1000 resultados para floresta de terra firme


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A vegetação de um trecho da floresta de restinga no Parque Estadual Paulo César Vinha (PEPCV), Setiba, município de Guarapari (ES) foi amostrada através de 100 parcelas de 10 × 10 m cada, plotadas em quatro linhas perpendiculares ao mar. Foram inventariados 2.106 indivíduos (DAP > 4,8 cm), fornecendo uma área basal de 27,52 m².ha-1 e diversidade (H') de 3,73 nats, excetuando os 67 mortos em pé. Segundo valores decrescentes de importância (VI), destacaram-se as famílias Myrtaceae, Sapotaceae, Annonaceae, Bombacaceae e Meliaceae, e as espécies Pouteria coelomatica, Myrciaria floribunda, Oxandra nitida, Chrysophyllum lucentifolium e Aspidosperma parvifolium. A floresta apresenta variações estruturais e florísticas no gradiente mar-continente, com formação de três grupos dissimilares de espécies. Ocorrência exclusiva de espécies nos grupos e diferenças entre os principais táxons de cada grupo, evidenciam uma zonação. Propõe-se o termo geral "formação florestal não inundável" para esta comunidade, frente aos tradicionais "Mata de Myrtaceae" e "Mata Seca", uma vez que a composição de suas principais famílias e espécies não permite separá-las de acordo com os critérios de classificação destas comunidades.

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Foi realizada a descrição da comunidade arbórea da floresta estacional localizada na Estação Ecológica do Tapacurá, município de São Lourenço da Mata, Pernambuco, com objetivo de avaliar suas relações com outras florestas da região. A área de estudo (8º03'04''-8º03'53'S e 35º09'55''- 35º10'48''W) apresenta cotas altitudinais variando entre 100 a 140 m e precipitação média de 1.300 mm. ano-1 Foram amostrados todos os indivíduos vivos ou mortos, ainda de pé, com DAP > 5 cm, presentes em 50 parcelas (10 × 20 m) e selecionados sete levantamentos quantitativos com objetivo de comparar as florestas da região. Foram amostradas 88 espécies/morfoespécies, incluindo três táxons não identificados. A maioria das espécies apresenta folhas simples (68,2%) e mesófilas (76,1%). A densidade total, área basal total, altura e diâmetro médios e máximos foram 1.145 ind. ha¹; 23,9 m².ha-1; 10,73 m (± 4,67); 32 m; 13,14 cm (± 6,98) e 77,35 cm, respectivamente. No estrato mais baixo (abaixo de 8 m), destacaram-se Gustavia augusta (Lecythidaceae), Actinostemon verticillatus (Euphorbiaceae) e Psychotria capitata (Rubiaceae). No estrato médio (17 a 20 m), destacou-se Chamaecrista ensiformis (Fabaceae) e, no estrato superior (acima de 26 m), Pterocarpus rohrii (Fabaceae) e Tabebuia serratifolia (Bignoniaceae). Considerando os aspectos fisionômicos e estruturais, bem como os resultados das análises multivariadas, pode-se concluir que a área de estudo apresenta maior semelhança com as florestas ombrófilas de terras baixas do que com as estacionais montanas.

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Apesar das florestas de galeria serem amplamente difundidas nos neotrópicos, existem poucas informações disponíveis sobre seu epifitismo vascular. O objetivo deste estudo foi investigar a composição florística e a estrutura comunitária dos epífitos vasculares em uma floresta de galeria que acompanha dois arroios na Depressão Central do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. A área estudada situa-se na Estação Experimental Agronômica (30°04' - 30°07' S e 51°40' - 51°42' W) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a uma altitude aproximada de 40 m. O clima regional é subtropical úmido (Cfa), com médias anuais de temperatura e precipitação de 19,2 ºC e 1.310 mm, respectivamente. Sessenta forófitos com DAP mínimo de 10 cm foram amostrados através do método de pontos quadrantes. Os parâmetros de freqüência e diversidade foram estimados com base na ocorrência epifítica sobre indivíduos forofíticos e sobre os segmentos fuste e copa. O levantamento florístico resultou em 13 famílias, 32 gêneros e 50 espécies. As famílias mais ricas em espécies foram Orchidaceae (13), Bromeliaceae (8), Polypodiaceae (8), Cactaceae (5) e Piperaceae (5). Duas pteridófitas, Microgramma vacciniifolia e Polypodium pleopeltifolium, apresentaram os maiores valores de importância. O índice de diversidade de Shannon foi 3,434 (nats) para toda a comunidade epifítica. Considerando os ambientes de fuste e copa, os valores foram 3,092 e 3,298, respectivamente. Estes valores intermediários em relação a outros estudos no sul do Brasil provavelmente refletem uma típica situação subtropical, onde a diversidade epifítica decresce com a diminuição da temperatura e precipitação.

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Verificou-se a resposta de crescimento à variação na intensidade de luz de plântulas de três espécies arbóreas da Floresta Tropical Atlântica, Cecropia glazioui Sneth., Cedrela fissilis Vell. e Bathysa australis (A. St.-Hil.) Hook. ex Sch., respectivamente de estádios inicial, intermediário e final de sucessão. As três espécies mostraram, dentro de um determinado gradiente de luz, plasticidade para aumentar a captação de luz quando em baixa irradiância (através de aumento da razão de área foliar -RAF e diminuição da razão entre raiz e parte aérea - R/PA) e plasticidade para aumentar o ganho de carbono e diminuir a transpiração quando em alta irradiância (através dos aumentos da razão R/PA e densidade estomática, e da diminuição da RAF). A plasticidade das espécies em variar determinado parâmetro em função da intensidade de luz foi dependente do gradiente de intensidade de luz aplicado. A plasticidade foi maior nas intensidades mais baixas de luz tanto para C. glazioui quanto para C. fissilis. Para a maior parte dos parâmetros analisados, C. glazioui mostrou maior parte plasticidade para aclimatar-se à maior irradiância, que C. fissilis. As variações apresentadas pelas espécies na morfologia e fisiologia em relação à variação na intensidade de luz são consistentes com o local de ocorrência de cada espécie.

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O estudo foi realizado em quatro remanescentes próximos a cidade de Corumbá, MS (19º05'-19º20' S e 57º40'-57º55' W), com o objetivo de verificar a variação da composição florística e estrutura da floresta decídua em diferentes relevos e tipos de solo. Quatro remanescentes foram amostrados pelo método de quadrantes. Três áreas foram amostradas com 20 pontos, e a quarta área foi amostrada com 50 pontos. Todas as árvores com circunferência à altura do peito > 9 cm foram amostradas. Na floresta estacional decidual aluvial foram amostradas 32 espécies, sendo as de maior valor de importância Attalea phalerata Mart. ex Spreng. (Arecaceae) e Aspidosperma australe Müll. Arg. (Apocynaceae). Nas duas áreas de floresta estacional decidual de terras baixas, foram amostradas 47 e 25 espécies, respectivamente, sendo Sebastiania discolor (Spreng.) Müll. Arg. (Euphorbiaceae) e Phyllostylon rhamnoides (J. Poiss.) Taub. (Ulmaceae) as mais importantes em ambas. No remanescente de floresta estacional decidual submontana foram amostradas 24 espécies, sobressaindo-se Acosmium cardenasii H.S. Irwin & Arroyo (Fabaceae) como a mais importante. A família mais rica nas áreas estudadas foi Fabaceae, com 16 espécies, seguida por Euphorbiaceae, com seis espécies, e por Apocynaceae, Rubiaceae e Sapindaceae, com três espécies cada. As duas áreas de florestas de terras baixas mostraram-se muito similares, tanto na composição florística, como na estrutura. A floresta aluvial apresentou composição florística e estrutura mais distintas das demais áreas. Estes remanescentes de florestas estacionais deciduais apresentaram estrutura e composição florística peculiares, com elementos do chaco e da caatinga, merecendo a intensificação de estudos botânicos e ecológicos.

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Este estudo teve como objetivos conhecer a flora de árvores e arbustos em um fragmento da Floresta Estacional Semidecídua Montana e verificar se há diferença entre as formações Montana e Submontana no estado de São Paulo. Durante 15 meses foram feitas coletas semanais de flores e/ou frutos de espécies de arbustos, arvoretas, árvores e palmeiras, através de caminhadas nos fragmentos na Fazenda Bela Vista (4º52' W e 22º47' S, 750 a 850 m de altitude). Foram identificadas 151 espécies de 106 gêneros e 47 famílias de angiospermas, sendo os táxons mais ricos em espécies Leguminosae, Myrtaceae, Lauraceae, Rubiaceae, Meliaceae, Piperaceae e Solanaceae, Ocotea, Piper, Machaerium, Miconia, Eugenia e Solanum. Foram comparados levantamentos das formações Montana e Submontana da Floresta Estacional Semidecídua no estado de São Paulo. Os táxons de maior constância relativa e maior riqueza de espécies arbustivas e arbóreas em ambas as formações foram: Leguminosae, Euphorbiaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Lauraceae, Machaerium, Eugenia, Solanum e Croton. A aplicação do teste G indicou que Solanaceae, Asteraceae, Melastomataceae, Aspidosperma, Trichilia e Casearia apresentaram riqueza específica e constância relativa significativamente maiores na formação Montana que na Submontana. Por outro lado, Meliaceae, Rutaceae, Moraceae, Ocotea, Miconia, Myrcia e Ficus apresentaram riqueza e constância significativamente maiores na formação Submontana. Portanto, na Floresta Estacional Semidecídua no estado de São Paulo, há distinção florística entre as formações Montana e Submontana tanto em nível de espécies quanto de gênero e família.

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Neste trabalho objetivou-se descrever a comunidade arbórea de um continuum entre floresta paludosa e de encosta em Coqueiral, Minas Gerais, verificando correlações entre variações na estrutura da comunidade e ambiente. Distribuíram-se 25 parcelas de 20 X 20 m pelo fragmento florestal, onde se levantaram altura, circunferência (mínima de 15,5 cm) e identidade botânica de todos indivíduos e coletaram-se variáveis topográficas e edáficas. As correlações espécie-ambiente foram analisadas por análise de correspondência canônica (CCA) e teste de Spearman. Os hábitats paludoso e de encosta diferiram em estrutura e espécies. Encontrou-se perfil florístico comum às matas ciliares do Alto e Médio Rio Grande, enquanto a porção paludosa diferenciou-se do encontrado no sudeste. A distribuição das espécies correlacionou-se principalmente com a drenagem do solo e proximidade da lagoa. A grande diversidade edáfica e o forte gradiente de umidade sobre uma área pequena resultaram em diferentes hábitats e em uma comunidade arbórea diversa, combinando fitofisionomias de florestas semidecídua e paludosa, além de resquícios de cerrado.

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Este trabalho teve por objetivo caracterizar os agentes polinizadores de uma comunidade de bromélias em Floresta Ombrófila Densa e relacionar possíveis associações entre a morfologia de bromélias e seus polinizadores. O estudo foi conduzido no Parque Estadual do Pico do Marumbi em oito espécies de bromélias que ocorrem na área. A comunidade de bromélias apresentou floração agregada entre os meses de novembro e maio. Cinco espécies de bromélias dos gêneros Nidularium Lem., Vriesea Lindl. e Wittrockia Lindm. foram polinizadas por beija-flores, duas espécies de Vriesea foram polinizadas por morcegos e uma espécie de Aechmea Ruiz & Pav., por abelhas. Foram identificadas 12 espécies de polinizadores, das quais oito beija-flores, três morcegos e uma abelha. A alta representatividade do beija-flor Phaethornis eurynome na polinização de bromélias sugere que ele atua como "espécie chave". Tornou-se evidente a influência do tamanho da corola e horário da antese, além da presença de odor e néctar, como determinadores de qual grupo animal atuará como polinizador, com formação de guildas distintas entre o conjunto de espécies de bromélias.

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Foi realizado um levantamento da comunidade arbóreo-arbustiva, da topografia e dos solos de um fragmento de floresta estacional semidecidual aluvial e estacional decidual submontana, com o objetivo de verificar as possíveis correlações entre variações da estrutura fisionômica e da diversidade e composição de espécies e variações do regime de água e fertilidade química dos solos. O fragmento florestal, com área de 12 ha localiza-se à margem direita do Rio São Francisco (18º05'26" S e 45º10'54" W), no município de Três Marias, MG. Foram realizados um levantamento plani-altimétrico da área e uma classificação detalhada dos solos da floresta. Foram alocadas 50 parcelas de 15 X 15 m para amostrar os indivíduos arbóreo-arbustivos com diâmetro à altura do solo (DAS) > 5 cm. Amostras do solo superficial (0-20 cm de profundidade) foram coletadas nas parcelas para análises das propriedades químicas e texturais. Foram registrados nas parcelas 1.449 indivíduos distribuídos em 117 espécies, 83 gêneros e 33 famílias, bem como três subgrupos de solos e cinco classes de drenagem. A análise de correspondência canônica (CCA) das variáveis ambientais e da abundância das espécies indicou que estas se distribuem no fragmento sob forte influência de drenagem e fertilidade química dos solos, sugerindo que a disponibilidade de água e de nutrientes minerais são as principais variáveis ambientais que determinam a distribuição das espécies na floresta.

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As florestas paludosas ocupam geralmente porções planas de várzeas e fundos de vale. Caracterizouse a flora e a estrutura de uma floresta paludosa estabelecida sobre um declive acentuado no Município de Rio Claro, SP, visando à comparação florística dessa floresta com outras florestas paludosas estudadas no interior do Estado de São Paulo. Os indivíduos (PAP > 15 cm) foram amostrados em 45 parcelas de 10 m × 10 m (0,45 ha). Foram encontrados 1.651 indivíduos vivos, pertencentes a 49 espécies e 30 famílias. O índice de diversidade (H') para as espécies foi de 2,10 nats.indivíduo-1 e a eqüabilidade (J) foi de 0,54. As espécies mais importantes (em VI) foram Euterpe edulis Mart., Calophyllum brasiliense Cambess., Talauma ovata A. St.-Hill., Cedrela odorata L., Dendropanax cuneatum Decne & Planch. e Protium spruceanum (Benth.) Engl. O elevado número de espécies, em comparação com as outras florestas, pode ser atribuído aos diferentes períodos de saturação hídrica determinados pelo desnível topográfico, enquanto a baixa diversidade florística é conseqüência da elevada densidade relativa de poucas espécies, como Euterpe edulis (41%). A comparação florística indicou que: i) Calophyllum brasiliense, Cedrela odorata, Dendropanax cuneatum, Protium almecega, Styrax pohlii A. DC., Talauma ovata e Tapirira guianensis Aubl. constituem um importante grupo de espécies que predominam nas florestas paludosas do interior paulista e conferem uma semelhança estrutural a essas formações; ii) a flora dessas florestas mostra-se bastante variada, com muitas espécies exclusivas verificadas em cada estudo. Os resultados sugerem que cada fragmento de floresta paludosa, além de favorecer a ocorrência das principais populações associadas a solos hidromórficos, apresenta peculiaridades florísticas que, somadas, promovem o aumento da diversidade de espécies.

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O objetivo deste estudo foi descrever as alterações na composição florística e na estrutura da comunidade arbóreo-arbustiva da floresta de vale do Véu de Noiva, Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso. O estudo foi conduzido em três transeções paralelas, distribuídas de forma sistemática e eqüidistante, em ambas vertentes do vale. Para árvores (diâmetro à altura do peito - DAP > 5 cm) o levantamento foi realizado em 1996 e 1999 em 18 parcelas de 600 m², e para as arvoretas (1 > DAP < 5 cm) e juvenis (altura > 30 cm e DAP < 1 cm) em 1999 e 2001 em 36 subparcelas de 50 e 6 m², respectivamente. A alta riqueza florística registrada (212 espécies) está associada ao fato de terem sido computados juntos as árvores, arvoretas e juvenis. A mudança na composição florística foi pequena, com perdas e ganhos se limitando às espécies amostradas com baixa abundância (< 3 indivíduos). Estas alterações não refletiram em mudanças significativas nos índices de diversidade. As distribuições de indivíduos nas classes de diâmetro e altura não diferiram significativamente entre os anos, indicando que a estrutura se manteve estável. No entanto, a aparente estabilidade florística e estrutural não deve ser interpretada como sendo a floresta do Véu de Noiva uma comunidade estática, pois mudanças estão acontecendo constantemente ao longo do tempo e espaço.

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Foram investigados os padrões de produção de frutos de angiospermas zoocóricas, ao longo de 14 meses, em Floresta Ombrófila Mista (FOM) no Rio Grande do Sul, Brasil. Para um total de 570 indivíduos, amostrados em uma área de 2,56 ha, foram identificadas 27 espécies de angiospermas zoocóricas (13 famílias). As famílias mais ricas em espécies foram: Myrtaceae (oito espécies), Melastomataceae, Solanaceae e Rubiaceae (três espécies cada). A maioria das plantas amostradas era arbusto (46,0% do total de indivíduos, 37,0% do total de espécies), seguido por arvoretas (31,9% e 22,2%), ervas (10,2% e 18,5%), árvores (8,7% e 18,5%) e epífitas (3,2% e 3,7%). Frutos de cor vermelha (22,2%) e laranja (18,5%) predominaram, assim como frutos pequenos (70% do total de frutos mediam entre 1-10 mm × 1-10 mm), e com uma a dez sementes pequenas (96%, 1-10 mm × 1-10 mm). As três espécies que mais contribuíram para a produção total de frutos foram: Myrceugenia miersiana (Gardner) D. Legrand & Kausel (Myrtaceae) (hábito arbóreo - 61,0% do total) e as melastomatáceas Leandra variabilis Cogn. (arbusto - 18,1%) e Miconia cinerascens Miq. (arbusto - 8,6%). Essas espécies apresentaram distribuição espacial agrupada (ìndice de Morisita Padronizado > 0,5 para todas). O número de espécies produzindo frutos por mês esteve significativamente correlacionado com a temperatura mensal do mesmo mês (r s = 0,70; p < 0,01) bem como com a precipitação total mensal do mês anterior (r s = 0,67; p < 0,02). O período de produção de sementes de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze ocorreu em uma época em que havia um menor número de angiospermas produzindo frutos zoocóricos. Essa não sobreposição entre eventos pode favorecer a ocorrência de animais frugívoros, possibilitando uma oferta mais constante de recursos durante todo o ano.

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O conhecimento da composição do banco de sementes do solo fornece informações básicas sobre o potencial de regeneração da comunidade, permitindo que se façam inferências sobre o processo sucessional. Em uma parcela permanente de 0,5 ha (50 unidades amostrais de 100 m²) localizada em floresta estacional de encosta com exposição sul no Parque Estadual de Itapuã, município de Viamão (RS), foram analisadas a composição e a distribuição de espécies arbóreas no banco de sementes do solo. Em todas as unidades amostrais foram coletadas a serapilheira e o solo, este em duas profundidades (0-5 cm e 5-10 cm), na primavera (setembro 2002) e no outono (março 2003). O material coletado foi colocado a germinar em casa de vegetação, sob duas distintas condições de luz: natural e com recobrimento de sombrite (50%). A composição de espécies e a densidade foram relativamente similares para as duas estações (índice de Jaccard = 0,67). Em comparação com a composição arbórea atual da área a similaridade foi muito baixa, para ambas estações. A ausência de diferenças significativas entre os períodos de coleta pode refletir a condição relativamente homogênea subtropical úmida, na qual a estacionalidade não se mostra efetiva. A presença de espécies dependentes de luz e de tolerantes à sombra no banco de sementes, indica um alto potencial de regeneração para o componente arbóreo, no caso de formação de clareira ou outras perturbações na estrutura florestal presente.

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O presente estudo teve como objetivo caracterizar as alturas preferenciais de distribuição das bromélias em quatro estádios sucessionais (capoeirinha, capoeira, capoeirão e floresta secundária) em encostas da Ilha de Santa Catarina, relacionando-as com o desenvolvimento da floresta, com características individuais e dos forófitos. Foram calculados valores de importância das bromélias em cada estádio, relacionando-os aos tipos de diásporos e estratégias para obtenção de nutrientes. Cada um dos 60 forófitos determinados por estádio sucessional através de pontos quadrantes foi considerado uma unidade amostral e dividido em intervalos de altura de dois metros a partir do solo. As espécies do gênero Tillandsia com metabolismo CAM apresentaram os maiores valores de importância nos dois estádios mais avançados, onde houve ocorrência de bromélias. Em todos os estádios, na estratificação vertical, foi detectada uma tendência de maior riqueza e maior freqüência de bromélias em alturas próximas às médias dos pontos de inversão morfológica relacionado ao aumento de substrato disponível para fixação e crescimento. No capoeirão e na floresta secundária as plântulas cresceram em todos os intervalos de altura dos forófitos, indicando taxas de mortalidade diferentes quando considerada a distribuição dos indivíduos adultos. As mudanças nas condições microclimáticas dos progressivos estádios sucessionais provocaram deslocamentos de distribuição e trocas de espécies, com o aumento de indivíduos e de espécies formadoras de tanque.

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Foram estudadas plantas ornitófilas em uma área de caatinga da Reserva Particular do Patrimônio Natural Cantidiano Valgueiro (8º36'00" S e 38º34'5" W) em Pernambuco, Nordeste do Brasil, no período de julho de 2002 a junho de 2003. Oito espécies ornitófilas foram registradas no período de estudo, distribuídas em sete gêneros e cinco famílias. Cactaceae foi a família com maior número de espécies polinizadas por beija-flores, sendo representada por três espécies, seguida de Bromeliaceae, com duas espécies. Foram registradas espécies em floração durante todo o ano. Com exceção de Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. f. e Neoglaziovia variegata (Arruda) Mez (Bromeliaceae), todas as demais espécies tiveram pico de floração no período seco. Metade das espécies ornitófilas da comunidade estudada apresentou hábito herbáceo. A maioria das espécies apresentou flores vermelhas (62,5%), sendo o tipo tubo registrado em todas as espécies. O comprimento médio do tubo da corola foi 20,2 ± 5,6 mm, a concentração de açúcares no néctar variou de 18% a 33,5% e o volume de 22 a 41 µL. Cinco espécies de beija-flores foram registradas visitando as flores da comunidade estudada, das quais apenas uma foi residente. Chlorostilbon aureoventris (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838), devido ao seu comportamento e freqüência de visita, foi considerada como a espécie dominante da comunidade. Comparações com estudos semelhantes evidenciaram que o número de espécies de plantas ornitófilas que floresceram no período de estudo na Reserva foi expressivamente menor do que o encontrado em estudos em remanescentes de Mata Atlântica e áreas neotropicais em geral. Além disso, uma espécie de Trochilinae, e não de Phaethornithinae, atuou como organizadora da comunidade.