996 resultados para Ácido linolênico
Resumo:
Introdução: existem múltiplos estudos acerca da interacção entre o ácido valpróico (AVP) e o meropenem, mas não estão bem definidas as recomendações para o seu uso concomitante, visto haver uns que indicam que os dois fármacos não devem ser administrados juntos e outros que apenas recomendam que os níveis de valproatémia sejam monitorizados. Também não existe informação consistente sobre possíveis repercussões clínicas desta interacção. O objectivo deste estudo foi analisar a interacção entre o AVP e o meropenem e as suas repercussões clínicas, em doentes hospitalizados e cronicamente medicados com o primeiro. Material e Métodos: trata-se de um estudo retrospectivo de uma amostra de doentes internados num hospital distrital no período de um ano. Os critérios de inclusão foram a existência de pelo menos uma determinação do nível sérico de AVP na semana anterior à prescrição de meropenem e outra durante o tratamento concomitante com os dois fármacos. Foi efectuada a análise estatística de 18 episódios. Resultados: Verificou-se um declínio médio estatisticamente significativo (p<0,001) de cerca de 83,4% dos níveis séricos de AVP após o início da terapêutica com meropenem e foram objectivadas crises convulsivas em 50% dos doentes. Discussão: a interacção entre os dois fármacos em questão é potencialmente grave, sendo que o número de doentes com manifestações clínicas desta interacção é maior que em estudos semelhantes. Conclusão: concluiu-se que a utilização concomitante dos dois fármacos deve ser evitada.
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O objetivo do presente trabalho foi analisar as características e os perfis lipídicos dos óleos brutos e refinados de rejeitos de carpa comum (Cyprinus carpio), obtidos através dos processos de ensilagem ácida e termomecânico de farinha de pescado. Também foram realizados o estudo da reação de alcoólise química do óleo de carpa e obtenção de concentrados de concentrados de ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs), através da reação de complexação com uréia. O rendimento obtido em óleo bruto para ambos os processos foi em torno de 85% em relação ao óleo presente nas vísceras de carpa. Os óleos brutos obtidos através do processo de ensilagem e do processo termomecânico apresentaram diferenças significantivas (P < 0,05) para ácidos graxos livres, índice de peróxido, valor do ácido tiobarbitúrico e cor Lovibond. Entretanto, os óleos refinados obtidos por ambos os processos não apresentaram diferença significativa para a cor Lovibond, ácidos graxos livres e valores do ácido tiobarbitúrico. Os principais ácidos graxos identificados nos óleos bruto, branqueado e refinado de vísceras de carpa foram oléico, palmítico, palmitoléico, linoléico e linolênico constituindo aproximadamente 69,6% dos ácidos graxo totais do óleo refinado. A relação ω3/ω6 foi de aproximadamente 1,05 para o óleo refinado. Assim, o óleo refinado das vísceras de carpa pode ser considerado uma rica fonte de ácidos graxos essenciais do grupo ω3 e ω6. No estudo da reação de alcoólise química e obtenção dos concentrados de ácidos graxos poliinsaturados, foi realizada a comparação de três tratamentos para reação de alcoólise variando-se a concentração molar óleo:álcool (1:21, 1:27 e 1:39). Os tratamentos apresentaram diferenças significativas para as respostas rendimento em massa de ácidos graxos livres e índice de acidez. O maior rendimento para a reação de alcoólise foi utilizando a concentração molar de 1:39 (óleo:álcool). Na fração não complexada com uréia obteve-se aumento percentual de ácidos graxos insaturados e poliinsaturados de 31,9%, redução de saturados de 75%, e aumento do conteúdo dos ácidos graxos eicosapentaenóico e docosahexaenóico (EPA+DHA) de 85,3%. A fração não complexada com uréia pode ser considerada uma rica fonte de ácidos graxos poliinsaturados e insaturados com um total de 88,9% desses ácidos graxos.
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Dissertação de Mestrado, Engenharia Zootécnica, 7 de Abril de 2016, Universidade dos Açores.
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O crescimento da população mundial e a tentativa de substituição parcial dos combustíveis fósseis por novas fontes de energia têm levado a uma maior atenção quanto à possível escassez de alimentos e a carência de grandes áreas disponíveis para agricultura. Microalgas, por meio do metabolismo fotossintético, utilizam energia solar e gás carbônico como nutrientes para o crescimento. A microalga Spirulina pode ser utilizada como suplemento alimentar, na biofixação de CO2, como fonte de biocombustíveis e no tratamento de efluentes. A digestão anaeróbia da biomassa microalgal produz biogás e os resíduos deste processo podem ser utilizados como substrato para novos cultivos da microalga. O objetivo deste trabalho foi estudar a conversão de Spirulina sp. LEB-18 em biogás em escala piloto e produzir biomassa microalgal utilizando os efluentes bicarbonato e dióxido de carbono do processo anaeróbio como fonte de nutrientes. Spirulina foi utilizada como substrato na digestão anaeróbia para produção de biogás em escala piloto sob temperaturas variáveis (12- 38 °C). Efluente do processo anaeróbio foi adicionado (20 %, v/v) como fonte de carbono no cultivo da microalga para avaliar o crescimento e a composição da biomassa. A seguir foi avaliada a capacidade da microalga de remover CO2 presente no biogás através de biofixação para obtenção do biocombustível purificado. O biogás produzido sob as diferentes temperaturas apresentou entre 72,2 e 74,4 % de CH4, quando realizado nas temperaturas 12 a 21 °C e 26 a 38 °C, respectivamente. A redução na temperatura do processo anaeróbio provocou um decréscimo na conversão de biomassa em biogás (0,30 para 0,22 g.g-1 ), ocorrendo dentro da faixa adequada e segura para as bactérias metanogênicas (pH 6,9; alcalinidade entre 1706,0 e 2248,0 mg.L-1 CaCO3 e nitrogênio amoniacal 479,3 a 661,7 mg.L-1 ). Os cultivos de Spirulina sp. LEB-18 em efluente anaeróbio contendo 20 % (v/v) e meio Zarrouk modificado (NaHCO3 2,8 e 5,3 g.L-1 ) apresentaram velocidade específica máxima de crescimento entre 0,324 e 0,354 d-1 , produtividade volumétrica entre 0,280 e 0,297 g.L-1 .d-1 e produtividade areal entre 14,00 e 14,85 g.m-2 .d-1 , sem diferenças significativas (p > 0,05) entre as diferentes condições estudadas. Lipídios variaram entre 4,9 e 5,0 % com proporção de ácido linoleico maximizada nos meios com efluente e ácido alfa-linolênico reduzida nesses meios em comparação ao meio Zarrouk completo. Nos ensaios para avaliar a capacidade da microalga Spirulina sp. LEB-18 de remover CO2 contaminante no biogás, as máximas concentrações celulares e produtividades de biomassa variaram, respectivamente, entre 1,12 e 1,24 g.L-1 e 0,11 e 0,14 g.L-1 .d-1 , não apresentando diferenças significativas (p > 0,05) entre os ensaios. A maior fixação diária total (FDT) de dióxido de carbono obtida foi 58,01 % (v/v) em cultivos com adição de biogás contendo 25 % (v/v) CO2. Obteve-se biogás com 89,5 % (v/v) de CH4 após injeção em cultivos de Spirulina, no qual aproximadamente 45 % (v/v) do CO2 injetado foi fixado pela microalga, gerando biomassa para diversas aplicações e biogás purificado.
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Diante da grande quantidade de glicerol bruto gerado na síntese do biodiesel e seu baixo valor comercial, torna-se fundamental encontrar formas alternativas para converter este substrato em produtos com valor agregado. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar diferentes leveduras oleaginosas capazes de metabolizar o glicerol bruto, gerado como coproduto na síntese de biodiesel, visando produzir biomassa como fonte de lipídios. Todos os cultivos foram realizados em frascos agitados, em condições estabelecidas de acordo com cada etapa do trabalho, sendo obtidos dados relativos ao crescimento celular e à produção de lipídios, tratados estatisticamente conforme o propósito. Lipomyces lipofer NRRL Y-1155 apresentou diferenças significativas em relação às outras leveduras oriundas de banco de cultura, atingindo 57,64% de lipídios na biomassa. Estas leveduras apresentarem perfis de ácidos graxos diferenciados, semelhantes aos dos principais óleos vegetais utilizadas na síntese de biodiesel, com predominância de ácidos graxos poli-insaturados, especialmente ácido linoleico (68,3% na levedura Rhodotorula glutinis NRRL YB-252). O ácido gama-linolênico, um ácido graxo essencial ω6, foi detectado em todas as leveduras analisadas, sendo que na biomassa de Candida cylindracea NRRL Y-17506 chegou a 23,1%. Através de um planejamento experimental Plackett-Burman, verificou-se que as variáveis concentração de extrato de levedura e de MgSO4.7H20 demonstraram maior influência na produção de lipídios por uma linhagem silvestre de Rhodotorula mucilaginosa. Para esta levedura, a partir da análise de efeitos foi possível estabelecer a seguinte condição para a produção de lipídios: 30,0 g.L-1 glicerol; 5,0 g.L-1 KH2PO4; 1,0 g.L-1 Na2HPO4; 3,0 g.L-1 MgSO4.7H2O; 1,2 g.L-1 extrato de levedura; pH inicial 4,5; temperatura 25°C. Nestas condições conseguiu-se um teor de lipídios de 59,96% e lipídios totais produzidos de 5,51 g.L-1 . Também foi possível observar aumento no teor de lipídios da biomassa ao longo do tempo de cultivo, bem como o aumento do teor relativo do ácido linoleico, que atingiu 52%. Dentre as leveduras isoladas a partir de amostras ambientais do Extremo Sul do Brasil, a levedura identificada como Cryptococcus humicola se destacou das demais, apresentando proporção de 23,5% de ácidos graxos saturados, 14,8% de ácidos graxos monoinsaturados e 54,9% de ácidos graxos poli-insaturados, destacando-se o ácido linoleico. O planejamento Plackett-Burman foi também utilizado para esta levedura, sendo que as variáveis concentração de extrato de levedura e glicerol bruto demonstraram maior influência na produção de lipídios. Posteriormente, um delineamento composto central rotacional (DCCR) foi proposto visando à otimização da produção de lipídios. Os modelos empíricos preditivos obtidos para biomassa máxima e lipídios totais permitiram estabelecer para a produção de lipídios por Cryptococcus humicola a seguinte condição otimizada: 100,0 g.L-1 glicerol; 5,0 g.L-1 KH2PO4; 1,0 g.L-1 Na2HPO4; 4,8 g.L-1 extrato de levedura; pH inicial 4,5; temperatura 25°C. Esta condição representou um incremento de cerca de 2 vezes nos lipídios totais em relação à melhor condição estabelecida pelo planejamento Plackett-Burmann e um acréscimo de cerca de 4,8 vezes em relação às condições testadas inicialmente, atingindo 37,61% de lipídios e 8,85 g.L-1 de lipídios totais. Deste modo, os propósitos de valorização de um coproduto oriundo da síntese de biodiesel, bem como a produção de um óleo com potencial para a produção de biodiesel, foram cumpridos.
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Introdução e Objetivos: Nos últimos anos tem-se verificado um aumento na procura de sementes oleaginosas, sobretudo de girassol, sésamo, linhaça e pevides de abóbora, porque o seu consumo está associado a efeitos benéficos para a saúde. Recentemente, surgiram no mercado "novas" sementes que agora fazem parte da nossa alimentação, como por exemplo, as sementes de chia e de papoila. Normalmente, este tipo de produtos são adicionados a outros alimentos como batidos, iogurtes, sumos de fruta, ou são usados como ingredientes na produção de produtos de padaria e/ou pastelaria. O objetivo deste trabalho foi determinar o perfil de ácidos gordos de diferentes tipos de sementes que estão frequentemente disponíveis no mercado Português. Material e Métodos: Foram adquiridas em 2015, nas superfícies comerciais e ervanárias da região de Lisboa, oito tipos de sementes. Determinou-se o perfil de ácidos gordos por cromatografia gasosa das seguintes amostras: Papoila (Papaver somniferum L.), chia (Salvia hispanica), alpista (Phalaris canariensis L.), cânhamo (Cannabis sativa L.), abóbora (Cucurbita L.), girassol (Helianthus annuus L.), sésamo (Sesamum indicum L.) e linhaça (Linum usitatissimum L.). Resultados e Discussão: Verificou-se que para as sementes de linhaça e chia o principal ácido gordo foi o ácido alfa-linolénico (C18:3, n3), com valores que variaram entre 45,9% e 64,4% do total de ácidos gordos, para sementes de linhaça e sementes de chia, respetivamente. Para as restantes amostras o principal ácido gordo foi o ácido linoleico (C18:2, n6). As sementes de papoila apresentaram o maior teor de ácido linoleico (71,6% do total de ácidos gordos), e as sementes de sésamo apresentaram o teor mais elevado de ácido oleico (39,6% do total de ácidos gordos). Conclusões: Todas as sementes analisadas apresentam um perfil de ácidos gordos saudável, sendo estes sobretudo ácidos gordos insaturados relacionados com efeitos benéficos na prevenção de doenças cardiovasculares. Este estudo fornece novos dados sobre o perfil de ácidos gordos de sementes oleaginosas amplamente disponíveis, que poderão ser úteis para avaliar o padrão alimentar da população Portuguesa, mas também para o desenvolvimento de futuras recomendações e orientações alimentares.
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The objective of this study was to analyze the electrochemical and acid-base disorders in high performance athletes during the World Karate Championship hosted by the WKO (World Karate Organization) in 2014. In this study 19 male athletes were analyzed (age 34 ± 8), black belts and with over 5 years of experience in the sport. Capillary blood samples from the digital pulp of the finger were collected in three stages: rest, 5 minutes after and 10 minutes after fighting (kumite). The sample was analyzed using blood gas analyzer GEM Premier 3000, using the parameters pH, Na+, K+, Ca2+, lactate e HCO3−. The values related to acid-base disturbance presented statistical differences (p <0.05) in most of the collected moments. The lactate levels found were 2.77 ± 0.97mmol / L in rest, 6.57 ± 2.1 for 5 minutes after and 4.06 ± 1.55 for 10 minutes after combat. The samples collected for the electrolytic markers showed no statistical differences in their values (p <0.05). Through the data collected, we conjecture that the sport can be characterized as a high-intensity exercise and with a predominance of the glycolytic system. The analysis of acid-base disturbance is an efficient method to assist in the control of training loads.
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Al monitorear los cambios en el ambiente lumínico, las plantas pueden obtener información acerca de la proximidad de las plantas vecinas. Los jasmonatos (JAs) son reguladores lipídicos que juegan un papel central en el control de las respuestas de defensa frente a patógenos y plagas, así como también en la regulación de los procesos de crecimiento y desarrollo. Una disminución en la relación rojo: rojo lejano (R:RL) de la luz representa una señal de competencia para las plantas terrestres. Esta señal es detectada por el fotorreceptor fitocromo B (phyB) y, entre otras cosas, induce la aceleración del crecimiento y elongación y reprime la expresión de defensas de las plantas. Los efectos de las bajas relaciones R:RL sobre el sistema de defensas están mediados, al menos en parte, a través de una reducción en la señalización de los JAs. En esta tesis doctoral se pretende avanzar en la comprensión de los mecanismos que controlan el efecto de R:RL y phyB en las respuestas a JA en Arabidopsis thaliana. Se postulan posibles mecanismos mediante los cuales la inactivación del phyB por bajas relaciones R:RL produce la disminución en la sensibilidad de la vía de los JAs. Para este fin, he combinado un enfoque genético con el uso de herramientas fisiológicas, bioquímicas y moleculares para estudiar los efectos de la calidad de la luz sobre los componentes críticos de la vía de señalización de JA. Los resultados presentados en esta tesis demuestran que el efecto de las bajas relaciones R:RL, provocando una disminución de la sensibilidad a JA, requiere de la proteína JA-ZIM domain 10(JAZ10). También demostramos que la degradación de las proteínas DELLA (mediada por el aumento en la actividad de giberelinas (GAs) ), es necesaria para que se manifieste la represión de la vía de JA en condiciones de bajas relaciones R:RL. Por último, los resultados sugieren que, además de este efecto bien caracterizado de las GAs sobre la señalización de JA, mediado por la degradación de las proteínas DELLAs, GA reprime las respuestas de defensa por un nuevo mecanismo. En este mecanismo, GA aumenta la estabilidad de la JAZ10 y retarda la degradación de esta proteína inducida por JA.
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A indústria agro-alimentar produz anualmente uma grande quantidade de subprodutos, ainda tratados como desperdício. A indústria cervejeira, em particular, está associada à produção de vários resíduos, entre os quais o bagaço de malte, também designado bagaço de cerveja ou dreche. Sendo produzida numa razão de 20 kg por cada 100 litros de cerveja, só na Ilha da Madeira a produção de dreche ultrapassa as 2000 toneladas/ano. O presente trabalho foi realizado com o intuito de estudar a utilização da dreche como material de partida para a extracção de ácido ferúlico, um ácido hidroxicinâmico com elevada bioactividade e aplicações. A caracterização físico-química da dreche permitiu determinar um teor de humidade de aproximadamente 70% e um teor de cinzas de cerca de 3,6%. A distribuição granulométrica da dreche seca, revelou que cerca de 70% das partículas que a constituem têm dimensão entre 1 e 0,25 mm. A extracção com acetona produziu um extracto contendo 5 compostos de natureza fenólica, determinados por LC-MS. A hidrólise alcalina – uma das técnicas que permitem a extracção de compostos como o ácido ferúlico a partir de matrizes lenhocelulósicas – foi estudada em amostras de dreche submetidas a tratamento prévio. O pré-tratamento com ácido diluído demonstrou ser eficiente na extracção do ácido ferúlico a partir da dreche. A extracção em autoclave mostrou ser eficiente na extracção do ácido ferúlico [0,28% (m/m)] e uma simplificação do procedimento posterior à reacção de hidrólise alcalina fez aumentar o rendimento de extracção em cerca de 84%, comparativamente ao procedimento habitual. As condições óptimas de hidrólise alcalina em tubos autopressurizados aconteceram a 120 ºC, por 1,5 horas, num rácio de 20 mL/g e NaOH (1,5%). O processo de purificação do ácido ferúlico extraído por adsorção numa resina sintética resultou em percentagens de adsorção de 90,83% e de dessorção em torno dos 68,70%.
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O metabolismo aeróbico é muito eficiente no processo de geração de energia, no entanto, é uma fonte de produção de espécies reativas de oxigênio (ERO). Para a prevenção dos efeitos potencialmente danosos dessas ERO, os organismos desenvolveram um sistema de defesa antioxidante (SDA), que inclui compostos enzimáticos e não enzimáticos. O ácido lipóico (AL) é uma molécula lipo e hidro solúvel, com capacidade de atravessar membranas celulares. Ele possui propriedades antioxidantes, auxiliando na eliminação de ERO, induzindo a expressão de genes importantes nas defesas antioxidantes, quelando metais e interagindo com outros antioxidantes. Trabalhos prévios demonstraram que nanocápsulas poliméricas de ácido lipóico favoreceram a proteção deste antioxidante, aumentando sua estabilidade físico- química em comparação com formulações contendo ácido lipóico livre. O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar o efeito do AL livre e do AL em nanocápsulas sobre a atividade de enzimas antioxidantes (glutamato-cisteína ligase, GCL e glutationa-S- transferase, GST), a concentração de glutationa reduzida (GSH) e sub-produtos da peroxidação lipídica (malondealdeído, método TBARS) e da expressão de genes que codificam para as diferentes formas da enzima GST (alfa e pi). Para isso o peixe Cyprinus carpio (Cyprinidae) foi exposto a uma dose de 40 mg/kg a diferentes formas de AL (livre e em nanocápsulas) por injeção intraperitoneal (duas injeções, sendo a primeira no tempo 0 e a segunda após 24 h), sendo logo sacrificados a diferentes tempos da primeira injeção (48 h, 96 h e uma semana), sendo dissecados o cérebro, fígado e músculo dos peixes de cada tratamento. Os resultados obtidos indicam que os órgãos respondem de forma diferente. A curto prazo, o fígado foi o principal órgão a apresentar respostas antioxidantes após tratamento com AL, enquanto que a longo prazo o cérebro e o músculo se mostraram mais responsivos em termos antioxidantes quando 6 comparado ao fígado. Foi também importante a forma em que o AL é administrado, livre ou em nanocápsulas, sendo observado que um mesmo órgão em um mesmo tempo de exposição pode responder de forma diferente de acordo com o tipo de AL que está sendo utilizado. Além disso, o efeito antioxidante do AL nanoencapsulado parece ser mais efetivo quando utilizado a longo prazo, sugerindo que a forma nanoencapsulada libera o antioxidante em forma mais lenta. Os resultados também indicam que a composição da nanocápsulas deve ser levada em consideração, uma vez que foi observado um efeito antioxidante significativo nos tratamentos que continham apenas a nanocápsulas, sem o AL. Sugere-se que este efeito ocorra devido à produção endógena do próprio antioxidante em questão, favorecida pela composição da própria nanocápsula, que possui ácido octanóico, substrato para a síntese de AL. Também se observou um efeito pró-oxidante em alguns tratamentos onde foi utilizada esta formulação, sugerindo que alguns componentes da nanocápsula, como por exemplo, o surfactante que é utilizado para estabilizar a suspensão, possam aumentar a suscetibilidade dos órgãos ao estresse oxidativo.
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Este trabalho descreve o isolamento e purificação do ácido α-eleosteárico (α-ESA) a partir do óleo de tungue e sua caracterização por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), cromatografia gasosa acoplada com espectrometria de massas (GC-MS) e espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) de 1H e 13C. O α-ESA apresenta atividades biológicas (antitumorais, anti-inflamatórias e antioxidantes), tornando-se importante compreender sua interação com membranas lipídicas. Assim, este trabalho também descreve resultados referentes ao efeito da incorporação de α-ESA na dinâmica molecular de lipossomos compostos por fosfatidilcolina. O sistema lipossomal puro e contendo α-ESA foi caracterizado através do uso de espectroscopia de UV-visível, FTIR, RMN e calorimetria de varredura diferencial (DSC). Como resultados da purificação do α-ESA, obtivemos uma pureza de 95,9% utilizando acetona como solvente de recristalização em detrimento dos 92,2% em solução etanólica. Na incorporação em lipossomos, observou-se uma maior interação do α-ESA com a parte polar, de interface e os primeiros metilenos da região apolar da fosfatidilcolina. Além disso, α-ESA apresentou um efeito de redução da fluidez de lipossomos. Os resultados contribuem para a geração de conhecimento para o desenvolvimento de novos sistemas farmacológicos.
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Atualmente o exercício físico vem sendo utilizado com intuito de redução de massa corporal, em especial de massa gorda. Entretanto cresce o número de indivíduos que, associado ao exercício físico, utiliza substâncias com característica lipolítica, como é o caso do ácido lipóico. Tanto o exercício físico, quanto a utilização de suplementação com ácido lipóico são responsáveis por remodelagem vascular (devido à interferência no processo de angiogênese) e modificação de fatores de risco cardiovascular (como hipertensão e lipídeos sanguíneos elevados). Desta forma, o presente estudo buscou analisar a influência do exercício físico de moderada intensidade e da suplementação com ácido lipóico sobre a frequência cardíaca, pressão arterial, bioquímica sanguínea e angiogênese no músculo cardíaco e no músculo esquelético de ratos Wistar. Foram utilizados 80 ratos Wistar, divididos em quatro grupos: controle, ácido lipóico (LA), exercício (E) e associação (ELA). Os animais foram submetidos a um programa de adaptação e treinamento de natação (9 e 17 semanas) com um aumento progressivo no tempo natação (até 1h/dia) e intensidade de carga (até 5% do peso corporal). Os animais receberam ácido lipóico 5 vezes por semana (da 10ª à 17ª semana), 60 mg / Kg / dia. O exercício crônico de intensidade moderada promoveu bradicardia, mas sua associação com a suplementação de ácido lipóico interrompeu este benefício. A suplementação com LA mostrou-se eficaz em melhorar o perfil lipídico, mas associado ao exercício não apresentou redução. A angiogênese foi aumentada no coração e gastrocnêmio dos animais exercitados, a largura da fibra de E, LA e ELA foi reduzida no coração, enquanto no gastrocnêmio apresentaram um aumento na largura das fibras apenas por LA e ELA. A espessura do ventrículo esquerdo diminuiu no grupo E, enquanto que a área da câmara do ventrículo esquerdo, e os níveis de VEGF circulantes, não mostraram nenhuma diferença significativa. Foi observada uma interação negativa entre o exercício físico e a suplementação com ácido lipóico (supressão da bradicardia do exercício de um lado, e a perda da adaptação do perfil lipídico induzido por suplementação de AL por outro lado). Este estudo mostra pela primeira vez, a interação entre o exercício crônico de intensidade moderada e a suplementação com ácido lipóico sobre a remodelação cardíaca e angiogênese, confirmando os benefícios da prática física em melhorar o fornecimento de sangue do músculo, que não foi afetado pelo consumo de ácido lipóico. O ácido lipóico em animais não treinados não foi capaz de estimular a 9 angiogênese cardíaca e ao contrário mostram uma tendência para a redução dos novos vasos.
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Introdução: A pseudotrombocitopenia dependente de EDTA (EDTA-PTCP) consiste numa falsa diminuição na contagem de plaquetas (PLT), em amostras de sangue colhidas em EDTA, devido a aglutinação plaquetar. Estudos publicados referem que a aglutinação plaquetar na presença de EDTA se pode evitar e dissociar com a adição de um aminoglicosídeo. Objectivos: 1) avaliar a eficácia do aminoglicosídeo gentamicina (Gent) na dissociação de aglutinados plaquetares em amostras de sangue total colhidas em EDTA; 2) verificar se existe alterações nos outros parâmetros hematológicos e na morfologia do sangue periférico, após adição de Gent; 3) detetar o envolvimento das frações GPllb ou GPllIa do complexo GPllb/llIa no mecanismo de formação dos aglutinados plaquetares induzidos pelo EDTA. Material e Métodos: 145 amostras de sangue periférico em EDTA-K3 e com trombocitopenia, processadas no CELL-DYN Sapphire TM. De acordo com padrão gráfico característico em Mono-Poly I, amostras reprocessadas após adição de 20 μL de Gent, com a mesma metodologia. Esfregaços de sangue periférico (ESP) corados por May-Grünwald-Giemsa. 13 amostras processadas com contagem imunológica de PLT (CD61), antes e após Gent. Comparação dos valores dos diferentes parâmetros antes e após adição de Gent: Teste T- student emparelhado, significado estatístico: p<0,05. Resultados: 138 amostras com diferença estatisticamente significativa na contagem de PLT antes e após Gent, com desaparecimento do padrão inicial em Mono-Poly I: 97 EDTA-PTCP (p<0,0001) e 41 trombocitopenias reais (p<0,0001). Sete amostras sem aumento na contagem de PLT (P=0,15) com Gent, nem alteração em Mono-Poly I, sugerindo presença de microcoágulos, confirmados em ESP. Principais parâmetros hematológicos sem diferenças significativas (p>0,05), após adição de Gent, com exceção do VPM (P<0,0001) e Ptc (p<0,0001). Morfologia do sangue periférico sem alterações. As treze amostras processadas com CD61 antes de Gent tinham um número de PLT superior ao obtido na contagem ótica antes de Gent. Conclusões: A adição de Gent às amostras em EDTA induz uma rápida dissociação dos aglutinados, sem causar alterações morfológicas nem dos principais parâmetros hematológicos. Apenas a GPllb parece estar envolvida no mecanismo de formação dos aglutinados plaquetares. O uso de Gent revelou-se muito útil, rápido e com baixo custo nas EDTA-PTCP, permitindo rentabilizar a tecnologia existente, com grande benefício para o doente.
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Los compuestos nitrogenados no proteicos se forman en el organismo como el resultado del catabolismo de los ácidos nucleícos, aminoácidos y proteínas; en el plasma existen más de quince diferentes compuestos nitrogenados no proteicos, pero en los que se enfocó la investigación son: la Creatinina, Nitrógeno Ureico y Ácido Úrico. En El Salvador existen pocos estudios a cerca de los valores en conjunto de estos compuestos los cuales son de importancia clínica para detectar diferentes enfermedades. El objetivo de esta investigación es: determinar los niveles séricos de Creatinina, Nitrógeno Ureico y Ácido Úrico en la población mayor de 15 años de edad, que consulta en la Unidad Comunitaria de Salud Familiar Guatajiagua, departamento de Morazán en el período de Junio a Agosto de 2014. La Metodología: el estudio es prospectivo, de corte transversal, descriptivo, de campo, bibliográfica y de laboratorio. La población que consultó en la Unidad de Salud de Guatajiagua durante los tres meses de ejecución del estudio, estuvo conformada por 600 usuarios (con un promedio de 200 mensuales), se trabajó con una muestra de 65 personas entre hombres y mujeres que cumplieron los criterios de inclusión. La técnica de recolección de datos se hizo por medio de una Cédula de entrevista y pruebas de laboratorio, con las cuales se recopiló la información y se analizó e interpretó algunos factores que pueden alterar los niveles séricos antes mencionados. Resultados: del total de la muestra (65) en estudio el 24.6% presentó todos los valores normales en las tres determinaciones realizadas, 35.4% presentó por lo menos una determinación alterada, el 38.5% dos de las tres determinaciones alteradas, y solamente el 1.5% presentó las tres determinaciones alteradas. Conclusiones: el 38.5% de la muestra en estudio presentó valores aumentados de Creatinina; el 9.2% presentó valores de Nitrógeno Ureico aumentados y el 3.1% presentó también valores aumentados de Ácido Úrico; Factores predisponentes en los que se observo aumentos significativos para Creatinina: De 49 personas que toman medicamentos recetados 18 (36.7%) tienen aumentados los niveles de Creatinina, de 58 personas que se automedican 23 (39.7%) presentaron su Creatinina aumentada, de 5 personas que toman antibióticos 4 (80%) presentaron aumentos, también de 14 personas que toman antihipertensivos 7 (50%) presentaron resultados aumentados.
Resumo:
Diversos estudios han demostrado el valor que tiene la detección de la proteinuria como un signo de importancia clínica en diversas patologías como la Hipertensión Arterial, la Diabetes Mellitus, y la Insuficiencia Renal, así como otros factores asociados a el deterioro de la función renal y también otras causas fisiológicas que pueden estar relacionadas con el hallazgo de proteínas en orina, como la deshidratación, el estrés emocional y la edad avanzada. La investigación tiene como Objetivo: Determinar el porcentaje del personal Docente y Administrativo que labora en la Facultad Multidisciplinaria Oriental que presenta proteinuria. Metodología: El estudio fue prospectivo, transversal, descriptivo de laboratorio y de campo. La población estuvo conformada por 365 personas que incluían el personal Docente y Administrativo de los cuales se seleccionaron 188 empleados; considerando los criterios de inclusión y exclusión, se utilizaron los métodos de Tira reactiva y de Ácido sulfosalicílico para evaluar la presencia de proteínas en orina. Se compararon los resultados según ambos métodos. Se aplicó una cédula de entrevista la cual constituida por diversas preguntas referentes al tema en estudio para conocer la información acerca de algunos factores predisponentes y antecedentes de cada una de las personas que formaron parte de la muestra. Resultados: El porcentaje del personal Docente y Administrativo de la Facultad Multidisciplinaria Oriental que presentó proteínas en orina utilizando Tira reactiva fue de 23.4% y los que mostraron resultado positivo a proteínas en orina utilizando el método de Ácido sulfosalicílico fue de 34%. Conclusión: El sexo femenino en el área de Docentes fue el más afectado al determinar proteinuria con Tira reactiva (33.3%), no así para el sector Administrativo en el que el sexo masculino es el más afectado (11.2%). Al realizar la prueba cualitativa de Ácido sulfosalicílico para proteinuria en el sector Docente, ambos sexos presentaron similar positividad (31.4% masculino y 35.6% femenino); A diferencia del sector Administrativo en el que el sexo masculino presentó mayor porcentaje de casos positivos con un 42.1%. Las edades entre 41-50 años mostró mayor porcentaje de casos positivos de proteinuria al utilizar Tira reactiva con un 17.5% y de igual forma en el rango de edad de más de 60 años que mostró un porcentaje de resultados positivos de 22.2%. En la determinación de proteinuria utilizando la prueba cualitativa de Ácido sulfosalicílico, las edades que presentaron mayor porcentaje fueron las personas de más de 60 años con 9(50%) seguido por las personas entre 31-40 años que presentaron un 21(34%) de casos positivos.