999 resultados para Politica de saúde mental - Angra dos Reis (RJ) - 1990-1999
Resumo:
OBJETIVO: Caracterizar práticas alimentares e fatores de risco associados a transtornos do comportamento alimentar entre estudantes de nutrição do município do Rio de Janeiro. MÉTODOS: Estudo seccional junto a um segmento populacional apontado na literatura como de risco para o surgimento de transtornos alimentares. Utilizaram-se o Teste de Investigação Bulímica de Edimburgo (BITE), o Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26) e uma variável que considera os dois instrumentos associados (Nunes et al., 2001). RESULTADOS: Analisaram-se 193 estudantes do sexo feminino, com média de idade de 20,9 anos ± 2 anos. Detectou-se resultado positivo em 14% (intervalo de confiança [IC] 95%: 9,4%-20%) no EAT-26. No BITE, para sintomas elevados e gravidade intensa, foram encontradas prevalências de 5,7% (IC 95%: 2,9%-10%) e 3,2% (IC 95%: 1,2%-6,9%), respectivamente. Quando combinados EAT-26 positivo e BITE com gravidade intensa e sintomas elevados, constataram-se correlações positivas com prevalências de 64,7% (p < 0,001) e 36,4% (p < 0,001), respectivamente. Das mulheres que apresentaram EAT-26 positivo, 88,5% encontram-se na faixa de normalidade do índice de massa corporal (IMC) (p < 0,031). CONCLUSÕES: Deve-se atentar para comportamentos de risco para transtornos alimentares no grupo, uma vez que esses distúrbios serão objeto de sua prática profissional, podendo comprometê-la nos casos em que nutricionistas sejam portadores de síndromes instaladas ou comportamentos precursores.
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OBJETIVO: Identificar a autopercepção da imagem corporal entre estudantes de nutrição no município do Rio de Janeiro. MÉTODOS: Estudo seccional junto a estudantes de nutrição do sexo feminino. Para dimensionar a prevalência de distorção de imagem corporal, utilizou-se o Body Shape Questionaire (BSQ) em sua versão para o português, adotando-se o intervalo de confiança de 95%. Para o estudo das associações, empregou-se o teste qui-quadrado. RESULTADOS: A amostra foi de193 estudantes, tendo como média de idade 20,9 anos (± 2). O escore médio do BSQ foi 81,2 pontos (± 33,6), correspondendo à preocupação leve com a auto-imagem corporal. A prevalência de universitárias com distorção grave da imagem corporal foi de 6,2% (IC 95%; 3,2%-10,6%). Observou-se associação estatisticamente significativa (p < 0,026) entre o BSQ e o índice de massa corporal (IMC) categorizado. Também foi significativa a associação entre BSQ moderado ou grave e insatisfação com o peso (p < 0,001). CONCLUSÃO: Os resultados encontrados evidenciam que o ideal de corpo magro imposto pela sociedade prevalece, pois mulheres com peso adequado apresentaram insatisfação com sua imagem corporal, desejando alterá-la para se adequar aos padrões sociais. Em se tratando de futuras nutricionistas, o impacto desse achado é ainda mais relevante, tendo em vista seu papel no manejo desses quadros.
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OBJETIVO: Avaliar as informações referentes às taxas de mortalidade em pacientes psiquiátricos publicadas na literatura científica. MÉTODOS: Nesta revisão bibliográfica (bases de dados, sites e periódicos especializados) foram selecionados estudos descritivos e interpretativos que avaliaram as seguintes dimensões: caracterização sociodemográfica, co-morbidades clínicas, tempo de tratamento e diagnósticos relacionados à mortalidade psiquiátrica. As bases de dados avaliadas foram Medline, SciELO e LILACS. RESULTADOS: Os estudos selecionados sobre o tema sugerem que indivíduos com transtornos mentais maiores têm menor tempo de sobrevida em relação à população geral, e há diferenças significativas de mortalidade entre pacientes institucionalizados e aqueles que freqüentam serviços extra-hospitalares. A política de desinstitucionalização do paciente psiquiátrico, que se iniciou no último século, tem causado redução dos leitos psiquiátricos em todos os países; seus efeitos para a saúde geral dos doentes mentais ainda não estão muito claros e necessitam de mais investigações. CONCLUSÃO: É necessária a implantação de intervenções preventivas e terapêuticas que visem à saúde geral dos pacientes psiquiátricos em todos os níveis de assistência de saúde mental.
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OBJETIVO: Realizou-se um levantamento postal anônimo com psiquiatras brasileiros afiliados à Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) sobre uso, percepção em termos de utilidade clínica dos sistemas diagnósticos multiaxiais CID-10 e DSM-IV e, ainda, expectativas sobre as próximas revisões. MÉTODOS: A carta-convite, o questionário padronizado e um envelope selado foram enviados para 1.050 dos 3.062 psiquiatras associados da ABP, selecionados de forma randomizada. Em virtude da taxa relativamente baixa de retorno: 160 respostas (15,2%), não se pode afirmar que a amostra obtida seja representativa. resultados: Os principais resultados mostraram que, entre os respondentes, a CID-10 é o sistema diagnóstico mais utilizado, sobretudo seu eixo clínico. O DSM-IV também é amplamente empregado, principalmente os eixos I e II. A principal característica esperada de um sistema classificatório foi a confiabilidade para comunicação. As classificações são vistas como instrumentos a ser manejados pelos psiquiatras e, em menor proporção, por outros membros de equipes multidisciplinares de saúde mental. Os atuais sistemas foram considerados confiáveis para o uso transcultural no contexto brasileiro. Em relação às expectativas quanto aos futuros sistemas, os psiquiatras preferem classificações com menos de 100 rubricas diagnósticas e dividem-se entre os que acham que estas devam expressar preferencialmente causa/patogênese dos transtornos mentais e aqueles que esperam que tais categorias, sobretudo, sejam construídas de modo a subsidiar o planejamento terapêutico. CONCLUSÕES: Os sistemas diagnósticos desempenham um importante papel na prática psiquiátrica cotidiana dos psiquiatras respondentes. As opiniões dos psiquiatras brasileiros parecem refletir bem algumas controvérsias existentes acerca de questões nosográficas decisivas.
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O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos transtornos neurobiológicos com maior prevalência na infância e pode implicar dificuldades no funcionamento conjugal dos pais das crianças afetadas, bem como sofrer influência do mesmo. OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática acerca dos aspectos conjugais em famílias de crianças com TDAH, relacionando-os com outras variáveis, como a presença de comorbidades, aspectos socioeconômicos e saúde mental dos pais. MÉTODOS: Revisão sistemática de literatura por meio do PubMed entre os anos de 1996 e 2006, utilizando os termos "ADD", "ADHD", "Attention-Deficit Hyperactivity Disorder", "Attention-Deficit", "marital conflict" e "family". RESULTADOS: Dezesseis estudos dentre 628 publicações iniciais e 55 artigos posteriormente incluídos pelas referências bibliográficas foram avaliados. O relacionamento conjugal aparece comprometido em grande parte da literatura, principalmente nos pais daquelas crianças que apresentam distúrbio desafiador e de oposição (DDO) ou distúrbio de conduta comórbidos. Contudo, resultados opostos também são encontrados em diversas pesquisas. CONCLUSÕES: Os resultados de pesquisas referentes ao funcionamento conjugal de pais destas crianças são heterogêneos. É preciso que sejam feitos estudos longitudinais, que possam esclarecer o impacto do transtorno nos conflitos conjugais de pais de portadores, bem como a influência destes últimos na expressão clínica do transtorno.
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OBJETIVO: Realizar uma revisão de estudos sobre programa de tratamento assertivo na comunidade (PACT) e case management para verificar se os resultados demonstram desfechos mais favoráveis quando tais modelos são implementados na rede comunitária de assistência para portadores de doença mental grave e persistente. MÉTODOS: A coleta de artigos - publicados entre 1985 e 2005 - foi realizada em duas etapas: a primeira, na base de dados PubMed, com expressões-chave mental health, community care, services evaluation e seleção de artigos cuja temática era PACT e case management, e a segunda, no banco de dados da revista Psychiatric Services, com palavras-chave assertive community treatment, PACT e case management. Foram desconsiderados estudos que analisavam serviços exclusivos para crianças, idosos e pacientes com diagnóstico único de abuso de álcool/drogas; abordavam unicamente os custos da intervenção e se referiam exclusivamente a serviços hospitalares. RESULTADOS: A partir da leitura dos 73 estudos selecionados, os autores descreveram oito categorias nas quais os artigos foram agrupados, visto que um artigo poderia pertencer a mais de uma categoria. CONCLUSÕES: O PACT e o case management são estratégias importantes e reconhecidamente mais eficazes, quando comparados a outros modelos de cuidado, em trazer evoluções favoráveis para indivíduos com doença mental grave e persistente.
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OBJETIVOS: Verificar a prevalência de transtornos mentais auto-referidos entre estudantes de graduação, identificando os fatores demográficos e psicossociais associados. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal entre 2005 e 2006, com aplicação de um questionário anônimo e de autopreenchimento dentro de sala de aula, utilizando-se um tipo de amostra proporcional por áreas dos cursos. Foi analisado um total de 1.290 estudantes, de ambos os sexos, regularmente matriculados (períodos diurno e noturno) nos cursos das áreas de humanas, artes, profissões da saúde, ciências básicas, exatas e tecnológicas, nos campi de Campinas/SP e de Limeira/SP da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O questionário utilizado abordou questões sobre o perfil sociodemográfico e saúde mental (por meio do instrumento padronizado M.I.N.I. - Mini International Neuropsychiatric Interview). Os dados foram submetidos à análise estatística e o nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: A prevalência de pelo menos um tipo de transtorno mental foi de 58%, sendo 69% em mulheres e 45% em homens. CONCLUSÕES: Este estudo revelou que estudantes do gênero feminino apresentam mais queixas de sofrimento mental e maiores dificuldades psicossociais.
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OBJETIVO: Identificar o estado de saúde mental de idosos iniciantes em um programa de exercício físico e analisar a associação entre os indicadores sociodemográficos com a pontuação das escalas geriátricas. MÉTODOS: Participaram do estudo 121 idosos, com idade média de 68,69 ± 6,46 anos, cadastrados nos Centros de Saúde de Florianópolis/SC. Aplicou-se o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e a escala de depressão geriátrica (GDS). RESULTADOS: a prevalência de transtornos cognitivos foi de 9,1% e de depressão de 17,4%. Tanto a escolaridade quanto a renda apresentaram associação estatística significativas com a pontuação do MEEM (p < 0,001 e p < 0,001, respectivamente). Nenhuma das variáveis estudadas (estado civil, idade e renda) associou-se com a pontuação da GDS (p = 0,986, p = 0,226, p = 0,302), respectivamente. Observou-se relação inversa e significativa entre MEEM e GDS (r = -0,201; p = 0,02). CONCLUSÕES: Evidenciaram-se prevalências significativas para depressão e transtornos cognitivos em idosos iniciantes em um programa de exercício físico. Para esta população, quanto maior a escolaridade e a renda, melhor é o desempenho no MEEM. Detectou-se, ainda, que os indivíduos que apresentaram sintomas depressivos obtiveram pontuação abaixo do normal no MEEM.
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A sobrecarga de familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos tem sido amplamente estudada por pesquisas internacionais, usando escalas validadas, mas raramente no Brasil, talvez devido à carência de escalas validadas deste construto. OBJETIVO: Esta pesquisa avaliou a validade da versão brasileira da escala Family Burden Interview Schedule (FBIS-BR). MÉTODO: Participaram cem familiares de pacientes psiquiátricos de três instituições psiquiátricas de Minas Gerais, entrevistados com aplicação de um questionário sociodemográfico e três escalas de medida: FBIS-BR, BI e SRQ-20. RESULTADOS: A validade de critério da escala FBIS-BR foi analisada pela sua correlação com a escala BI, já validada para o Brasil e que avalia o mesmo construto, obtendo-se correlações significativas, entre 0,23 e 0,69 (p < 0,01). A validade de construto da escala FBIS-BR foi analisada pela sua correlação com a SRQ-20, que avalia um construto diferente, de transtornos psicológicos, porém teoricamente relacionado ao de sobrecarga, tendo-se obtido correlações significativas (p < 0,01) entre 0,31 e 0,49. CONCLUSÃO: A escala FBIS-BR constitui um instrumento de medida válido para avaliar a sobrecarga dos familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos, podendo ser utilizada em serviços de saúde mental para identificar as dificuldades e as necessidades destes familiares e para direcionar novas intervenções de orientação e suporte.
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OBJETIVO: Avaliar o tempo médio de hospitalização (TMH) e os diagnósticos dos pacientes. MÉTODOS: Fez-se um levantamento documental dos registros de 2.247 prontuários de pacientes internados de janeiro a dezembro de 2004 em um hospital psiquiátrico. Foram investigados TMH, idade, sexo, procedência e grupos diagnósticos. Usaram-se medidas de tendência central e de dispersão, testes t de Student, de Kruskal-Wallis ou análise da variância, qui-quadrado e de Pearson. Adotou-se o nível de significância de 5%. RESULTADOS: Eram procedentes de Campo Grande (MS) 59,8% dos pacientes, 65,5% eram do sexo masculino (p = 0,000) e 43,3% apresentavam diagnóstico de esquizofrenia; não houve diferença significativa na idade entre os dois sexos (p = 0,080). O TMH foi de 27,66 dias por paciente. Houve diferença significativa do TMH em função das características diagnósticas (p = 0,001) entre os três grupos de procedência (p = 0,045), ficando as cidades a mais de 200 km de Campo Grande com média maior de dias de hospitalização (29,1 dias). Também foram encontradas diferenças estatísticas na distribuição das categorias diagnósticas em função do número de hospitalizações (p = 0,000), na distribuição das principais categorias diagnósticas (p = 0,000) e também nas distribuições em relação à procedência (p = 0,000). CONCLUSÃO: O TMH está dentro da média recomendada pelo Ministério da Saúde brasileiro.
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OBJETIVO: Verificar a prevalência de sintomatologia depressiva em adolescentes entre 11 e 15 anos em Pelotas, RS, e identificar seus fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra representativa de adolescentes da zona urbana da cidade de Pelotas, RS. Dos 448 setores censitários existentes no município, 79 foram aleatoriamente sorteados. Os jovens entre 11 e 15 anos localizados nestes setores foram convidados a responder o questionário auto-aplicado que continha perguntas sobre: idade, sexo, vida escolar, religião, atividades físicas, entretenimento, tabaco, consumo de álcool, uso de outras drogas, relacionamentos sexuais e conduta. Além disso, a sintomatologia depressiva dos adolescentes foi avaliada por meio da escala Children's Depression Inventory (CDI), também presente no instrumento de pesquisa. Para a análise dos dados foi utilizada a regressão logística ajustada ao modelo hierárquico. RESULTADOS: A prevalência de depressão foi de 2,1%. Após a regressão logística ajustada ao modelo hierárquico, estiveram significativamente associados à depressão: baixa condição socioeconômica, histórico de fracasso acadêmico, ausência de prática religiosa, abuso de álcool nos últimos 30 dias e indicativo de transtorno de conduta. CONCLUSÃO: É evidenciada a necessidade de programas preventivos e integrados de política na adolescência para depressão e comportamentos de risco à saúde.
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OBJETIVO: Analisar a efetividade da hidroginástica, como auxiliar terapêutico à redução do nível de ansiedade, em mulheres diagnosticadas com transtorno de ansiedade. MÉTODOS: Este ensaio clínico teve a participação de pacientes com ansiedade, sendo a depressão a comorbidade existente, do programa de Residência Médica em Psiquiatria do Hospital Universitário de Maringá, todas em tratamento com medicamentos (n = 16: grupo experimental = 8; grupo-controle = 8). O experimento foi realizado na piscina aquecida do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá. O delineamento do estudo foi elaborado com duas sessões de hidroginástica por semana, durante 12 semanas. Os instrumentos utilizados foram: o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e o Perfil de Estado de Humor (POMS). Para análise estatística, foram utilizados o teste de Friedman, o Teste de Wilcoxon, o Teste de Mann-Whitney e Comparações Múltiplas, adotando significância em 5%. RESULTADOS: Os escores do transtorno de ansiedade tiveram redução no grupo experimental, após 12 semanas de intervenção (19,12 ± 3,12 para 8,37 ± 4,60 pontos, P = 0,0005*), e no grupo-controle (17,87 ± 14,32 para 12,12 ± 9,58 pontos, P = 0,254). Para o perfil do estado de humor, o grupo experimental evidenciou perfil de saúde mental positiva, enquanto o grupo-controle demonstrou perfil negativo de estado de humor. CONCLUSÕES: Portanto, as pacientes do grupo experimental evidenciaram significativa redução do nível de ansiedade em relação às pacientes do grupo-controle, que utilizaram apenas o tratamento convencional com medicamentos. Para o perfil do estado de humor, foram encontradas alterações no decorrer do estudo; o grupo-controle experimentou alteração negativa de humor durante o ensaio clínico, enquanto os pacientes do grupo experimental evidenciaram perfil positivo de estado de humor com redução da tensão, depressão, raiva, confusão e aumento do vigor.
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Objetivo: Este estudo objetiva avaliar a prevalência de depressão entre a população de rua. Métodos: Realizado estudo transversal com homens adultos em situação de rua de Belo Horizonte. Para coleta de dados, foi utilizado o Inventário de Depressão de Beck e análise foi realizada por meio da estatística descritiva. Resultados: Evidenciam-se alta prevalência de depressão e o grau de severidade dos sintomas depressivos relacionados à faixa etária, tempo de moradia na rua, local onde dorme, relato de problema de saúde e uso de medicamento da população masculina adulta em situação de rua. Conclusão: O presente estudo ressalta a importância de construção de políticas de saúde voltadas para a população de rua.
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Objetivo: O objetivo do estudo foi estimar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) entre os estudantes do curso de medicina da UFES e avaliar possíveis correlações entre TMC e fatores de risco. Métodos: Estudo transversal realizado de setembro a novembro de 2007 envolvendo 229 alunos do curso de medicina. O questionário utilizado foi autoaplicável e anônimo. Foram coletados dados socioeconômicos, informações sobre o curso, o processo de ensino-aprendizagem e a rede de apoio social. Para o rastreamento de TMC, utilizou-se o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Resultados: A prevalência total de TMC encontrada foi de 37,1% (IC 95%, 30,8%-43,4%), que esteve independentemente associada a não receber o apoio emocional necessário (OR = 7,4, IC 95%, 3,1-17,9) e relatar "dificuldade para tirar dúvidas em sala de aula por timidez" durante a infância ou adolescência (OR = 2,5, IC 95%, 1,0-6,1). Conclusão: Os dados demonstram elevada prevalência de TMC nessa população e a importância em subsidiar ações para prevenção e cuidado com a saúde mental dos estudantes, melhorando a qualidade de vida deles.