1000 resultados para Funções da linguagem
Resumo:
Parte da linguística analisa o fenômeno da ambiguidade em funçao das regras gramaticais e tende a categorizá-lo em diferentes níveis, o que faz emergir taxonomias que remetem a ambiguidade a problemas tencionáveis nos âmbitos semântico, lexical, sintático, morfológico, etc. Assim, esse trabalho se foca na releitura de algumas dessas taxonomias com o suporte teórico-metodológico da Teoria das Operaçoes Predicativas e Enunciativas (TOPE) do linguista francês Antoine Culioli, o qual nao propoe uma divisao do estudo da língua em abordagens fonéticas, semânticas, morfologias, etc. por crer que tais divisoes nao trazem uma visao do todo da linguagem. Ao contrário, ele insiste num um trabalho que afirma a necessidade de um sistema de representaçao que suporte a generalizaçao, que vê o significado e a sintaxe como inseparáveis e propoe que se observem valores semântico-discursivos veiculados por marcas de diferentes ordens (entoacional, lexical, morfológica, etc.) geradas na relaçao léxico- gramática. Na verdade, apostamos na indeterminaçao da linguagem para chegarmos a resultados que mostrem que as categorizaçoes sao instáveis e elegem, muitas vezes, apenas questoes de língua para determinar as taxonomias ao invés de tomarem ciência dos valores (entre eles a modalidade, o tempo e o aspecto) responsáveis pela ambiguidade fundamental da linguagem e pela criaçao de um cenário sociopsicológico que torna cada ato enunciativo uma construçao ímpar de um espaço orientado e determinado, o qual estabiliza os valores referenciais. Dessa forma, atribuir apenas à gramática o papel de desencadeadora de uma ambiguidade (seja ela no campo do léxico ou da sintaxe) é desconsiderar que a linguagem se prolifera e possibilita um jogo incessante de significaçoes garantido pela dissimetria inevitável entre produçao e reconhecimento interpretativo. Essa espécie de jogo fundadora da comunicaçao
Resumo:
El trabajo discute las condiciones de posibilidad de una historia literaria a comienzos del siglo XXI, cuando muchos de los presupuestos de esta disciplina han sido puestos en entredicho. Toma como punto de partida el artículo de David T. Gies ("The Funes effect: making literary history") que homologa la situación del historiador literario con la del personaje del cuento de Borges, abrumado por la exacta memoria de todos los detalles y, por ello, imposibilitado de pensar. Luego de pasar revista a todas las aporías y limitaciones que acosan a quien intenta escribir historia literaria, Gies se limita a señalar la pervivencia de una práctica tan imposible como inevitable, pues todavía una oferta renuente se ve superada por una demanda insistente. El trabajo intenta ir más allá de la respuesta pragmática de Gies y plantea argumentos para lidiar con el "efecto Funes" y sustentar la razón de ser de la investigación histórico-literaria. Para ello, se enfoca en dos cuestiones básicas: la posibilidad de una contextualización histórica de los textos y la narrativización de un pasado literario como forma legítima de conocimiento. La ejemplificación concreta remite a mi campo específico de trabajo: el hispano-medievalismo.