975 resultados para Romances mexicanos


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Pós-graduação em Letras - IBILCE

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Nesta coletânea de ensaios procura-se analisar produções literárias de diversas partes do mundo - romances e contos, principalmente - para distinguir como o discurso literário trabalha algumas práticas politicamente legitimas em determinados contextos, e como questões culturais, ideológicas e religiosas encontram signos na expressão do literário. Organizada por Giséle Manganelli Fernandes, Norma Wimmer e Roxana Guadalupe Herrera Alvarez, a obra abarca um espectro geográfico e temporal amplo. Os escritores em foco vão da norte-americana Zitkala-Sa, cuja obra trata especialmente da situação das mulheres indígenas nos EUA, à argelina Assia Djebar, que tem obras escritas em francês, passando pela brasileira Ana Miranda e seu memorialismo e pelo irlandês Oscar Wilde, cuja clássica peça teatral A importância de ser prudente é dissecada do ponto de vista da identidade do autor e a partir das relações dos personagens com a sociedade vitoriana do fim do século XIX. Os ensaístas reproduzem trechos das obras analisadas para exemplificar o que querem demonstrar, o que dá ritmo um sabor literário ao livro.

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Ao estudar os romances policiais mais vendidos no Brasil entre 2000 e 2007, Fernanda Massi constatou um grande distanciamento entre esses textos e os romances policiais tradicionais. Nos livros escritos por autores clássicos como Agatha Christie, Conan Doyle e Georges Simenon, há algumas características recorrentes: um crime de autoria desconhecida, um criminoso com motivos para assassinar e um detetive encarregado de encontrar a identidade do criminoso e entregá-lo à polícia para que receba a merecida punição. Nesta obra, Massi nota que autores contemporâneos como Rubem Fonseca, Luiz Alfredo Garcia-Roza e Dan Brown, entre outros, mantêm a tríade criminoso-vítima-detetive, pois ela é indispensável ao enredo. Mas utilizam o núcleo do romance policial para abordar outros temas, como adultério, corrupção em órgãos públicos, segredos de fundo religioso ou deterioração familiar. Assim, segundo a autora, esses escritores escrevem com uma liberdade característica da pós-modernidade: desenvolvem a narrativa seguindo o modelo fixo de estrutura do gênero policial, porém de modo vivo e adaptado à contemporaneidade, inclusive no que concerne aos valores morais. O diagnóstico alcançado lança nova luz sobre o cenário contemporâneo da literatura policial.

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Em Pelos olhos do menino de engenho, a socióloga Carla de Fátima Cordeiro busca identificar um pensamento social relativo à questão racial no Brasil na década de 1930, a partir da análise dos personagens negros presentes na obra de José Lins do Rego. Descendente de senhor de engenho, o escritor paraibano, ao lado de Gilberto Freyre, foi um dos mais destacados participantes do Movimento Regionalista Nordestino, que defendia os verdadeiros valores brasileiros, baseados na ordem social anterior: latifundiária, escravista e açucareira. Lins do Rego criou seus principais romances, considerados fortemente autobiográficos, entre 1934 e 1942, época em que as velhas estruturas econômicas e de relações sociais dos engenhos de cana-de-açúcar se encontravam em franco declínio. A autora traz à luz um processo fundamental da História do país, concluindo que o processo de decadência dos velhos modos de produção refletiu-se na narrativa dos romances, em que a violência, principalmente contra os subalternos negros, tornou-se cada vez mais presente. Dessa forma, ela demonstra como a ficção literária expressou o comportamento do poder patriarcal, que passou a sentir-se ameaçado pela inevitável introdução do trabalho livre.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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O autor tenta mostrar que Ressurreição, romance publicado por Machado de Assis em 1872, não apenas diverge em parte do gosto literário vigente na época como instaura uma nova temática na tradição romanesca brasileira, que era, então, ainda bastante incipiente: a dúvida. Segundo o pesquisador, por meio de uma técnica que ao mesmo tempo explica os expedientes narrativos e conta a história do protagonista, o narrador consegue fazer confluir para o campo da incerteza tanto o ponto de vista quanto a perspectiva do herói. Há por isso, em Ressurreição, certa suspensão da realidade, que para o pesquisador afasta a obra das abordagens convencionais do romance urbano do romantismo brasileiro e a aproxima do romance mais moderno que se fazia na Europa. Ali, essa modalidade literária adquiriu status de gênero burguês por excelência, por expressar os valores, os costumes e os anseios dessa classe e ainda servir como vigoroso instrumento de análise da nova civilização do capital. Do mesmo modo, para o autor, o romance de Machado, ao redefinir seus próprios procedimentos estruturais e reelaborar sua temática, sofisticando a percepção da realidade, logra promover uma densa análise crítica dos indivíduos e de seus interesses subjacentes às interações sociais. É, neste sentido, um dos embriões dos grandes romances da fase madura do escritor carioca

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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O trabalho busca analisar a apropriação que dois romances históricos brasileiros contemporâneos fazem dos mitos literários hispânicos do pícaro e de Dom Juan: O Chalaça (1994), de José Roberto Torero e O feitiço da ilha do Pavão (1997), de João Ubaldo Ribeiro. Segundo o autor, ambos privilegiam uma releitura crítica da história oficial, especialmente por meio de recursos como a carnavalização, a ironia, a intertextualidade e a metaficção. Na abordagem do romance de Torero, o autor discute as relações que o livro estabelece com a picaresca espanhola clássica, a partir de um jogo de máscaras e níveis narrativos, uma maneira engenhosa de fazer reemergir um personagem (o Chalaça) que teve grande importância política no Primeiro Reinado, mas foi soterrado pela história oficial como um mero alcoviteiro a serviço de Dom Pedro I. No romance de João Ubaldo Ribeiro, é posto em debate o processo pelo qual o texto, ao dialogar com as narrativas do realismo mágico, reitera o mito de Dom Juan em uma imaginária ilha do Pavão, localizada no Recôncavo Baiano e eivada de conflitos entre o grupo principal de personagens (e seus ideais de liberdade e igualdade) e as instituições oficiais no período colonial, como a Igreja e o Estado, que tentam impor as mais diversas formas de dominação. Para o autor, esses dois romances, além de se aproximarem pela via da apropriação mítica e da intertextualidade, ainda utilizam anti-heróis como referências de um espaço social excêntrico, contrário às normas instituídas, o que também iria ao encontro de aspectos mais tipicamente desconstrucionistas do romance histórico contemporâneo

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A autora toma como base romances de autores de língua portuguesa - O ano da morte de Ricardo Reis (1984), do português José Saramago, Nove noites (2002), do brasileiro Bernardo Carvalho, e O outro pé da sereia (2006), do moçambicano Mia Couto - para estudar as relações entre literatura e história na produção literária contemporânea. A obra investiga a intertextualidade presente nos romances, ou seja, a relação entre linguagens, uma vez que esses autores construíram as narrativas ficcionais de suas obras recorrendo a elementos de origem histórica, como textos literários, textos históricos, notícias jornalísticas, fotos, cartas e depoimentos atribuídos a figuras históricas. Da intertextualidade resultaria um plano discursivo mais amplo, que extrapola efetivamente o campo dos textos reaproveitados pelos romances. Apoiada em teorias literárias que discutem o modo intertextual, a autora foca sua análise em cada um dos romances. Na obra do escritor português, permeada de releituras de fatos da história de Portugal ocorridos em 1936 e da poesia de Ricardo Reis, heterônomio do poeta Fernando Pessoa, a obra revela os meios pelos quais Saramago coloca em discussão dois mitos lusitanos: Salazar e o próprio Pessoa. Em Nove noites, que remete à passagem do etnólogo norte-americano Buell Quain pelo Brasil e de sua morte na floresta amazônica em 1939, o livro detecta a discussão sobre o mito do bom selvagem que revestiu o índio brasileiro. Já na obra do moçambicano Mia Couto, cuja narrativa é entremeada de fragmentos de escritos históricos de 1560 e de ditados populares, entre outros textos, percebe-se a reflexão sobre a reapresentação da história da exploração do continente africano por colonizadores portugueses e também pelos próprios africanos

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Pós-graduação em Educação - FFC

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Pós-graduação em Letras - FCLAS