1000 resultados para Representações sociais Teses
Resumo:
A pesquisa desta tese investiga as mediaes das categorias de raa e de classe social no processo de implementao do modelo de cotas sociais da Ufes para ingresso nos cursos de graduao, entre 2006 a 2012, como parte das aes afirmativas dessa universidade. Tal modelo, para incluir a populao afro-brasileira no ensino superior do Esprito Santo, respeitou estritamente os critrios de renda e de origem escolar pblica, no adotando o critrio tnico-racial que contemplaria especificamente os negros e os indgenas. Diante disso, o autor busca sustentar a tese de que, considerando o padro das relaes raciais brasileiras produtor de assimetrias entre grupos com marcas raciais distintas, no caso de negros e brancos, as desigualdades raciais tm na operacionalizao do racismo seu mote ofensivo e poderoso, ao mesmo tempo em que a classe social isolada insuficiente na compreenso e superao do problema racial do Brasil. Portanto, na adoo de polticas de combate s desigualdades raciais no ensino superior, caberia tambm a utilizao de medidas etnicamente referenciadas. Autores como Hall (2008) e Fraser (2006), ao trazerem a dimenso articulada e bifocal das injustias simblicas e das injustias econmicas, permitem entender a complementaridade e as dinmicas entre ambas, deslocando-se de determinismos classistas que invisibilizam o racismo como instrumento opressor nas relaes sociais. Como objetivos especficos, considera: compreender o processo de construo do modelo de cotas da Ufes, para ingresso nos cursos de graduao implementado em 2008, sob a perspectiva do debate da relao entre raa e classe; examinar as polticas de aes afirmativas como respostas s demandas histricas dos afro-brasileiros no contexto da sociedade brasileira; avaliar a posio de professores e alunos de cursos de graduao da Ufes diante do ingresso de alunos cotistas, sobretudo afro-brasileiros e pobres; e investigar a relao das polticas classistas, no caso especfico das cotas sociais, na superao das assimetrias raciais. Adota como procedimentos metodolgicos a metodologia dialtica de pesquisa considerando todas as contradies entre raa e classe no processo de implementao de aes afirmativas na Ufes. Como instrumentos de pesquisa, utiliza entrevistas de professores e alunos cotistas e no cotistas de cursos variados da universidade, assim como documentos referentes temtica. Os resultados apontam para uma oxigenao da universidade depois de uma entrada maior de negros e pobres, principalmente nos cursos mais elitizados, pois as cotas operam uma dimenso pedaggica de ampliar a diversidade social na academia, trazendo outras demandas, outras 10 afetividades, outras lgicas de mundo e concepes de sociedade para a nica universidade pblica do Esprito Santo. Indica que os mecanismos discriminatrios e estigmatizantes interpessoais e institucionais, vividos no contexto das cotas sociais e explcitos na pesquisa, no inviabilizam a importncia das aes afirmativas, pois apontam para a universidade repensar e ressignificar seus currculos e aes pedaggicas homogeneizantes no sentido de ampliar a ideia de incluso e de democratizao de seus espaos. Reitera que a raa, em seu vis poltico e cultural, operante de forma relacional e independente com a classe social no contexto da produo das assimetrias raciais brasileiras, de maneira que a ao de uma no nega a ao da outra, mesmo na relao entre ambas. Enfatiza a importncia do entendimento e da materialidade das aes afirmativas como polticas de reconhecimento que combateriam as desigualdades simblicas na Ufes. Aponta a relevncia das polticas de assistncia estudantil, conjugadas s cotas, como polticas de redistribuio econmica, que lidariam com as dificuldades ou ausncias materiais dos discentes, principalmente dos cotistas. Conclui que as cotas tnico-raciais nas universidades brasileiras so instrumentos legtimos de luta pela educao, um direito social de oportunidade dos grupos historicamente apartados de princpios constituidores da emancipao, da cidadania, dos direitos humanos, da justia social, da igualdade e da diferena.
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A dissertao problematiza as relaes entre movimentos sociais e Estado no Brasil contemporneo, dando enfoque entrada de lideranas de movimentos para rgos pblicos, por meio da ocupao de cargos de confiana e comissionados. Esta mudana no local de atuao, que pode ser compreendida como trnsito (da sociedade civil para o Estado) ou do ponto de vista da transformao de papis (de desafiantes a membros da polity), repercute sobre o campo do ativismo em questo, sobre as decises e polticas dos rgos pblicos envolvidos, assim como sobre o prprio ativista. Tendo em vista essa discusso, estabelecemos como objeto de ateno os impactos promovidos no nvel individual, tendo como objetivo investigar e analisar as transformaes processadas nas dimenses objetivas e subjetivas de carreiras de lideranas ativistas que adentraram o Estado por meio da ocupao de cargos. Assim, foi realizado um estudo das carreiras ativistas de seis lideranas reconhecidas por terem atuado em um campo especfico de militncia no Esprito Santo o campo ambiental e que ocuparam cargos em rgos pblicos. A metodologia utilizada foi qualitativa, e os dados foram coletados em entrevistas semiestruturadas e em profundidade com as lideranas e em pesquisa em outras fontes, como pginas de internet e materiais cedidos pelos prprios entrevistados. As anlises foram instrumentalizadas teoricamente pela sociologia das carreiras militantes, por meio da qual buscamos reconstruir itinerrios objetivos e aspectos subjetivos da atuao poltica das lideranas. Os resultados revelam que, na maioria dos casos estudados, a entrada para o Estado no foi acompanhada do desengajamento em relao ao ativismo desenvolvido em organizaes e lutas ambientalistas; e que recorrente a conciliao (e por vezes a articulao) de ambos. Todavia, a dupla atuao no movimento e no Estado foi permeada por tenses, levando algumas vezes a conflitos e rupturas. O trabalho permite concluir que, mesmo para os que se mantiveram ativistas em movimentos ambientais, houve impactos decorrentes da atuao em rgos pblicos sobre suas carreiras objetivas e subjetivas, sendo notvel uma mudana na viso e na relao com o Estado, compreendido como lugar onde possvel gerar contribuies.
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Este trabalho tem como objetivo compreender o fazer estratgia no seio de uma empresa familiar a partir das prticas sociais que envolvem os seus gestores. As prticas sociais so concebidas como um fenmeno social, o qual nasce e se desenvolve da interao e do relacionamento entre indivduos em seu grupo social. Este grupo ou mundo social do indivduo encontra-se em um processo constante de transformaes em virtude da infinidade de interconexes sociais ali compartilhadas. J o fazer estratgia apresenta-se aqui sob a tica da estratgia como prtica social que contempla [...] como os praticantes de estratgia realmente agem e interagem [...] (WHITTINGTON, 1996, p. 731), ou seja, a confluncia entre as construes e prticas sociais cotidianas sobre seu fazer estratgia. A contemplao desses constructos tericos possibilitou a formao de um esquema conceitual que por intermdio de um estudo de caso favoreceu o entendimento de como as prticas sociais dos gestores se relacionam com o seu fazer estratgia na empresa familiar?. Para coleta de dados utilizou-se das tcnicas: pesquisa documental, observao no-participante e entrevista semiestruturada (TRIVIOS, 1987). Os dados foram tratados atravs da tcnica de Anlise de Contedo na abordagem temtica (BARDIN, 1977). Conclui-se com este estudo que as prticas sociais dos mais variados contextos nos quais os gestores da Empresa X se inserem, como o contexto familiar, interferem e se inter-relacionam diretamente no seu agir cotidiano e consequentemente no seu "fazer estratgia" a frente da empresa familiar, confirmando, estranhando e transformando a construo social dos sujeitos.
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O presente estudo analisa as relaes entre a sade e o social na Sade Pblica brasileira, especificamente a partir da noo de determinao social da sade, focando-a em dois momentos importantes: a dcada de 70, quando ocorre a construo dessa noo a partir da corrente mdico-social latino-americana, e a retomada dessa discusso no sculo XXI sobre a chancela de determinantes sociais da sade. Possuiu como objetivos: Caracterizar a noo de determinao social a partir do positivismo nas cincias sociais; pesquisar a construo da noo de determinao social da sade na Sade Pblica brasileira; descrever perspectivas de anlises sobre o campo dos determinantes sociais da sade a partir da polaridade entre a sade e o social. Para o alcance dos objetivos, foi realizado um estudo exploratrio, atravs da pesquisa bibliogrfica (livros e bases de dados virtuais) e da pesquisa documental. Inicialmente apresentamos os pressupostos terico-filosficos sobre os quais a cincia moderna se assentou e que construram a base da corrente positivista. Aps, caracterizamos, em linhas gerais, essa corrente de pensamento, para, finalmente, interpretarmos a noo de determinao social a partir de Durkheim uma das principais anlises dentro do campo das cincias sociais. Logo aps, trazemos a construo da noo de determinao social da sade a partir da crtica latino-americana da dcada de 70 ao discurso hegemnico do perodo sobre o processo sade-doena. O pensamento latino-americano teve grande produo terico-poltica brasileira em um lugar de vanguarda quando comparado a todos os pases da Amrica do Sul e Central. Entre outras agendas, a noo de determinao social da sade, oriunda dos movimentos sociais, pautou a reforma sanitria brasileira, colocando-se como cerne do debate. Noo esta que sustentou a bandeira poltica defendida pelo movimento sanitrio na luta por melhores condies de vida e de sade no Brasil. Em seguida, apresentamos a configurao poltico-cientfica mais recente do campo dos determinantes sociais da sade, destacando que ocorre um enfoque predominantemente reducionista sobre o social. Logo aps, trazemos categorias do pensamento da sociologia crtica e da sociologia contempornea, de forma a oferecer elementos de anlise para a crtica forma como hegemonicamente vem se pautando o discurso no interior do campo dos determinantes sociais da sade. Ambas as perspectivas apresentam-se de forma no excludentes, no hierrquicas e no concorrentes. Finalizamos tecendo consideraes que, longe de serem finais, sinalizam para a necessidade de uma nova perspectiva de partida para os estudos atuais no campo dos determinantes sociais da sade.
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Busca compreender a participao de 23 professoras normalistas formadas no Curso de Educao Fsica do Esprito Santo, na dcada de 1930, na escolarizao da disciplina. Objetiva analisar como elas significaram sua presena como professoras e autoras da Educao Fsica capixaba. Como referencial terico, utiliza os conceitos de lutas de representações (CHARTIER, 1990), estratgia e tticas (CERTEAU, 1994) e do paradigma indicirio (GINZBURG, 1999). Metodologicamente, faz uso da crtica documental (BLOCH, 2001). Como fontes, mobiliza documentos da Escola Normal, do Colgio Nossa Senhora Auxiliadora, do Arquivo Permanente do Centro de Educao Fsica e Desportos da Universidade Federal do Esprito Santo (Cefd/Ufes) (1931-1961), documentos do Arquivo Pblico do Estado do Esprito Santo, a Revista de Educao (1934-1937), o Dirio da Manh (1908-1937) e a revista Vida Capichaba (1923-1959). O Curso de Educao Fsica foi criado em 1931 e mantido por militares formados no Centro Militar de Educao Fsica. Apesar de a historiografia apontar o curso como espao de irradiao de uma pretensa militarizao e esportivizao da Educao Fsica, os achados indicam outros intuitos. Essas outras intencionalidades so percebidas por meio de monografias produzidas pelos primeiros docentes formados no curso que, em sua maioria, eram mulheres. Foi possvel perceber as apropriaes e os usos realizados da cultura em circulao pelas alunas para a construo de seus trabalhos finais, que foram divulgados em impressos locais. Com as publicaes, as mulheres alcanaram destaque e passaram a ocupar cadeiras em importantes instituies educacionais da regio. Ao dar visibilidade atuao das 23 professoras de Educao Fsica, torna-se possvel perceber como elas fizeram uso de um capital simblico acumulado ao longo de suas carreiras como professoras, autoras, enfim, como mulheres que se moviam de forma ttica em meio aos discursos que buscavam determinar seus papis sociais.
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Este artigo a continuao do trabalho da autora sobre os novos temas em discusso na OMC. No momento em que o MERCOSUL se posiciona para mais uma rodada de negociaes multilaterais no mbito da OMC, alm das negociaes j iniciadas com a CE dentro do acordo inter-regional e com o NAFTA dentro do ALCA, dois dos novos temas do comrcio internacional se revestem de grande interesse: meio ambiente e padres trabalhistas. O artigo analisa como tais temas evoluram no cenrio internacional desde a Carta de Havana, passando pela UNCTAD, OCDE, e OIT, para, finalmente, chegarem OMC. O objetivo do artigo dar elementos para a discusso desses temas nas negociaes futuras do MERCOSUL.
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As actuais condies (tecnolgicas) permitem-nos mudar a configurao da nossa pele por meio da cirurgia plstica com a mesma facilidade com que manipulamos a representao da nossa pele por meio da imagem digital, de tal forma que podemos transformar-nos na imagem de ns mesmos que desejarmos. (Eduardo Kac, 1998, p. 239) De que forma o indivduo de uma sociedade ps-industrial encontra resposta nas novas tecnologias para representar, fsica ou virtualmente, a sua identidade? Como detm hoje, a imagem, a capacidade de afirmar essa mesma identidade? De que modo se esbate a fronteira entre o Corpo e as Tecnologias?
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As redes sociais virtuais so um meio potencialmente rpido e econmico de promoo de negcios onde se geram clientes potenciais, exposio para o negocio, informaes de mercado e trfego do Website; se promove o marketing, a recomendao, o marketing directo, a gesto da marca e a prospeco de dados/ pesquisa e se potencia a subcontratao de tarefas de desing/ desenvolvimento, pesquisa, criao de contedo e gesto de comunidade. O estudo teve por base um questionrio colocado nas redes sociais virtuais e no grupo de divulgao da Association for Information Systems, de 12 de Abril a 14 de Junho de 2012, tendo-se obtido 450 respostas, das quais 330 foram validas.Obtiveram-se respostas de todo o Mundo, predominantemente de Portugal(61,33%) e Brasil(10,89%), tendo-se concludo que o Facebook(78,51%) e o Linkedin(71,99%) so percebidos como as redes sociais virtuais mais teis na promoo de negcios. Para melhor compreender a percepo que os utilizadores das redes sociais virtuais tm sobre as vantagens e oportunidades destas redes na promoo de negcios, foi utilizada a analise de clusters tendo a soluo k-means se mostrando a mais estvel e a de mais fcil interpretao lgica, permitindo a segmentao dos utilizadores em trs clusters: Cluster 1("mais pessimista"), Cluster 2("intermdio") e Cluster 3("mais optimista"). Esta segmentao permite identificar correlaes entre as variveis grupo, morada, sexo, rea de estudo, situao profissional e o numero de empregados do negocio, com os diferentes segmentos. Adicionalmente, verificam-se correlaes entre as variveis grupo, morada, sexo, rea de estudo e situao profissional e a varivel horas/ semana a usar as redes sociais virtuais na promoo de negcios. Espera-se que este trabalho contribua para a identificao e desenvolvimento dos mtodos e estratgias que potenciem a promoo de negcios nas redes sociais virtuais.
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As redes sociais podem ser entendidas como conexes entre pessoas que se traduzem em interaes sociais, que podem envolver trocas de contedos ou de negcios. Assim, o nosso estudo teve como objetivos centrais compreender a utilizao pessoal e profissional do uso das redes sociais em seis reas de trabalho especficas (rea educacional, empresarial, poltica, religiosa, da sade e geral) e efetuar uma comparao entre o nvel de utilizao das vrias redes nessas reas. Para tal, utilizmos um protocolo contendo um questionrio com uma componente demogrfica e sobre as oportunidades e desafios das redes sociais. Os resultados mostram que a rede mais utilizada a nvel pessoal e profissional foi o Facebook; que os homens fazem maior utilizao das redes sociais enquanto as mulheres fazem uma avaliao mais positiva; a nvel pessoal, os participantes mais jovens utilizaram mais as redes sociais Facebook e Youtube e os mais velhos o Google+ e o Myspace; a nvel profissional os participantes com menos de 30 anos consumiram e sentiram-se mais satisfeitos com as redes sociais. Finalmente, podemos verificar que, dentro das vrias reas de estudo, foi a rea de utilizao de mbito geral (sem nenhuma rea profissional especfica) que mais utilizou estas plataformas; e, que, dentro das reas profissionais, foi a empresarial a que mais as utilizou
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Cada vez mais os indivduos necessitam de competncias digitais avanadas para participar plenamente na sociedade. Numa Europa em crescente envelhecimento atualmente reconhecida a importncia e o potencial da indstria de servios para envelhecer bem baseados nas tecnologias de informao e de comunicao (TIC), de que exemplo o mercado eletrnico de servios sociais e de cuidados de sade, o GuiMarket, proposto pelos autores para um municpio do Norte de Portugal. Com base nos resultados de um inqurito realizado junto de uma amostra de 315 indivduos, o artigo discute a importncia reconhecida a tal servio e a frequncia de utilizao prevista, concluindo existir uma ntima relao entre o acesso s TIC e a utilizao que os inquiridos preveem fazer do GuiMarket.
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Em termos de dinheiros pblicos, devemos ter em considerao a necessidade de ter que existir uma boa governana. importante a participao. Tambm a transparncia. E se os direitos e deveres sociais fundamentais esto interligados, no menos verdade que preciso a apresentao de boas contas populao. E aqui temos que falar tambm em plena responsabilidade pblica. Num sentido lato, podemos falar num princpio geral de anticorrupo. O mau uso dos dinheiros pblicos pode conduzir responsabilidade de ndole criminal. O crime de branqueamento/lavagem, um crime secundrio, pode ter por origem ilcitos e/ou crimes que se relacionam com a utilizao indevida de dinheiros pblicos. A responsabilidade financeira e criminal pode alis constituir um incremento na boa gesto dos dinheiros pblicos. Deste modo no tendo o direito penal finalidades de promoo ou de combate, mas ainda assim retributivos, preventivos gerais e especiais positivos e restaurativos -, podemos estar a caminhar para uma melhor concretizao dos direitos, e dos deveres, que so garantidos do ponto de vista constitucional-constitucional. Afinal, todas as reas do direito, so peas do mesmo jogo de xadrez. O Tribunal Constitucional em Portugal, o Supremo Tribunal Federal no Brasil, o Supremo Tribunal de Justia em Portugal, o Superior Tribunal de Justia no Brasil, os Tribunais de Contas em ambos os pases. In terms of public money, we should take into account the need to have to be good governance. It is important to participate. Also transparency. And if fundamental rights and social duties are interrelated, it is also true that we need to present good accounts to the population. And here we must also speak in full public accountability. In a broad sense, we can speak of a general principle of anti-corruption. The misuse of public funds can lead to criminal nature of responsibility. The crime of money laundering, a secondary crime, may have as illicit origin and / or crimes that relate to the misuse of public funds. The financial and criminal liability may in fact be an increase in the sound management of public funds. Thus - not having the criminal law purposes of promotion or "combat", but still remunerative, general and special preventive and restorative positive - we may be heading for a better realization of the rights, and duties, which are guaranteed the constitutional-constitutional point of view. After all, all areas of the law are parts of the same game of chess. The Constitutional Court in Portugal, the Supreme Court in Brazil, the Supreme Court in Portugal, the Superior Court of Justice in Brazil, the Audit Courts in both countries.