997 resultados para Abordagens
Resumo:
Este trabalho investiga a língua inglesa como requisito na formação dos pós-graduandos da Universidade Federal de São Paulo, analisando os rendimentos acadêmicos no exame de proficiência e nas autoavaliações em relação à língua, bem como a importância que esses alunos atribuem ao inglês nessa fase de formação. Desenvolveu-se uma pesquisa exploratória com abordagens quanti e qualitativa, análise documental, questionários e entrevistas. Identificou-se que os pós-graduandos se autoavaliam como bons leitores, consideram imprescindível o domínio da língua inglesa em seu cotidiano profissional e reconhecem que a maioria das pesquisas na área da saúde é veiculada em inglês. Seus rendimentos no exame de proficiência mostram que, de cada quatro alunos, um é reprovado na primeira tentativa; falam e escrevem pouco, e a maioria necessita de outro profissional para elaboração do abstract. Consideram o domínio da língua inglesa fundamental para profissionais que buscam se destacar num mundo competitivo, mas a exigência formal na pós-graduação é considerada uma sobrecarga. Entendemos que o inglês não é a língua dominante para a maioria dos pesquisadores, o que ocasiona um dilema para leitores e autores que querem atrair o interesse para seu trabalho. Apesar de a língua inglesa ser reconhecida como a língua franca da ciência e mediar o atual processo de publicação científica, esta discussão tem sido crescente e polêmica.
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Com a intensa produção e veiculação de informações científicas, tornou-se difícil para o profissional médico manter-se atualizado com os recursos habituais. A necessidade de conhecer e de participar de processos de formação continuada se impõe. Entre outras iniciativas, a Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina lançaram o Programa Nacional de Educação Continuada a Distância para médicos, buscando divulgar o conhecimento produzido nos grandes centros para profissionais de áreas mais remotas ou com reduzida disponibilidade de tempo. Tendo como pressu posto que a Sociedade do Conhecimento requer a formação inicial e continuada de profissionais e de cidadãos com um novo conjunto de competências para atuar com eficiência e responsabilidade, esses programas devem ser desenvolvidos com base em abordagens pedagógicas que efetivamente valorizem, além dos conteúdos de ensino, a disposição para a pesquisa, a autonomia na busca da informação, o espírito colaborativo e a postura ética, entre outras. No intuito de contribuir para essa reflexão, este texto tem por objetivos retomar o processo de formalização da educação médica continuada a distância no Brasil em termos didático-pedagógicos e analisar perspectivas dessas ações educativas.
Resumo:
A complexidade inerente à vida humana no período contemporâneo traz à luz novos desafios para os profissionais de saúde, concernentes às inter-relações entre saúde e espiritualidade. Para além dos limites da fisiologia corporal, a consideração do ser humano do ponto de vista integral representa um aspecto importante da formação dos profissionais da área. O objetivo deste artigo é abordar as interconexões entre saúde e espiritualidade, e contribuir para as reflexões a respeito das possíveis abordagens de inclusão destas questões nos currículos
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A evolução tecnológica tem permitido utilizar novas abordagens no processo de ensino-aprendizagem. Os serious games se relacionam com uma categoria especial de jogos, voltados a conteúdos e finalidades específicos, nos quais o jogador utiliza seus conhecimentos para resolver problemas, conhecer novas problemáticas e treinar tarefas. Uma das tecnologias propícias à construção de serious games é a Realidade Virtual, que oferece ambientes computacionais tridimensionais com formas avançadas de interação capazes de prover maior motivação ao processo de aprendizagem. No contexto da educação médica, tais aplicações apresentam um nicho ainda pouco explorado, se observados sua relevância e impactos na sociedade. Este artigo apresenta os serious games baseados em Realidade Virtual como uma proposta para o ensino de conteúdos específicos da área médica. Para isso, categoriza-os e apresenta o que tem sido desenvolvido nos últimos anos, seus componentes, características de desenvolvimento e suas potencialidades como oportunidades de pesquisa, desenvolvimento e negócios.
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INTRODUÇÃO: A sedimentação da qualidade teórica da educação médica é derivada de habilidades afetivas adequadas, passíveis de serem ensinadas e aprendidas. Essa aquisição, entretanto, requer abordagens curriculares diferenciadas, que propiciem a edificação de um vínculo profissional efetivo. OBJETIVO: Analisar a aquisição e evolução de atitudes dos discentes da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS). METODOLOGIA: Foram selecionados, por conveniência, 120 estudantes (25% de cada ano). O instrumento de coleta de dados constou de questionário estruturado e validado, com 52 itens do tipo Likert. Foram avaliados aspectos psicológicos de doenças orgânicas, situações relacionadas à morte, atenção primária em saúde, doença mental, contribuição do médico ao avanço científico da medicina e aspectos da prática médica. RESULTADOS: As atitudes positivas predominaram, destacando-se o amadurecimento importante nas questões ligadas à morte e dificuldades na abordagem da doença mental. A atenção primária em saúde obteve maior percentual positivo. CONCLUSÃO: O estudo traz subsídios indicativos de que a aprendizagem baseada em problemas (ABP) pode possibilitar uma prática médica de qualidade, utilizando-se de metodologias ativas, vivenciais e dinâmicas.
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INTRODUÇÃO: O internato médico compreende o período do curso de graduação em Medicina em que o educando recebe preparação para a prática médica. A avaliação contribui para a aquisição da competência clínica e, consequentemente, prepara o educando para a prática médica. OBJETIVOS: Estudar os métodos de avaliação discente no internato em Clínica Médica do curso de graduação em Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), campus Tubarão, por meio da análise da percepção de discentes e docentes envolvidos neste estágio do curso. MÉTODOS: Participaram da pesquisa 44 internos e 15 docentes do semestre letivo 2009/2. RESULTADOS: Os sujeitos da pesquisa percebem a existência e a necessidade de avaliação no internato, têm conhecimento das estratégias e itens utilizados no processo avaliativo e entendem que nesse processo são empregados métodos com medidas objetivas e subjetivas, com abordagens qualitativas e quantitativas. CONCLUSÕES: Sugere-se maior ênfase em conteúdo prático e capacitação docente, aliadas a uma lista de verificação ao final do estágio.
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O objetivo deste trabalho foi compreender a concepção dos docentes da área de Saúde Coletiva do curso de Odontologia da UFPB no uso do portfólio reflexivo. A adoção de novas abordagens metodológicas e consequente avaliação desses processos foram disparadas pelo Programa de Reorientação da Formação dos Profissionais em Saúde (Pró-Saúde). A abordagem qualitativa foi a opção metodológica, e os dados foram coletados por meio de entrevistas com os docentes. A análise dos dados foi realizada a partir da técnica de análise do conteúdo. Constataram-se duas dimensões do uso do portfólio. A primeira diz respeito ao seu uso como ferramenta de reflexão e acompanhamento das vivências dos estudantes. A segunda trata do fato de que essa experiência nesses dois anos reflete a necessidade de continuação dos registros, pois é uma forma de ampliar o processo de ensino-aprendizagem, além do diálogo entre professores e estudantes, oferecendo a criação de vínculo. Por fim, os docentes compreendem que é preciso o aprimoramento da aplicação do portfólio, o que tem acontecido de maneira gradual a cada semestre, contribuindo ativamente para a construção de profissionais mais reflexivos, críticos, norteando a autoavaliação e trabalhando a autonomia do estudante.
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O aborto faz parte da realidade brasileira e deve ser abordado pelos programas públicos de saúde e enfatizado na formação dos profissionais da área. Este trabalhou buscou identificar e comparar o conhecimento da legislação brasileira relativa ao aborto entre estudantes de curso médico, verificar entre os concluintes as abordagens recebidas com relação ao aborto durante o curso e discutir possíveis implicações para o desempenho profissional. A pesquisa foi realizada mediante a aplicação de um questionário estruturado a todos os estudantes do 1º e 6º ano do curso médico (90 alunos em cada turma) de uma Universidade pública do estado de São Paulo, e os dados foram analisados com o pacote estatístico SPSS, versão 17. Verificou-se que não há diferença entre o conhecimento dos alunos do 1º e 6º ano com relação aos casos previstos na legislação brasileira para a prática do aborto. Embora 87% dos concluintes mencionem ter recebido algum conteúdo a respeito do tema aborto, 72,7% não consideravam que esse conteúdo era suficiente para o conhecimento que deveriam ter na formação médica. Considera-se fundamental revisitar a formação médica que, além do conhecimento técnico, deve incorporar questões do direito sexual e reprodutivo na saúde da mulher.
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Este artigo descreve e analisa os objetivos, estratégias, problemas e dificuldades na implementação do Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas (Pró-Residência). Com base na descrição dos resultados dos dois Editais lançados em outubro de 2009 e nos avanços relacionados aos objetivos da política proposta, foi realizada uma pesquisa, sendo utilizadas abordagens qualitativas e quantitativas. A abertura de vagas pelo programa indicou melhor distribuição geográfica e priorização de especialidades estratégicas para o SUS, e os projetos de apoio matricial revelaram capacidade de gerar mudança no modelo de formação, iniciando uma nova relação entre as necessidades do sistema de saúde e a formação médica especializada. Conclui-se que a estratégia do apoio matricial constitui um modelo de política pública mais potente para gerar as mudanças necessárias na formação médica especializada. Porém, outras ações estruturantes para a residência médica, como um novo marco regulatório e Diretrizes Curriculares Nacionais, combinadas à implementação de políticas para gestão do trabalho médico especializado no SUS, são fundamentais para contribuir com a efetivação da política proposta.
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Objetivou-se com este estudo conhecer as vivências e abordagens de médicos envolvendo o processo de morte e morrer de pacientes idosos em ambiente hospitalar. O fato aqui abordado detém-se na formação acadêmica e no enfrentamento da morte. O estudo é qualitativo e tem caráter exploratório e descritivo. Para alcançar o objetivo proposto, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas em que participaram 11 médicos formados há mais de cinco anos, que atuam em um hospital de grande porte no interior do Rio Grande do Sul. Por meio da análise temática de conteúdo de Bardin, modificada por Minayo, foi possível construir cinco categorias. Aborda-se aqui apenas uma das categorias criadas para o estudo, que é "conversas sobre formação acadêmica". O estudo mostrou a preocupação do profissional médico quanto ao cuidado com o paciente e o respeito aos familiares, evidenciando, porém, a necessidade de reflexões com discussões amplas e profundas sobre a formação acadêmica, já que se percebe pelo estudo que, na visão de profissionais graduados há mais de cinco anos, a morte e o morrer não são contemplados nos projetos pedagógicos.
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OBJETIVOS: Investigar as concepções dos docentes do curso médico da Unimontes sobre vivências na aprendizagem ativa e currículo PBL. MÉTODOS: Participaram 38 docentes, tutores, construtores e coordenadores de módulo, instrutores e preceptores dos 1º, 7º e 11º períodos. Complementaram-se as abordagens quantitativa (questionário - analisado e expresso em gráficos) e qualitativa (entrevista semiestruturada - submetida à análise de conteúdo temática). RESULTADOS: Distinguiu-se nas concepções docentes a mudança de postura docente, destacando: maior responsabilidade com a aprendizagem do estudante (44 citações), participação ativa do docente na construção curricular (37 citações) e prática docente facilitadora da aprendizagem (32 citações). Constataram-se falta de compromisso/envolvimento docente (27 citações) e inexperiência docente com o PBL (12 citações). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Reconheceu-se a aprendizagem ativa como base para atuação profissional futura e o potencial do PBL como estratégia orientadora de currículos. O currículo revelou-se essencialmente desafiante pelo compromisso/capacitação docente para alcançar atuações diversificadas, multidisciplinares e facilitadoras da aprendizagem. Restam maiores estudos sobre repercussões do desempenho docente e diferenciais de aprendizagem do PBL na prática médica e na necessidade de saúde das pessoas.
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O presente estudo trata das tendências pedagógicas que norteiam a prática educativa dos professores de Enfermagem com o objetivo de analisá-las com base nos elementos que constituem a atividade docente. Utilizou-se a pesquisa descritivo-exploratória com abordagem qualitativa do tipo estudo de caso. Os sujeitos do estudo foram professoras de um curso de Enfermagem da Região Nordeste. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada. Na análise dos dados foi empregada a análise de conteúdo, que gerou três núcleos temáticos: tendência pedagógica: transição e conflito; elementos da atividade docente; as relações pedagógicas: os sujeitos da práxis pedagógica. Revelou-se uma transição de abordagens liberais para progressistas entre os docentes, acarretando um conflito entre metodologias e estratégias de ensino. Embora haja uma aproximação das concepções emancipatórias, ainda não se tem uma conformidade na prática pedagógica. Deste modo, o presente estudo contribui para ampliar o debate que envolve a temática, possibilitando melhor embasamento teórico para a discussão das questões referentes ao ensino de Enfermagem.
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O tema Práticas de Saúde apresenta-se como polissêmico, possibilitando múltiplas abordagens teóricas e metodológicas. Para definir o conteúdo da disciplina Iniciação às Práticas de Saúde do curso médico da Universidade Federal do Piauí, operou-se a bricolagem entre inúmeros significados de práticas de saúde, ordenando e conectando dimensões da prática médica aos princípios do SUS e ao sentido de emancipação e autonomia da prática pedagógica, apontando que temas dessa natureza podem ser contextualizados e organizados sob a forma de disciplina utilizando-se a bricolagem para articular aspectos aparentemente isolados e invisíveis, cujo sentido é atribuído intencionalmente pelo professor.
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O ensino médico há alguns anos vem passando por uma transição do modelo clássico teórico para abordagens práticas e baseadas em problemas. Fundamentando-se em uma abordagem prática ambulatorial, criou-se um projeto de extensão para o ensino simultâneo a alunos de diferentes anos do curso médico com uma população ribeirinha, em que cada acadêmico utilizou suas habilidades adquiridas no curso para a criação de um serviço ambulatorial (acolhimento, pré-consulta, consulta médica, vacinação e dispensação de medicamentos), de forma a promover um serviço de saúde. Esta ação ocorreu em áreas remotas da Amazônia brasileira, mostrando que é possível unir extensão e ensino na formação de médicos mais conscientes das diferentes realidades socioeconômicas e culturais brasileiras.
Resumo:
Os apelos para reformas na educação médica são constantes e têm sido objeto de recomendações produzidas nos últimos cem anos, destacando-se as resultantes da avaliação crítica feita por Abraham Flexner, em 1910, nos Estados Unidos da América. No presente trabalho, abordam-se as tendências e os desafios atuais da educação médica e da investigação em saúde, com ênfase para os países em desenvolvimento, ressaltando-se a realidade africana. Com base na bibliografia consultada, apontam-se e discutem-se alguns desafios que se colocam ao binômio educação médica/investigação em saúde em Angola, muito em especial no contexto da II Região Acadêmica, que integra as províncias de Benguela e Kwanza Sul, destacando-se: (i) a necessidade de incorporar novas abordagens curriculares para o reforço da aprendizagem ao longo da vida; (ii) a aquisição e o desenvolvimento de competências de investigação científica orientadas para a caracterização e intervenção sobre a situação de saúde local; (iii) a inovação dos métodos de ensino e a incorporação de novas tecnologias na educação e prática médica; (iv) a contribuição para o reforço e melhoria da distribuição de médicos na região.