999 resultados para Trabalho interdisciplinar
Resumo:
Trata-se da interdisciplinaridade como fenômeno e assunto emergente da ciência (re)partida em várias especialidades ou disciplinas do saber/conhecimento e da formação profissional, principalmente na área da saúde e da enfermagem. A abordagem é de natureza crítica e filosófica e o propósito principal visa a expor dificuldades e problemas com intuito de favorecer e ampliar a discussão. Conceitos gerais, mais correntes, são apresentados de permeio com idéias epistemológicas subjacentes às repercussões do trabalho em grupo e transcendentes à consciência para além da filosofia do sujeito. A autora advoga sua opinião e postura em face do tema com exemplos de sua prática acadêmica e experiências da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ.
Resumo:
Os objetivos desta pesquisa foram analisar a carga de trabalho de enfermagem e os fatores associados a ela, no primeiro dia de internação dos pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Trata-se de um estudo retrospectivo, de corte transversal e com abordagem quantitativa, realizado em abril de 2002 e outubro de 2004. Os dados foram extraídos de um banco de dados que reuniu informações de 5 UTIs de dois hospitais privados e a amostra foi constituída por 214 pacientes adultos que permaneceram no mínimo 24 horas na UTI. A média do escore total do Nursing Activities Score (NAS) foi de 69,9% e mediana de 68,0%. Verificou-se, segundo a mediana, que 109 (50,9%) indivíduos tiveram alta carga de trabalho de enfermagem e 105 (49,1%) baixa carga. Observou-se também que a gravidade, a idade do paciente e o tipo de tratamento não foram fatores associados à demanda de trabalho de enfermagem.
Resumo:
Este estudo tomou como objeto a relação trabalho/saúde dos enfermeiros do PSF e como objetivo compreender as características do trabalho desses enfermeiros e a relação entre os processos de fortalecimento e de desgaste que neles se expressam. Foram entrevistadas 16 enfermeiras de UBS de São Paulo. As formas de trabalhar das entrevistadas foram analisadas conforme as categorias: processo de trabalho, exploração da subjetividade, polivalência, desgaste e fortalecimento, verificando-se, em cada uma delas, os potenciais de fortalecimento e de desgaste gerados. O fortalecimento advém principalmente da relação prazerosa com o objeto/finalidade do trabalho e com o trabalho em si. As enfermeiras convivem com a expectativa das suas potencialidades para solucionar problemas e ao mesmo tempo com a impossibilidade de oferecer respostas à população. O desgaste se concretiza em cansaço físico e mental, levando à hipertensão, alergias, dores de estômago e outros.
Resumo:
Este estudo teve por objetivo analisar a organização dos processos de trabalho em um serviço de pronto atendimento e a autonomia do trabalhador de enfermagem na prestação de cuidados ao usuário. Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio de observação livre por amostragem de tempo. O foco de observação foi o atendimento prestado aos usuários no serviço. Constatou-se que o processo de trabalho está organizado com a finalidade de tratar a queixa principal, tendo como ação nuclear a consulta médica. A organização tecnológica do trabalho coloca o médico como detentor de poder, seguido da enfermeira, nos seus espaços de poder e autonomia, que é pouco exercida pelos demais agentes. O trabalho da enfermagem é fundamental, perpassando todos os espaços de atendimento e interligando as ações, mas se caracteriza como um trabalho auxiliar das atividades do pronto atendimento.
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Estudo transversal realizado em nove escolas estaduais de Campinas e São José do Rio Pardo, com 258 professores com o objetivo de caracterizar o perfil sociodemográfico, estilos de vida, condições de saúde e de trabalho. A amostra foi composta por mulheres (81,8%) e homens (18,2%), sendo casados (60,8%), com média de idade de 41,4 anos (DP 9,2), que realizavam atividade física (56,6%), lazer (93,4%) e tarefas domésticas (88,4%). Quanto à saúde, 20,9% não dormiam bem à noite; 82,1% possuíam doença com diagnóstico médico: músculo-esquelética e respiratória (27,1%); acidentes e doenças digestivas (22,1%) e transtornos mentais (20,9%). Tais doenças estavam relacionadas aos riscos relatados: movimentos repetitivos, presença de poeira de giz, trabalho estressante, longas jornadas, atividade em mais de uma escola e baixa remuneração. Concluiu-se que os professores eram expostos a riscos nas escolas e que medidas de promoção à saúde e prevenção deveriam ser tomadas pelos governantes.
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Trata-se de uma reflexão temática que objetiva apresentar o trabalho voluntário como uma alternativa para a promoção da saúde dos idosos brasileiros. Partindo da definição do trabalho voluntário, o artigo contextualiza tal atividade no cenário brasileiro, expondo-o, também, como um instrumento para o alcance de um envelhecimento ativo e saudável. Apresenta estudos internacionais com idosos que realizam voluntariado, os quais encontraram relação entre o trabalho voluntário e satisfação pela vida, menos sintomas depressivos e avaliação positiva da vida, quando comparados com idosos que não o realizam. Concluiu-se, reforçando a importância dos profissionais de saúde a estimularem e a facilitarem o acesso dos idosos à realização do trabalho voluntário, considerando esta atitude um desafio criativo e inovador para a promoção da saúde dos idosos.
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Buscou-se caracterizar as representações sociais do trabalho da enfermeira em unidade de tratamento intensivo (UTI) mediante a determinação do núcleo central e do sistema periférico. Foi realizado em cinco UTIs de dois hospitais de ensino, pesquisa e assistência, sendo um público e outro filantrópico da cidade de Salvador-Bahia. A coleta de dados foi efetivada pela associação livre de palavras ao termo indutor: trabalho da enfermeira em UTI com noventa enfermeiras. Os dados foram processados pelo software EVOC e analisados por meio da construção da tabela de quatro casas, fundamentadas na teoria das representações sociais com abordagem estrutural. Os resultados indicam como elementos centrais: estresse, responsabilidade, assistência integral e gratificação. Como sistema periférico, elementos atitudinais profissionais e pessoais necessários ao trabalho. Conclui-se que o trabalho estressante de responsabilidade é amenizado pela gratificação de prestar assistência integral, o que exige uma diversidade de atributos pessoais e profissionais.
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Este trabalho apresenta considerações sobre a violência doméstica contra as mulheres. Partindo do pressuposto que o fenômeno é baseado nas relações sociais de gênero, enfatiza a categoria analítica gênero como apropriada para uma abordagem aprofundada e consistente da questão. Considerando a promoção da saúde e a integralidade como eixos norteadores das ações, pretende fazer uma reflexão sobre a possibilidade do enfrentamento da violência doméstica a partir do trabalho das equipes do Programa de Saúde da Família. Aponta elementos que dificultam a abordagem da violência doméstica contra as mulheres, evidenciando a necessidade de reorganizar as práticas assistenciais, de capacitação dos profissionais de saúde e da realização de parcerias com instituições públicas e privadas, grupos de mulheres e famílias.
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Trata-se de estudo descritivo, cujos objetivos foram comparar a carga de trabalho de enfermagem em unidade de pós-operatório de cirurgia cardíaca indicada pelo NAS, TISS-28 e NEMS, e também verificara proporção profissional de enfermagem por paciente existente na unidade e a proporção necessária, segundo os índices utilizados. Os dados foram coletados em um hospital-escola de outubro a novembro de 2004. A amostra, constituída de 55 pacientes, totalizou 283 medidas de carga de trabalho. A carga de trabalho mensurada pelo NAS (73,7%) foi estatisticamente superior ao do TISS-28 (62,2%) e ao do NEMS (59,7%). A proporção média de profissionais de enfermagem por paciente, estimada pelo NAS (1,0:1), TISS-28 (0,8:1) e NEMS (0,8:1) foi inferior ao observado na unidade (1,2:1). Concluiu-se que o NAS quantificou maior carga de trabalho de enfermagem e apresentou uma relação profissional de enfermagem por paciente mais próxima ao observado na unidade estudada.
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Este estudo teve como objetivos verificar a arquitetura do sono diurno após o trabalho noturno, e as características do ciclo vigília-sono em enfermeiras de diferentes turnos. Foi realizado no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. Através do diário de sono avaliou-se o ciclo vigília-sono em (n=36) sujeitos, com média de idade de 30. Destes apenas cinco fizeram medidas da polissono-grafia no Laboratório de Sono. Apresentaram qualidade de sono noturno melhor, os registros polissonográficos identificaram sono diurno com períodos curtos e incompletos quanto aos ciclos, muitos despertares que caracterizaram pouca eficácia de sono.
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O estudo tem por objetivo caracterizar o trabalho em equipe no atendimento pré-hospitalar às vítimas de acidente de trânsito, identificando as atividades dos atores, o trabalho em equipe e as relações com atores de outras áreas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, em que se utilizou, para coleta de dados, a observação das ocorrências atendidas por um serviço público de Porto Alegre, além de entrevistas com todos os profissionais envolvidos nessa assistência. Os resultados demonstram que o atendimento pré-hospitalar está alicerçado no trabalho em equipe, sendo fundamental um entendimento entre os profissionais que transcenda a relação hierárquica historicamente encontrada nas organizações de saúde. Evidencia-se a necessidade de valorização do campo de conhecimento ampliado, que está associado ao núcleo das atividades cuidadoras, e que respondem à maior parte das necessidades apresentadas pelas vítimas de trauma.
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O objetivo deste estudo foi compreender as vivências de familiares de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em relação ao trabalho da equipe de saúde mental. Como referencial teórico-filosófico utilizou-se a sociologia fenomenológica. Os dados foram coletados por meio de entrevista realizada com 13 familiares em outubro e novembro de 2006, em um CAPS de Porto Alegre. Três categorias emergiram da análise compreensiva. Este artigo está focado em uma dessas categorias: o trabalho como projeto, ação e ato. A análise realizada permitiu considerar que o trabalho da equipe do CAPS tem resultados concretos na assistência em saúde mental; as ações da equipe estão focadas no usuário; e que o trabalho da equipe deveria integrar mais a família ao serviço. Estas considerações podem servir de subsídios para que as equipes de saúde mental reflitam sobre suas práticas a respeito do envolvimento da família no seu trabalho.
Resumo:
Os enfermeiros atuam na interface do processo de adoecimento da população e das doenças relacionadas ao trabalho. Ali se evidenciam doenças crônicas, que interferem no processo de trabalho. O estudo teve como objetivos identificar nos enfermeiros as medidas de prevenção de agravos à saúde na presença de doença crônica, analisar a relação entre o conhecimento e suas atitudes frente a elas e verificar a relação dos fatores de risco com o seu processo de trabalho. Trata-se de uma pesquisa quantitativa e descritiva, realizada com 23 enfermeiros portadores de doenças crônicas, representando 76,7% dos 30 enfermeiros com diagnóstico de enfermidade crônica em uma Instituição Hospitalar Federal, sendo 22 do sexo feminino. Verificou-se que os enfermeiros aderem ao tratamento proposto para sua doença, possuem estratégias efetivas para enfrentar o adoecimento com mudança no estilo de vida, e relatam fatores de seu ambiente de trabalho que contribuem para o seu agravamento.
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Objetivou-se no estudo avaliar a efetividade de estratégias não-farmacológicas para o alívio da dor de parturientes no trabalho de parto. Ensaio clínico do tipo intervenção terapêutica antes e após, realizado em uma maternidade pública de Natal/RN - Brasil, com 100 parturientes na aplicação de exercícios respiratórios, relaxamento muscular, massagem lombossacral e banho de chuveiro. Utilizou-se a escala analógica visual para coleta de dados. A maioria das parturientes tinha entre 20 a 30 anos de idade (60%), ensino fundamental incompleto (85%), renda familiar de até 2 salários mínimos (74%) e 78% estavam com acompanhantes. A ocitocina foi administrada em 81% dos casos, mas 15% não receberam qualquer medicação. Verificou-se diferença significativa no alívio da dor após a aplicação das ENF, demonstrando redução dessa dor à medida que aumentava a dilatação do colo. Conclui-se que as estratégias foram efetivas no alívio da intensidade da dor das parturientes estudadas durante o trabalho de parto.
Resumo:
Com o objetivo de caracterizar os egressos do Curso de Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, no período de 2000 a 2005, realizou-se um estudo descritivo exploratório, numa abordagem quantitativa. Dos 465 egressos do período pesquisado, 175 (37,6%) responderam ao instrumento de coleta de dados. A inserção no mercado de trabalho se deu majoritariamente em instituições hospitalares privadas, por meio de processo seletivo, no município de São Paulo, na área de assistência. A maioria permaneceu nos primeiros empregos por um a seis meses. A faixa salarial predominante no primeiro emprego variou de US$950.50 a US$1,520.00. No momento da coleta de dados, grande parte dos participantes possuía um vínculo empregatício e estava inserida em instituições hospitalares privadas, com média salarial de US$1,437.50. Os resultados dessa pesquisa evidenciam que houve rápida inserção dos egressos no mercado de trabalho.