997 resultados para Jovens Aspectos sociais
Resumo:
A partir de reviso bibliogrfica sobre o conceito de carreira e suas transformaes ao longo dos ltimos vinte anos, vimos que at meados da dcada de 80 o conceito de carreira vinculada era complementar ao cenrio organizacional vigente e que a partir da dcada de 90 este conceito se tornou disfuncional ao novo cenrio organizacional que se apresentava. Surge ento, o conceito das carreiras sem fronteiras em que o indivduo no mais desenvolve sua trajetria profissional nos limites de uma mesma organizao, objetivando galgar nveis hierrquicos superiores. Diante deste quadro, este trabalho teve como objetivo principal investigar qual era o conceito de carreira no imaginrio de alunos do ltimo ano de graduao da Escola de Administrao de Empresas de So Paulo da Fundao Getulio Vargas. E comparar este conceito quele trazido pela literatura. Alm disso, como existiam estudos anteriores em diferentes momentos histricos com a mesma populao (mesmo no tendo como seus objetivos conhecer o conceito de carreira) pudemos obter parmetros de comparao das transformaes das idias deste grupo ao longo do tempo. Para conhecer o significado de carreira no imaginrio da populao pesquisada utilizamos o conceito de representaes sociais de Serge Moscovici, definido como o substrato que forma o conhecimento do senso comum. A fim de capturar estas representaes sociais aplicamos 119 questionrios nos alunos da graduao tanto do perodo da tarde quanto da manh. Inicialmente analisamos os dados coletados de forma isolada e posteriormente os comparamos aos dados obtidos nas pesquisas anteriores realizadas com a mesma populao. A partir desta anlise e comparao pudemos concluir que as transformaes do conceito de carreira apresentadas pela literatura se confirmaram no imaginrio da populao pesquisada.
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Esta dissertao avalia o impacto da educao sobre a renda dos jovens no Brasil, seguindo a tradio de equaes de determinao de salrios. O trabalho difere dos trabalhos na rea realizados no Brasil em quatro aspectos. Em primeiro lugar, Em primeiro lugar, o universo de anlise est focado na populao jovem brasileira, a qual ingressou recentemente no mercado de trabalho e nele permanecer por muitos anos, o que traz informaes sobre as caractersticas desse mercado para os prximos 25 a 35 anos. Alm disso, ele difere porque introduz a qualidade do ensino como determinante dos rendimentos. Depois, porque adota um protocolo de imputao da qualidade da educao dos jovens para os quais no se tem informao sobre a qualidade da educao, de sorte a evitar vis de seleo. E, por fim, a dissertao contrasta com os estudos correntes no tema porque explora diferentes mtodos de estimao dos retornos da educao e da qualidade do ensino. Alm do mtodo tradicional dos estimadores de OLS, este trabalho considera o uso de fronteiras estocsticas de salrios. As estimativas foram feitas a partir de um modelo cross-section em dois estgios. No primeiro estgio, estimou-se a equao de determinao da probabilidade de um jovem entre 11 e 21 anos de idade estudar na rede pblica ou na rede privada, escolas com diferenas qualitativas grandes no pas. No segundo estgio, imputou-se um indicador de qualidade da educao dos jovens num modelo economtrico de determinao da renda dos jovens entre 16 e 25 anos de idade. O procedimento com imputao foi necessrio simplesmente pelo fato de nas estatsticas brasileiras no haver informaes sobre a qualidade do ensino adquirido pelos indivduos. A anlise permitiu mostrar que a qualidade da educao interfere de forma significativa na renda dos jovens, com grande impacto sobre os ndices de desigualdade da distribuio de renda nessa faixa de idade. Tambm permitiu mostrar que existe um trade-off entre o retorno da e
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Este estudo tem como objetivo verificar a influncia dos jogos eletrnicos e do gnero sobre o comportamento social dos jovens da gerao Y brasileira do ponto de vista da propenso a agir mais individualmente ou socialmente. E a forma como tal comportamento afeta os indivduos no mercado de trabalho. Para atingir tal objetivo, alm da bibliografia referente ao assunto foram utilizados dados de jovens brasileiros colhidos atravs de um questionrio online. Ficou constatado, por meio da anlise dos resultados, que o hbito de jogar no influencia o jovem a agir mais individualmente ou coletivamente. A internet e os jogos eletrnicos no interferiram nas atitudes da amostra pesquisada frente s relaes de amizade, lealdade e ao coletiva. Porm, foi possvel observar que o gnero dos jovens os faz terem comportamentos sociais diferentes.
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Este trabalho apresenta uma estratgia de ensino desenvolvida com alunos jovens e adultos. A proposta utilizar uma estratgia diferente dos mtodos tradicionais para ensinar Fsica a um grupo de alunos jovens e adultos: os projetos didticos. Para realizar esta proposta foi preciso considerar vrios aspectos: turmas heterogneas, grandes dificuldades de aprendizagem, pouco tempo para ensinar os contedos da etapa. Pensando nos pressupostos tericos da aprendizagem significativa, possvel supor que a utilizao da pedagogia de projetos torna a aprendizagem dos alunos adultos algo mais contextualizado dando mais significado os conceitos em seu mundo de vida e trabalho. So descritos neste trabalho os projetos didticos desenvolvidos por grupos de alunos jovens e adultos realizados no perodo de 2003 a 2004, numa escola do Ncleo de Educao de Jovens e Adultos Paulo Freire. Os projetos foram desenvolvidos por alunos das etapas 7 e 8, referentes ao primeiro e segundo anos do ensino mdio regular. Os contedos da etapa foram organizados a partir dos interesses dos alunos. Cada grupo de alunos escolheu um tema gerador para entender a fsica envolvida nestes temas. O presente trabalho descreve tambm os contedos envolvidos em cada projeto, os trabalhos desenvolvidos pelos alunos, a transcrio de entrevistas, os pr e ps-testes para buscar evidncias de aprendizagem significativa, alm de um texto de apoio aos educadores, sugerindo propostas e idias de projetos para desenvolverem na educao de jovens e adultos.
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A simulao, como ferramenta de suporte tomada de deciso, tem sido utilizada nas mais variadas reas do conhecimento e especialmente no projeto e dimensionamento de plantas de produo. Em geral, os simuladores para sistemas de produo consideram variveis relativas quantidade, tipo e disposio fsica de mquinas, quantidades dos estoques intermedirios, e aos tempos de produo sem, no entanto, considerar os tempos reais do trabalho do ser humano envolvido no processo, apesar de a mo de obra humana ser largamente empregada nestes sistemas, afetando diretamente a sua produtividade. Uma das possveis razes disto a complexidade dos fatores que influenciam na produtividade do ser humano, que varia em funo de fatores ambientais, fisiolgicos, psicolgicos ou sociais. Normalmente, os sistemas de simulao da produo representam o trabalhador humano da mesma forma como representam uma mquina, uma ferramenta ou um equipamento, cuja previsibilidade bem maior. Esta dissertao avalia a questo humana em um simulador bastante utilizado comercialmente, e evidenciou que os fatores ergonmicos so capazes de alterar significativamente os resultados de uma simulao, justificando o desenvolvimento de rotinas computacionais capazes de representar o elemento humano e suas interaes com o sistema, de forma mais fidedigna.
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A adolescncia uma fase singular do desenvolvimento humano, pois acontece de maneira dinmica e diferente na vida das pessoas. Nesse perodo, ocorrem vrias mudanas que vo desde as corporais at as subjetivas; estas compostas por diversos sentimentos, vontades, atitudes e posturas. Muitas dessas mudanas so explicadas pelo contexto no qual o adolescente e a famlia se desenvolvem, produzem e so produzidos scio-culturalmente. Este estudo buscou conhecer as percepes dos adolescentes e da famlia sobre o adolescer e sobre as formas de cuidado com a sade durante tal processo. Trata-se de um estudo qualitativo exploratrio-descritivo que elege, para a produo dos dados, o Mtodo Criativo e Sensvel. Para a anlise dos dados, utiliza-se a anlise temtica proposta por Minayo. O estudo se desenvolveu na cidade de So Francisco de Assis, na comunidade residente na rea de abrangncia de um Programa de Sade da Famlia. Participaram dele seis adolescentes e seis familiares, sendo a produo dos dados feita por meio de oficinas de criatividade e sensibilidade, conforme a proposta do mtodo. O referido estudo foi avaliado e aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o nmero 2005405. Desvelaram-se, nas discusses grupais, quatro categorias e suas respectivas subcategorias. No grupo dos adolescentes, foram elas: Processo de adolescer, com as subcategorias Quando vejo que a conversa vai me incomodar, corto de vereda, Ser adolescente , s vezes, ser um pouco sentimental; outras vezes estressado, um tempo muito confuso, Rebelde, cheio de dvidas, se arrisca muito, para ele, tudo festa e brinquedo Na categoria Cuidado com a sade no adolescer, as subcategorias Se prevenir de tudo e mais um pouco, O cara pensa: sou novo no d nada, Bom humor, pensamento positivo, amor so to importantes quanto remdios na busca de uma vida saudvel. Com relao ao grupo de familiares, na categoria O adolescer do filho surgiram as subcategorias Quando pequeno, tu tem as rdeas, o domnio, da quando passou os 10, 11 anos[...], uma briga em casa, uma revolta, Nada feio para eles, tudo bonito, eles no tm hora para chegar nem para sair. J na categoria Cuidado familiar no adolescer, ocorreram as subcategorias difcil porque eles no aceitam o que a gente fala para eles e A famlia toda a raiz desta rvore. O estudo expe o processo de adolescer que se mostra em diversas formas de expresso, j que muitos so os aspectos que o influenciam. Ele permite ainda, o entendimento de algumas percepes tanto desse processo quanto do cuidado com a sade que so importantes para o cuidado de enfermagem. Evidencia que a sade dos adolescentes precisa ser cuidada e pesquisada em outros espaos que extrapolam a preveno de doenas e os agravos orgnicos. A famlia revela-se como necessitada de espaos de discusses com os profissionais de sade para compreender tal etapa da vida e para instrumentalizar-se, a fim de cuidar da sade do filho adolescente.
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Este trabalho aborda dois temas de interesse e destaque na vida da mulher moderna: beleza e carreira. Para uma anlise consistente, optou-se pela utilizao da metodologia qualitativa, adequada em estudos nos quais os fenmenos estudados tm envolvimento com seres humanos e suas relaes na sociedade. A pesquisa foi dividida em duas etapas: reviso da literatura referente identidade feminina, beleza e comportamento de consumo e entrevistas em profundidade com seis jovens executivas, que trabalham na cidade de So Paulo. Durante os depoimentos, explorou-se o significado da beleza, seu papel no mercado de trabalho brasileiro e os hbitos de consumo de beleza. Na etapa final, foi realizado um pr-teste quantitativo com alguns recrutadores, tambm da cidade de So Paulo, que apontou algumas tendncias. A fundamentao terica, aliada aos resultados da anlise de contedo das entrevistas, propiciou o desenvolvimento de proposies de pesquisa e a identificao de variveis para a elaborao de um modelo. A partir do estudo, constatou-se, na prtica, que: i. A beleza valorizada no mercado de trabalho brasileiro, chegando a influenciar a percepo de competncia da profissional; ii. Existe o esteretipo da executiva bem sucedida no pas, contemplando caractersticas tanto fsicas quanto comportamentais; iii. Os esteretipos de gnero fazem parte da vida profissional e pessoal das jovens executivas, tornando a identidade feminina mltipla e gerando sobrecarga; iv. Faltam mulheres-modelo que as jovens executivas admirem, seja devido falta de mulheres em posies de destaque profissional ou busca do sucesso em todos os papis desempenhados; v. E finalmente, o consumo de beleza ganha destaque, como satisfao de desejo e construo da auto-imagem, gerando um segmento de mercado que consome bastante, alm de influenciar outros segmentos consumidores.
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As transformaes recentes observadas no mercado em geral tm alterado o significado do trabalho para os indivduos e, em especial, para os jovens trabalhadores. Os novos elementos associados flexibilidade no ambiente de trabalho e as novas concepes de carreira parecem ser cada vez mais comuns para os jovens que ingressam hoje no mercado de trabalho, o que reflete em perspectivas profissionais bastante diferentes da perspectivas que seus pais possuam h cerca de duas dcadas. Este novo panorama alterou significativamente o processo de escolha da profisso e da carreira a ser seguida pelos indivduos. Os jovens se apiam muito mais em valores de auto-realizao no trabalho e na manuteno de uma vida pessoal equilibrada no momento de escolher uma carreira. Aspectos financeiros so considerados, entretanto no com tanta fora, e a tradio associadas determinadas carreiras j no um fator valorizado pelos jovens. Alm disso, os jovens valorizam na carreira a experimentao de diversas atividades e reas de trabalho, com o objetivo de um aprendizado contnuo e de uma garantia de empregabilidade. Os relacionamentos e a manuteno de uma rede de contatos tambm aparecem como essenciais para o profissional moderno. A flexibilidade no ambiente de trabalho um fator ainda bastante novo nas empresas, porm avaliada pelos jovens profissionais como positiva, pois garante maior liberdade na gesto das rotinas das atividades, nos horrios, nos locais de trabalho e na organizao das equipes. Alguns reflexos que a nova flexibilidade traz ainda so bastante subliminares para os trabalhadores, que possuem dificuldade em enxergar que sua vida pessoal sofre prejuzos em razo das exigncias que esta nova forma de organizar o trabalho promove. Apesar da crescente busca por autorrealizao no trabalho, vida equilibrada e flexibilidade na atuao, os jovens indicaram que procuram estabilidade e segurana no emprego, e em diversas situaes preteriram opes de emprego que garantiam um maior nvel de liberdade, porm uma insegurana maior. Diante disso, foi possvel afirmar que os valores associados ao trabalho e carreira ainda sofrem um processo de transio.
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Este um estudo dos elementos e das atividades culturais do Movimento Hip-hop tomadas como saberes e como processos de aprendizagens trans-escolares, enquanto aes sociais potencializadoras de outras educabilidades e traos culturais. um estudo de outros conhecimentos e modos de ser humanos que se fazem com, a partir e para alm dos espaostempos tradicionalmente conhecidos como pedaggicos e que se constituem dentro de um movimento constante dos seus sujeitos em busca de saberes. Na medida que foi possvel perceber e vivenciar alguns fluxos de sentidos nesta rede de educabilidades, eu procurei compreend-las como produes dialgicas de saberes e organiz-las, segundo sua natureza e tendncias evolutivas, dentro de trs campos complexos. A estes campos, construdos a partir de uma reflexo aberta, resolvi dar o nome de expressivo-identitrio, tico-esttico e sciopoltico. Esta abordagem facilitou a organizao dos registros desta pesquisa e vem se construindo como um instrumento flexvel, no definitivo, mas bastante prprio leitura, anlise e compreenso de vrios traos e elementos culturais que constituem o Movimento Hip-hop. Alm disso, ajuda a pensar aspectos diversos de um dos principais objetivos deste estudo que a revelao de outros sentidos destas educabilidades, elevando-as a um patamar de maior importncia enquanto aes sociais formadoras e transformadoras dos jovens e das suas realidades localizadas em diferentes periferias urbanas, especialmente de Santa Cruz do Sul - RS. A realizao deste trabalho vem fazendo parte da minha trajetria de educador por diferentes inseres diretas em espaos-tempos de expresso da cultura hip-hop, bem como pelo dilogo possvel com diferentes grupos e sujeitos que nesta cultura descobrem, problematizam, recriam e assumem suas identidades. O desejo mais forte, a vontade mais latente nesta ao investigativa construir referncias para novos caminhos de ensinoaprendizagem no contexto social mais amplo e complexo, como o caso do Movimento Hiphop. Em outras palavras, trato de apresentar alguns passos possveis para uma observao educativa que no deixa de estar vinculada busca de sentidos em torno de alguns aspectos dos elementos culturais do Movimento Hip-hop, trazendo um pouco da sua histria e das suas metodologias constitutivas como caminhos possveis e como novas perturbaes e desafios para a academia. Para tanto, procuro repensar estes modos de ser e de fazer da cultura que forma e que informa o hip-hop no contexto social aberto, como instncias e ferramentas que ampliam o nosso esforo de educadoras e educadores em reorganizar a escola seus sujeitos, processos e estruturas do ensino-aprendizagem formais. Assim, as perspectivas e desafios decorrentes deste estudo apontam para algumas metodologias de construo e para certas caractersticas dos diferentes sujeitos e prticas culturais que integram o Movimento Hip-hop mutabilidades, recursividades, dialogicidades, vivncias, midiaticidades, autopoiesis, perturbaes, transitoriedades, apropriaes, territorialidades como principais contribuies ao nosso trabalho coletivo, feliz-doloroso e inevitvel de reconstruir a escola e a educao que vivemos hoje.
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Este trabalho teve por objetivo um estudo comparativo das atitudes de jovens estudantes, do segundo grau e universitrios em rclao ao casamento. Justifica o presente trabalho as transformaes sociais em curso que esto provocando mudanas significativas na esfera do casamento e a importncia de que se reveste o mesmo no s dentro do corpo social, como para os indivduos em si. Foram escolhidas duas escolas de 2 grau uma da zona Norte e outra da zona Sul (escolas particulares) e, a Universidade Federal do Rio de Janeiro . Contou-se com 120 sujeitos . 60 alunos do 3 ano do 2 grau e 60 alunos universitrios. As hipteses levantadas no estudo foram testadas atravs de um instrumento elaborado pela autora da pesquisa , constandodo 25 proposies referentes as atitudes dos jovens em relaao ao casamento. O tratamento estatstico utilizado no estudo foi a Prova X (qui-quadrado) , tendo sido fixado o nveI de significncia 0.05, para teste das hipteses. A anlise dos resultados demonstrou uma relao significativa entre escolaridade e atitude em relao ao casamento, mas no pode revelar a existncia de associao entre as variveis idade , sexo e zona de moradia com a varivel casamento.
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Este trabalho procura analisar um Projeto-piloto de educao de adultos com trabalhadores rurais lumpem-proletarizados pelo violento e acelerado processo de modernizao da agro-indstria sucro-alcooleira do municpio de Campos dos Goytacazes. Expropriados de seus meios de trabalho, 50% destas populaes foram expulsas do meio rural durante o perodo de 1950-91, sendo que 25% delas foram obrigadas a se mudar para a cidade de Campos durante a dcada de 80, multiplicando o nmero de favelas de 13 para 30, em reas insalubres e perigosas. Dados do mGE/IPEA apontam uma populao atual de 26.000 famlias vivendo na indigncia, o que representa 130.000 pessoas ou 33% do total de residentes do municpio de Campos que demandam a criao urgente de programas habitacionais, de sade preventiva, educao, lazer, reciclagem profissional, empregos, etc. Dada a brutalidade e intensidade do processo de lumpem-proletarizao destes trabalhadores rurais, a partir da dcada de 80, toma-se necessrio que o Poder Pblico Municipal defina como prioridade de ao a criao de Programas especficos, e com metodologias adequadas, para o atendimento a estas populaes. O Projeto de Gerao de Renda atravs da Metodologia da Educao de Rua, realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Promoo Social-SMDPS, da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, durante os anos de 1991-92, mostrou-se uma alternativa adequada para estimular a conquista da cidadania por parte das populaes com elevado nvel de empobrecimento. Realizado no meio-ambiente destas populaes e tendo como principal pressuposto pedaggico o resgate de seus saberes e a identificao de seus principais problemas, necessidades, interesses e desejos, este projeto conseguiu mobilizar e envolver as populaes atendidas por ele promovendo a elevao de seus nveis de participao, de auto-estima e auto-confiana, assim como a melhoria dos nves de relacionamento entre os participantes do projeto, tanto entre tcnicos- educadores e populaes, quanto destas populaes com suas vizinhanas. Esta melhoria dos nveis de relacionamento entre os participantes do projeto pde ser observada atravs do aumento da capacidade de tolerncia, dilogo, respeito, reconhecimento e valorizao dos aspectos positivos de cada um.
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Esta dissertao tem como foco a anlise das polticas habitacionais durante o governo Olvio Dutra (PT) no Rio Grande do Sul (1999-2002). Partindo da reconstituio dos procedimentos adotados pelo governo em questo para lidar com o "problema habitacional", foi possvel identificar aspectos importantes do processo decisrio - a influncias dos diversos atores sociais, suas estratgias e possibilidades de participao na formao das polticas e seus padres de relao com o Estado. Considerando que subjacente a qualquer poltica pblica encontra-se um conjunto de valores, crenas e concepes especficas, os programas e planos de ao formulados carregam um sentido anlogo s representaes sociais dos seus formuladores. A partir dos interesses dos diferentes segmentos no setor da habitao, surge como ponto central a disputa pela criao ou ampliao de espaos de "participao poltica", ou seja, de canais de acesso influncia efetiva nas decises governamentais.
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O presente trabalho constitui uma tentativa de explorao dos aspectos psicolgicos inerentes ao processo de controle social, segundo a perspectiva da "anlise experimental do comportamento" de B. F. Skinner. Diversas proposies sociolgicas correntes sobre algumas dimenses do problema geral so levantadas e criticamente articuladas com a abordagem comportamental skinneriana. No primeiro captulo - "O Controle Social nas Instituies Totais, feita uma introduo conceitual ao condicionamento operante aproveitando-se para isso a descrio sociolgica realizada por Goffman da vida naquelas instituies, so tambm a discutidas algumas das interpretaes erroneas das proposies skinnerianas e seus maus usos nas organizaes fechadas. Desenvolve-se, no segundo captulo, um exame comparativo das fices literrias de "1984 e "Walden II", com o propsito de pela focalizao de suas tcnicas caractersticas de controle social, suscitar j, de modo informal, diversos pontos crticos do problema, que vm a receber tratamento mais pormenorizado nos trs captulos seguintes. Em "Controle Social na Vida Cotidiana", discute-se a natureza difusa que o controle assume nesse contexto mais amplo, ressaltando-se o emprego que se faz, para esse fim, de artifcios motivacionais e ideolgicos. Para a articulao com o pensamento skinneriano, privilegiada abordagem da Sociologia do Conhecimento proposta por Berger e Luckmann. No quarto captulo, que trata da "Identificao de Controladores e Controlados", procede-se a uma reinterpretao comportamentista dos constructos cognitivistas de inteno e "percepo, com que comumente se descreve as iniciativas de controle por parte dos atores sociais. A anlise de Becker dos mecanismos de criao e imposio de regras utilizada par a apoiar a estratgia de reinterpretao. O captulo final explora uma dimenso menos tradicional do problema - "O Controle para a Mudana Social". As proposies especficas de dois autores Popper e Mannheim - so aqui articuladas com as de Skinner. Caracterizado o estado da sociedade contempornea como de incessante mudana desordenada, discute-se as condies necessrias para uma mudana planejada e suas implicaes psicossociais. Na concluso do trabalho, busca-se ampliar a perspectiva histrica do problema do controle social, por meio de uma anlise retrospectiva proporcionada por Schneider e uma especulao prospectiva envolvendo a apreciao scio- poltica do controle gradualista e democrtico da mudana social. Defende-se, durante essa apreciao, a tese de que a engenharia comportamental de Skinner gradualista e democrtica em seu todo.
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O modo como o ser humano v, pensa e imagina a natureza muito varivel no tempo e no espao. O meio ambiente um campo que toca profundamente o imaginrio, as representaes e o sistema de valores sociais, obrigando o homem a repensar as relaes entre sociedade, tcnica e natureza e, portanto, tudo o que rege essas relaes na organizao social. Escolheu-se analisar, neste estudo, o grupo de agricultores que pertencem primeira associao de agricultores ecolgicos criada no estado. A AECIA Associao dos Agricultores Ecologistas de Ip e Antnio Prado, foi criada em 1989, por um grupo de jovens que assumiu o desafio da agricultura ecolgica e do associativismo. Esses municpios localizam-se na Serra do Rio Grande do Sul, regio de forte presena da imigrao italiana. Atravs de suas histrias de vida e de alguns indicadores ambientais, analisa-se a percepo que esses agricultores possuem a respeito dos recursos naturais locais (gua, solo, biodiversidade), sua relao com o destino final dos resduos slidos, e suas concepes e expectativas a respeito da certificao e comercializao de produtos orgnicos. Igualmente, dentro de uma perspectiva antropolgica, pretendeu-se trabalhar com o estudo do contexto cultural, em que esses agricultores esto inseridos, analisando-se a questo dos sentidos que so construdos nas relaes sociais e como eles so negociados, a dimenso simblica dos discursos, a valorizao do cotidiano como campo fundamental das relaes sociais, suas relaes de parentesco, processos de mediao, ritos, smbolos religiosos, a forma como as polticas pblicas afetam a vida desses agricultores, sua relao com as diferentes instituies, as ligaes e associaes que eles mantm com os animais e plantas de seu ambiente e o quanto o conhecimento emprico que esses agricultores adquiriram ao longo de sua histria pode estar relacionado aos princpios bsicos da ecologia. Por meio dos diferentes aspectos analisados, podem-se conhecer quais fatores foram fundamentais para a mudana de modelo agrcola experimentada por esses agricultores. Atravs dos relatos, pode-se observar, tambm, quais instituies tiveram papel essencial nessa transformao. Suas vises sobre qualidade de vida, expectativas futuras, o grau de confiana nas instituies e como eles se vem em relao situao das pessoas que vivem melhor e pior no Brasil tambm esto contemplados neste estudo. A relao desses produtores com os recursos naturais da regio e os conceitos e expectativas que eles apresentam frente aos processos de certificao e comercializao de seus produtos so, igualmente, discutidos ao longo do texto.
Resumo:
Este trabalho examina a possibilidade de existncia de uma crise social na agricultura familiar, na medida em que os filhos dos agricultores no podem ou no querem exercer a mesma profisso de seus pais. Procura-se identificar as caractersticas sociais e econmicas que influenciam as aspiraes educacionais e ocupacionais dos jovens, assim como suas opes de local de moradia (rural ou urbana). A pesquisa foi desenvolvida no municpio de Santo Cristo, localizado na regio Fronteira Oeste, e no municpio de Candelria, localizado na regio Vale do Rio Pardo, ambos no Estado do Rio Grande do Sul. Foram aplicados questionrios padronizados e realizadas entrevistas com jovens rurais, alunos de escolas estaduais do ensino mdio, na faixa etria de 14 a 25 anos. Levando-se em considerao que muitos jovens decidiram cursar o ensino mdio na cidade aps terem optado por uma escolha profissional no-agrcola, a freqncia a este tipo de escola tende a reforar ou incentivar esta opo. Observam-se diferenas entre os jovens, pois as moas mostram maior inclinao a deixar a agricultura e o meio rural do que os rapazes. Embora as regies pesquisadas tenham perfil socioeconmico diferente, o comportamento dos jovens em relao atividade agrcola praticamente o mesmo, pois, nas duas regies, em sua maioria, eles formulam criticas semelhantes ao trabalho agrcola e descartam a possibilidade de suceder os pais como produtores rurais, pois recusam seu estilo de vida.