920 resultados para Case-Control


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OBJETIVOS: Identificar e medir a magnitude do risco de desnutrição associada a fatores determinantes da capacidade materna de cuidado infantil: estrutura familiar, escolaridade, trabalho, saúde física e saúde mental maternas. MÉTODOS: Delineou-se um estudo de casos e controles. Foram selecionados 101 casos (crianças com peso/idade abaixo do percentil 5) e 200 controles (crianças com peso/idade acima do percentil 25) mediante inquéritos antropométricos realizados durante três Dias Nacionais de Vacinação, em 1996 e 1997. Os dados foram obtidos em entrevistas realizadas nos domicílios com as mães das crianças. Para detectar o efeito-líquido de cada fator em estudo, realizou-se análise de regressão logística multivariada e hierarquizada. Tais fatores e as possíveis variáveis de controle foram agrupados em blocos, ordenados segundo a precedência com que influiriam sobre o estado nutricional infantil. Adotaram-se p<0,20 para seleção das variáveis de controle (mediante análise univariada) e p<0,05 para identificação de associação estatisticamente significativa entre fatores de estudo e desnutrição infantil. RESULTADOS: Foram identificados como fatores de risco de desnutrição: (a) estrutura familiar adversa indicada pela ausência de companheiro (odds ratio [OR] = 2,2; IC95%, 1,1-4,5); (b) internação materna durante a gravidez (OR=3,5; IC95%, 1,6-7,7); (c) precária saúde mental materna expressa pela presença de três a quatro sintomas de depressão (OR=3,1; IC95%, 0,9-10,3); (d) fatores de estresse familiar, no caso, indícios de alcoolismo em pelo menos um membro da família (OR=2,1; IC95%, 1,2-3,9). A idade da criança no início/retorno da mãe ao trabalho também se associou de modo independente à presença de desnutrição, porém os efeitos variaram: retorno precoce (criança com menos de quatro meses) não significou risco ou proteção; volta da mãe ao trabalho quando a criança tinha entre quatro meses e 12 meses constituiu fator de proteção. CONCLUSÕES: Evidenciou-se que fatores potencialmente definidores da capacidade materna de cuidado exercem efeito independente sobre o estado nutricional infantil.

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OBJETIVO: Verificar se a exposição ocupacional ao ruído é fator de risco relevante para acidentes do trabalho. MÉTODOS: Estudo de caso-controle de base populacional. Os dados foram coletados entre 16/5/2002 e 15/10/2002, na cidade de Botucatu, Estado de São Paulo. Os casos foram definidos como trabalhadores que sofreram acidentes ocupacionais típicos nos últimos 90 dias, identificados por intermédio de amostragem aleatória sistemática de domicílios residenciais. Os controles foram trabalhadores não acidentados, aleatoriamente alocados a partir da mesma população que originou os casos, emparelhados na razão 3:1 segundo sexo, faixa etária e setor censitário de moradia. Ajustou-se um modelo de regressão logística múltipla, tendo como variável independente a exposição ocupacional ao ruído, controlada por covariáveis de interesse. RESULTADOS: Foram analisados 94 casos e 282 controles. Ajustando-se um modelo de regressão logística condicional múltipla observou-se que trabalhar sempre e às vezes exposto a ruído intenso associou-se a um risco relativo de acidentar-se de 5,0 (IC 95%: 2,8-8,7; p<0,001) e 3,7 (IC 95%: 1,8-7,4; p=0,0003), respectivamente, tendo como referência trabalhar não exposto a ruído, controlado para diversas covariáveis. CONCLUSÕES: Com base nos resultados encontrados, justifica-se o investimento em programas de conservação auditiva particularmente voltados para o controle da emissão de ruídos na fonte. Essas medidas objetivam não apenas a manutenção da saúde auditiva, mas também a diminuição da acidentabilidade dos trabalhadores.

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Dentre as pesquisas empreendidas no campo da epidemiologia, um grupo específico aborda patologias de etiologia desconhecida ou não totalmente compreendidas. É dentro deste grupo que estão situadas as desordens temporomandibulares (DTM). Três estratégias observacionais básicas têm sido utilizadas para abordar o papel etiológico da má oclusão no desenvolvimento das DTM, dentro do repertório epidemiológico. São elas: estudos do tipo transversal, estudos de caso controle e estudos de coorte. Alguns experimentos clínicos são realizados com base na remoção do fator etiológico suspeito. Com base em uma revisão estruturada da literatura, a partir da metodologia empregada nos estudos selecionados, podemos concluir que a definição dos possíveis fatores etiológicos relacionados a subgrupos específicos de DTM é fundamental para que o papel das más oclusões no desenvolvimento destas desordens, embora pareça pequeno quando baseado nas evidências disponíveis, não seja subestimado. Pode ser útil a caracterização de uma oclusão normal como aquela associada como o menor risco para o desenvolvimento de problemas de DTM, mas é provavelmente inapropriada a aplicação destes parâmetros para reverter um problema intra-capsular já estabelecido. O conceito de uma oclusão de baixo fator de risco implicaria em um pequeno desvio entre RC e MIH, pequeno transpasse horizontal, transpasse vertical positivo e ausência de mordida cruzada posterior. Este conceito é compatível com o conceito de oclusão normal defendido por décadas, embora uma variação do normal ao invés de um critério absoluto deva ser permitida. Embora provavelmente seja prudente estabelecer metas morfológicas terapêuticas que busquem o que é observado em oclusões não tratadas julgadas normais ou ideais, o estabelecimento de uma oclusão que alcance todos os critérios gnatológicos, por meio de tratamento ortodôntico, talvez seja impossível e provavelmente desnecessário.

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Background: Air conditioning-induced rhinitis in allergic individuals is a common epidemiologic finding, but its physiopathology,is still controversial. The aim of this study was to describe and compare the effects of experimental air conditioning temperature changes on the nasal mucosa of individuals with persistent allergic rhinitis compared with a control group.Methods: A case-control challenge study was performed in a laboratory of thermal comfort with experimental twin challenge chambers set at a 12 C difference in temperature. A group of 32 patients with persistent allergic rhinitis and a group of 16 control subjects were exposed for 30 minutes, 3 times alternately in each chamber. Nasal symptom scores were recorded and nasal samples collected before, immediately after, and 24 and 48 hours after the challenge.Results: the rhinitis group showed a higher symptom score, epithelial shedding, percentage of eosinophils, total inflammatory cells, leukotriene C-4, eosinophil cationic protein, albumin, and tryptase levels compared with controls. There was also a significant increase in symptom score, total cells recovered, percentage of eosinophils, epithelial shedding, albumin, myeloperoxidase, and soluble intercellular adhesion molecule 1 in both groups compared with baseline levels.Conclusion: Sudden temperature changes led to a more pronounced inflammatory nasal response in the rhinitis group with the recruitment and activation of eosinophils.Clinical implications: Persistent allergic rhinitis is a risk factor for developing sudden temperature change-related rhinitis even in the absence of allergen exposure.

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Objectives: the evidence linking low levels of folic acid and orofacial clefting (OFC) is presently equivocal, There is stronger evidence for the role of folic acid supplementation in protection against the occurrence and recurrence of neural tube defects. The present investigation tested the hypotheses that cleft lip, cleft palate, or both are inversely associated with maternal intake of dietary and supplemental vitamins during the periconceptional period and first 4 months of pregnancy in a Brazilian population.Design: A population-based, case-control study of cleft lip with or without cleft palate (CL(P)) and isolated cleft palate (CP) in a Brazilian population. in structured interviews, case histories were taken from the mothers of a consecutive sample of 450 infants born with nonsyndromic OFC,Results: Mothers who had children with CL(P) were less likely to have been supplemented during the periconceptional period. The statistical significance of the difference in prevalence of the use of supplements between mothers of patients and of controls was greater for the CL(P) group: p < .05 for CP and p < .001 for CL(P). Multivariate analysis confirmed this finding of a protective effect for both types of orofacial cleft,Conclusions: the use of vitamin supplements in the first 4 months of pregnancy was suggestive of a protective effect against the occurrence of CP and CL(P) in this population, the significance of an association between multivitamin supplementation and OFC and the possible role of gene/environment interaction are discussed.