1000 resultados para Artrópodes. Lagartos. Largura de Nicho. Ontogenia. Plasticidadecomportamental. Sazonalidade
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo obter uma equação, por meio de medidas lineares dimensionais das folhas, que permitisse a estimativa da área foliar de Momordica charantia e Pyrostegia venusta. Entre maio e dezembro de 2007, foram estudadas as correlações entre a área folia real (Sf) e as medidas dimensionais do limbo foliar, como o comprimento ao longo da nervura principal (C) e a largura máxima (L) perpendicular à nervura principal. Todas as equações, exponenciais geométricas ou lineares simples, permitiram boas estimativas da área foliar. Do ponto de vista prático, sugere-se optar pela equação linear simples envolvendo o produto C x L, considerando-se o coeficiente linear igual a zero. Desse modo, a estimativa da área foliar de Momordica charantia pode ser feita pela fórmula Sf = 0,4963 x (C x L), e a de Pyrostegia venusta, por Sf = 0,6649 x (C x L).
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O conhecimento da área foliar de plantas daninhas pode auxiliar o estudo das relações de interferência entre elas e as culturas agrícolas. O objetivo desta pesquisa foi determinar uma equação matemática que estime a área foliar de Merremia aegyptia, a partir da relação entre as dimensões lineares dos limbos foliares. Folhas da espécie foram coletadas de diferentes locais na Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, Brasil, medindo-se o comprimento (C), a largura máxima (L) e a área foliar de três tipos de folíolos. Foram estimadas equações lineares (Y = a*X) para cada tipo de folíolo. A área foliar da espécie pode ser estimada pelo somatório das áreas dos limbos foliares de cada tipo de folíolo, por meio da equação AFest = 0,547470(X) + 1,145298(Y) + 1,244146(Z), em que X indica C*L do folíolo principal e Y e Z indicam C*L médios dos folíolos primário e secundário, respectivamente.
Resumo:
A área foliar é uma das principais características para avaliar o crescimento vegetal. Objetivou-se neste trabalho determinar uma equação matemática para estimar a área foliar de Pistia stratiotes a partir de dimensões lineares dos limbos foliares. A pesquisa foi desenvolvida na Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal-SP, Brasil. Cem folhas, coletadas no ambiente natural, foram eletronicamente medidas em comprimento (C), largura máxima (L) e área foliar (AF). Os dados de AF e C × L foram submetidos à análise de regressão linear, determinando-se uma equação matemática para estimar a área foliar da espécie. A análise de variância sobre a regressão linear e a análise de correlação entre os valores de área foliar e estimada foram significativas (p < 0,01). A área foliar de P. stratiotes pode ser estimada pela equação: AF = 0,79499 (CL).
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A área foliar é uma das principais características usadas para avaliar o crescimento vegetal. O objetivo desta pesquisa foi determinar uma equação matemática para estimar a área foliar de Synedrellopsis grisebachii - uma importante planta daninha no Brasil - a partir de dimensões lineares dos limbos foliares. Duzentas folhas foram medidas em comprimento (C), largura máxima (L) e área foliar real (AF). Os dados de AF e CxL foram submetidos à análise de regressão linear, determinando-se uma equação matemática para estimar a área foliar da espécie. A correlação entre os valores de área foliar real e estimada foi significativa. Portanto, a área foliar de S. grisebachii pode ser estimada satisfatoriamente pela equação: AF = 0,730829(C×L).
Resumo:
A fim de avaliar o efeito do regulador de crescimento trinexapac-ethyl em diferentes doses e épocas de aplicação em dois híbridos de milho, instalaram-se dois experimentos em Ponta Grossa, PR, Brasil, no ano agrícola de 2010/11. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, em esquema fatorial 4 x 4 (doses x épocas de aplicação), com quatro repetições. Os tratamentos constaram da aplicação do trinexapac-ethyl (Moddus®) nas doses de 0,0, 187,5, 375,0 e 562,5 g ha-1 nos estádios V2, V4, V6 e V8 do milho, nos híbridos Status TL e Maximus TLTG. Avaliaram-se características agronômicas, componentes de produção e produtividade. A época de aplicação do trinexapac-ethyl não afetou características agronômicas e a produtividade dos dois híbridos de milho. Em relação à dose do regulador, somente o Maximus TLTG mostrou aumento da largura e diminuição do comprimento das folhas com o incremento da dose do produto, sem efeitos substanciais nos componentes da produção e na produtividade. Os resultados mostraram pouca resposta dos híbridos avaliados à dose e época de aplicação do trinexapac-ethyl; ao contrário do trigo, o uso na cultura deve ser mais bem avaliado, especialmente em relação à dose do produto e à reação de híbridos.
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RESUMO - (Produção de serapilheira e retorno de nutrientes em um trecho de Mata Atlântica secundária, na Reserva Biológica de Paranapiacaba, SP). A produção e o conteúdo de nutrientes da serapilheira foram quantificados em área de Mata Atlântica na Reserva Biológica de Paranapiacaba, estado de São Paulo, não afetada pela poluição aérea do pólo industrial de Cubatão. Os objetivos do estudo foram realizar uma comparação com resultados de trabalho semelhante, desenvolvido em áreas da Reserva mais e menos afetadas pela poluição e determinar a extensão dos impactos desse estresse naquela região. Utilizaram-se 30 coletores de 0,25 m² com coletas mensais durante um ano (abr/88 a mar/89). As amostras mensais foram separadas em folhas, ramos, partes reprodutivas e miscelânea, pesadas e analisadas quanto aos teores de N, P, K, Ca, Mg e S. A produção anual de serapilheira total foi de 7007 kg.ha-1 (72% de folhas, 22% de ramos, 4% de miscelânea e 2% de partes reprodutivas). A produção de serapilheira foi contínua ao longo do ano, sem apresentar efeitos de sazonalidade. As folhas apresentaram os maiores teores de Ca e Mg, e a miscelânea, os maiores de N, P, K e S. O retorno de macronutrientes pela serapilheira total produzida obedeceu à seqüência decrescente dada por N>Ca>S>K>Mg>P. Com base em comparações com resultados obtidos em outros estudos desenvolvidos em florestas tropicais e na própria Reserva de Paranapiacaba, conclui-se que o trecho da floresta estudado não apresenta alterações causadas pela poluição nessa etapa da ciclagem de nutrientes.
Resumo:
O objetivo deste trabalho é de comparar a diversidade específica e a estrutura comunitária de mata de várzea (MV), inundada anualmente, e de mata mesófila semidecídua submontana (MS) situada em áreas adjacentes a cursos dágua, mas que não sofre inundações freqüentes. Para realizar esta comparação, foram estudados 15 fragmentos de mata ao longo do rio Jacaré-Pepira, no centro do estado de São Paulo. Utilizou-se o método de quadrantes para amostrar os indivíduos dos estratos arbóreo e arbustivo com 3 cm ou mais de diâmetro do caule a 1,3 m de altura do solo. Os fragmentos de MV apresentam uma baixa diversidade (1,6 nats/tree £ H £ 2,9 nats/ind.) em relação aos fragmentos de MS (3,2 nats/ind. £ H £ 4,3 nats/ind.). Essa diferença é significativa numa análise discriminante (F= 9,544, p= 0,013). No entanto, alguns fragmentos podem conter os dois tipos de mata (MV e MS) e apresentarem, então, valores altos de diversidade (H próximo de 3,9 nats/ind.). Em relação à densidade total (DT) e à área basal total (ABT), os valores apresentam grandes variações, particularmente para os fragmentos de MS (2040 ind./ha £ DT £ 5479 ind./ha; 21,05 m2/ha £ ABT £ 65,35 m2/ha). Nenhum destes dois parâmetros permite distinguir significativamente MS de MV (p > 0,05). Os valores do Índice de Valor de Cobertura (IVC) mostram que os fragmentos de MV apresentam sempre as mesmas espécies de maior IVC (Croton urucurana e Inga affinis ), enquanto os fragmentos de MS apresentam uma grande variedade de espécies de maior IVC, apesar dos levantamentos terem sido feitos num trecho curto do rio e em condições semelhantes de solo e topografia. Nas bordas dos rios, existe uma faixa de mata transicional, de largura variável em função do relevo e da descarga do rio, que apresenta estruturas intermediárias entre as de MV e MS.
Resumo:
A diversidade e a ocorrência de fungos em folhas em decomposição nos ambientes terrestre e aquático foram estudadas durante o verão e inverno sob floresta de Eucalyptus spp., mata secundária e mata de interseção na Ilha dos Eucaliptos, Represa do Guarapiranga, São Paulo, SP. Um total de 41 táxons de fungos filamentosos (98 ocorrências) foram encontrados, dos quais 36 pertenciam ao grupo dos fungos mitospóricos, quatro à Zygomycota e um à Ascomycota, através do método de lavagem de discos de folhas seguido por plaqueamento em meio de cultura. Deste total, foram registrados 28 táxons (37 ocorrências) na área dos Eucalyptus spp., 21 táxons (33 ocorrências) na área da mata secundária e 20 táxons (28 ocorrências) na mata intermediária. As folhas submersas apresentaram micota mais diversificada, composta por 35 táxons (58 ocorrências), enquanto que a micota das folhas sobre o solo aumentou somente 19 táxons (40 ocorrências). O índice de Sorensen revelou uma maior similaridade (58,54%) entre as micotas da mata de interseção e a da mata secundária, seguida pela mata de interseção e a floresta dos Eucalyptus spp. (54,17%). As micotas da floresta de Eucalyptus spp. e a da mata secundária foram as mais diferentes entre si (similaridade = 44,9%). Concomitantemente às coletas das folhas submersas, foram determinados alguns parâmetros abióticos na água, como temperatura a 10 cm de profundidade, pH e teor de oxigênio dissolvido. As médias foram comparadas por análise de variância (ANOVA). No verão, estas variáveis foram significativamente mais elevadas na mata secundária do que nas outras áreas. Há indícios de que o tipo de vegetação e a sazonalidade atuem significativamente sobre os fungos decompositores das folhas. De acordo com os resultados, observa-se que a Ilha dos Eucaliptos oferece condições para o desenvolvimento de uma micota diversificada e com elevados índices de ocorrências, sendo local adequado para estudos mais amplos sobre os fungos sapróbios em sistemas lênticos.
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Hymenaea intermedia Ducke é uma Leguminosae-Caesalpinioideae de grande porte, encontrada em áreas de floresta nos Estados do Pará e Amazonas. O trabalho objetivou estudar as características biométricas de frutos e sementes de H. intermedia e o efeito da escarificação na germinação das sementes. Determinou-se o comprimento, a largura e a espessura de frutos e sementes, o número de sementes por fruto, a porcentagem e o tempo médio de germinação e a porcentagem de plântulas anormais e de sementes mortas, em sementes escarificadas e testemunha. A escarificação foi realizada com esmeril elétrico, na parte basal da semente. A semeadura foi efetuada em substrato de areia e serragem (1:1), em quatro repetições de 50 sementes, em delineamento inteiramente casualizado. Comprimento, largura e espessura dos frutos variaram de 26,3 a 54,8 mm, de 19,1 a 43,8 mm e de 17,7 a 29,6 mm, respectivamente. Os frutos apresentaram de uma a três sementes, sendo baixa (4,1%) a porcentagem de sementes danificadas por insetos. Comprimento, largura e espessura das sementes variaram de 18,7 a 27,4 mm, de 12,2 a 16,1 mm e de 10,9 a 15,6 mm, respectivamente. Houve diferença (p<= 0,05) entre tratamentos apenas para tempo médio de germinação. Sementes escarificadas e não-escarificadas tiveram tempo médio de germinação de 18,9 e 68,6 dias e porcentagens de germinação de 96,0% e 95,5%, obtidas aos 25 e 418 dias, respectivamente. Sementes de H. intermedia apresentam tegumento impermeável à água de modo que a escarificação mecânica é um método eficiente na superação da dormência.
Resumo:
Neste trabalho, caracterizou-se a morfo-anatomia do caule e da folha de Brachiaria brizantha e B. humidicola, em três estratos, objetivando diferenciar tais estratos e espécies, bem como justificar, com estes parâmetros, a diferença de consumo que ocorre nessas espécies com o envelhecimento da planta. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se vasos plásticos com areia esterilizada e recebendo solução nutritiva. Aos 70 dias após o corte de uniformização, cada planta foi dividida em três partes (estratos), coletando-se a folha mediana de cada estrato, separando-a em limbo e bainha foliar, e também o entrenó recoberto pela referida bainha. Para o estudo morfológico, foram mensurados a altura total das plantas, número total de folhas, nós e perfilhos, comprimento e largura da lâmina e da bainha foliar, comprimento e diâmetro do entrenó. Para a caracterização anatômica, as amostras foram fixadas em FAA, emblocadas em GMA, seccionadas em micrótomo e coradas com fucsina básica e azul de Astra. Os estudos morfo-anatômicos indicaram parâmetros que podem interferir na digestibilidade de seus tecidos. Verificou-se que as espécies apresentaram diferenças quanto aos aspectos morfológicos, destacando em B. humidicola menores valores de comprimento e largura do limbo, o que pode dificultar a seleção das folhas inferiores, interferindo no consumo dessa forrageira. Constatou-se, também, que o caule foi a fração que mais variou entre as espécies, apresentando B. brizantha diâmetro do entrenó maior e "parede" do colmo mais espessa, o que, além de tornar o caule mais resistente à apreensão, sugere maior número de feixes vasculares e, conseqüentemente, porcentagem de tecidos lignificados. Observaram-se estruturas secretoras na base dos tricomas da bainha foliar de B. brizantha, sugerindo cavidades secretoras, bastante raras na família Poaceae, não havendo estudos de sua interferência no consumo e digestibilidade.
Resumo:
Neste estudo nós acompanhamos a fenologia de 19 espécies lenhosas de um cerrado sentido restrito na Reserva Ecológica do IBGE (15º55'06"-15º57'57" S e 47º51'22"-47º54'07" W), Brasília, DF. Censos quinzenais de observação foram realizados entre agosto de 2000 e outubro de 2003. A região apresenta uma evidente sazonalidade climática, com um período quente e chuvoso entre outubro e abril e um período frio e seco entre maio e setembro. A vegetação estudada foi classificada como sazonal semidecidual. A cobertura de copa da vegetação apresentou redução a partir do início do período seco, alcançando os menores valores de folhagem (cerca de 50%) no final deste período. Foram observadas espécies brotando e florescendo ao longo de todo ano, entretanto a produção de novas folhas e a floração foi intensa na transição entre o período seco e o chuvoso. Quatro grupos fenológicos vegetativos foram identificados: quatro espécies sempre verdes com crescimento contínuo, cinco sempre verdes com crescimento sazonal, oito brevidecíduas e duas decíduas. As espécies sempre verdes com crescimento contínuo produziram folhas ao longo do período chuvoso, enquanto as espécies dos demais grupos fenológicos formaram folhas intensamente no final do período seco. A maturação de frutos das espécies com dispersão autocórica e anemocórica ocorreu no período seco e aquelas com dispersão zoocórica dispersaram as sementes principalmente durante o período chuvoso. A disponibilidade de água no solo parece não ter restringido a produção de folhas e a reprodução na maioria das espécies, uma vez que os picos de brotação e de floração foram concentrados no fim do período seco. No entanto, fatores endógenos, como longevidade foliar e balanço hídrico interno; e exógenos, como demanda evaporativa e irradiação parecem estar relacionados aos padrões fenológicos observados.
Resumo:
Vários estudos têm procurado estabelecer relações entre as condições ambientais e as propriedades foliares. Neste trabalho foram medidas as concentrações de pigmentos (clorofilas a, b, carotenóides e antocianinas), N e P e área foliar específica (AFE) em folhas de seis espécies de cerrado (sendo três decíduas e três sempre-verdes) em dois sítios de cerrado stricto sensu com diferenças de cobertura arbustiva-arbórea e em diferentes períodos: início do período seco (junho), fim da seca (setembro) e início das chuvas (novembro). As concentrações de nutrientes variaram mais em função da fenologia e da sazonalidade do que em relação às diferenças estruturais nos sítios, ao contrário do que foi observado para os pigmentos foliares. Os maiores valores de concentração de clorofilas a e b foram encontrados no início (junho) em relação ao final da seca (setembro) nas duas áreas. Em junho, as concentrações de clorofilas a e b foram maiores na área mais densa enquanto a razão clorofila a/b foi menor. A razão clorofila total/carotenóides também foi significativamente maior no cerrado fechado em relação ao aberto nesse período devido às maiores concentrações de clorofilas no primeiro sítio. Espécies decíduas apresentaram maiores médias de AFE em relação às sempre-verdes, tanto na estação seca como na chuvosa, mas concentrações mais elevadas de N e P foram encontradas em espécies sempre-verdes em relação às decíduas. Nos dois grupos fenológicos, as concentrações foliares de N e P e a razão N:P foram maiores na estação chuvosa (novembro) em relação à estação seca (junho).
Resumo:
O presente trabalho vem contribuir com informações sobre a anatomia estrutural da madeira de raiz e caule de L. salviifolia Cham. (Verbenaceae). O estudo foi conduzido em área de cerrado, no Município de Pratânia, Estado de São Paulo (23º02'55,5" S e 48º31'26,1" W). Três espécimes de Lippia salviifolia foram coletados. Amostras do caule foram coletadas à altura do peito (AP), isto é, a 1,30 m do solo e as amostras de raiz foram coletadas de 30 a 40 cm da base do tronco. Houve variação qualitativa e quantitativa entre o lenho de raiz e de caule. As características quantitativas mais relevantes que diferenciam o lenho da raiz do de caule em L. salviifolia foram comprimento e freqüência de vasos, comprimento, diâmetro e espessura da parede das fibras e largura e altura de raios. Camadas de crescimento bem definidas foram observadas no lenho de caule e raiz. Placas de perfuração simples e múltiplas foram observadas nos elementos de vaso tanto no lenho de caule quanto no de raiz, entretanto placas radiadas foram encontradas apenas no lenho de raiz. Foram observadas fibras septadas e raios mais largos no lenho de raiz.
Resumo:
Este trabalho verificou a influência de dois ambientes distintos de cerrado na expressão de caracteres reprodutivos e vegetativos de Senna velutina. Casualmente, dez indivíduos de cada área foram escolhidos para caracterização de altura, número de flores, frutos e sementes, comprimento dos frutos, biomassa de sementes, fenofases de floração, formato foliolar, densidade e dimensões estomáticas. A densidade de ocorrência da espécie e o tipo de distribuição espacial foram também verificados. Na área de cerrado, o número e comprimento de frutos, o número e biomassa das sementes foram maiores quando comparados aos valores obtidos na borda de vereda. Por outro lado, o número de flores e botões foi maior no ambiente de borda de vereda. Não foram detectadas diferenças entre as áreas quanto à altura dos indivíduos, comprimento e largura dos folíolos, índice foliolar, comprimento das inflorescências, número de sementes viáveis, comprimento e largura dos estômatos e densidade estomática. O período de floração na vereda iniciou-se mais tardiamente, mas o período reprodutivo observado no cerrado sensu stricto foi mais longo do que na borda de vereda. Ambas subpopulações apresentaram padrão agregado de distribuição espacial. As respostas fenotípicas às diferenças ambientais registradas restringiram-se às estruturas reprodutivas, indicando haver maior canalização e, portanto, maior herdabilidade nas estruturas somáticas. O cerrado ofereceu condições mais favoráveis ao sucesso reprodutivo de S. velutina do que a borda de vereda.
Resumo:
Este estudo comparou e caracterizou a anatomia do lenho de Enterolobium contortisiliquum em ambientes distintos. As amostras foram coletadas de plantas ocorrentes na vegetação de Caatinga dos Municípios de Campina Grande, PB (7°11' S e 35°58' W), Buíque-PE (8°35' S e 37°14' S) e de Floresta Estacional Semidecídua nos Municípios de Taquara, RS (29°44' S e 50°50' W) e Santa Maria-RS (29°47' S e 53°34' W), totalizando vinte indivíduos. As áreas apresentam condições climáticas distintas, com Campina Grande e Buíque apresentando temperaturas mais elevadas e menor índice pluviométrico em comparação a Taquara e Santa Maria. Uma análise qualitativa foi realizada através da microscopia de luz (ML) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e à análise de variância (P ³ 0,05), De um modo geral, independente da procedência dos indivíduos examinados, o lenho de E. contortisiliquum apresentou vasos solitários e múltiplos; porosidade difusa; placa de perfuração simples; pontoações intervasculares e radiovasculares alternas, com formas poligonais; pontoações guarnecidas; presença de parênquima paratraqueal vasicêntrico; raios homogêneos, predominantemente com 3 a 4 células de largura. Foram observadas fibras gelatinosas. Todos os indivíduos analisados apresentaram camadas de crescimento. Uma maior quantidade de cristais e amido foi registrada em células do parênquima axial de plantas de menores latitudes. A análise de variância paramétrica confirmou associações entre ambiente e características anatômicas do lenho de E. contortisiliquum, mas com importantes diferenças quanto ao que foi registrado na literatura para outras espécies.