994 resultados para Leishmaniose visceral - Tratamento
Resumo:
Foram dosadas as imunoglobulinas e realizados testes cutâneos para se avaliar o sistema imunológico de pacientes portadores da forma intestinal da esquistossomose mansoni. Estes testes foram realizados antes do tratamento com aminonitrotiazol e após trinta, sessenta e noventa dias do tratamento. Antes do tratamento o nível de IgG (1893 ± 472 mg%) apresentava-se elevado, mas os níveis de IgA (186 ± 74 mg%) e de IgM (91 ± 26 mg%) achavam-se normais. Decorridos trinta, sessenta e noventa dias do tratamento, o nível de IgG diminuiu, observando-se ligeira elevação de IgA bem como de IgM. Os pacientes, antes do tratamento, quando testados com schistosomina e anti IgE apresentaram áreas de 1,22 ± 0,36 cm² e 1,04 ± 0,25 cm², respectivamente. Noventa dias após o tratamento, as reações à schistosomina e ao soro anti IgE produziram reações com áreas ainda maiores. Os testes de hipersensibilidade retardada mostraram que 35% dos pacientes reagiram à schistosomina e 71% ao 2-4 dinitrofluorobenzeno.
Resumo:
Por ocasião de um pequeno surto de leishmaniose tegumentar americana em localidade do município de Cordeiro (RJ) foram documentados 14 casos. Entre os fatos que chamaram a atenção dos autores estão a alta ocorrência em crianças (57%), a freqüência do componente linfangítico (40%), a tendência à cicatrização espontânea e a distribuição peri-domiciliar dos casos. Um inquérito pela intradermoreação de Montenegro na área de maior concentração de casos, realizado numa fazendo e numa escola, mostrou 17% de reações positivas, 17% de duvidosas e 66% de reações negativas, num total de 117 indivíduos testados. Não foram encontrados casos antigos cicatrizados, o que sugere um foco recente. Discute-se o significado das reações duvidosas.
Resumo:
Acentuando a necessidade da continuação das pesquisas terapêuticas em pacientes com paracoccidioidose (blastomicose sul-americana), os autores apresentam 23 pacientes submetidos a diferentes esquemas terapêuticos, sendo 14 virgens de tratamento e 9 com uso prévio de uma ou mais drogas. A associação sulfametoxazol + trimetoprim ( SMZ + TMP) foi empregada em 5 pacientes virgens de tratamento e 9 sulfa-resistentes. Outros sete foram submetidos ao esquema clássico com sulfadoxina. Os pacientes que não responderam aos dois esquemas anteriores, com exceção de dois casos inicialmente graves, receberam anfotericina B. A avaliação clínica, radiológica, micológica e sorológica a longo prazo não demonstrou vantagens no emprego de SMZ + TMP em substituição aos sulfamídicos, nos pacientes virgens de tratamento. Entretanto, a associação SMZ + TMP parece ser uma opção válida nos casos sulfa-resistentes, onde teria primazia, considerando-se a toxicidade e necessidade de controle em regime hospitalar da anfotericina B. Ressaltam ainda a boa tolerância clínica e laboratorial da associação SMZ + TMP em cursos terapêuticos prolongados de até 2 anos, quando empregadas em baixas doses de manutenção.
Resumo:
Estudou-se a eficácia terapêutica do tinidazol, um novo derivado nitroimidazólico, em trinta pacientes com giardiase. A posologia diária foi de 300 mg em 20 pacientes com idade superior a 10 anos, e de 150 mg em 10 crianças com idade inferior a 10 anos. O tratamento teve a duração de cinco dias. O diagnóstico e os controles de cura parasitológicos foram feitos pelos métodos de Hoffman, Pons & Janer e de Faust e cols. Foram realizados três controles, com intervalos de sete dias, iniciando-se na semana subsequente ao término do tratamento. Obtiveram cura parasitológica em 96,6% dos casos. Ressaltam a excelente tolerância da droga, mesmo em pacientes com grave doença fundamental ou em crianças, não se registrando efeitos colaterais. Concluem ser o tinidazol excelente droga giardicida.
Resumo:
Os AA. trataram 40 crianças portadoras de amebíase intestinal crônica, cujas idades variaram entre dois (três casos) a seis anos (cinco doentes), com Etofamida na apresentação de suspensão (cada 5 ml contém 100 mg da substância ativa), na dose de 100 mg cinco vezes ao dia e durante três dias consecutivos (dose total de 1,5 g). O controle de cura parasitológica foi realizado pelas técnicas de Faust e cols. e de Hoffman, Pons e Janer no 10., 15.° e 25.° dias após o tratamento, sendo também usada a hematoxilina férrica neste último controle. Obtiveram os AA. 90% de cura parasitológica (36 enfermos) e excelente tolerância ao medicamento.
Resumo:
RESUMO - O cancro colorretal é um dos tumores mais comuns nos países desenvolvidos e um grave problema de saúde pública. Em Portugal constitui a terceira causa de morte por cancro em ambos os sexos e a segunda para cada sexo separadamente. A sua importância tem vindo a aumentar devido aos custos pessoais e sociais, surgindo internacionalmente como a segunda doença oncológica com os custos económicos mais elevados. No contexto atual, onde os gastos continuam a aumentar e os recursos são limitados, é importante tornar acessível aos decisores políticos o valor dos custos do cancro do cólon, para comparar opções para a prevenção e tratamento desta doença, no momento de afetar os recursos e financiamento do cancro. O objetivo do estudo é medir os custos diretos do tratamento do cancro do cólon na região do Algarve no ano de 2007. Para além da caracterização sociodemográfica e clínica dos doentes, pretende-se relacionar os custos das diferentes tipologias de diagnóstico e tratamento com os estádios da doença, com a idade e com o sexo. Propõe-se um estudo retrospetivo, analítico, transversal, que segue a abordagem custos da doença baseada na prevalência, adotando a perspetiva dos serviços de saúde. A principal fonte dos dados é a plataforma do ROR-Sul, extraindo-se a população constituída por todos os doentes com diagnóstico de cancro do cólon entre 1 de janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2007, residentes no distrito de Faro (n=170). Para a valorização dos custos recorre-se às Portarias que regulam as tabelas de preços dos serviços do Sistema Nacional de Saúde, à contabilidade analítica dos hospitais e ao Infarmed. Os resultados serão analisados através do Statistical Program for Social Sciences (SPSS) versão 20. De forma a verificar a existência de diferenças estatísticas, em termos de médias e da existência de relações, entre as variáveis sociodemográficas e clínicas utilizaram-se vários testes. Consideramos que este estudo será um importante ponto de partida para posteriores análises económicas completas, em termos dos seus custos e suas consequências, nomeadamente a realização da análise custo-efetividade de programas de prevenção primária e secundária do cancro do cólon.
Resumo:
Foram tratados pela oxamniquine, sob a forma de xarope, 75 esquistossomôticos. com idade de 3 a 12 anos, distribuídos uniformente por quatro grupos, utilizando-se os esquemas de 15, 20 e 25 mg por quilo de peso corporal, em dose única e 20mg subdivididos em duas doses com intervalo de quatro horas. O controle de cura foi feito com cinco exames de fezes no período de seis meses. A dose de 20 mg, mesmo subdividida, apresentou os melhores resultados com 94,7% de cura e boa tolerabilidade. A dose de 15 mg, embora sendo a melhor tolerada, deu somente 62,5 % de cura. A dose de 25 mg foi a que apresentou pior tolerância. A eficácia das doses de oxamniquine aumenta com a idade das , crianças tratadas.
Resumo:
Os autores trataram 13 indivíduos com a doença de Chagas, 4 na fase aguda e 9 na fase crônica, forma indeterminada, com o CL 71.366 do Laboratório Lederle, usando diferentes esquemas terapêuticos nos dois grupos. Embora a droga fosse relativamente bem suportada pela maioria dos indivíduos, todos os chagásicos, após o tratamento, continuavam com parasitemia demonstrável pelos xenodiagnósticos, apesar do controle de cura não ter sido rigoroso. Concluem os autores pela ineficácia do medicamento no tratamento da doença de Chagas, nos esquemas utilizados.
Resumo:
Foram tratados 77 pacientes com doença de Chagas pelo nifurtimox, subdivididos em quatro grupos. Grupo I, com 30 pacientes na fase aguda. Somente oito doentes usaram a droga durante 120 dias, na dose inicial de 15 mg/kg de peso corporal e posteriormente de 10 mg. Vinte e dois pacientes tomaram dose insuficiente. Em quatro doentes (50%) o xenodiagnóstico tornou-se negativo pós-tratamento; destes, três fizeram reação de Machado Guerreiro, a qual estava negativa. Houve um óbito por insuficiência cardíaca no 59 dia de tratamento. Seis pacientes apresentaram polineuropatia periférica. Grupo II, com 15 pacientes na fase crônica, tratados em ambulatório. Oito abandonaram o tratamento, mas cinco em dez que tomaram placebo fizeram o mesmo. Dos seis que tomaram a droga durante 120 dias e fizeram pelo menos um xenodiagnóstico pós-tratamento, havia quatro que estavam com os exames negativos. O tratamento não alterou o eletrocardiograma, a área cardíaca ou a radiografia do esôfago dos doentes e não evitou que um paciente viesse a desenvolver insuficiência cardíaca e um outro arritmia. Grupo III, com 15 pacientes na fase crônica, tratados com 10 mg/kg, durante 120 dias. Fizeram 12 xenodiagnósticos mensalmente, cada um com oito caixas contendo 10 T. infestans após o tratamento e somente 28,5% dos pacientes apresentaram todos os exames negativos. Houve acentuada redução da parasitemia, mesmo nos doentes não curados. O número de xenos positivos passou de 43% antes do tratamento para 24,4% após o mesmo e o número de caixas positivas caiu de 29,6% para 7%. Grupo IV, com 17 pacientes na fase crônica, tratados com 8 mg/kg ao dia, sendo que em oito durante 120 dias, em cinco durante 100 dias e em quatro durante 60 dias. A percentagem de doentes com os 12 xenos negativos pós-tratamento foi de 56,25. Também neste grupo houve redução de parasitemia, caindo a percentagem de xenos positivos de 76,5 antes do tratamento para 10,3 e a de caixas positivas de 28,6 para 3,1. Não há vantagem em se prolongar o uso do nifurtimox por mais de dois meses. As percentagens de cura são bem inferiores as obtidas na Argentina, Chile e Rio Grande do Sul. A droga produz muitas reações, sendo a mais importante a polineuropatia periférica.
Resumo:
Os autores apresentam resultado de tratamento com Hycanthone e com Oxamniquine efetuado em grupos de 36 crianças de 6 - 15 anos de idade, portadoras de S. mansoni, mais um grupo Controle (não portadores), de igual número perfazendp o total de 108 crianças. Os grupos eram homogêneos quanto à idade, peso, altura, condições clínicas (forma intestinal moderada) e fatores sócio-econômico-sanitários. Eram todos residentes no perímetro irrigado da Curú-Recuperação, Pentecoste-Ceará, e filhos de funcionários do DNOCS. Foi efetuado tratamento com Hycanthone (2,3 m/kg a 2,7 mg/kg) mais placebo de Oxamniquine (Grupo A), com Oxamniquine (11,4 mg/kg a 20 mg/kg) mais placebo de Hycanthone (Grupo B) e placebo dos dois medicamentos para o grupo Controle (Grupo C). Foram realizados exames de sangue (hemograma, transaminases e fosfatases alcalinas), sumário de urina e coproscopias (Hoffman, Kato qualitativo e quantitativo). Após tratamento todos os casos ficaram sob observação durante 72 horas e mais seguimento clínico e laboratorial durante 4 meses. Efetuados teste de t e de chi-quadrado todos os resultados são apresentados em tabelas e assim sumariados: 1) Hycanthone mostrou eficácia completa apresentando 100% como índice de cura. 2) Oxamniquine apresentou índice de cura de 80%, sendo que os 7 pacientes não curados tiveram significativa redução do número de ovos viáveis; destes, após o 29 tratamento, persistiram apenas 3 eliminando ovos viáveis. 3) Efeitos colaterais do tratamento com Hycanthone foram os seguintes: dor local, febre, náuseas, vômitos, cefaléia, tontura e sonolência. 4) Oxamniquine quase não afetou as crianças do ponto de vista de efeitos colaterais demonstráveis, tendo apresentado alguns casos com febre moderada e transitória e um caso com queixa de náusea. 5) Testes de função hepática revelaram alterações leves com aumento de TGO tanto no Grupo Hycanthone como no Grupo Oxamniquine (sem diferença estatística significativa, inclusive para o grupo Controle) e aumento discreto de TGPpara ambos os grupos. Não houve aumento significativo das fosfatases para nenhuma das amostras. 6) Dada a dificuldade de empregar, para todas as crianças, a dosagem de 20 mg/kg por se tratar de cápsula não fracionável, sugere-se a forma farmacêutica em xarope na hipótese de que com o acréscimo das doses de Oxamniquine haja significativo aumento do índice de cura. Que essa correção seja efetuada paralelamente a cuidadosos exames complementares a fim de se detectar a toxicidade a esse nível.
Resumo:
A oxamniquine em cápsulas foi usada no tratamento de 132 doentes com esquistossomose mansoni crônica, sendo 129 com a forma hepato-intestinal e 3 com a forma hepato-esplênica. A dose foi de 10 mg por quilo de peso corporal em 34 pacientes, 12.5 mg em 35 e 15 mg em 63. A tolerância foi excelente em 43,2% dos tratados, boa em 48,5% e satisfatória em 8,3%. As queixas mais freqüentes foram tonturas e sonolência, que aparecem logo após a ingestão da droga e são fugazes. Os exames de laboratório mostraram em um ou outro paciente somente discreta retenção de bromosulfaleina, aumento de transaminase e da bilirrubina, insuficientes para caracterizar uma hepatoxicidade evidente. O seguimento dos pacientes se prolongou por mais de quatro meses e constou de pelo menos cinco exames de fezes pelo método de sedimentação. Todos os exames foram negativos em 20 (66,66%) pacientes que tomaram 10 mg, em 13 (56,52%) que tomaram 12.5 mg e em 41 (89,13%) que tomaram 15 mg. Excluindo-se os menores de 16 anos subiu a 95% a negatividade entre os que foram tratados com 15 mg.
Resumo:
São apresentados os resultados preliminares do tratamento da esguistossomose mansônica com oxamniquine, sob forma de xarope, em 40 crianças, com idade variando de 5 a 14 anos. 18 pertenciam ao sexo masculino e 22 ao feminino. A dose utilizada foi de 20 mg/k em uma única aplicação - 25 pacientes (Grupo A) ou em 2 tomadas com intervalo de 12 hs - 15 pacientes (Grupo B). A tolerância foi em geral boa, sobretudo no Grupo B de pacientes, onde 73,3% não apresentou qualquer sintoma colateral, em comparação com 44% do Grupo A. 0s sintomas mais freqüentes foram tontura (22,5%) e sonolência (20%). 5 pacientes do Grupo A apresentaram distúrbio de conduta sob forma de excitação psíquica ou agressividade passageiras. A cura parasitológica (comprovação entre o 4º e o 6º mês pós-tratamento) foi observada em 70% dos pacientes tratados (90% no Grupo A e 50% no Grupo B). O baixo índice, nesse último Grupo, possivelmente deveu-se ao longo intervalo entre as 2 tomadas (12hs). Houve grande redução do número de ovos eliminados nos pacientes não curados.
Resumo:
Um caso de Leishmaniose Cutis Difusa é estudado quanto aos seus aspectos imunológicos. A imunidade celular foi investigada com testes intradérmicos, sensibilização artificia! do DNCB e dosagem de fator de inibição do macrófago (MIF). Embora alguns antígenos injetados tivessem dado reação positiva, a leishmanina foi não reatora evidenciando uma anergia específica. As imunoglobulinas G e M estavam elevadas. 0 encontro de anticorpos circulantes por alguns autores associando ao fato de que o complemento C3 era baixo em nosso paciente, levou-nos a considerar o consumo deste que fixado a complexos Ag-Ac circulantes poderiam explicar os surtos de febre e artralgias. Por fim são considerados os pontos de vista de autores diferentes em relação ao fato de que a LCD seria causada por espécie diferente de leishmânia, ou por defeito imunológico do paciente, destacando-se o trabalho de Convit³ em favor desta útlima hipótese.
Resumo:
Os autores trataram 30 pacientes portadores de colite amebiana não disentérica, de ambos os sexos (17 homens e 13 mulheres), com idades compreendidas entre 15 (dois casos) a 55 anos (um doente), na Disciplina de Doenças Infecciosas. Parasitárias da Universidade Federal de Pernambuco. A posologia administrada foi de 1.500 mg em dose única e os resultados avaliados pelas técnicas de Hoffman, raspado da mucosa retaí, retossigmoidoscopia (em 16 enfermos) e exame direto com ou sem coloração pelo lugol, foram de 80% (24 doentes) de cura clínica e laboratorial. Nenhuma manifestação colateral foi relatada petos pacientas e concluem os autores que o Teclozan administrado em nova posologia, representa valioso subsídio no tratamento da amebíase intestinal.
Resumo:
O Autor relata sua experiência com novo esquema terapêutico com Teclozan - dose total de 1.500mg empregada em 24 horas, em 40 pacientes portadores de colite amebiana não disentérica na Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Federal de Pernambuco. Após um controle de cura realizado no 4º, 8º, 12º e 20º dias após o tratamento, obteve eficácia em 75% dos enfermos (30 casos) e excelente tolerância.