999 resultados para Obesidade Fatores de risco


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OBJETIVO: Determinar a distribuio dos lipdeos sricos em crianas e adolescentes de Florianpolis, SC. Determinar a associao entre colesterol no-desejvel (>170 mg/dL) e outros fatores de risco para aterosclerose. MTODOS: Amostra aleatria estratificada (por idade e tipo de escola) de alunos da rede escolar de Florianpolis. Dados sobre fatores de risco, antropometria, presso arterial e concentrao srica de lpides foram coletados. RESULTADOS: Participaram 1.053 indivduos com idade entre 7 e 18 anos. A concentrao srica do colesterol (mdia±DP) foi 162±28 mg/dL; dos triglicerdeos 93±47 mg/dL; do HDL-colesterol 53±10 mg/dL; do LDL-colesterol 92±24 mg/dL e do colesterol no-HDL 109± 26 mg/dL. As mdias das relaes CT/HDL e LDL/HDL foram, respectivamente, 3,1±0,6 e 1,8±0,5. Os lpides foram mais elevados nas crianas de escola privada, nos menores de 10 anos, no sexo feminino e nos de cor negra. O modelo de regresso logstica que melhor previu os nveis de colesterol anormal inclua: obesidade, histria familiar de acidente vascular cerebral ou infarto do miocrdio, sexo feminino, idade inferior a 10 anos e a imagem corporal definida pelo mdico como sobrepeso/obesidade. CONCLUSO: As concentraes de lipdeos em crianas e adolescentes mostraram valores intermedirios quando comparados a estudos semelhantes. Uma grande parcela dos indivduos apresenta nveis de colesterol srico classificados como no-desejveis para idade. Pela significncia da associao do colesterol com o excesso de peso, o controle deste fator na infncia deve ser tomado como prioridade nos programas de preveno primordial com o objetivo de reduzir a incidncia das doenas relacionadas aterosclerose na idade adulta.

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OBJETIVO: Avaliar a prevalncia de eventos cardiovasculares (ECV) secundrios aterosclerose em pacientes com lupus eritematoso sistmico (LES) e correlacion-los aos tradicionais fatores de risco, tempo de doena e drogas utilizadas na terapia. MTODOS: Estudo retrospectivo atravs da coleta e anlise dos dados contidos nos pronturios de pacientes com diagnstico confirmado h no mnimo dois anos e seguidos desde 1992. Foram considerados ECV: angina do peito (AP), IAM e acidente vascular cerebral (AVC) de causa no relacionada atividade do LES. Foram computados os fatores de risco para aterosclerose e dados sobre tratamento. RESULTADOS: Foram analisados 71 pronturios. A mdia de idade dos pacientes foi de 34,212,7 anos; 68 mulheres e trs homens; 58 caucasides (81,6%). Dez (14,08%) apresentaram ECV. Os pacientes nos quais os eventos cardiovasculares foram observados apresentavam idade mais elevada (42,7 vs 32,8 anos p=0,0021) e maior tempo de doena (10,8 vs 7,2 anos p=0,011). Os tradicionais fatores de risco, as doses dirias e cumulativas de esterides, imunossupressores e antimalricos no apresentaram diferena estatstica significante entre pacientes que apresentaram ou no ECV. CONCLUSO: A prevalncia de secundrios aterosclerose no LES foi semelhante ao da literatura, 14,08%. Os tradicionais fatores de risco no mostraram associao com a ocorrncia ou no de ECV no LES. Os pacientes nos quais os eventos cardiovasculares foram observados apresentavam idade mais elevada e maior tempo de doena. precoce estabelecer-se que o LES possa ser um fator independente no desenvolvimento da aterosclerose.

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OBJETIVO: Pretende-se avaliar em pacientes com cardiomiopatia hipertrfica e risco de MSC, submetidos a implante de cardioversor-desfibrilador implantvel (CDI): a) ocorrncia de eventos arrtmicos; b) ocorrncia de eventos clnicos e correlaes com eventos arrtmicos; c) ocorrncia de terapia de choque do CDI e correlaes clnico-funcionais; d) preditores clnico-funcionais de prognstico. MTODOS: Foram estudados 26 pacientes com cardiomiopatia hipertrfica e fatores de risco de MSC, submetidos a implante de CDI no perodo de maio de 2000 a janeiro de 2004 (seguimento mdio = 20 meses). Quatorze pacientes (53,8%) eram do sexo feminino e a idade mdia foi de 42,7 anos. Em 16 pacientes (61,5%), a indicao do CDI foi para preveno primria de morte sbita cardaca, e em 10 (38,5%), para preveno secundria. Vinte pacientes (76,9%) apresentavam sncope prvia ao implante de CDI, metade desses relacionados a fibrilao ventricular ou taquicardia ventricular sustentada; 15 (57,7%) tinham histria de morte sbita familiar; 12 pacientes (46,2%), taquicardia ventricular no-sustentada ao Holter de 24 horas; e 5 (19,2%) apresentavam o septo interventricular com espessura maior que 30 mm. RESULTADOS: No seguimento foram registrados no CDI 4 terapias de choque em arritmias potencialmente letais (3 pacientes com taquicardia ventricular sustentada e 1 paciente com fibrilao ventricular). Ocorreu um bito por provvel acidente vascular cerebral tromboemblico. Quatro pacientes tiveram recorrncia de sncope sem evento arrtmico registrado pelo CDI. A anlise estatstica demonstrou significncia da precocidade do choque do CDI em pacientes cujo septo interventricular tinha espessura maior que 30 mm. CONCLUSO: 1- ocorrncia de eventos arrtmicos em 50% dos pacientes: a maioria (62%) foi taquicardia ventricular, sustentada (31%) e no-sustentada (31%); nos outros pacientes ocorreu taquicardia paroxstica supraventricular; 2- sncopes recorrentes na minoria dos pacientes (16%), que, entretanto, no se associaram presena de eventos arrtmicos; 3- presena de septo interventricular superior a 30 mm, ao ecocardiograma, se associou ocorrncia de terapia de choque precoce (p = 0,003); 4- ausncia de preditores clnicos ou funcionais.

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OBJETIVO: Estimar a prevalncia (Pr) da hipertenso arterial (HA) e da sua associao com outros fatores de risco cardiovascular em populao fortemente miscigenada. MTODOS: Estudo de corte transversal, realizado em amostra populacional de 1.439 adultos e > 20 anos, em Salvador-Brasil. Todos responderam a questionrio em domicilio e tiveram medidos: presso arterial, peso, altura, circunferncia da cintura (CC), glicemia e lpidas sricas. O critrio para HA foi a mdia da PAS > 140 e/ou PAD > 90mmHg. Foram estimadas Pr da HA com IC a 95%. As associaes foram medidas pelo OR ajustado (ORaj), por anlise de regresso. RESULTADOS: A Pr total foi da HA foi 29,9%: 27,4% IC (23,9-31,2) em homens e 31,7%, IC(28,5-34,9) em mulheres. Em negros a Pr foi 31,6% para homens e 41,1% para mulheres. Em brancos foi 25,8% nos homens e 21,1% nas mulheres. A HA apresentou associao significante com idades > 40 anos, sobrepeso/obesidade [ORaj = 2,37(1,57-3,60)] para homens e 1,62(1,02-2,58) para mulheres. Nos homens a HA associou-se escolaridade elevada e nas mulheres com a cor da pele parda e negra, com obesidade abdominal, ORaj = 2,05 IC(1,31-3,21), diabetes ORaj = 2,16 IC(1,19-3,93) e com a menopausa. CONCLUSO: A HA predominou em negros de ambos os sexos, e em mulheres. Excetuando-se o sobrepeso/obesidade, as variveis que se mantiveram independentemente associadas HA diferiram entre os sexos. Os resultados sugerem aprofundamento do estudo da HA em negros e necessidade de intervenes educacionais contnuas e de incio precoce.

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OBJETIVO: Determinar a prevalncia de hipertenso arterial sistmica e os fatores associados a sua ocorrncia. MTODOS: Realizou-se um estudo transversal, de base populacional, na populao de 20 a 69 anos residente na zona urbana de Pelotas-RS. A varivel dependente hipertenso arterial sistmica foi definida como presso arterial >160 x 95 mmHg (mdia de duas medidas) ou o uso atual de medicao anti-hipertensiva. RESULTADOS: Entre as 1.968 pessoas includas no estudo, foi encontrada uma prevalncia de 23,6% (IC95% 21,6 a 25,3) de hipertenso arterial. Os fatores de confuso foram controlados atravs da regresso de Poisson. Foram mantidas no modelo final com significncia estatstica as variveis: renda familiar, idade, cor da pele, sexo, histria familiar de hipertenso, consumo adicional de sal e ndice de massa corporal. CONCLUSO: Observou-se um aumento da prevalncia de hipertenso em comparao com estudo semelhante realizado em 1992. O maior aumento percentual de prevalncia ocorreu nos grupos mais jovens.

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OBJETIVOS: Detectar a real prevalncia de hipertenso arterial sistmica em Campo Grande, MS, e fatores freqentes. MTODOS: Estudo transversal com amostra randomizada da populao adulta da cidade de Campo Grande, MS, num total de 892 pessoas. Foi aplicado questionrio sobre idade, sexo, escolaridade, tabagismo, etilismo, aspectos sobre o tratamento. Foram colhidos dados antropomtricos (peso e altura). Segundo a OMS, foi considerado peso normal: IMC<25 kg/m&sup2;; sobrepeso: 25>IMC<30; obeso: IMC> 30. Os critrios para hipertenso foram baseados no VII Joint, com valores de corte de Presso Arterial de 140 x 90 mmHg. RESULTADOS: A prevalncia de hipertenso foi de 41,4%, variando conforme idade (at 29 anos: 11,8%; 30-39: 24,8%; 40-49: 43,3%; 50-59: 42,4%; 60-69: 48,6% e > 70: 62,3%). Houve maior prevalncia nos homens (51,8%), enquanto nas mulheres foi de 33,1%. As pessoas com formao escolar de 1 grau primrio tendem a apresentar maiores ndices pressricos. Nos indivduos com sobrepeso e obesidade, observou-se maior prevalncia de presso elevada: IMC normal (27,9%), sobrepeso (45,6%) e obesidade (58,6%). A partir dos 60 anos existe um maior porcentual de hipertenso sistlica isolada, representado por 16,4% (60-69 anos) e de 24,6% (>70 anos). Etilismo dirio ou semanal tambm est relacionado a maior incidncia, respectivamente, de 63,2% e 47,2%. Apenas 59,7% eram sabidamente hipertensos. Das pessoas que apresentaram hipertenso, 57,3% fazem algum tratamento. Dos que fazem tratamento regularmente, 60,5% apresentaram hipertenso. CONCLUSO: A prevalncia de hipertenso foi de 41,4%, ultrapassando a mdia detectada em alguns trabalhos, alertando para piora epidemiolgica e repercusses cardiovasculares, o que evidencia necessidade de maior investimento pblico no que tange ao esclarecimento e instruo desses grupos populacionais quanto preveno.

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OBJETIVO: Este estudo avaliou a contribuio de seis polimorfismos genticos presentes em genes do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e fatores de risco clnicos para o desenvolvimento da hipertenso arterial essencial em um municpio da regio Amaznica. MTODOS: Oitenta e dois indivduos hipertensos e setenta e oito indivduos normotensos foram genotipados quanto presena de polimorfismos REN-G1051A (renina), AGT-M235T (angiotensinognio), ECA-Alu I/D (enzima conversora de angiotensina I), AGTR1-A1166C (receptor tipo 1 da angiotensina II) e CYP11B2-C344T (aldosterona sintetase) pela tcnica de reao em cadeia da polimerase (PCR), com anlise de restrio quando necessrio. A influncia de polimorfismos genticos e fatores de risco clnicos na variao da presso arterial foi avaliada por meio de regresso linear stepwise. RESULTADOS: Relatamos a co-ocorrncia de fatores de risco clnicos e polimorfismo do gene da enzima conversora de angiotensina (ECA) na populao de um municpio da regio amaznica. Nossos resultados mostram que a elevao da presso arterial sistlica favorecida pelo alelo D do polimorfismo de insero/deleo do gene da ECA e pelo aumento da idade, enquanto consumo de bebida alcolica e envelhecimento esto associados ao aumento da presso arterial diastlica (PAD). CONCLUSO: Esses achados indicam que os moradores de Santa Isabel do Rio Negro que possuem o alelo D da ECA ou tm o hbito de beber apresentam valores mais elevados de PAS e PAD, respectivamente, com o passar dos anos.

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OBJETIVO: Avaliar se a profilaxia com amiodarona em moderada dosagem, no ps-operatrio de cirurgia cardaca (revascularizao miocrdica e/ou cirurgia valvar), reduz a incidncia de fibrilao atrial em pacientes de alto risco para desenvolver essa arritmia. MTODOS: Estudo clnico, randomizado e prospectivo, realizado em 68 pacientes submetidos a cirurgia cardaca eletiva. A mdia de idade foi de 64 anos e 59% dos participantes eram do sexo masculino. Os pacientes com trs ou mais fatores de risco para fibrilao atrial, de acordo com a literatura, foram randomizados em dois grupos, para receber ou no profilaxia com amiodarona no primeiro dia de ps-operatrio. A dose administrada foi de 600 mg/dia a 900 mg/dia, por via intravenosa, no primeiro dia de ps-operatrio, seguida de 400 mg/dia por via oral at a alta hospitalar ou at completar sete dias. Os demais pacientes, com dois ou menos fatores de risco, foram seguidos at a alta hospitalar. Todos os pacientes foram observados por monitorizao cardaca e/ou eletrocardiografia. RESULTADOS: No grupo que recebeu amiodarona, 7% dos pacientes apresentaram fibrilao atrial, enquanto no grupo controle 70% desenvolveram a arritmia. Nos indivduos no-randomizados (com dois ou menos fatores de risco), apenas 24% apresentaram fibrilao atrial. CONCLUSO: O uso profiltico de amiodarona foi eficaz na preveno de fibrilao atrial nos pacientes com trs ou mais fatores de risco para essa arritmia. Esse tratamento pode ser benfico na reduo da permanncia na Unidade de Terapia Intensiva e, conseqentemente, nas complicaes advindas do maior tempo de internao hospitalar.

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OBJETIVO: Verificar a associao entre perfil lipdico e medidas de obesidade corporal global e central em mulheres com idade superior a 60 anos. MTODOS: A amostra foi composta por 388 mulheres, com mais de 60 anos de idade (mdia, 69,0; desvio padro, 5,9 anos). O perfil lipdico foi determinado por meio das dosagens de colesterol total (CT), colesterol de lipoprotena de alta densidade (HDL-colesterol), colesterol de lipoprotena de baixa densidade (LDL-colesterol) e triglicerdeos (TG). A obesidade global foi mensurada pelo ndice de massa corporal (IMC) e pelas dobras cutneas (DC), e a obesidade central foi mensurada pela circunferncia da cintura (CC) e pela relao cintura-quadril (RCQ). A anlise estatstica foi realizada por meio da correlao parcial ajustada para a idade e ANOVA one-way (p < 0,05). RESULTADOS: Os valores mdios encontrados nas variveis de adiposidade corporal e nos componentes do perfil lipdico indicam elevado risco aterognico. Alm disso, os indicadores de obesidade tanto global como central foram diretamente associados com os nveis de TG e inversamente associados com os nveis de HDL-colesterol. CONCLUSO: A anlise de correlao parcial e a maior varincia encontrada na CC e na RCQ com os componentes do lipidograma sugerem que ambos os mtodos podem auxiliar no diagnstico precoce da aterosclerose.

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OBJETIVO: Avaliar a eficcia de um programa destinado a promover mudanas no estilo de vida por meio de interveno psicolgica associado terapia farmacolgica para reduo do risco coronariano em pacientes com hipertenso no-controlada, sobrepeso e dislipidemia acompanhados durante 11 meses. MTODOS: Estudo controlado e aleatrio com 74 pacientes distribudos para trs programas de tratamento distintos. Um grupo (TC) recebeu exclusivamente tratamento farmacolgico convencional. O grupo de orientao (GO) recebeu tratamento farmacolgico e participou de um programa de orientao para controle dos fatores de risco cardiovascular. O terceiro grupo (IPEV) recebeu tratamento farmacolgico e participou de um programa de interveno psicolgica breve destinado a reduzir o nvel de estresse e mudar o comportamento alimentar. A principal medida de avaliao foi o ndice de risco de Framingham. RESULTADOS: Os pacientes do grupo TC obtiveram uma reduo mdia de 18% (p = 0,001) no risco coronariano; os pacientes do grupo GO apresentaram um aumento de risco de 0,8% (NS); e os pacientes do grupo IPEV obtiveram uma reduo mdia de 27% no ndice de risco de Framingham (p = 0,001). CONCLUSO: O tratamento farmacolgico aliado a um programa de interveno psicolgica destinado a reduzir o nvel de estresse e mudar o comportamento alimentar resultou em benefcios adicionais na reduo de risco coronariano.

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FUNDAMENTO: Estudos clnicos e epidemiolgicos demonstram grande associao da dieta com os agravos crnicos, particularmente com os eventos cardiovasculares, apesar de ainda no compreendidos todos os seus mecanismos de ao. OBJETIVO: Descrever e analisar o risco cardiovascular em vegetarianos e onvoros residentes na Grande Vitria/ES, na faixa etria de 35 a 64 anos. MTODOS: Para avaliao do risco cardiovascular foi realizado estudo de coorte histrico com 201 indivduos. Foram includos 67 vegetarianos h no mnimo 5 anos, provenientes da Grande Vitria, e 134 onvoros, participantes do Projeto MONICA/Vitria, pareados por classe socioeconmica, sexo, idade e raa. Medidas bioqumicas e hemodinmicas foram obtidas na Clnica de Investigao Cardiovascular da UFES. Para comparao de propores, foi usado o teste chi2 e calculada a razo de prevalncia. O risco cardiovascular foi calculado por meio do algoritmo de Framingham. RESULTADOS: A idade mdia do grupo foi de 47 &plusmn; 8 anos e o tempo mdio de vegetarianismo 19 &plusmn; 10 anos, sendo a dieta ovolactovegetariana seguida por 73% dos vegetarianos. Presso arterial, glicemia de jejum, colesterol total, colesterol de lipoprotena de baixa densidade (LDL-colesterol) e triglicerdeos foram mais baixos entre vegetarianos (p<0,001). O colesterol de lipoprotena de alta densidade (HDL-colesterol) no foi diferente entre os grupos. De acordo com o algoritmo de Framingham, os vegetarianos apresentaram menor risco cardiovascular (p<0,001). CONCLUSO: A alimentao onvora desbalanceada, com excesso de protenas e gorduras de origem animal, pode estar implicada, em grande parte, no desencadeamento de doenas e agravos no-transmissveis, especialmente no risco cardiovascular.

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FUNDAMENTO: Anlises de mortalidade por doenas cujo desfecho depende de interveno mdica adequada e oportuna permitem apontar fragilidades e desigualdades de acesso no cuidado sade. Doenas isqumicas do corao servem como modelo para essa avaliao. OBJETIVO: O estudo investiga os fatores associados ao bito hospitalar nas internaes por infarto agudo do miocrdio (IAM) e insuficincia coronariana (IC), e se a via de internao pela Central de Internao (CI) da Secretaria Municipal de Sade de Belo Horizonte (SMSA-BH) esteve associada ao bito hospitalar aps ajuste por fatores relevantes. MTODOS: Dados obtidos das Autorizaes de Internaes Hospitalares (AIH) e dos laudos e pedidos de vaga para internaes da SMSA sobre a ltima internao realizada com hiptese diagnstica de IAM ou IC. Anlise multivariada foi realizada para identificar fatores de risco para o bito hospitalar. RESULTADOS: No houve associao entre via de acesso internao e risco de bito hospitalar por essas causas. Anlise multivariada demonstrou maior risco de bito para pacientes com 60 anos de idade ou mais velhos (odds ratio [OR] = 2,9), hiptese diagnstica de IAM (OR = 3,0), uso de Unidade de Terapia Intensiva [UTI] (OR = 1,6), sexo feminino (OR = 1,4), especialidade cirrgica (OR = 1,9) e hospital pblico (OR = 3,5). Nas internaes por IAM, houve tambm maior risco de morte de pacientes internados no fim de semana (OR = 1,7). CONCLUSO: Novas investigaes so necessrias para avaliar a assistncia prestada nos finais de semana e a realizada nos hospitais pblicos, levando em considerao outros fatores dos hospitais, dos pacientes e do processo da assistncia, para subsidiar propostas que garantam maior eqidade e maior qualidade da assistncia pblica.

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FUNDAMENTO: No Brasil, existe pouca informao de base populacional sobre a aglomerao de fatores de risco e sua relao com doenas cardiovasculares em idosos. OBJETIVO: Estimar prevalncia e aglomerao de fatores de risco e investigar associao com doena isqumica do corao (DIC) em idosos. MTODOS: Foram includos todos os participantes > 60 anos do "Inqurito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenas e agravos no-transmissveis", realizado pelo Ministrio da Sade em 2002/2003, em quinze capitais e no Distrito Federal. Investigou-se a prevalncia de fatores de risco (tabagismo, consumo de lcool, inatividade fsica, dieta inadequada e obesidade) e de morbidade referida (hipertenso, hipercolesterolemia e diabete), alm da associao entre DIC e aglomerao desses fatores pela regresso de Poisson. RESULTADOS: Os idosos representaram 13,4% (3.142/23.457), 59,4% mulheres e 40,6% homens. A idade mdia foi de 69,5 anos. Prevalncias de dieta inadequada, inatividade fsica, obesidade, tabagismo e consumo de risco de lcool foram 94,4%, 40%, 17%, 12,7%e 3,2%, respectivamente. Cerca de 50% referiram hipertenso; 33% hipercolesterolemia e 18%, diabete. Tabagismo e hipercolesterolemia reduziram significativamente com a idade. Hipertenso, inatividade fsica, obesidade e hipercolesterolemia foram mais prevalentes em mulheres. Aglomerao de dois ou mais fatores foi observada em 71,3% dos idosos e reduziu com o avanar da idade. Idosos com DIC apresentaram uma prevalncia quatro vezes maior de aglomerao de quatro ou mais fatores (RP = 4,1; IC_95%: 2,6-6,4). CONCLUSO: A associao entre DIC e maior aglomerao de fatores de risco expressa, provavelmente, maior risco acumulado ao longo da vida, mas indica tambm a necessidade de melhorar o perfil de risco desses idosos.

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FUNDAMENTO: A coronariografia tem sido indicada no pr-operatrio para valvopatas >35 anos. Entretanto, a real prevalncia de doena arterial coronariana (DAC) obstrutiva nessa populao tem sido pouco estudada. OBJETIVO: Avaliar a prevalncia e os fatores de risco para DAC em candidatos para cirurgia valvar no Brasil. MTODOS: Foi realizada angiocoronariografia em 3.736 pacientes candidatos a cirurgia valvar e avaliados prevalncia e fatores de risco para DAC associada a valvopatia. RESULTADOS: A DAC esteve associada a valvopatia em 121 pacientes (prevalncia 3,42%). Em 79 (68,1%), o diagnstico de DAC foi feito apenas por coronariografia pr-operatria. Entre esses 79, 50 (63,3%) tinham valvopatia artica isolada ou valvopatia artica associada a mitral. Tabagismo foi visto em 54 pacientes (68,3%), hipertenso em quatro (43%), histria familiar em 24 (30,3%), diabete melito em 15 (18,9%), e obesidade em oito (10,1%). Idade >50 anos foi observada em 95,7% dos 121 pacientes. Apenas cinco (4,3% dos pacientes com DAC) tinham idade <50 anos, e todos esses tinham ao menos um fator de risco para DAC. CONCLUSO: A prevalncia de DAC foi baixa nos pacientes estudados. A valvopatia artica foi a mais freqente associada a DAC, e a maioria dos pacientes tinha idade >50 anos. A idade ideal para realizao da coronariografia pr-operatria de rotina em portadores de valvopatia deveria ser reavaliada.

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FUNDAMENTO: O exerccio fsico aerbico importante aliado no combate aos fatores de risco cardiovascular. No entanto, os efeitos de exerccios de alta intensidade sobre tais fatores ainda so pouco conhecidos. OBJETIVO: Comparar os efeitos de protocolos de exerccios aerbico e anaerbico sobre fatores associados ao risco cardaco. MTODOS: Vinte e dois indivduos com idade mdia de 408 anos foram alocados nos grupos: controle (CO), treinamento de endurance (ET) e treinamento intermitente (IT). Os protocolos tiveram durao de 12 semanas, trs vezes por semana; e intensidades de 10% abaixo e 20% acima do limiar anaerbico (LAn). Foram medidas: massa corporal total (MCT), ndice de massa corporal (IMC), circunferncias de cintura (CINT) e quadril (QUA) e a composio corporal, alm das concentraes plasmticas de glicose (GLI), colesterol total (CHO) e triglicrides (TG); ainda foram calculados a razo cintura-quadril (PCCQ) e o ndice de conicidade (ndice C). RESULTADOS: As variveis de MCT, IMC, CINT, GLI e a composio corporal apresentaram alteraes significativas nos grupos ET e IT. Os valores de CHO e QUA foram significativamente reduzidos no grupo ET, enquanto a PCCQ mostrou reduo significativa no grupo IT. O LAn e o ndice C, no grupo IT foram significativamente diferentes em relao a ET. CONCLUSO: Tendo em vista as diferenas encontradas nas respostas das variveis estudadas, em razo do treinamento empregado, conclumos que um programa de exerccio que contemple atividades de alta e baixa intensidades seja mais completo para garantir a reduo de maior nmero de variveis de risco cardaco.