918 resultados para Maternidade - Psicologia


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A questão da orientação para o futuro tem ocupado um grande espaço nas discussões sobre o desenvolvimento jovem, sendo abordada por uma diversidade de enfoques teóricos. Prioritariamente, as teorias apontam fatores cognitivos e motivacionais como principais na relação entre os jovens e o tempo futuro. A presente dissertação de Mestrado teve por objetivo aproximar-se desse campo de investigação através da perspectiva Evolucionista da Psicologia, acrescentando variáveis sociodemográficas e contextuais à pesquisa do tema. Tal propósito foi atingido por meio de três artigos científicos distintos elaborados ao longo do curso de Mestrado. O artigo inicial, apresentou uma revisão crítica da literatura sobre Metas de Realização e Estimativas Futuras de jovens, propondo um modelo diferenciado para o estudo do tema através da Teoria Evolucionista das Estratégias de História de Vida. O segundo artigo, apresentou um estudo empírico sobre o mesmo tema, realizado com Jovens de diferentes contextos no Estado do Rio de Janeiro: moradores de favelas (Rocinha e Vigário Geral) e estudantes universitários não moradores de favelas. Concluindo que em diferentes cenários sociais, as perspectivas futuras apresentam-se de maneiras distintas e sensíveis às variáveis específicas do contexto. O terceiro artigo, dedicou-se a investigação das expectativas de vida destes mesmos jovens e encontrou resultados semelhantes. Para os jovens moradores de favelas, as expectativas de vida e as estimativas de tempo futuro se mostraram menores. O conjunto de trabalhos produzidos permitiu atingir o objetivo proposto e, com base na Psicologia Evolucionista, ressaltar a importância de variáveis extrínsecas para o estudo das metas e estimativas de futuro, assim como das expectativas de vida dos jovens. Espera-se que as informações oferecidas pelo trabalho possam ampliar o panorama de estudos sobre o tema, assim como servir de referência para profissionais ligados ao público jovem, em pré-vestibulares, projetos sociais e outras políticas públicas desenvolvidas em favelas e outros contextos sociais.

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O padre Antônio Vieira é uma figura icônica do Barroco literário no Brasil do século XVII, visto por muitos como um dos grandes representantes da Companhia de Jesus. A presente tese busca contemplar um tema recorrente na historiografia jesuítica brasileira que trata do papel desempenhado pelos jesuítas na tentativa de construção de uma terrena cidade celeste segundo Neves, no novo mundo (Brasil colônia) e, particularmente, das práticas sociais (sobretudo, políticas, religiosas, ideológicas, jurídicas) do padre Antônio Vieira suas implicações e rupturas no Maranhão seiscentista sob o olhar do imaginário social. Através de três sermões proferidos no Maranhão, pretendemos analisar e dialogar sobre as imagens mais recorrentes na produção sermonística do Padre Antônio Vieira: como nosso objeto de pesquisa também é a produção imagética do sujeito Vieira, utilizamos como referencial teórico a noção ideológica de sujeito de Mikhail Bakhthin, as noções do Imaginário de Gilbert Durand e Gaston Bachelard, as teorias sobre o Imaginário Social jesuítico do antropólogo e pesquisador Luiz Felipe Baêta Neves e outros grandes teóricos, para nos ajudar a analisar essas imagens. Buscamos uma possível estrutura do imaginário social do padre Antônio Vieira durante sua presença no Maranhão a partir dos sermões analisados e levantamos os processos de ruptura e continuidade com os projetos do missionário e da Companhia de Jesus na formação da sociedade maranhense.

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O trabalho em um submarino submete os profissionais a diversas situações geradoras de estresse. É necessário, portanto, que o militar seja capaz de lidar com os estressores presentes de forma a não comprometer seu desempenho profissional, sua saúde e bem-estar. Diversas pesquisas sugerem que as deficiências em habilidades sociais também podem contribuir para o desenvolvimento do estresse. Este estudo buscou identificar as possíveis relações entre habilidades sociais e estresse em submarinistas na Marinha do Brasil. A amostra constituiu-se de 106 militares do sexo masculino, trabalhando em submarinos. Os seguintes instrumentos foram utilizados: (1) Ficha para obtenção de dados demográficos; (2) Inventário de Habilidades Sociais (IHS); (3) Inventário de Empatia (I.E.); e (4) Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). Os dados foram analisados utilizando o Teste-t de Student, o Qui-quadrado e a Correlação de Pearson. Os resultados indicam que os submarinistas apresentaram repertório elaborado de habilidades sociais (assertividade e empatia), além de incidência de estresse compatível com a população em geral. Verificou-se também que não foram identificadas diferenças importantes em habilidades sociais (assertivas e empáticas) nos indivíduos com e sem estresse. Por outro lado, o fato de apresentar deficiências em habilidades sociais (assertivas e empáticas) parece não estar relacionado a maiores níveis de estresse, assim como um bom repertório de habilidades sociais parece não estar relacionado a menores níveis de estresse. Conclui-se, portanto, que as habilidades sociais (assertividade e empatia) parecem não apresentar um papel relevante para o desencadeamento do estresse nos submarinistas. Os resultados aqui obtidos, embora contrariem a literatura, são de grande utilidade na medida em que instigam a realização de novas pesquisas, visando obter melhor compreensão acerca das relações entre estresse e habilidades sociais, especialmente em contextos de trabalho extremos, como o de um submarino.