo cliente, a receptividade manifestada, bem como as dificuldades apresentadas pelo mesmo. Na fase da execução da educação emergiram as categorias transmitir conhecimentos, informar, explicar, ensinar, demonstrar, repetir, instruir, reforçar, mediar e motivar. A educação para o autocuidado tem por finalidade: promover a aceitação da limitação, efectuar a preparação para a alta, resolver ou minimizar o problema e mudar comportamentos. Os cuidados são centrados no prestador (Tones e Tilford, 1999). Emergiram também as categorias fomentar a gestão da saúde/doença, promover a qualidade de vida e incentivar a progressão para a independência, abordagem centrada no cliente (Tones e Tilford, 1999), no modo de trabalho pedagógico do tipo incitativo, de orientação pessoal (Lesne, 1977) e na classe das intervenções facilitadoras (Heron, 2001). O espaço físico, a falta de privacidade e os meios audiovisuais insuficientes foram apontados como factores que dificultam a educação para o autocuidado no meio hospitalar.
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Este texto tem como objectivo principal a descrição e análise das etapas do processo de pesquisa de informação, baseada nas etapas de Coral Collier Kuhlthau e nos skills de Michael B. Eisenberg, Doug Johnson e Robert E. BerKowitz. O aluno percorre diversas etapas, que produzem uma série de comportamentos relevantes, que vão desde a desordem à ordem cognitivas, ou seja, desde o desconhecimento das técnicas de recuperação da informação ao conhecimento das mesmas, e que permitem ao aluno estudar a matéria curricular e a realização de trabalhos com facilidade e destreza, credibilidade e autenticidade, afasta-o da tentação do plágio ou do paradigma do aluno wikipédia. É na biblioteca escolar que o aluno inicia o processo de pesquisa da informação, ou seja, a pesquisa estruturada, programada e disciplinada, quer nas fontes impressas, quer nas electrónicas. Contudo, existem ainda constrangimentos na aprendizagem do processo, uma vez que o mesmo não se encontra totalmente consolidado nos documentos vinculativos da escola, como sejam, o projecto curricular e o programa da biblioteca escolar. A biblioteca escolar carece de pessoal preparado e qualificado para implementar a conduta do trabalho colaborativo com todos os mediadores escolares, bem como, o ensino e a aprendizagem do processo.
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O conceito de liderança é um tema que sempre despertou interesse, desde as primeiras civilizações até aos nossos dias. No entanto, só no século passado é que começou a ser mais desenvolvido e estudado pelos especialistas em comportamentos organizacionais. Como vivemos numa época marcada pela globalização e pela mundialização dos problemas, onde a tecnologia e o conhecimento experimentam um grande desenvolvimento, de dia para dia, as lideranças são chamadas a acompanhar todas estas mudanças. É nestas circunstâncias que os líderes desempenham um papel de destaque nas organizações, onde têm de tomar decisões estratégicas e, ao mesmo tempo, ter a capacidade de motivar todos os agentes que colaboram com a organização. Nesta perspectiva, realizámos o trabalho de investigação empírica que aqui apresentamos, com o propósito de verificar qual o estilo de liderança da líder de uma Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos do ensino público da Região Autónoma da Madeira. Também pretendemos verificar se existem na instituição outras lideranças e que relações estabelecem com a liderança formal. Na recolha dos dados, utilizámos uma abordagem qualitativa e quantitativa, através de um estudo de caso, com recurso às técnicas de entrevista e de inquéritos por questionário. Nesta última técnica, optámos pela utilização do Multifactor Leadership Questionnaire (Questionário Multifactorial de Liderança), já testado e desenvolvido por Bass e Avolio (2004), para avaliar os comportamentos da líder através das percepções dos liderados. Apesar das limitações de um trabalho desta natureza, conseguimos, através das técnicas de investigação utilizadas, verificar qual o estilo de liderança em que a líder da instituição se enquadra. Verificámos ainda que os restantes membros que compõem a direcção executiva não partilham do mesmo estilo de liderança da líder e que na instituição existem outras lideranças informais, ao nível do corpo docente, que ora colaboram, ora fazem oposição à liderança formal.
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O papel do futuro no comportamento actual dos indivíduos, em particular dos jovens, tem sido alvo de atenção ao longo do tempo, destacando-se aquele que tem vindo a ser um efeito consistente de associação entre, por um lado, a perspectivação e a construção de planos de futuro – expressados pelo conceito de perspectiva temporal de futuro (PTF) – e, por outro, a expressão de comportamentos adaptativos, que contribuem para uma maior adaptação ao meio. Dois dos contextos de estudo em que essa relação é mais abordada são os da educação e da saúde, este último especificamente ao nível da promoção de comportamentos saudáveis e da prevenção de riscos. Tendo em conta estes dois contextos, o presente trabalho pretende sistematizar e discutir um conjunto de dados, resultantes de vários estudos, e que se consideram relevantes para a evidenciação dessa relação.
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Neste artigo, mencionamos as estratégias terapêuticas que julgamos mais apropriadas ao tratamento do medo de alturas. Comparamos vários estudos que usaram várias técnicas e referimos a nossa experiência clínica e de investigação. Considerámos, igualmente, os novos tratamentos que usam ambientes de realidade virtual para o tratamento da acrofobia. Actualmente a realidade virtual (RV) é utilizada pelos governos, indústrias, academias e investigadores individuais, favorecendo uma multiplicidade de possíveis produtos e aplicações em diversas áreas. Estes sistemas têm igualmente inúmeras aplicações no campo da psicologia, por exemplo na avaliação e tratamento de desordens alimentares e diversas fobias, como medo de aranhas, medo de andar de avião e claustrofobia. Concluímos que, até o momento presente, a prática reforçada de Leitenberg (1976) é o tratamento mais bem estudado para a acrofobia. O objectivo principal deste tratamento de fobias é a diminuição do evitamento do estímulo ou situação temida; a moldagem de comportamentos de aproximação apropriados. O terapeuta providencia ao cliente uma exposição gradual ao alvo ameaçador e reforça melhorias sucessivas à habilidade do cliente para interagir com o estímulo alvo. A duração das exposições pode ser baseada numa duração de tempo ou num número de apresentações práticas.
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Nos Jogos Desportivos Colectivos o estudo do jogo, a partir da observação das condutas dos jogadores e das equipas, vem permitindo um aumento do conhecimento sobre os mesmos, sendo um contributo importante tanto para a aprendizagem como para o aumento da eficácia das acções desportivas. O presente trabalho utilizou a Metodologia Observacional e análise sequencial para a caracterização do nível de eficácia no Mini-Voleibol, entendido como o resultado que se obtém através do desempenho. Pretendeu-se, efectuando uma análise centrada no jogo: (1) detectar relações de associação e dependência sequenciais entre unidades de conduta; (2) tipificar as acções que se associam a um desempenho eficaz, ao nível da formação inicial no Voleibol; (3) pesquisar indicadores, para determinar o objectivo dos exercícios a desenvolver no treino, dando maior ênfase, aos procedimentos táctico-técnicos que a análise demonstre mais débeis no jogo. A amostra do estudo foi constituída pela totalidade dos rallies observados em oito jogos das equipas femininas participantes no Encontro Nacional de Mini-Voleibol referente à época 2005-2006. Efectuou-se a análise descritiva e sequencial dos dados, utilizando a técnica das transições ou retardos de uma forma prospectiva e retrospectiva. Os resultados do presente estudo permitiram concluir: (1) a organização colectiva das acções no jogo (4x4) revela fraca eficácia ofensiva, havendo pouca progressão da bola para a rede. Em 35.7% dos comportamentos a bola é reenviada ao 2º toque para o campo adversário. Em 64.3% dos desempenhos, a construção do ataque é organizada, utilizando os três toques; (2) no serviço efectuado por cima é significativa a probabilidade de ocorrer erro na recepção efectuada em manchete, enquanto o serviço efectuado por baixo inibe a ocorrência de erro na recepção em manchete; (3) o passe em suspensão é o mais utilizado, com 47.2 % no total dos recursos de ataque observados ao 3º toque, nos rallies registados; (4) é significativa a probabilidade da conduta ataque com êxito ser antecedida pela distribuição em passe continuado e precedida pela defesa em manchete com erro; (5) o erro na defesa tem uma probabilidade significativa de ser precedida de distribuição em passe e ataque com êxito. (6) As acções de jogo no Mini-Voleibol feminino (4x4), nos rallies observados, concentram-se maioritariamente nos ⅔ do campo, mais próximos da rede (85 %).
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A educação é um processo que visa garantir o desenvolvimento do indivíduo, nas suas capacidades e potencialidades, que se realiza em vários contextos, pelo que levantámos a questão da necessidade de ajustamento a diferentes enquadramentos. As opções e soluções utilizadas na resposta aos problemas identificados, nomeadamente, no âmbito do actual sistema educativo, são pouco promotoras da mudança necessária, pois muitas vezes não são considerados os condicionamentos gerados pela utilização de processos inadequados aos contextos e aos alunos. Neste trabalho procurámos compreender os problemas de indisciplina, tendo em consideração as necessidades específicas de cada aluno e contribuir para uma nova estruturação do pensamento. Na análise que realizámos constatámos que grande parte das soluções encontradas não respondia ao nosso problema, daí a necessidade de compreender os contextos inter-relacionados de modo a que pudéssemos, encontrar respostas coerentes e exequíveis. Metodologicamente seguimos um processo que permitiu a construção de uma conjectura de formas de actuação na solução de problemas de indisciplina, assim como, a forma de a procurar refutar. Tratámos, assim, problemas cuja solução tivesse implícita a necessidade de solicitar comportamentos que conduzissem ao desenvolvimento das capacidades e das potencialidades, que mais eficientemente respondessem aos objectivos mediatos e imediatos, e que nos ajudassem a compreender todo o processo. Com este trabalho apresentamos uma nova estruturação do pensamento que possibilita uma actuação coerente no contexto dos vários quadros e permite responder aos eventuais problemas disciplinares de uma forma efectiva e integrada no processo pedagógico, no âmbito da docência da disciplina de Educação Física.
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Desde muito cedo, os pais têm a difícil tarefa de disciplinar os comportamentos dos seus filhos. Na polémica questão sobre a disciplina parental há os que defendem uma maior permissividade e outros que defendem um controlo adulto mais autoritário. Neste sentido, a melhor estratégia é “trabalhar com os pais para a promoção do bem estar e desenvolvimento da criança, dada a relação de maior intimidade e envolvimento com as mesmas e conhecimento da individualidade e história de cada uma” (Portugal, 1998, p.127). No decorrer desta investigação pretendemos analisar e refletir acerca deste assunto, incluindo uma parte mais teórica e outra empírica. Na parte teórica começamos por abordar o contexto e conceito de educação parental e alguns dos estilos parentais existentes. Seguimos com a evolução do conceito de criança desde a antiguidade até aos dias de hoje, tendo em conta o desenvolvimento e aparecimento de algumas organizações como, a UNICEF. Neste sentido, é inevitável falar sobre as famílias e a escola que possuem um papel indispensável ao desenvolvimento e bem-estar das crianças. Por último, é abordada a educação e intervenção parental a nível internacional e nacional, com exemplos de programas de formação parental. Na parte teórica, tendo em conta o principal objectivo de perceber se os pais procuram orientação para lidar com os filhos e facilitar as suas práticas educativas, salientando a importância da formação parental, caracterizamos a amostra, 20 pais de crianças com 4 e 5 anos que se encontram a frequentar o infantário, 10 pais pertencentes ao grupo experimental e os outros 10 pertencentes ao grupo de comparação. Segue-se a descrição dos instrumentos utilizados (AAPI, Questionário de Expetativas de Desenvolvimento, Sentido de Competência parental e Rede de Suporte Social) e a descrição dos procedimentos de investigação. No que respeita aos resultados obtidos existem algumas diferenças, ainda que não sejam estatisticamente significativas no grupo experimental, comparando os dois momentos de avaliação, e entre o grupo experimental e o grupo de comparação pelo que os resultados quantitativos parecem apontar para uma tendência de eficácia em alguns aspetos do programa Crescer Felizes. Os dados alcançados através da avaliação qualitativa revelam-se, também, positivos no que respeita à aplicação do programa, às sessões e à sua eficácia Para finalizar apontamos algumas limitações encontradas ao longo da investigação, assim como sugestões para investigações futuras.
Resumo:
A presente investigação surge no âmbito do Mestrado em Administração Educacional e focaliza a relação entre duas grandes temáticas: a liderança docente e a indisciplina dos alunos, no ensino Pré-escolar. Através de uma revisão bibliográfica abordámos os conceitos de liderança, referenciando a origem e evolução das teorias e estilos de liderança, destacando a liderança em contexto escolar e mais precisamente a liderança na Educação de Infância, efectuando o respectivo enquadramento legislativo. Também abordámos as diversas concepções de indisciplina, enveredando por uma breve resenha histórica sobre a evolução das investigações sobre esta temática. Neste sentido, detectámos a existência de diferentes tipos de indisciplina, as formas desta se manifestar e ainda os eventuais modos de a debelar. Em seguida centrámos o nosso estudo no educador de infância e na indisciplina tentando determinar eventuais relações entre ambos. Tendo como objecto de estudo uma docente do ensino pré-escolar e a sua turma de vinte e quatro crianças, pretendemos investigar, mediante o recurso a um estudo de caso, as opiniões dos pais/EE, das crianças, e ainda do pessoal docente e não docente relativamente ao estilo de liderança desta docente, tentando determinar se este influencia (positiva ou negativamente) as situações de indisciplina dentro da sala de aula. Procuramos reflectir sobre a importância do professor se assumir como líder na sala de aula e identificámos as causas mais frequentes dos comportamentos de indisciplina. Aqui, destacámos os factores relacionados com as crianças e com a educadora que mais frequentemente proporcionam a indisciplina. De seguida verificámos o tipo de liderança da educadora tentando descortinar o modo como este influencia a indisciplina. Por fim apurámos as sugestões que nos foram apresentadas para prevenir/combater a indisciplina na sala de aula. Os resultados da investigação sugerem que os estilos de liderança adoptados pela docente são o democrático e o assertivo, os quais segundo os inquiridos não exercem qualquer influência com a indisciplina dos alunos. Contudo, destacam a importância e a necessidade da prevenção/combate da indisciplina em idade Pré-escolar.
Resumo:
O presente relatório surge da minha intervenção pedagógica durante o estágio realizado no Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico. Ao longo do relatório serão referidos os contextos de cada uma das instituições de educação e ensino, as metodologias e intervenções realizadas junto das crianças, da comunidade e famílias1, bem como uma reflexão final para cada uma das componentes do estágio. No decorrer do relatório são apresentadas as planificações, avaliações e reflexões realizadas durante o estágio sobre a minha intervenção pedagógica junto dos grupos de crianças de ambos os estágios. O grupo de crianças da componente do estágio na educação Pré-Escolar é constituído por 25 crianças com idades compreendidas entre os quatro e os cinco anos de idade enquanto o segundo grupo, da componente do estágio no 1.º Ciclo do Ensino Básico é constituído por 21 alunos, com idades compreendidas entre os oito e os onze anos. Os trabalhos realizados na componente do Pré-Escolar incidiram, sobretudo, nas diferenças de género, nos quais verificamos a alteração de alguns comportamentos de algumas crianças. Na componente do 1.º Ciclo do Ensino Básico os trabalhos incidiram sobre a cooperação na sala de aula, na qual os alunos aumentaram a cooperação entre si na execução das atividades.
Resumo:
O bullying em contexto escolar, embora não seja um fenómeno novo, só mais recentemente tem vindo a ser objeto de estudo científico, fruto da crescente violência que se verifica nas escolas entre os pares. Trata-se de um comportamento agressivo, de caráter sistemático, repetitivo e em que existe um desequilíbrio de poder entre a vítima e o agressor. Atualmente surge um novo problema que está associado ao constante crescimento das tecnologias de informação e comunicação: o cyberbullying. As agressões que ocorrem em contexto escolar passam a acontecer também através da internet ou do telemóvel. O presente estudo tem como objetivo analisar a existência dos comportamentos de bullying e de cyberbullying, numa escola particular cooperativa, da Região Autónoma da Madeira, bem como as características associadas a cada um destes fenómenos. A amostra é constituída por 651 alunos que frequentam os 2º e o 3º ciclos, com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos. Para avaliar os dois fenómenos em estudo, construiu-se um questionário de autopreenchimento, que foi baseado no “Questionário para o Estudo da Violência entre Pares” de Freire, Simão e Ferreira (2006) e no questionário de cyberbullying de Campos (2009). Verificou-se que, neste estabelecimento de ensino, existe uma baixa prevalência destes fenómenos, quando comparados com os índices de bullying e de cyberbullying encontrados nos diversos estudos realizados sobre este tema. Os resultados obtidos nesta investigação vão ao encontro de algumas das tendências verificadas na literatura, nomeadamente ao nível das diferenças de género e de idade nos comportamentos de agressão e de vitimização, e ainda a existência de uma relação significativa entre o bullying e o cyberbullying.
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A pobreza e exclusão social são graves problemas que habitualmente surgem interligados e carecem de intervenção. A Educação das crianças e jovens é uma responsabilidade social, sendo fundamental procurar soluções no sentido da prevenção ou reinserção dos jovens em risco. Diversos estudos têm concluído que o desporto pode assumir-se como fator de proteção, contra um percurso de insucesso educativo e/ou humano desenvolvendo valores éticos, morais e culturais, no entanto é indispensável saber preservar os seus valores essenciais. Este estudo procura avaliar um programa de atividades físicas e desportivas, no qual jovens em risco participam, analisando a perceção destes em relação aos valores no desporto, e a perspetiva dos técnicos sociais que trabalham com estas populações, relativamente ao contributo do desporto nos processos de inclusão/reinserção social. Para avaliar os fatores aptos a promover o Desportivismo e Atitudes pró-sociais no desporto infanto-juvenil, utilizámos o questionário Sports Attitudes Questionnaire (SAQ), e realizámos entrevistas guiadas aos técnicos. Na análise dos dados, recorremos a procedimentos da estatística descritiva (média, desvio padrão, variância, mínimo, máximo e percentagem) para comparar variáveis, utilizámos o teste t e, quando estas apresentaram mais de duas categorias, a análise da variância (ANOVA). O nível de significância utilizado foi p ≤ 0.05. Recorremos ainda à análise de conteúdo, nas respostas dadas pelos inquiridos nas entrevistas. Através dos resultados obtidos: a) discordância categórica dos jovens relativamente aos comportamentos dos fatores “Batota” e “Anti-desportivismo”; b) resposta com indicador mais baixo ser “Por vezes faço batota para obter vantagem”; c) concordância evidenciada nas respostas aos comportamentos e atitudes dos fatores “Empenho” e “Convenção”; d) opinião unânime dos técnicos relativamente ao contributo essencial, na formação dos jovens, dos programas de atividades desportivas; concluímos que a prática destas são um meio adequado para desenvolver atitudes e valores pró-sociais, nas crianças e jovens em situação de risco.