999 resultados para Cesar, Cayo Julio, 100 ó 101-44 a.C
Resumo:
OBJETIVO Analisar características sociodemográficas e clínico-epidemiológicas dos casos de tuberculose e fatores associados ao abandono e ao óbito na vigência do tratamento. MÉTODOS Estudo epidemiológico baseado em dados notificados de tuberculose em indígenas e não indígenas, segundo raça/cor, em Mato Grosso do Sul, entre 2001 e 2009. Realizou-se análise descritiva dos casos de acordo com as variáveis sexo, faixa etária, zona de residência, exames empregados para o diagnóstico, forma clínica, tratamento supervisionado e situação de encerramento, segundo raça/cor. Utilizou-se análise univariada e múltipla por meio de regressão logística para identificar preditores de abandono e óbito, e odds ratio como medida de associação. Foi construída série histórica de incidência, segundo raça/cor. RESULTADOS Registraram-se 6.962 casos novos de tuberculose no período, 15,6% entre indígenas. Houve predomínio em homens e adultos (20 a 44 anos) em todos os grupos. A maior parte dos doentes indígenas residia na zona rural (79,8%) e 13,5% dos registros nos indígenas ocorreram em < 10 anos. A incidência média no estado foi 34,5/100.000 habitantes, 209,0; 73,1; 52,7; 23,0 e 22,4 entre indígenas, amarelos, pretos, brancos e pardos, respectivamente. Doentes de 20 a 44 anos (OR = 13,3; IC95% 1,9;96,8), do sexo masculino (OR = 1,6; IC95% 1,1;2,3) e de raça/cor preta (OR = 2,5; IC95% 1,0;6,3) mostraram associação com abandono de tratamento, enquanto doentes > 45 anos (OR = 3,0; IC95% 1,2;7,8) e com a forma mista (OR = 2,3; IC95% 1,1;5,0) apresentaram associação com óbito. Apesar de representarem 3,0% da população, os indígenas foram responsáveis por 15,6% das notificações no período. CONCLUSÕES Houve importantes desigualdades em relação ao adoecimento por tuberculose entre as categorias estudadas. As incidências nos indígenas foram consistentemente maiores, chegando a exceder em mais de seis vezes as médias nacionais. Entre pretos e pardos, piores resultados no tratamento foram observados, pois apresentaram chance de abandono duas vezes maior que os indígenas. O mau desempenho do programa também esteve fortemente associado ao abandono e ao óbito. Acredita-se que, enquanto não se reduzir a pobreza, as desigualdades nos indicadores em saúde permanecerão.
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OBJETIVO Estimar a prevalência de nascimentos pré-termo por faixas de peso ao nascer e obter uma equação para correção de estimativas. MÉTODOS Revisão sistemática da literatura nacional, de 1990 a 2012, para identificar estudos com coleta primária de informações sobre peso ao nascer e idade gestacional. Foram selecionados 12 que contribuíram com tabulações da prevalência de nascimentos pré-termo para faixas de 100 g de peso ao nascer. Os resultados desses estudos foram combinados pelo método de polinômios fracionais, sendo obtidas curvas separadas para meninos e meninas, comparadas com os resultados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos para os anos 2000, 2005, 2010 e 2011. RESULTADOS As estimativas da prevalência de nascimentos pré-termo, obtidas a partir dos estudos primários, foram superiores às do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos para praticamente todas as faixas de peso ao nascer. A prevalência relatada pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos foi de 7,1% em 2010, cerca de 38% menor do que a estimativa de 11,7% obtida com a equação de correção. CONCLUSÕES Os dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos quanto à prevalência de nascimento pré-termo não refletem a verdadeira dimensão da prematuridade no Brasil. Assim sendo, para sua utilização, será necessária a aplicação do fator de correção, conforme proposto.
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O tétano integra o elenco das doenças de notificação compulsoria no Estado de São Paulo, desde 1978, e o seu comportamento, desde então, revela as seguintes tendências: incidência declinante, embora ainda superior a existentes em áreas de maior riqueza social, e letalidade elevada, ainda que constante. Neste contexto, estudou-se 133 casos de tétano acidental ocorridos em residentes do Estado de São Paulo, em 1989, investigados e confirmados pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica. As informações analisadas são as que constam da ficha epidemiológica do referido Sistema. A incidência foi de 0,41 por 100.000 habitantes e a letalidade de 44,36%. A partir da interpretação dos dados descritivos foi possível identificar a existência de grupos sob maior risco: pessoas idosas, residentes nas regiões noroeste e oeste do Estado, e pertencentes às categorias ocupacionais de "atividades domésticas", "lavrador" e "aposentados", propondo-se, desse modo, que sejam objeto de atenção especial, ao lado dos já conhecidos grupos de gestantes e crianças. Destaca-se ainda a existência de 18,3% de casos nos quais não se identificou um traumatismo em data definida (como, por exemplo, os doentes com lesões por Tunga penetrans). Em relação ao tempo, a maior incidência ocorreu no mês de maio. Examinou-se, também, a letalidade ocorrida no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), o único do Estado a manter Unidade de Terapia Intensiva destinada especificamente ao tetânico, comparando-a com a letalidade ocorrida no conjunto dos Hospitais do Estado; a letalidade no HCFMUSP foi de 34,5% e no Conjunto dos Hospitais de 49,5%, sendo que esta diferença não se revelou significante, estatisticamente. Discutiu-se os requisitos necessários para um aprofundamento do estudo do papel da atenção médica na evolução do doente com tétano - destacando-se a necessidade de se considerar, simultaneamente, a gravidade da doença e as características do tratamento - buscando-se, assim, contribuir para o encaminhamento de aprimoramentos no atendimento ao paciente com tétano.
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Pesquisamos os anticorpos anti-HBc e anti-HCV em amostras de soros provenientes de 799 candidatos a doadores, que tiveram suas unidades de sangue ou derivados transfundidas a 111 receptores. O anti-HBc e o anti-HCV foram reagentes, em respectivamente 9 e 2,1% dos doadores testados. Observamos que entre os 111 receptores, 44 haviam recebido pelo menos uma unidade anti-HBc positiva e 67 haviam sido transfundidos somente com unidades anti-HBc negativas. Houve um risco 4,5 vezes maior de aquisição de hepatite por vírus C pelos receptores que receberam pelo menos uma unidade anti-HBc positiva Se a pesquisa do anti-HBc fosse realizada na triagem sorológica dos doadores de sangue, cerca de 56% dos casos de HVC nos receptores saiam evitados. A população de receptores que recebeu pelo menos uma unidade anti-HCV reagente, apresentou um risco 29 vezes maior de adquirir esta hepatite, quando comparada aos receptores transfundidos com todas as unidades anti-HCV negativas. A realização do teste para a pesquisa do anti-HCV na triagem dos doadores de sangue, preveniria 79% dos casos de HVC pós-transfusionais. Os candidatos a doadores brasileiros parecem ser acometidos simultânea ou sequencialmente, pelos vírus B e C das hepatites, pois, 44,4% dos doadores anti-HCV positivos, também foram anti-HBc positivos. A realização dos testes para as pesquisas dos anticorpos anti-HBc e anti-HCV, nas triagens hemoterápicas, está indicada para prevenir a transmissão de hepatites pós-transfusionais, em nosso meio.
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The response to interferon treatment in chronic hepatitis NANB/C has usually been classified as complete, partial or absent, according to the behavior of serum alanine aminotransferase (ALT). However, a more detailed observation of the enzymatic activity has shown that the patterns may be more complex. The aim of this study was to describe the long term follow-up and patterns of ALT response in patients with chronic hepatitis NANB/C treated with recombinant interferon-alpha. A follow-up of 6 months or more after interferon-a was achieved in 44 patients. We have classified the serum ALT responses into six patterns and the observed frequencies were as follows: I. Long term response = 9 (20.5%); II. Normalization followed by persistent relapse after IFN = 7 (15.9%); III. Normalization with transient relapse = 5 (11.9%); IV. Temporary normalization and relapse during IFN = 4 (9.1%); V. Partial response (more than 50% of ALT decrease) = 7 (15.9%); VI. No response = 12 (27.3%). In conclusion, ALT patterns vary widely during and after IFN treatment and can be classified in at least 6 types.
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In order to evaluate the role of the determination of adenosine deaminase activity (ADA) in ascitic fluid for the diagnosis of tuberculosis, 44 patients were studied. Based on biochemical, cytological, histopathological and microbiological tests, the patients were divided into 5 groups: G1 - tuberculous ascites (n = 8); G2 - malignant ascites (n = 13); G3 - spontaneous bacterial peritonitis (n = 6); G4 - pancreatic ascites (n = 2); G5 - miscelaneous ascites (n = 15). ADA concentration were significantly higher in G1 (133.50 ± 24.74 U/l) compared to the other groups (G2 = 41.85 ± 52.07 U/l; G3 = 10.63 ± 5.87 U/l; G4 = 18.00 ± 7.07 U/l; G5 = 11.23 ± 7.66 U/l). At a cut-off value of >31 U/l, the sensitivity, specificity and positive and negative preditive values were 100%, 92%, 72% and 100%, respectively. ADA concentrations as high as in tuberculous ascites were only found in two malignant ascites caused by lymphoma. We conclude that ADA determination in ascitic fluid is a useful and reliable screening test for diagnosing tuberculous ascites. Values of ADA higher than 31 U/l indicate more invasive methods to confirm the diagnosis of tuberculosis.
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The determination of aminotranferases levels is very useful in the diagnosis of hepatopathies. In recent years, an elevated serum ALT level in blood donors has been associated with an increased risk of post-transfusion hepatitis (PTH). The purpose of the study was to research the factors associated with elevated ALT levels in a cohort of voluntary blood donors and to evaluate the relationship between increased ALT levels and the development of hepatitis C (HCV) infection. 166 volunteer blood donors with elevated ALT at the time of their first donation were studied. All of the donors were questioned about previous hepatopathies, exposure to hepatitis, exposure to chemicals, use of medication or drugs, sexual behaviour, contact with blood or secretions and their intake of alcohol. Every three months, the serum levels of AST, ALT, alkaline phosphatase, gamma glutamyl transpeptidase, cholesterol, triglyceride and glycemia are assessed over a two year follow-up. The serum thyroid hormone levels as well as the presence of auto-antibodies were also measured. Abdominal ultrasound was performed in all patients with persistently elevated ALT or AST levels. A needle biopsy of liver was performed in 9 donors without definite diagnostic after medical investigation. The presence of anti-HCV antibodies in 116 donors were assayed again the first clinical evaluation. At the end of follow-up period (2 years later) 71 donors were tested again for the presence of anti-HCV antibodies. None of donors resulted positive for hepatitis B or hepatitis C markers during the follow-up. Of the 116 donors, 101 (87%) had persistently elevated ALT serum levels during the follow-up. Obesity and alcoholism were the principal conditions related to elevated ALT serum levels in 91/101 (90.1%) donors. Hypertriglyceridemia, hypercholesterolemia, hypothyroidism and diabetes mellitus also were associated with increased ALT levels. Only 1/101 (0.9%) had mild chronic active non A-G viral hepatitis and 3/101 (2.9%) had liver biopsy with non-specific reactive hepatitis. The determination of ALT levels was not useful to detect donors infected with HCV at donation in Brazil, including the initial seronegative anti-HCV phase.
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The present study assessed the clinical significance of hepatitis C virus (HCV) genotypes and their influence on response to long term recombinant-interferon-alpha (r-IFN-a) therapy in Brazilian patients. One hundred and thirty samples from patients previously genotyped for the HCV and with histologically confirmed chronic hepatitis C (CH-C) were evaluated for clinical and epidemiological parameters (sex, age, time of HCV infection and transmission routes). No difference in disease activity, sex, age or mode and time of transmission were seen among patients infected with HCV types 1, 2 or 3. One hundred and thirteen of them were treated with 3 million units of r-IFN-a, 3 times a week for 12 months. Initial response (IR) was significantly better in patients with genotype 2 (100%) and 3 (46%) infections than in patients with genotype 1 (29%) (p < 0.005). Among subtypes, difference in IR was observed between 1b and 2 (p < 0.005), and between 1b and 3a (p < 0.05). Sustained response (SR) was observed in 12% for (sub)type 1a, 13% for 1b, 19% for 3a, and 40% for type 2; significant differences were found between 1b and 2 (p < 0.001), and between 1b and 3a (p < 0.05). Moreover, presence of cirrhosis was significantly associated with non response and response with relapse (p < 0.05). In conclusion, non-1 HCV genotype and lack of histological diagnosis of cirrhosis were the only baseline features associated with sustained response to treatment. These data indicate that HCV genotyping may have prognostic relevance in the responsiveness to r-IFN-a therapy in Brazilian patients with chronic HCV infection, as seen in other reports worldwide.
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A infecção pelo VIH/SIDA constitui um dos principais problemas de saúde no Mundo e em África. A África Sub-sahariana detém actualmente 67% das infecções a nível global. Angola, localizada na sub-região central de África (OMS) tem uma prevalência actual média estimada em 2.4%, estando rodeada a Sul e Leste por países de prevalências mais elevadas. Em Angola, predomina o VIH-1. Os dados publicados sobre a epidemiologia molecular do VIH em Angola mostram uma grande diversidade de subtipos e formas recombinantes circulantes (CRF), recombinantes circulantes únicas (URF) e amostras não tipificadas. A motivação para o estudo presente foi o conhecimento ainda limitado sobre a infeção por VIH em Angola, desde a epidemiologia molecular às características clínicas, imunológicas, virológicas, resposta à terapêutica anti-retrovírica combinada (TARVc) e perfil de resistência do VIH à TARVc. Foi estudado um coorte de 300 doentes adultos, com infecção por VIH, de 15 de Junho de 2006 a 15 de Junho de 2010. Predomina o género feminino, 65% (194/300) e o grupo etário dos 25 aos 39 anos, 62% (186/300). A mediana de idades é 33 anos, residem em Luanda 98% (295/300), 94% são angolanos, sendo os estrangeiros de S. Tomé e RDC. A Classificação CDC de 1993 na linha de base mostrou um predomínio de doentes da categoria clínica C, 53% (160/300), com uma ou duas doenças definidoras; 34% (101/300) dos doentes eram da Categoria C3 do CDC e 49% (147/300) tinham linfócitos T CD4+ abaixo das 200 cel/l. A doença definidora mais frequente foi a Tuberculose, em 39% dos doentes (117/300). A mediana de linfócitos T CD4+ na linha de base foi de 195 cel/μl [1-1076]. Apenas 12,2% dos doentes (37/302) tinha T CD4+ de base superior a 500 células/l. Determinou-se a carga vírica na linha de base, em 213 dos doentes (71%), verificando-se que 46% destes doentes (97/213) tinham cargas virícas superiores a 100.000 cp/ml, 32% (69/213) entre 10001 e 100000, 21% (45/213) entre 400 e 10000, 0,9% (2/213) abaixo de 400 cp/ml. Iniciaram terapêutica anti-retrovírica no período de estudo 206 doentes (69%) com esquemas terapêuticos baseados em NNRTI, sendo 131 (64%) medicados com a associação d4t+3TC+ NVP. Ao fim de 4 anos, em Junho de 2010, havia 126 doentes monitorizados com contagem de linfócitos T CD4+ e CV, estando 62% dos doentes com CV indetectável (79/126). Os doentes em falência virológica corresponderam a 16% (20/126), 9% (11/126) tinham resultados discordantes (boa resposta imunológica mas carga viral detectável) e 13% (16/126) foram inconclusivos. Foi mudada a terapêutica para esquema de 2ª linha em 5 doentes, 4 dos 5 doentes com critérios de falência virológica e 1 sem critérios de falência virológica, por toxicidade ao EFV. Os doentes com critérios de falência imunológica ou virológica segundo a OMS e os doentes com dados inconclusivos foram seleccionados para testes genotípicos de resistência aos anti-retrovíricos (TR). Foram realizados TR e subtipagem em 37 doentes. Nos doentes que realizaram TR sob TARVc, as mutações de resistência mais frequentemente encontradas foram a M184V, em 16 doentes, a K103N em 12 doentes e a Y181C em 7 doentes. O subtipo C, foi o subtipo predominante em 30% (11/37) dos casos. Para avaliar a adesão à TARVc, foram estudados 63 doentes, faltosos a consultas ou demonstrado sinais de falência clínica, imunológica ou virológica. O método realizado foi o auto-relato por entrevista. Verificou-se uma adesão à TARVc de 100% em 33% (21/63), adesão entre 100% e 90% em 7% (4/63), de 50 a 90% em 7% (4/63) e inferior a 50% em 54% (34/63). Como factores de não-adesão, predominavam a mobilidade no emprego Opções de utilização sequencial de anti-retrovíricos em doentes com falência terapêutica em Angola X e factores familiares e sociais, apontados como razão para a falta às consultas que davam acesso aos medicamentos ARV. Fazendo corresponder os resultados dos testes de resistência realizados à adesão de todos os doentes entrevistados, verifica-se que o grupo de 34 doentes com menos de 50% de adesão, 19 realizaram TR e desses, 13 mostraram mutações de resistência, sendo 10 resistentes a 2 classes de ARV, NITR e NNITR, 2 a NNITR e 1 a NITR. Os restantes 6 doentes deste grupo eram aparentemente susceptíveis às 3 classes de ARV. Actualmente, estão em seguimento 58% dos doentes (176/300), 26 % (77/300) perderam-se no seguimento e 16% (47/300) faleceram. O estudo realizado salienta a fase tardia da chegada aos cuidados médicos; mostra a tuberculose como doença indicadora mais frequente e mostra que a maioria dos doentes foi medicada com D4T+3TC+NVP. Os critérios de sucesso terapêutico descem ao longo do estudo de 71% para 62%. Indica a necessidade de acções urgentes para acesso mais precoce aos cuidados de saúde e intervenção social para ultrapassar as limitações à adesão à TARVc e tornar esta mais eficaz. As opções de segunda linha já disponíveis são muito reduzidas (tenofovir, lopinavir potenciado com ritonavir e saquinavir), havendo necessidade de continuar estes estudos para uma avaliação mais profunda da eficácia destas terapêuticas.
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Screening blood donations for anti-HCV antibodies and alanine aminotransferase (ALT) serum levels generally prevents the transmission of hepatitis C virus (HCV) by transfusion. The aim of the present study was to evaluate the efficiency of the enzyme immunoassay (EIA) screening policy in identifying potentially infectious blood donors capable to transmit hepatitis C through blood transfusion. We have used a reverse transcriptase (RT)-nested polymerase chain reaction (PCR) to investigate the presence of HCV-RNA in blood donors. The prevalence of HCV-RNA positive individuals was compared with the recombinant immunoblot assay (RIBA-2) results in order to assess the usefulness of both tests as confirmatory assays. Both tests results were also compared with the EIA-2 OD/C ratio (optical densities of the samples divided by the cut off value). ALT results were expressed as the ALT quotient (qALT), calculated dividing the ALT value of the samples by the maximum normal value (53UI/l) for the method. Donors (n=178) were divided into five groups according to their EIA anti-HCV status and qALT: group A (EIA > or = 3, ALT<1), group B (EIA > or = 3, ALT>1), group C (1<=EIA<3, ALT<1), group D (1<=EIA<3, ALT>1) and group E (EIA<=0.7). HCV sequences were detected by RT-nested PCR, using primers for the most conserved region of viral genome. RIBA-2 was applied to the same samples. In group A (n=6), all samples were positive by RT-nested PCR and RIBA-2. Among 124 samples in group B, 120 (96.8%) were RIBA-2 positive and 4 (3.2%) were RIBA-2 indeterminate but were seropositive for antigen c22.3. In group B, 109 (87.9%) of the RIBA-2 positive samples were also RT-nested PCR positive, as well as were all RIBA-2 indeterminate samples. In group C, all samples (n=9) were RT-nested PCR negative: 4 (44.4%) were also RIBA-2 negative, 4 (44.4%) were RIBA-2 positive and 1 (11.1%) was RIBA-2 indeterminate. HCV-RNA was detected by RT-nested PCR in 3 (37.5%) out of 8 samples in group D. Only one of them was also RIBA-2 positive, all the others were RIBA-2 indeterminate. All of the group E samples (controls) were RT- nested PCR and RIBA-2 negative. Our study suggests a strong relation between anti-HCV EIA-2 ratio > or = 3 and detectable HCV-RNA by RT-nested PCR. We have also noted that blood donors with RIBA-2 indeterminate presented a high degree of detectable HCV-RNA using RT-nested PCR (75%), especially when the c22.3 band was detected.
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PURPOSE: To evaluate the frequency and the consequences of the co-infection of hepatitis B and C viruses in patients with hepatosplenic schistosomiasis (HSS). METHODS: B and C serologic markers, exposure to risk factors, biochemical assays, upper gastrointestinal endoscopies, and abdominal ultrasonograms were evaluated in 101 patients with HSS from 1994 to 1997. Whenever possible, PCR was tested and histopathological studies were reviewed. RESULTS: At least one HBV virus marker was found in 15.8%, and anti-HCV was detected in 12.9% of the subjects. The seropositive subjects tended to be older than the seronegative ones. A history of blood transfusion was significantly related to the presence of anti-HCV. Three (18.75%) out of 16 subjects exposed to B virus were HBsAg positive. Eleven (84.6%) out of thirteen patients who were anti-HCV positive demonstrated viral activity. Patients with ongoing viral infection presented a higher average level of liver aminotransferases, a higher frequency of cell decompensation and a higher rate of chronic hepatitis. Portal hypertension parameters were not influenced by viral exposure. CONCLUSIONS: The rate of hepatitis B and C viruses serologic markers observed in the patients with HSS was higher than the control group. The co-infection was responsible for a higher frequency of cell decompensation.
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As little is known about liver histology in the co-infection of hepatitis C virus (HCV) and hepatitis G virus (HGV), HGV RNA was investigated in 46 blood donors with hepatitis C, 22 of them with liver biopsy: co-infection HCV / HGV (n = 6) and HCV isolated infection (n = 16). Besides staging and grading of inflammation at portal, peri-portal and lobular areas (Brazilian Consensus), the fibrosis progression index was also calculated. All patients had no symptoms or signs of liver disease and prevalence of HGV / HCV co-infection was 15.2%. Most patients had mild liver disease and fibrosis progression index, calculated only in patients with known duration of infection, was 0.110 for co-infection and 0.130 for isolated HCV infection, characterizing these patients as "slow fibrosers". No statistical differences could be found between the groups, although a lesser degree of inflammation was always present in co-infection. In conclusion co-infection HCV / HGV does not induce a more aggressive liver disease, supporting the hypothesis that HGV is not pathogenic.
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The analysis of 58 patients with chronic hepatitis C without cirrhosis and treated with interferon-alpha demonstrated that hepatitis C viral (HCV) load does not correlate with the histological evolution of the disease (p = 0.6559 for architectural alterations and p = 0.6271 for the histological activity index). Therefore, the use of viral RNA quantification as an evolutive predictor or determinant of the severity of hepatitis C is incorrect and of relative value. A review of the literature provided fundamental and interdependent HCV (genotype, heterogeneity and mutants, specific proteins), host (sex, age, weight, etc) and treatment variables (dosage, time of treatment, type of interferon) within the broader context of viral kinetics, interferon-mediated immunological response (in addition to natural immunity against HCV) and the role of interferon as a modulator of fibrogenesis. Therefore, viral load implies much more than numbers and the correct interpretation of these data should consider a broader context depending on multiple factors that are more complex than the simple value obtained upon quantification.
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Opportunistic diseases (OD) are the most common cause of death in AIDS patients. To access the incidence of OD and survival in advanced immunodeficiency, we included 79 patients with AIDS treated at Hospital Evandro Chagas (FIOCRUZ) from September 1997 to December 1999 with at least one CD4 count <=100 cells/mm³. The incidence of OD was analyzed by Poisson's regression, and survival by Kaplan Meier and Cox analysis, considering a retrospective (before CD4 <=100 cells/mm³) and a prospective (after CD4 <=100 cells/mm³) period, and controlling for demographic, clinical and laboratory characteristics. The confidence interval estipulated was 95%. Mean follow-up period was 733 days (CI = 683-782). During the study 9 (11.4%) patients died. Survival from AIDS diagnosis was a mean of 2589 days (CI = 2363-2816) and from the date of the CD4 count CD4 <=100 cells/mm³ was a mean of 1376 (CI = 1181-1572) days. Incidence of OD was 0.51 pp/y before CD4 <= 100 cells/mm³ and 0.29 pp/y after CD4 <= 100 cells/mm³. A lower number of ODs before CD4 < 100 cells/mm³ was associated with lower incidence rates after CD4 <= 100 cells/mm³. AIDS diagnosis based on CD4+ counts <= 200 cells/mm³ was associated with lower incidence rates after CD4 <= 100 cells/mm³. Baseline CD4 counts above 50 cells/mm³ (HR = 0.13) and restoration of baseline CD4+ counts above 100 cells/mm³ (HR = 0.16) were associated with a lower risk of death. Controling both variables, only restoration of baseline counts was statistically significant (HR = 0.22, p = 0.04). We found a very low incidence of OD and long survival after CD4 < 100 cells/mm³. Survival was significantly associated with restoration of baseline CD4 counts above 100 cells/mm³.