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OBJETIVO: O transplante de pâncreas (TP) é atualmente o único tratamento disponível capaz de estabelecer estado euglicêmico permanente e de independência da insulina nos portadores de Diabetes Mellitus Tipo 1. Neste estudo são apresentados os resultados do TP realizados em um centro paranaense. MÉTODO: De janeiro de 2001 até abril de 2003, foram realizados 24 transplantes de pâncreas-rim simultâneos (TPRS), e um Transplante de Pâncreas Isolado (TPI) no Hospital e Maternidade Angelina Caron. RESULTADOS: No seguimento de 8,2 meses (1-27), a taxa de sucesso para pâncreas e rim foi de 74 %. A sobrevida dos pacientes foi de 76 %. A principal causa de insucesso foi trombose pancreática em três casos (12%) e renal em dois (8%). Não ocorreu nenhum episódio de rejeição. Todos os doentes com enxertos funcionantes apresentam-se normoglicêmicos sem necessidade de insulina. CONCLUSÕES: O transplante simultâneo de rim e pâncreas éterapêutica com alto índice de sucesso para pacientes diabéticos com insuficiência renal terminal.
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OBJETIVO: Estudar os efeitos da derivação porto-cava sobre a função hepática de cães. MÉTODO: Vinte animais foram divididos em dois grupos: o Grupo I foi submetido à hepatectomia parcial de 28,7% e o Grupo II, à hepatectomia parcial associada à derivação porto-cava. Os parâmetros analisados foram: consumo de anestésico durante o ato cirúrgico, dosagem de amônia pré e pós-operatória (15° e 30° dia), AST, bilirrubina total e frações, proteínas totais, albumina e teste de retenção da bromosulfaleína (pré-operatório e 30° dia do pós-operatório) RESULTADOS: O consumo de anestésico foi significativamente menor no Grupo II. No Grupo I, apenas a AST estava elevada no pós-operatório quando comparada aos valores pré-operatórios. Já no Grupo II, a amonemia estava elevada no 15° e no 30° dia do pós-operatório em relação ao pré-operatório e aos mesmos períodos do Grupo I. Todos os outros parâmetros analisados apresentaram-se elevados quando comparados com os valores anteriores à cirurgia e aos do Grupo I, com exceção das proteínas totais e da albumina, que estavam significativamente reduzidas. CONCLUSÕES: A derivação porto-cava causa comprometimento importante da função hepática, traduzido por elevação da amônia sanguínea e alteração nas provas funcionais do fígado.
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OBJETIVO: Estudar o efeito do dreno de Penrose na cavidade peritoneal de ratos. MÉTODO: Foram selecionados 30 ratos Wistar do mesmo sexo,divididos em três grupos de 10 animais, todos submetidos à introdução e fixação de dreno (Penrose) na cavidade peritoneal. Os períodos de observação , após os quais os animais foram mortos para estudo foram: grupo I - 24 horas; grupo II - sete dias; grupo III - 14 dias. RESULTADOS: Foi observada a formação de aderências nos animais dos três grupos, sendo que no grupo I, as aderências foram tênues em seis animais, moderadas em dois e intensas em dois. No grupo II, foi observada aderência tênue em um animal, moderada em cinco e intensas em quatro. CONCLUSÕES: A presença de dreno de Penrose na cavidade peritoneal de ratos induz à formação de aderências.
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OBJETIVO: A biópsia de linfonodo sentinela (BLS) representa um avanço na cirurgia oncológica para o microestadiamento do melanoma. Apresentamos nossa experiência dando ênfase para a recorrência. MÉTODO: A BLS foi realizada em 133 pacientes portadores de melanoma cutâneo localizado envolvendo linfocintilografia, mapeamento linfático e detecção gama intra-operatórios em todos os pacientes. O exame histopatológico foi realizado por HE e imunohistoquímica (IHC). RESULTADOS: Encontrou-se LS em 128 pacientes (96,2%). Micrometástase foi diagnosticada em 20 pacientes (15,6%). Houve nove recorrências, sendo quatro no grupo com LS negativo (108 pacientes). Neste grupo, houve uma recorrência sistêmica e três (2,8%) na região linfática de drenagem (falso negativo). No grupo com LS positivo (20 pacientes) ocorreram cinco recorrências. Houve diferença significativa de recorrência entre os grupos, tendo sido menor no grupo LS negativo (p=0,0048). Através de análise de regressão logística univariada a ulceração (p=0,029) e a positividade do LS (p=0,003) apresentaram significância estatística como fatores de risco. Porém, apenas a positividade do LS manteve singificância na análise multivariada (p=0,024). O seguimento mediano foi de 37 meses. CONCLUSÕES: Pacientes com LS positivo apresentam recorrência significativamente maior que pacientes com LS negativo. O índice de falso negativo foi de 2,8% e os pacientes não apresentaram seqüelas o que permite considerar a BLS como procedimento seguro para o microestadiamento do melanoma cutâneo.
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OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar os casos de lesões iatrogênicas de vias biliares tratados na clínica cirúrgica do Hospital Getúlio Vargas - HGV nos últimos oito anos. MÉTODO: Foi realizada análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes internados no HGV, com hipótese diagnóstica de lesão iatrogênica de vias biliares. Foram incluídos pacientes com lesões provenientes do próprio serviço e de outras instituições. Os prontuários foram revisados e obtidas as seguintes variáveis: procedência do paciente, idade, sexo, data da cirurgia inicial, sintomas, tempo de evolução, valores da bilirrubina, fosfatase alcalina, AST e ALT, TAP, creatinina, além da cirurgia realizada para correção da lesão, complicações, permanência hospitalar e condições do paciente na alta hospitalar. RESULTADOS: Foram confirmados 10 casos de lesão iatrogênica de vias biliares. Todos os paciente eram do sexo feminino, com idades variando entre 18 e 49 anos. Os sinais ou sintomas mais freqüentes foram icterícia, colúria e dor abdominal. Em relação à terapêutica cirúrgica, a hepático-jejunostomia em "Y" de Roux foi o procedimento mais empregado. CONCLUSÕES: As lesões iatrogênicas das vias biliares ainda representam um desafio para os cirurgiões e sua ocorrência está mais relacionada a procedimentos realizados em hospitais não especializados, por cirurgiões sem treinamento adequado. A principal medida a ser adotada é a prevenção da lesão. Após sua ocorrência, esta deve ser corrigida em hospitais com equipe médica treinada.
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OBJETIVO: Relatar as características demográficas, clínicas, diagnóstica e terapêutica de pacientes com abscesso esplênico (AE) causado por Salmonella. MÉTODO: Análise retrospectiva de dados de pacientes atendidos no Serviço de Cirurgia Geral e Aparelho Digestivo do Hospital Universitário Gaffrée-Guinle no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2005, a estes se incluiu um caso tratado em outro hospital em época anterior. RESULTADOS: Dentre 4823 pacientes recentemente atendidos, dois apresentaram AE causado por Salmonella enteritidis, enquanto o caso mais antigo o agente responsável foi a Salmonella typhi. Todos eram homens, com idade média de 45 anos. Em nenhum deles foi identificada condição predisponente à formação do abscesso; os exames de imagem foram capazes de diagnosticar o AE. Todos foram tratados por esplenectomia e antibioticoterapia e evoluíram para cura. CONCLUSÕES: A Salmonella, apesar de infrequente, pode ser o agente causal do AE. Caracteristicamente os abscessos eram grandes e apresentavam material necrótico em seu interior. Nesta condição, a esplenectomia associada a antibioticoterapia mostrou-se eficaz no tratamento.
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OBJETIVO: Apresentar os resultados do Hospital Israel Pinheiro - IPSEMG em 41 duodenopancreatectomias realizadas para neoplasias. MÉTODO: Foram coletados dados referentes a 41 pacientes submetidos a duodenopancreatectomias entre 1997 e 2004. A principal operação realizada foi a Whipple "clássica" sem preservação do piloro. A anastomose pancreático-jejunal foi realizada por meio de sutura ducto-mucosa. Foram analisadas a mortalidade e as complicações pós-operatórias. Para avaliar se havia diferença de resultados com a maior experiência da equipe, o estudo foi dividido em dois períodos de quatro anos cada: 1997 a 2000 e 2001 a 2004. RESULTADOS: As complicações pós-operatórias ocorreram em 58% dos casos e a mortalidade foi de 22%. As principais complicações foram pneumonia e infecção de ferida operatória. Quatro pacientes (10%) evoluíram com fistulas pancreáticas, porém obteve-se sucesso com o tratamento conservador em todos os casos. A necessidade de hemotransfusão no peroperatório relacionou-se a um pior prognóstico. Observou-se uma redução das taxas de morbi-mortalidade no período de 2001 a 2004, entretanto sem significância estatística. Os pacientes apresentaram sobrevida global em cinco anos de 35% e de 26% quando considerados apenas aqueles com adenocarcinoma de cabeça de pâncreas. CONCLUSÕES: A duodenopancreatectomia é um procedimento cirúrgico complexo, com elevada morbi-mortalidade. Entretanto, com o aumento da experiência das equipes cirúrgica, anestésica e de medicina intensiva, observa-se uma redução nas taxas de complicação.
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OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é avaliar o resultado da experiência de 120 casos operados pela mesma equipe, fazendo uso da técnica vídeo-assistida. MÉTODO: Entre setembro de 2004 e fevereiro de 2006 foram realizadas 120 tireoidectomias video-assistidas, sendo 119 em pacientes do sexo feminino e um em paciente do sexo masculino. A idade variou de 19 a 58 anos, com média de 34. O procedimento foi indicado para pacientes com suspeita de malignidade, na ausência de tireoidite, cirurgia anterior sobre a glândula tireóide ou radioterapia prévia, em glândulas com tamanho ultrassonográfico inferior a 20cc e nódulos com até 3cm de diâmetro. RESULTADOS: O tempo de operação variou entre 25 e 180 minutos, com tempo médio de 85 minutos para tireoidectomia total e 59 para parcial. O tamanho da cicatriz variou de 1,6 a 3,5cm, com média de 2,5cm. São relatadas quatro conversões. O índice de disfonia relatado foi de 5,8%. Não houve nenhum caso de hipoparatireoidismo ou hematoma. Todos os pacientes receberam alta no 1º dia de pós-operatório. CONCLUSÃO: A tireoidectomia video-assistida é uma nova forma de cirurgia sobre a tireóide, com índice de complicações comparável à técnica convencional, parecendo haver vantagem no que diz respeito ao tamanho da cicatriz cirúrgica e evolução pós-operatória. Outros fatores como tempo de operação, custo e exeqüibilidade em nosso meio necessitam de maior número de casos para uma avaliação mais criteriosa.
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OBJETIVO: avaliar a influência do DMSO sobre o estresse oxidativo e a regeneração hepática pós-HP via um modelo experimental. MÉTODO: 36 ratos Wistar machos jovens foram aleatoriamente distribuídos em dois Grupos de 18 animais: parcialmente hepatectomizados com infusão diária de solução salina (controle) e parcialmente hepatectomizados com aporte diário intraperitoneal de DMSO, todos por duas semanas. Nos tempos 36h (T1), 168h (T2) e 336h (T3) pós-HP, glutationa (GSH) foi medida no plasma e no tecido hepático, enquanto glicose e bilirrubina total foram aquilatados no sangue. A massa do fígado residual, nos mesmos tempos, foi o parâmetro utilizado para estimar a evolução da regeneração do fígado. RESULTADOS: DMSO baixou os níveis de GSH hepático e sangüíneo mas não interferiu na evolução da massa em regeneração. CONCLUSÃO: DMSO inibiu o estresse oxidativo pós-HP mas não mostrou alterações significantes na regeneração hepática em ratos.
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OBJETIVO: Relatar a experiência com a utilização do retalho musculocutâneo do tensor da fáscia lata (TFL em diferentes situações clínicas, evidenciando suas diversas aplicações, analisando e discutindo as indicações, resultados e complicações. MÉTODO: Entre janeiro de 2003 e dezembro de 2005 dezessete retalhos miocutâneos do TFL foram realizados para cobertura cutânea em uma variedade de defeitos em quinze pacientes.Durante o ato operatório a equipe optou pelo posicionamento do paciente em decúbito lateral em oposição ao lado da lesão a ser reparada. RESULTADOS: Houve sucesso com cobertura cutânea adequada em todos os casos. Em quatro destes ocorreu necessidade de enxerto de pele parcial na área doadora. Em dois casos houve isquemia distal do retalho e em um aconteceu pequena deiscência de sutura em zona doadora. CONCLUSÃO: O retalho miocutâneo do tensor da fáscia lata, portanto, possibilita uma excelente cobertura cutânea para tratamento de defeitos em diversos segmentos anatômicos com pouca morbidade em área doadora.
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OBJETIVO: Investigar o estresse oxidativo durante a regeneração hepática em ratos submetidos à hepatectomia (HP) e, ao mesmo tempo, avaliar a função hepática enquanto em regeneração. MÉTODO: 36 ratos Wistar machos jovens foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos de 18 animais: submetidos somente à laparotomia (controle, Grupo G1) e parcialmente hepatectomizados (experimento, Grupo G2). Nos tempos 36h (T1), 168h (T2) e 336h (T3) pós-HP, GSH foi medida no plasma e no tecido hepático, enquanto Gli e BT foram aquilatados no sangue. A massa do fígado residual foi utilizada para estimar a evolução da regeneração hepática. RESULTADOS: Houve diferença estatisticamente significativa no crescimento dos lobos residuais nos grupos controle e experimento. GSH hepático e plasmático se mostraram significantemente maior nos animais parcialmente hepatectomizados.,em todos os tempos. Hiperglicemia estatisticamente significativa ocorreu nos ratos pós-HP nos tempos T2 e T3. A BT não apresentou qualquer alteração entre os grupos. CONCLUSÃO: Durante a regeneração hepática pós-HP em ratos há um aumento do estresse oxidativo e o fígado residual permanece apto na manutenção da homeostase orgânica.
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OBJETIVO: Os autores apresentam a experiência no tratamento laparoscópico do cisto hepático não parasitário. MÉTODOS: No período de maio de 2003 a agosto de 2006, treze pacientes com cisto hepático não parasitário foram submetidos a tratamento com fenestração laparoscópica. Havia dois pacientes do sexo masculino (15,4%) e onze do sexo feminino (84,6%), com idade média no momento do diagnóstico de 48,3 anos (variação de 35 a 72 anos). A maioria dos pacientes apresentava dor e desconforto abdominal, dispepsia e saciedade precoce ao diagnóstico. A tomografia computdorizada do abdome foi realizada em todos os pacientes e o cisto solitário diagnosticado em onze pacientes (84,6%) e doença policística em dois pacientes (15,4%). O tamanho médio do cisto solitário era 11,3 cm (variação de 9,5 a 17 cm) e doença policística era 10,6 cm (um paciente com o maior cisto de 9,2 cm e o outro com 12,1 cm). A cirurgia foi indicada devido a todos os pacientes se apresentarem sintomáticos e a técnica utilizada foi a fenestração laparoscópica. RESULTADOS: O procedimento de fenestração laparoscópica foi realizado com êxito em todos os pacientes. O tempo operatório médio foi de 85 min (variação de 53 a 110 minutos). Não ocorreu óbito ou complicações intra-operatórias. Complicações pós-operatórias foram observadas em dois pacientes (15,4%). Fístula biliar em um paciente e ascite em outro paciente, sendo tratados de forma conservadora com sucesso. O tempo médio de internação hospitalar foi de 3,5 dias (variação de 2 a 9 dias) e o seguimento médio foi de 36 meses. Foi observada uma recorrência assintomática (7,6%) em paciente com doença policística após dois anos de seguimento. CONCLUSÃO: A fenestração laparoscópica é o método preferido para o tratamento do cisto hepático não parasitário. Este procedimento apresenta baixa morbidade associada a recorrência incomum. A adequada seleção dos pacientes e a técnica cirúrgica laparoscópica são fatores fundamentais para o tratamento destes pacientes.
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OBJETIVO: Apresentar a nossa experiência com a colecistectomia laparoscópica no tratamento da colelitíase em transplantados. MÉTODOS: Dados demográficos, medicamentos utilizados e dados operatórios e pós-operatórios de todos transplantados que foram submetidos à colecistectomia laparoscópica por colelitíase no nosso hospital foram obtidos. Resultados: Quinze pacientes (13 transplantes renais e dois transplantes de medula óssea) foram submetidos à colecistectomia laparoscópica. Todos pacientes foram internados no hospital no dia da operação. O esquema imunossupressor não foi modificado durante a hospitalização. A apresentação clínica da colelitíase foi cólica biliar (n=12), colecistite aguda (n=2) e icterícia (n=1). A colecistectomia transcorreu sem intercorrências em todos pacientes. Complicações pós-operatórias foram náusea e vômitos em dois pacientes, intubação traqueal prolongada em um, infecção de ferida operatória em um e hematoma superficial grande em um paciente. CONCLUSÃO: Colecistectomia laparoscópica é associada à baixa morbidade e mortalidade e bom prognóstico pós-operatório em pacientes transplantados com colecistite não complicada.
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OBJETIVO: Testar a eficácia de equipamento de detecção gama intra-operatória (DGI) desenvolvido pelo IPEN (Brasil), em procedimentos de biópsia de linfonodo sentinela (BLS) no melanoma e no câncer de mama. MÉTODOS: Foram estudados 40 pacientes portadores de melanoma ou câncer de mama com indicação para realização de BLS.Todos pacientes foram submetidos à linfocintilografia e a BLS ocorreu entre 2 a 24 horas após a mesma. Concomitantemente à DGI, realizou-se o mapeamento linfático com corante vital. Foram feitas leituras com o equipamento convencional Neoprobe® 1500 e com o equipamento em teste (IPEN) dos valores de captação do sítio de injeção do radiofármaco, do LS in vivo e ex vivo e da captação de fundo. Foi registrado se o LS estava corado e se o cirurgião teve facilidade para encontrá-lo. Nos primeiros 20 pacientes utilizou-se o equipamento convencional e depois o de teste; nos outros 20, utilizou-se primeiro o equipamento em teste, com objetivo de verificar se o mesmo identificava primariamente o LS. RESULTADOS: Dos quarenta pacientes, 33 eram portadores de tumor de mama e sete de melanoma cutâneo; variação da idade: 21 a 68 anos (mediana= 46 anos); 35 mulheres e 5 homens. Em apenas um paciente o LS não foi encontrado, nem pela DGI nem pelo corante vital. Não houve diferença estatística entre as razões ex vivo/fundo obtidas com os dois equipamentos (p=0, 2583-ns). CONCLUSÃO: É possível realizar o procedimento de BLS com o equipamento brasileiro desenvolvido pelo IPEN, com facilidade e sem prejuízo para o paciente.
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OBJETIVO: Discutir aspectos epidemiológicos, clínicos, anátomo-patológicos e terapêuticos de cistos mesentéricos atendidos em hospitais do Estado de Sergipe. MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo e transversal, consistindo de um levantamento de uma série de casos de cistos mesentéricos, nos arquivos do Laboratório de Patologia da Universidade Federal de Sergipe no período de 1995 a 2007. Revisaram-se os prontuários dos pacientes para coleta de dados: gênero, idade, quadro clínico, exames complementares e abordagem terapêutica. RESULTADOS: Foram encontrados 18 casos de cistos mesentéricos. O gênero predominante foi o feminino (72,2%). A média de idade dos pacientes ao diagnóstico foi de 30,48 anos. Os sintomas mais freqüentes foram dor e massa abdominal. A ultra-sonografia de abdome, realizada em todos os pacientes, não foi conclusiva em metade dos casos. Tomografia computadorizada de abdome com contraste foi realizada em seis casos, sendo a tumoração cística bem evidenciada em todos estes. Quanto ao tipo histopatológico foram encontrados oito linfangiomas, oito cistos mesoteliais, um cisto hemorrágico em organização e um cisto mucinoso. O tratamento cirúrgico foi empregado em todos os casos. Hemorragia intracística foi a principal complicação apresentada, ocorrendo em três casos. CONCLUSÃO: Os cistos mesentéricos apresentaram-se clinicamente com sintomas inespecíficos e pouco sintomáticos. Quanto ao diagnóstico, a tomografia computadorizada mostrou ser mais efetiva que a ultrassonografia. Linfangiomas e mesoteliomas foram encontrados em proporções iguais. A ressecção completa do cisto foi o tratamento de eleição e não houve óbitos no pós-operatório.